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Onde o transporte público é gratuito na Europa

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Transporte público em vez de carro: há muitos anos, especialistas e políticos defendem uma mudança na mobilidade urbana. Embora a luta contra o aquecimento global tenha estado em primeiro plano até agora, esse tema voltou à tona com urgência devido à invasão russa da Ucrânia. Uma economia de energia é necessária na Europa para que a dependência da Rússia no setor energético seja reduzida.

Como reação ao aumento dos preços de energia, o Parlamento alemão aprovou, entre outras coisas, um bilhete único mensal de 9 euros, que pode ser adquirido de junho a agosto. O objetivo é aliviar os cidadãos financeiramente e motivá-los a usar o transporte público.

O número médio de 8 milhões de passageiros por dia registrados pela companhia ferroviária alemã Deutsche Bahn no ano passado provavelmente aumentará em 2022, devido ao fim de restrições impostas durante a pandemia. A dúvida que resta é se o bilhete de 9 euros irá contribuir para aumentar ainda mais esse número. Outros países da União Europeia (UE) já tiveram experiência com medidas semelhantes:

Luxemburgo
"Luxemburgo é o primeiro país do mundo a tornar a mobilidade gratuita", anuncia o governo luxemburguês em seu website. O pequeno ducado aboliu as passagens pagas nos transportes públicos em 1º de março de 2020. Ao contrário de outros modelos, quem não mora no país também não precisam pagar pela passagem. Com 45% da força de trabalho morando no exterior, Luxemburgo tem um número recorde de trabalhadores que não moram no país.


A introdução do transporte público gratuito é uma medida social importante, analisa o ministro dos Transportes de Luxemburgo, François Bausch. Segundo ele, o governo quer transformar o país, cuja população aumentou 40% em 20 anos, em "laboratório de mobilidade".

O Ministério da Mobilidade, porém, ainda não há números confiáveis sobre a quantidade de passageiros desde a introdução do transporte público gratuito. Medidas contra a pandemia, como lockdowns, impostos imediatamente após a mudança, distorcem as estatísticas dos primeiros meses. A gratuidade da passagem é financiada através do orçamento público, ou seja, por impostos.

Malta
Malta planeja introduzir o transporte local gratuito para todos os cidadãos em 1º de outubro. Isto fará de Malta o segundo país europeu a deixar de vender passagens a seus cidadãos e visitantes.


Entretanto, a medida não foi uma reação à guerra da Ucrânia. O governo anunciou o plano em outubro de 2021 durante o debate do orçamento público. Entre outras coisas, o objetivo é reduzir a dependência dos cidadãos em relação aos carros, disse à DW Bertrand Borg, editor do proeminente jornal maltês Times of Malta.

O projeto em Malta é financiado por impostos. Números exatos, no entanto, ainda não estão disponíveis. Todos os residentes que solicitarem um bilhete especial poderão utilizar o transporte público gratuitamente. Se os turistas solicitarem essa passagem antes de chegarem ao país, também não precisarão pagar.

Hasselt, Bélgica
Não só países inteiros, mas na Europa há também cidades e municípios que dão ou já deram tal passo. A cidade belga de Hasselt alcançou fama internacional principalmente ao introduzir o uso gratuito do transporte público em 1997.

Os cidadãos puderam andar de ônibus e trens gratuitamente até 2013, quando a prefeitura encerrou o experimento porque a longo prazo os custos ficaram muito altos.

Tallinn, Estônia
Na capital estoniana, Tallinn, todos os moradores da cidade não precisam pagar passagem para andar de ônibus e trens desde 2013. A administração municipal decidiu dar este passo também porque muitos não tinham mais condições de arcar com os custos do transporte durante a crise financeira. Entretanto, o projeto teve que ser subsidiado por impostos adicionais.

Até agora, o modelo tem funcionado sem grandes problemas. O transporte público gratuito, porém, é um tema muito controverso no país, diz a jornalista estoniana Evelyn Kaldoja. "Os usuários reclamam do longo espaçamento entre uma viagem e outra. Isto torna o sistema desinteressante para quem trabalha", diz Kaldoja.

