Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

CBTU retoma Operação Experimental do VLT em João Pessoa

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A CBTU em João Pessoa retomou, na manhã desta segunda feira, 23, a operação experimental com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). As viagens do novo trem estavam suspensas em virtude da quebra de uma das composições ocasionada pelo excesso de lixo na via férrea. A operação experimental ocorrerá nos horários de menos fluxo de passageiros e de segunda a sexta feira. A terceira composição do VLT está prevista para chegar ao sistema no mês de abril.

Segundo o superintendente da CBTU em João Pessoa, Wladme Macêdo, algumas ações foram realizadas para evitar que os novos trens quebrem novamente por conta da negligência da população. “Efetuamos a limpeza nos trechos mais críticos e nos reunimos com líderes comunitários da região lindeira com a finalidade de contar com a colaboração da população no sentido de não jogar lixo na via férrea, bem como ajudar na fiscalização contra pedradas”, afirma.

Ao contrário dos trens antigos, que quando quebra um carro (vagão) ou locomotiva eles são substituídos de imediato e o trem volta ao tráfego, o VLT quando apresenta defeito em algum carro, todo trem é retirado de circulação e é recolhido por completo para a oficina. “Se não houve uma sinergia entre a Companhia e a população para preservar o VLT, teremos muitos trens cancelados”, alerta Macêdo.

Informações: PB Agora

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BRTData é lançado em português e espanhol

Os sistemas de ônibus vem ganhando força nos últimos anos.  A plataforma BRTData.org apresenta dados sobre sistemas BRT (Bus Rapid Transit), BHLS (Bus with High Level of Service) e corredores com prioridade aos ônibus de 190 cidades em todos os continentes. Estes sistemas totalizam 4.991 km de corredores e beneficiam mais de 31,6 milhões de pessoas. Inicialmente disponibilizada em inglês, essa plataforma pública fornece um repositório de dados de uma variedade de fontes, incluindo pesquisadores, agências de trânsito, municípios e ONGs e, a partir de hoje, também pode ser acessada em português e espanhol.

Além de obter informações por continente, país e cidade, é possível realizar comparações entre os dados e gerar tabelas e gráficos.  Dentro dos recortes regionais, estão disponíveis indicadores dos sistemas como percentagem de uso do transporte coletivo, privado e não motorizado; valor das tarifas; demanda diária; quantidade de ônibus por hora; entre muitas outras informações. Por exemplo, a plataforma informa que o Rio de Janeiro tem 16 corredores, dois deles BRT e 14 BRS (Bus Rapid Service) ou então, que o sistema de São Paulo transporta diariamente mais de três milhões de passageiros e tem uma das maiores extensões de corredores, 130 quilômetros. Mapas e fotografias dos sistemas também podem ser acessados.

“Os dados disponibilizados pretendem melhorar o acesso às informações, dando mais transparência aos projetos e fornecendo orientações claras para os tomadores de decisão. A plataforma também é uma fonte de informação confiável e atualizada para pesquisadores e jornalistas que buscam dados sobre mobilidade nas cidades”, afirma Daniela Facchini,Diretora de Projetos & Operações da EMBARQ Brasil. Os sistemas de transporte coletivo com priorização ao ônibus sãosoluções efetivas para o transporte urbano sustentável, melhoram a qualidade de vida, produtividade, saúde e segurança das pessoas que vivem em cidades.

O banco de dados existe desde 2010, mas a plataforma ganhou uma interface mais amigável em dezembro de 2014.  O BRTData.org é um projeto do Programa Across Latitudes and Cultures – Bus Rapid Transit (ALC-BRT), um centro de excelência em BRT. A construção da plataforma e a coleta de dados são o resultado de uma parceria entre a rede EMBARQ, os membros do ALC-BRT, a Agência Internacional de Energia (AIE) e a Associação Latino-Americana de Sistemas Integrados de Transporte e BRT (SIBRT). Atualmente o BRTData.org é gerenciado e atualizado pela EMBARQ Brasil.

Por Caroline Donatti
Informações: EMBARQ Brasil

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Governo do Rio quer que empresas de ônibus paguem novos BRTs

Uma luz no fim do túnel para melhorar a mobilidade na Região Metropolitana e driblar a falta de recursos com a queda na arrecadação estadual e os cortes no orçamento federal. O governo do Rio quer que as concessionárias de linhas de ônibus intermunicipais arquem com pelo menos parte dos custos da construção dos corredores BRT prometidos para a Baixada Fluminense e a área de São Gonçalo, Itaboraí e Niterói,em um modelo de parcerias público-privadas (PPPs). 