Caro para a cidade, mas valioso para os cidadãos: o transporte público em Tallinn é gratuito há muitos anos

Em entrevista à DW, Kaldoja salienta que o projeto não reduziu o número de carros nas ruas. "Apesar do transporte local gratuito, as pessoas que costumavam andar de carro continuam dirigindo seus veículos", diz Kaldoja. Se o tráfego de automóveis diminuiu, isso se deve mais à alta dos preços dos combustíveis, conclui.

Os ônibus e trens são gratuitos não apenas na capital, mas na maioria dos distritos da Estônia.

Dunquerque, França
Em outra cidade europeia, medidas semelhantes levaram realmente a uma redução no tráfego de carros: como em Tallinn, os cidadãos da cidade francesa de Dunquerque podem usar o transporte público gratuitamente desde 2018.

De acordo com um estudo realizado alguns meses após a introdução da tarifa zero, houve uma redução no trânsito de carros: embora dois terços dos entrevistados antes dependessem de seus automóveis, metade disse que agora usa ônibus com muito mais frequência do que antes. Aproximadamente 5% dos moradores até mesmo disseram ter vendido seu carro ou decidiram não comprar um segundo por causa do transporte gratuito.

Ilhas dinamarquesas
Em algumas ilhas dinamarquesas, o transporte público gratuito por um tempo determinado foi introduzido por motivos econômicos.

Lina Holm-Jacobsen, coordenadora de imprensa e marketing da VisitDenmark, disse à DW que a medida fazia parte do programa de apoio do governo dinamarquês para impulsionar o turismo após os lockdowns causados pela pandemia. No verão europeu de 2020 e 2021, a travessia para as ilhas dinamarquesas foi gratuita para os passageiros sem carro. Além disso, os preços dos bilhetes foram significativamente reduzidos durante a temporada de verão.

A balsa gratuita não está mais disponível este ano, mas os visitantes ainda podem se beneficiar de preços reduzidos no transporte público local.

Autor: Burak Ünveren
Informações: MSN
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Etufor altera horários de linhas para otimizar operação

A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) oferece, a partir deste sábado (11/06), as linhas 305 – Bela Vista/Centro, 370 – Parque Santa Maria/Nova Esperança e 326 – Miguel Arraes/Tatumundé. A iniciativa irá unificar as linhas já existentes nesses percursos em horários de menor fluxo, com o objetivo de otimizar a operação de transporte. O itinerário original não será alterado.


Linha 370 - Parque Santa Maria/Nova Esperança: das 9h15 até às 16h e das 20h40 às 0h.

Linhas 392 – Nova Esperança/Siqueira e 381 – Parque Santa Maria/Siqueira: continuam operando no horário de alta demanda (entre 4h30 e 9h40 e entre 15h30 e 21h).

Linha 326 – Miguel Arraes/Tatumundé: segue o mesmo esquema de operação em baixa demanda, das 9h às 15h30 e das 20h30 às 0h.

Os horários de maior fluxo continuam sendo atendidos pelas linhas 388 – Conjunto Tatumundé e 393 – Miguel Arraes / Siqueira (entre 4h30 e 9h e entre 15h30 e 20h30).

Linha 305 – Bela Vista/Centro, que reúne a demanda de passageiros das linhas 305 – Bela Vista/Humberto Monte e 365 – Bela Vista/Viriato Ribeiro: ficará disponível durante todo o dia.

As linhas interligam os bairros aos principais corredores de ônibus e terminais.

Serviço
Fusão de linhas de ônibus - a partir de sábado (11/06)
Linha 370 - Parque Santa Maria/Nova Esperança: das 9h às 16h e de 20h30 até 0h
Linha 326 – Miguel Arraes/Tatumundé: das 9h às 16h e de 20h30 até 0h
Linha 305 - Bela Vista/Centro: durante todo o dia 

Informações: Etufor
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Devido as fortes chuvas no Recife, Empresas de ônibus se unem para arrecadar donativos

domingo, 5 de junho de 2022


Devido as fortes chuvas que causaram mais de 100 mortes da Região Metropolitana do Recife, empresas de ônibus, funcionários e usuários se uniram pela corrente do bem com intuito de arrecadar alimentos e donativos para as vitimas das chuvas que perderam seus lares ou estão desalojados.

Dois ônibus do Conorte e um da empresa Vera Cruz deixaram uma das garagens da CONORTE carregados de alimentos. 

Nesse momento tão difícil, a "Solidariedade Pede Passagem". Continuamos recebendo doações nos nossos terminais.

Informações: Blog Meu Transporte

Mais Informações do Transporte Coletivo de Recife

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Após epidemia, uso de trem, ônibus e metrô cai até 34% em SP

A epidemia deixou sequelas no transporte público da cidade e da região metropolitana de São Paulo. Menos gente viaja agora nos trens e ônibus do que em 2019, o último ano inteiro livre do coronavírus.


Em abril deste ano, o número de passageiros que embarcaram nas linhas do Metrô estatal era 34% menor do que em abril de 2019. Nos ônibus municipais, o número de passageiros transportados era 26% menor. Nos trens da CPTM, que atravessam a região metropolitana, 11,6% menos.

Ainda não existem pesquisas sobre o motivo dessa baixa, mas dados sobre o tipo de passageiro que usa ou deixou de usar trens e ônibus dão pistas. Idosos, estudantes e trabalhadores que dependiam do vale-transporte viajam bem menos. Especulações razoáveis, baseadas em dados indiretos, indicam que a vida nas cidades mudou, com mais teletrabalho, recurso a serviços digitais e compras no comércio eletrônico.

"Ouço muita gente dizer que o medo de infecção afastou as pessoas do transporte público. Pelos dados que temos, não era um dos motivos principais nem durante o pior da epidemia e muito menos agora, quando deve ser um motivo marginal. A epidemia provocou mudanças sociais e econômicas, no comportamento das pessoas, e crise, e isso mudou o transporte público", diz o presidente do Metrô, Silvani Pereira.

O nível de atividade econômica e da gravidade da epidemia contrastam com o esvaziamento relativo de trens e ônibus urbanos.

Quase todas as restrições oficiais a atividades econômicas e sociais devidas ao vírus foram canceladas em março. O número de mortes de Covid em abril era apenas maior do que em março de 2020, no começo da epidemia.

O número de pessoas com emprego na região metropolitana é 6% maior do que no início de 2019; as vendas do comércio e o volume de serviços no estado são também maiores. Os dados são do IBGE.

Pedro Moro, presidente da CPTM, também chama a atenção para a mudança no perfil dos passageiros. Ressalva que a empresa vai fazer apenas em agosto uma espécie de censo preciso da situação.

Entre os pagantes da CPTM, a redução do número de passageiros em relação a abril de 2019 é de pouco mais de 3%; entre os que viajam de graça, ainda de 51%, dizem as estatísticas compiladas pela Folha. No grupo da "gratuidade", como diz o jargão, cerca de 75% são idosos e outros quase 20% são pessoas com mobilidade reduzida, explica Moro. No caso do Metrô, o número de passageiros idosos e de mobilidade reduzida baixou 61%.

Moro, da CPTM, e Silvani, do Metrô, observam que a frequência menor dos idosos em parte se deve à mudança da idade limite para viagens grátis, que baixou de 65 para 60 anos em fevereiro de 2021.

Note-se ainda que, no estado de São Paulo, pelo menos 170 mil pessoas com mais de 20 anos morreram de Covid.

Salários baixos, no pior nível em uma década, e a qualidade dos empregos parece dificultar viagens. No Metrô, o número de passageiros com "Bilhete Único-Vale Transporte" diminuiu 36%.

Caiu muito também o número de passageiros com bilhetes de estudante no Metrô: 60%, em dois anos. Parte disso talvez se deva ao aumento do número de cursos ou aulas online, diz Silvani. Para Moro, é possível que a crise tenha diminuído o número de estudantes em faculdades privadas. Não foi possível obter números recentes das instituições de ensino.