O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, explica que a ideia é de que, além da operação, como já acontece nos BRTs do município do Rio, os consórcios que vencerem as licitações injetem o máximo possível de dinheiro nas obras.

Osório disse que pretende licitar, até o fim deste ano, a concessão para as empresas que irão operar as linhas intermunicipais de ônibus na Região Metropolitana e, consequentemente, os futuros BRTs na área. Segundo ele, ainda está em estudo qual participação as concessionárias poderiam ter nas obras.

“Estamos verificando a modelagem que melhor se aplicará à viabilidade econômica. Queremos ver se é possível exigir a participação dos consórcios na totalidade das obras ou em pelo menos parte delas”, acrescentou o secretário.

Para o secretário, se as empresas pudessem arcar com todos os custos seria o modelo ideal no momento em que os cofres do estado sofrem impactos com a queda do preço internacional do petróleo e a desaceleração da indústria petrolífera, que reduziram as receitas do estado.

“Temos o objetivo de construir, pelo menos, mais três BRTs ligando a Baixada ao corredor Transbrasil, para melhorar os deslocamentos para o Centro do Rio, e BRTs para ligar os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, no Leste Fluminense. Estudos de viabilidade que realizamos mostram a demanda desses corredores”, explicou Osório.

O secretário afirma que o estado ainda não tem previsão de quais corredores serão construídos primeiro nem quando as obras serão iniciadas.

Estudo da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor) recomendou a construção de oito corredores BRT na Região Metropolitana (veja o mapa ao lado), que custariam R$ 2,75 bilhões.

Extensão da Linha 4 pode ter parceria 

O governador Luiz Fernando Pezão negocia uma parceria com a Prefeitura do Rio para levar o metrô do Jardim Oceânico até o Recreio e Jacarepaguá após a conclusão da Linha 4, que está sendo construída de Ipanema à Barra da Tijuca. Porém, segundo o secretário de Transportes, Carlos Osório, nenhum dos projetos em estudo tem cronograma definido.

De acordo com Osório, a ideia do governo é estabelecer uma operação urbana consorciada, mesmo mecanismo que viabiliza o projeto do Porto Maravilha. “Estamos trabalhando fortemente para levar o mais breve possível ao governador todas as propostas de parceria.” Quando apresentou o primeiro trem da Linha 4, que chegou da China no início do mês, Pezão prometeu entregar a obra antes dos Jogos Olímpicos de 2016. Apenas a estação Gávea foi adiada para dezembro do mesmo ano.

Linha 3 é revista e extensão da 2 atrai interesse privado 

As secretarias de Transportes e Desenvolvimento Econômico atuam para atrair investidores privados a dois projetos de metrô prometidos pelo governador Luiz Fernando Pezão na campanha eleitoral: Estácio-Carioca-Praça 15 (extensão da Linha 2) e a Linha 3, de Niterói a Itaboraí. Como o Informe do DIA antecipou quinta-feira, o governo, porém, já estuda substituir o segundo por um corredor BRT, que tem custo inferior.

Após uma reunião, antes do Carnaval, com o então secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, Osório afirmou que a ligação Estácio-Praça 15 é a única que já atraiu empresas interessadas. “Este é o trecho mais curto, com maior potencial para agregar passageiros e que apresenta o melhor custo-benefício para participação da iniciativa privada. Informalmente, o mercado se posicionou favoravelmente. Mas esperamos atrair parceiros também para a Linha 3”, sinalizou.

O projeto da Linha 3 estava orçado em R$ 3,5 bilhões e o governo federal já havia prometido, em 2013, financiar R$ 2,57 por meio do PAC. “O trecho inicial tem um compromisso de aporte financeiro do governo federal, mas, à luz das circunstâncias que vive o Brasil, também estamos avaliando a possibilidade de estabelecer PPPs na Linha 3”, disse Osório.

Perguntado se a oferta de recursos para a Linha 3 estaria mantida, o Ministério das Cidades não respondeu até o fechamento desta edição.

Por Gustavo Ribeiro
Informações: O Dia

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Implantação de faixa azul para ônibus emperra no Recife

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A Prefeitura do Recife emperou na implantação de faixa azul na cidade, visto como uma solução para melhorar a situação do transporte público, várias avenidas que já deveriam ter suas faixas implantadas deixam os ônibus presos e consequentemente perca da qualidade e eficiência para os usuários.

Um dos exemplos é a faixa da avenida Recife, que tinha previsão de ser implantada no mês de março de 2014, mas até hoje só o que vemos são ônibus presos nos engarrafamentos.