Qual o motivo da diferença grande entre CPTM (que perdeu menos de 12%) e do Metrô (queda de 34% do número de embarcados)? Moro, da CPTM, diz que quem usa os trens da empresa tem perfil diferente. São viagens mais longas e as alternativas são mais caras e demoradas. Na cidade, com viagens mais curtas, é possível recorrer a outros modos de transporte.

É uma possibilidade, diz Francisco Christovam, presidente do SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo), dos ônibus, que ainda perdem 26% do total de passageiros transportados, de abril de 2019 a 2022. A entidade faz conta diferente: compara o número de passageiros dos meses depois da epidemia com a média da primeira quinzena de março de 2020, uma perda de 20%.

Christovam diz que na periferia de São Paulo a ocupação dos ônibus voltou ao normal pré-pandemia. No centro expandido e entorno próximo, não. "Na região da cidade onde as pessoas têm mais renda e opções, pode ter havido mudança mais duradoura de comportamento", diz.

Isto é, no centro mais rico de São Paulo haveria mais possibilidade de teletrabalho, mais recurso ao veículo próprio, à carona e mesmo a bicicleta. Muita gente teria se habituado a recorrer a reuniões, serviços e compras virtuais.

É uma hipótese também do economista Ciro Biderman, professor da FGV-SP, pesquisador do Centro de Estudos de Política e Economia do Setor Público, estudioso do assunto e que foi chefe de gabinete da Companhia de Trânsito de São Paulo (SPTrans) de 2013 a 2015.

Biderman faz a ressalva de que faltam dados de pesquisas específicas e observa que a epidemia não acabou, o que continua a afetar comportamentos. Não basta que exista alternativa de meio de transporte para que ocorram mudanças de hábitos e preferências, mas também a experiência de um novo modo de se locomover, marcha forçada pela epidemia.

"É possível que as pessoas tenham aprendido a usar outros modos [de transporte] por causa do ambiente novo da epidemia, talvez até pela redução da frequência de ônibus, o que é preciso pesquisar. Entre as pessoas de renda mais alta ou também para viagens mais curtas, pode ter havido a volta para o carro particular, uso de moto, aplicativo, carona ou bicicleta. Experimentaram a novidade e talvez não voltem [para o transporte público]".

Lembra também "hipóteses óbvias, à espera de estudos": mudança de comportamento de idosos, teletrabalho, mais vida digital e online.

Moro, da CPTM, diz que tem notado aumento de prestação de serviços como o Poupatempo nas cidades da região metropolitana e mais uso de serviços online do INSS, por exemplo. De fato, o número de postos do Poupatempo nas cidades da Grande São Paulo aumentou desde 2019, assim como seus serviços digitais. Lembra ainda que idosos, mais sujeitos aos perigos da Covid, podem recorrer mais a serviços e comércio próximos de casa. Conta de sua mãe, que aos 86 anos deixou de ir ao sacolão para fazer compras online.

Marcelo Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, diz que a "hipótese do comércio eletrônico é plausível", mas faltam dados. Pode haver mais vendas virtuais, o que não implica necessariamente menos gente a circular pelas lojas físicas.

A participação do valor das vendas do e-commerce no total de vendas do comércio (pelos números do IBGE) aumentou. Era de 5,1% em abril de 2019, foi a 6% em fevereiro de 2020 e chegou a 13,2% em março deste ano, dado mais recente, segundo o estudo MCC-ENET, elaborado pela parceria entre a Neotrust e a camara-e.net.

Informações: Yahoo
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Gasolina mais cara faz pessoas trocarem carro por ônibus, prova estudo

É razoável imaginar que, com o aumento do preço dos combustíveis, muitas pessoas deixem de se deslocar de carro e recorram ao transporte público. Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) resolveram investigar a questão de forma mais aprofundada e criaram modelos matemáticos que permitiram provar essa relação com base na realidade de Curitiba.


Segundo os cálculos dos pesquisadores, os ônibus de trânsito rápido (BRT) da capital paranaense lidam com um aumento de 5 mil passageiros mensais cada vez que o litro da gasolina sobe R$ 0,10.

As conclusões foram publicados na revista Sustainability, referência internacional em pesquisas interdisciplinares sobre sustentabilidade ambiental, cultural, econômica e social. O estudo reuniu informações relativas a um intervalo de dez anos. Dois modelos matemáticos foram criados e aplicados para analisar as variações no preço dos combustíveis, nas tarifas do transporte público, no número de passageiros e no volume de veículos nas ruas entre janeiro de 2010 e dezembro de 2019.

Segundo o pesquisador Luis André Wernecke Fumagalli, do Grupo de Pesquisas em Cidade Digital Estratégica da PUC-PR e um dos autores do estudo, as pessoas levam em conta diversos fatores quando definem como vão se deslocar. Entre os fatores, estão a duração da viagem, a segurança e o conforto. O custo também exerce influência determinante. "Se os preços do combustível e da tarifa do transporte público ficarem estáveis, a tendência é que as pessoas mantenham sua opção."

As variações no número de passageiros foram apuradas a partir do histórico das seis linhas do BRT de Curitiba, que cruzam e conectam a capital paranaense em várias direções e representam quase 30% do total de usuários transportados diariamente na cidade.

O estudo revela que cada carro na rua representa, em média, 25 passagens a menos vendidas no transporte público da capital paranaense. Fumagalli observa que muitas pessoas fazem sua escolha conforme a situação de momento. "O proprietário não vende o carro e começa a andar de ônibus. Ele deixa na garagem. E aí, quando ele volta a achar que vale mais a pena usar o carro, ele para de se locomover por transporte público."

Esse cenário, no entanto, geralmente não ocorre com o motociclista. De acordo com Fumagalli, aqueles que adquirem uma motocicleta tendem a não voltar a usar o transporte público. Diante desse movimento, o volume de motocicletas nas ruas vem aumentando consideravelmente.

Gestão estratégica
Obter conclusões que contribuam para pensar uma gestão estratégica da cidade foi uma das principais preocupações dos pesquisadores. Para Fumagalli, a partir dos dados levantados, é possível discutir melhores práticas para a administração pública, envolvendo, por exemplo, a alocação de recursos.

"O município precisa investir no transporte público, na estrutura viária, na gestão do trânsito para acomodar, por exemplo, as motocicletas. Com maior número de motocicletas nas ruas, normalmente, ocorrem mais acidentes. No caso do transporte público, o número de passageiros é cada vez menor. E o serviço precisa ser viável economicamente”, observa o pesquisador.

Ele ressalta que não se pode imaginar que tirar pessoas dos ônibus é bom. “Com menos passageiros, a passagem vai precisar ser mais cara para manter o funcionamento [do transporte público. E carro demais também é problema, porque passa a ter muito engarrafamento."

Um dos desafios dos municípios é avaliar como o aumento do preço dos combustíveis impacta na sustentabilidade do transporte público. Isso porque o serviço passa a ter simultaneamente mais despesas, para abastecer os veículos, e maior arrecadação, com o aumento do número de passageiros que passam a deixar o carro na garagem. Para os pesquisadores, não é possível fazer generalizações, já que cada cidade lida de forma diferente com o sistema de transporte público. Ainda que a operação seja realizada por concessionárias privadas na maioria das grandes cidades, muitas vezes, elas recebem subsídios municipais.

"Em Curitiba, quando o preço do combustível sobe, há uma compensação feita pela prefeitura. Eventualmente, alguns aumentos acabam sendo repassados para o usuário nos reajustes da tarifa, mas não é algo linear", pontua Fumagalli. Segundo o pesquisador, a série histórica das tarifas revela que estas não acompanham a frequência de aumentos do preço dos combustíveis.

Por saúde e economia, brasilienses têm trocado o carro pela bicicleta

Para permitir o aprofundamento das análises, o estudo terá continuidade. A próxima etapa pretende incluir as bicicletas na equação.