Hoje, o Recife possui 21,4 quilômetros de Faixas Azuis em três corredores. O prometido pela prefeitura eram 50 quilômetros.

A implantação da Faixa Azul da Mascarenhas de Moraes permitiu o aumento de 23,8% na velocidade média dos coletivos no sentido cidade / subúrbio, que subiu de 21 km/h para 26 km/h, e cerca de 22% no sentido subúrbio / cidade, que subiu de 32 km/h para 39 km/h.

Informações dizem que as próximas faixas de ônibus só serão implantadas após a compra e implantação de câmeras de monitoramento, mas nenhuma previsão dada pela CTTU foi concretizada até então.
Vias que receberão a Faixa Azul, além da Rua Cosme Viana, Avenida Marechal Mascarenhas de Morais e Avenida Engenheiro Domingos Ferreira:

- Avenida Recife
- Avenida Beberibe
- Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho
- Avenida Herculano Bandeira
- Avenida Conselheiro Aguiar
- Avenida Antônio de Góis
- Rua Cônego Barata
- Estrada dos Remédios
- Avenida Visconde de Albuquerque
- Estrada Velha de Água Fria

Blog Meu Transporte

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Dois novos trens da Linha 4 do Metrô chegam ao Rio

Dois novos trens da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca-Ipanema) chegaram ao Rio de Janeiro. As composições estão no porto, serão desembarcadas ainda esta semana e transportadas até o Centro de Manutenção do MetrôRio nas madrugadas dos dias 23, 24 e 25 deste mês.

Cada composição tem seis carros, com capacidade para transportar 1.800 pessoas. Os vagões são equipados com ar-condicionado, painéis de LED com sistema informatizado de comunicação e câmeras de monitoramento interno, além de passagem interna entre os carros. O projeto é o mesmo dos modelos que já operam no MetrôRio desde 2012.

Antes de começarem a circular no novo trecho, os trens serão testados por 90 dias na Linha 1 (Uruguai-General Osório). Inicialmente, as viagens serão realizadas sem passageiros embarcados. Em seguida, com usuários e também na Linha 2 (Pavuna-Botafogo).

O primeiro dos 15 novos trens que vão operar na Linha 4 do Metrô do Rio foi apresentado no início do mês pelo governador Luiz Fernando Pezão e o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio. Até o fim de 2015, outros 12 trens desembarcarão na cidade.

A Linha 4 será inaugurada no fim do primeiro semestre de 2016, beneficiando, mais de 300 mil usuários por dia. Com isso, a frota de trens no metrô do Rio de Janeiro será ampliada em 30%, saltando de 49 trens para 64.

Componentes de vários países

Fabricado na China, os trens recebem peças de vários países diferentes. A carroceria e o truque, onde se localizam as rodas e o motor, vêm da empresa chinesa Changchun Railway Vehicles. O sistema de ar-condicionado é da australiana Sigma. A Mitsubishi Eletric, do Japão, ficou responsável pelo motor de tração. O sistema de portas foi desenvolvido pela austríaca IFE e toda a parte de frenagem do novo trem ficou a cargo da alemã Knorr-Bremse.

Sobre a Linha 4

A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro é o maior legado em transporte que a população do Rio de Janeiro ganhará com os Jogos Olímpicos. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e aproximadamente 16 quilômetros de extensão.

Com a nova linha, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade pagando uma única tarifa, deslocando-se, por exemplo, da Barra da Tijuca à Pavuna. Será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos.

Após passar por uma fase de testes, a Linha 4 do Metrô entra em operação no primeiro semestre de 2016, quando estarão funcionando as estações Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, São Conrado e Jardim Oceânico. A estação Gávea teve o projeto alterado para ampliar a possibilidade de futuras expansões da malha metroviária do Rio e será inaugurada em dezembro de 2016.

O investimento na Linha 4 do Metrô é de R$ 8,79 bilhões, sendo R$ 7,63 bilhões de recursos do Governo do Estado do Rio de Janeiro e o restante da Concessionária Rio Barra, responsável pela implantação da Linha 4 do Metrô, que emprega cerca de 9 mil colaboradores.

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Tarifa de ônibus entre Cuiabá e Várzea Grande sobem nesta segunda-feira

A partir desta segunda-feira (23), a tarifa do transporte intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, terá novo valor. De R$ 2,75, os usuários do transporte coletivo passarão a pagar R$ 3,10, mesmo valor da tarifa em vigor em Cuiabá. Segundo a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager), o aumento estava previsto em contrato.