De acordo com Fumagalli, a bicicleta é uma solução ecológica e sustentável do ponto de vista ambiental, mas a ampliação das ciclovias pode acabar gerando impactos sociais e econômicos, se resultar, por exemplo, na subtração de passageiros de ônibus. "O desafio de gerenciamento é encontrar uma união ótima entre o ônibus, o carro, a bicicleta, que se complementam", conclui.

Informações: Diário de Pernambuco
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No Rio, Mais seis linhas de ônibus voltam a circular a partir de segunda-feira


Mais seis linhas de ônibus vão voltar a circular na cidade do Rio a partir desta segunda-feira (6). A informação foi confirmada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) pelas redes sociais, na noite desta sexta. Quatro consórcios de ônibus, que circulam na Zona Oeste, na Zona Sul e no Centro do Rio, serão beneficiados nesta segunda etapa do acordo.

"Seguiremos transformando o sistema de ônibus na cidade. Com aporte de recursos do município, mantivemos a passagem em R$4,05 e faremos com que a população passe a ter um transporte digno. Estamos de olho e acompanhado de perto", escreveu Paes.

Na quarta (1º), onze linhas de ônibus voltaram a circular no Rio, após acordo judicial firmado entre a prefeitura, os consórcios de ônibus e o Ministério Público do Rio (MPRJ), que vai possibilitar melhorias do transporte na cidade, sem aumentar o valor das passagens.

Consórcio Santa Cruz
892 - São Benedito x Santa Cruz
851 - Campo Grande x Escola Amazonas

Consórcio Internorte
665 SVA - Pavuna x Saens Peña

Consórcio Transcarioca
817 - Piabas x Terminal Recreio

Consórcio Intersul
201 - Santa Alexandrina x Castelo
448 - Maracaí x São Conrado

Plano operacional da Prefeitura

A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) estabeleceu um plano operacional para regularizar de forma gradual o retorno de linhas prioritárias, de forma a atender todas as regiões da cidade no prazo de sete meses.

Conforme foi estabelecido no acordo, além da receita da tarifa paga pelos passageiros de R$ 4,05, os consórcios irão receber um valor adicional pelo serviço efetivamente prestado com base no quilômetro rodado. A prefeitura vai atestar a quilometragem rodada por meio de GPS. As linhas que não cumprirem a quilometragem mínima exigida não receberão o pagamento de subsídio.

Informações: O Dia
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Tarifa de ônibus em Salvador é reajustada para R$ 4,90

Os passageiros do transporte público de Salvador pararão R$ 4,90 na nova tarifa, o anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Reis nesta sexta-feira (3). Atualmente, a passagem custa R$ 4,40 para os usuários.


No dia 31 de março, o prefeito de Salvador afirmou que o valor da passagem dos ônibus do transporte público de Salvador foi aumentado no dia 1º de abril em R$ 0,90, passando a custar R$ 5,30. No entanto, o acréscimo ainda não havia sido repassado à população, por causa de manobras que prefeitura fez, para manter a tarifa em R$ 4,40 aos usuários dos coletivos.

Na oportunidade, o gestor disse que dos R$ 0,90 de aumento, R$ 0,30 foram abatidos da outorga a ser paga pelas concessionárias, ou seja do consentimento que a prefeitura dá para que os empresários coloquem seus ônibus para circularem na cidade.

Disse também que do mês de abril até esta sexta-feira (3), a gestão municipal arcou com os R$ 0,60 restantes e, por isso, o passageiro continuou pagando o valor atual, de R$ 4,40. No entanto, o secretario municipal de Mobilidade, Fabrizzio Muller, disse que isso não aconteceu.

Fabrizzio Muller informou que o projeto foi levado para a Câmara, mas não foi pautado. A assessoria da prefeitura explicou que a prefeitura conseguiu manter os preços durante abril e maio, mas que não houve essa alteração no valor, como divulgado por Bruno Reis, no final de março.

O aumento de R$ 0,50 corresponde a um percentual de 20,45% do valor total da tarifa atual, de R$ 4,40. Esse reajuste está muito acima do percentual de inflação deste ano, que chega a 10,74%, e também acima do percentual inflacionário previsto para 2023, que é de 12,5%.

Ainda em março, quando anunciou os valores de reajuste, o prefeito Bruno Reis detalhou que a nova tarifa havia sido calculada e recomendada pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e pela agência de regulação municipal.

Segundo Bruno Reis, durante o anúncio, as empresas vão comprar 170 novos ônibus com ar condicionado, ainda neste ano. Essa quantidade corresponde a 10% do total da frota.

Em março, o Bruno Reis começou sinalizar que a tarifa dos ônibus do transporte público da capital iria ser aumentada, caso o governo federal não oferecesse um subsídio. Até então, ele não havia falado em valores.

O projeto que previa esse subsídio é o Programa Nacional de Assistência à Mobilidade dos Idosos em Áreas Urbanas (PNAMI). A partir dele, seriam transferidos R$ 5 bilhões anuais, do governo federal aos municípios, para que a gratuidade dos idosos seja mantida.

Esse PNAMI chegou a ser aprovado pelo Senado em votação no dia 16 de fevereiro, mas não foi votada pela Câmara dos Deputados.

Programa Nacional de Assistência à Mobilidade dos Idosos

O PNAMI foi criado para que a gratuidade dos idosos seja mantida. O direito ao transporte gratuito, para os idosos a partir de 65 anos, é garantido por lei. Apesar disso, os prefeitos – entre eles Bruno Reis – argumentam que precisam aumentar a tarifa dos ônibus, para manter o benefício. A principal dificuldade alegada é a alta no preço dos combustíveis.

O valor para financiar o programa foi calculado com base no número de idosos e de deslocamentos que eles poderão fazer diariamente. Esse impacto nas contas do governo será custeado pela vinculação do programa aos royalties do petróleo a que a União tem direito.

Para ser beneficiado, o município precisa comprovar que possui sistema de transporte público coletivo próprio. Caso contrário, os recursos irão primeiro para os estados e os entes vão repassá-los às cidades. Os repasses serão proporcionais à quantidade de idosos de cada local.

Informações: g1 Bahia
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SPTrans agiliza embarque das linhas circulares da USP no Terminal Butantã

A SPTrans informa que os passageiros que utilizam as três linhas circulares que circulam na Cidade Universitária terão seu embarque agilizado no Terminal Butantã a partir de sábado, 11 de junho, tornando a viagem dos estudantes mais rápida.
A linha 8075/10 Terminal Campo Limpo – Metrô Butantã terá seu ponto final remanejado para a Rua MMDC (calçada externa do Terminal Metrô Butantã). Essa mudança possibilita a transferência da linha 8032/10 Metrô Butantã – Cidade Universitária para a plataforma lateral esquerda, no lugar da linha 8075/10.
 
As outras duas linhas que atendem os alunos da USP, 8012/10 e 8022/10, ambas denominadas Metrô Butantã – Cidade Universitária, terão mais espaço para o estacionamento dos ônibus dentro do Terminal, trazendo mais conforto na hora do embarque.
 
 
Veja onde embarcar no seu ônibus de acordo com a linha que utiliza:
 
8075/10 Terminal Campo Limpo – Metrô Butantã
Ponto inicial: Terminal Campo Limpo
Ponto final: Rua MMDC, s/nº
Ida: normal até o Terminal Butantã, Rua MMDC.
Volta: Rua MMDC, Rua Camargo, prosseguindo normal.
 
8032/10 Metrô Butantã – Cidade Universitária - Circular
Ponto inicial: Terminal Butantã – plataforma lateral
Sentido Único: Term. Metrô Butantã (plataforma lateral), R. Camargo, prosseguindo normal até a Av. Dr. Vital Brasil, Term. Metrô Butantã (plataforma lateral).
8012/10 Metrô Butantã – Cidade Universitária – Circular
8022/10 Metrô Butantã – Cidade Universitária - Circular
Sem alterações de local.

Informações: SPTrans
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