Ainda de acordo com a agência reguladora, para o reajuste foram considerados os custos das empresas com salários, combustível e manutenção dos veículos, por exemplo. A valor da tarifa dentro de Várzea Grande também teve aumento. De R$ 2,70, subiu para R$ 3,10. Um total de 92 ônibus circulam diariamente nas linhas intermunicipal e transportam mais de 30 mil passageiros por dia.

No ano passado, houve redução no valor da tarifa do transporte intermunicipal após um acordo entre o Ministério Público Estadual (MPE), governo do estado e Ager. De R$ 2,85, caiu para R$ 2,75 no mês de abril. Ficou acordada que a tarifa valeria pelo período específico de 454 dias.

Em Cuiabá, os usuários do transporte coletivo passaram a pagar mais cara pela tarifa no mês passado. Subiu de R$ 2,80, para R$ 3,10, o que corresponde a 10,7% a mais no bolso do consumidor.

Informações: G1 MT

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Número de veículos em Maceió cresce quase 7%

Em dezembro de 2014, a frota veicular de Maceió era composta por aproximadamente 283 mil veículos, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Tal número engloba desde automóveis até motocicletas, caminhões e micro-ônibus. Os números de janeiro a fevereiro deste ano ainda não foram divulgados, mas o crescimento já é visível quando se compara com o número de veículos que a cidade possuía em dezembro de 2013, que era 266,17 mil veículos. Ou seja: cerca de 17 mil a menos.

O crescimento do número de veículos preocupa pela possibilidade de agravamento dos congestionamentos na cidade. Para amenizar o problema que abrange não somente Maceió, mas todas as grandes cidades brasileiras, a Prefeitura tem tomado medidas com resultados positivos na mobilidade principalmente de quem utiliza o transporte público para se locomover.

A criação da faixa exclusiva para ônibus – a chamada faixa azul, nas avenidas Tomás Espíndola, Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro foi uma medida implantada pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito em 2014. De acordo com a SMTT, o objetivo da faixa azul é facilitar e acelerar o fluxo de veículos de uso coletivo em Maceió, estimulando assim o seu uso pela população.

Devido a problemas de velocidade e de disponibilidade de transportes coletivos, muitas pessoas deixaram de usar tal meio e decidiram adquirir o próprio automóvel, como é o caso da estudante Alessandra Aleluia. “Tenho carro, mas andei de ônibus para ir à faculdade e por estudar de manhã tinha muita dificuldade em chegar às aulas na hora certa. Hoje já percebemos a diferença e como o transporte coletivo está mais rápido”, afirma.

A faixa exclusiva também será implantada nas Avenidas Comendador Leão, bairro do Poço, e Dona Constança, na Mangabeiras. Além da faixa azul, a Prefeitura investiu na criação de novas vias como a Avenida Josefa de Melo, ligando o Barro Duro à Cruz das Almas.

As obras da Avenida Paulo Holanda, paralela ao Hospital Universitário, estão avançadas e irão facilitar o acesso aos conjuntos habitacionais Graciliano Ramos e Village I e II. A nova Avenida deve descongestionar o trânsito da Via Expressa no trecho da rotatória da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

por Ascom - SMTT
Informações: Aqui Acontece

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Tarifa de ônibus sobe para R$ 3,25 em Porto Alegre

O acréscimo de R$ 0,30 na tarifa de ônibus de Porto Alegre, referente a um percentual de 10,85%, foi sancionado pelo prefeito José Fortunati nesta quinta-feira. A partir de domingo, o valor, atualmente em R$ 2,95, já será de R$ 3,25. As lotações custarão R$ 4,85. 

Segundo a planilha técnica apresentada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) na reunião do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), ocorrida pela manhã, os itens que mais impactaram na passagem foram a despesa com recursos humanos e o custo da manutenção dos veículos. O relatório apontou uma passagem de R$ 3,2691. O reajuste foi aprovado por 14 votos a três. Durante o encontro do conselho, um grupo de cerca de 80 pessoas protestava em frente à sede da EPTC. 

O gerente executivo e representante da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) no conselho, Luiz Mario Magalhães Sá, votou a favor do valor, mas preferia que o montante fosse maior. “O sistema de transporte coletivo de Porto Alegre passa por uma crise financeira sem precedentes, o que nos preocupa, pois estamos há dois anos só mantendo o que temos, sem fazer investimentos. A frota está envelhecendo gradualmente e, lá na frente, isso afetará a qualidade do serviço”, garantiu. 

A entidade representa os interesses das empresas que operam os ônibus na Capital. Antes de a EPTC anunciar sua proposta, a ATP havia sugerido que a passagem custasse R$ 3,49. Como o valor ficou muito abaixo do que a associação esperava, Sá assegura que não há possibilidade de renovar a frota.

Ele ressaltou, ainda, a boa qualidade do transporte público porto-alegrense, se comparado com outras capitais. “O tempo médio de espera aqui é de 19 minutos, perdendo só para Curitiba, onde é de 18. Há locais em que esse período supera os 30 minutos. O tempo da viagem é o menor de todos, sendo de 56 minutos no total, enquanto no Rio de Janeiro, por exemplo, é de 96 minutos”, disse.

A reunião desta quinta foi a última com Luis Afonso Martins como representante da Central Única de Trabalhadores (CUT). O rodoviário anunciou, depois da votação, que abandonará o Comtu e também a CUT. “Quem analisar a planilha será favorável, pois ela está correta tecnicamente, mas sua metodologia está completamente equivocada. Na planilha, consta que estamos dando nosso dinheiro para os empresários. Este conselho é uma falácia, um circo armado em que a sociedade sai perdendo e só quem ganha são os empresários”, critica. Martins sugeriu que a prefeitura subsidie o aumento e que o transporte seja totalmente operado pela empresa pública Carris.

Getúlio Vargas Júnior, representante da União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa), destacou que a inflação dos últimos dez anos foi 20% menor do que o reajuste médio da tarifa. “Além disso, falta elaboração do Plano de Mobilidade de Porto Alegre, previsto por lei na Política Nacional de Mobilidade Urbana para ser implantado até este ano. Outra questão são as duas licitações esvaziadas, que previam um valor inferior na passagem”, relatou. 

Todos esses componentes, somados à falta de debate com a comunidade, fazem com que a entidade julgue ser responsabilidade da prefeitura subsidiar o aumento e as isenções oferecidas a idosos, deficientes e a certas áreas profissionais, bem como a meia passagem para estudantes. As isenções representam 35% do valor da tarifa, conforme a ATP. “Retirando 35% do preço da passagem, ela não estaria em R$ 2,95, mas sim em R$ 1,91, e o reajuste pedido não seria de R$ 3,27, mas sim de R$ 2,12”, ponderou Vargas.

Para presidente do Comtu, querer serviço qualificado com passe livre é ‘demagogia barata’

O presidente do Comtu, Jaires da Silva Maciel, defendeu a reavaliação anual de custos para manter o sistema funcionando. Sobre a possibilidade de a prefeitura subsidiar isenções, responsabilizou a Câmara Municipal. “Há uns três anos, o conselho encaminhou uma resolução à Casa, que foi acatada, dizendo que todas as isenções que fossem concedidas deveriam indicar, juntamente, a fonte daquele financiamento. Agora estamos vivendo esse episódio da Brigada Militar, que poderá ter seu efetivo com direito a passe livre com ou sem farda, e eles não sinalizaram a fonte da isenção, rompendo o que prometeram”, reclamou.

Os índices de inflação apresentados pelo governo federal foram questionados por Maciel. “O que não está acima da inflação? Não é só a passagem de ônibus. A declaração oficial de inflação é que está abaixo dos preços ideais. Criou-se uma ilusão de que os índices inflacionários promulgados pelo governo federal são uma verdade absoluta, mas os preços das coisas têm a sua própria realidade”, argumentou. “Por que a Mercedes Benz ou a Volvo venderiam ônibus no Brasil mais baratos do que lá fora? São todas empresas multinacionais, que têm cotação internacional, e não são tão afetadas pela inflação brasileira.”

Para Maciel, é “demagogia barata” imaginar que é possível haver transporte público e de qualidade gratuitamente. “Nem a saúde pública consegue ser gratuita e eficiente. Então, acho que está na hora de parar com essa demagogia barata e entender que, para se ter um serviço de qualidade, é preciso pagar por ele”, concluiu.

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Álvaro Fernandes Lottermann, garantiu que a entidade continuará acompanhando a questão. “A pauta é muito importante para os estudantes e a sociedade, e não vamos arredar da posição de aumento zero”, avisou. “O transporte coletivo tem que ser discutido de forma mais ampla e democrática com a sociedade, pois tem sido muito de portas fechadas, no conselho, que é um espaço já dominado pelos empresários. Acreditamos que a sociedade precisa ser trazida para esse debate.”

Por Isabella Sander
Informações: Jornal do Comércio


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