Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

SPTrans apresenta licitação dos novos corredores de ônibus

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, apresentou na manhã desta terça-feira, 9, os planos da Prefeitura para a licitação de 147 quilômetros de novos corredores de ônibus em São Paulo. Os projetos foram detalhados em audiência pública realizada no Instituto de Engenharia.

Durante sua exposição, Tatto abordou a realidade do sistema e os reflexos que as obras trarão para o transporte quando concluídas. Ele revelou o plano de implantar 460 km de corredores nos próximos 12 anos na capital.

A licitação deve estar concluída até o final deste ano e o início das obras está previsto para 2014. A estimativa de investimento para os projetos é de R$ 6,2 bilhões.
Os novos corredores serão instalados nas regiões Sul e Leste da cidade, que são as áreas com maior concentração de moradores e que apresentam uma importante demanda por transportes de massa. 

Vias estruturais e essenciais à ligação dos bairros com o Centro, como as avenidas 23 de Maio, Dos Bandeirantes, Celso Garcia e Dona Belmira Marin passarão a ter áreas exclusivas para os coletivos. Também serão licitados 11 terminais, também nas zonas Sul e Leste, e mais um na zona Norte.

“A prioridade na atual gestão é a democratização do sistema viário entre ônibus e carros, isto é necessário, isto é uma postura necessária e moderna”, afirmou o secretário. Desses corredores anunciados hoje, 80 quilômetros fazem parte da meta de governo de implementar 150 km. Os 70 km restantes estão em licitação desde o ano passado.

Bicicletas
Tatto também acentuou que haverá a valorização do modal bicicleta no sistema com a implementação de ciclovias. Da mesma forma, frisou a importância de integração dos ônibus com o transporte feito por trilhos.

A licitação prevê novidades operacionais que beneficiarão diretamente o usuário do transporte público, com o aumento da velocidade média dos ônibus e, consequentemente, a redução do tempo de viagem. Isto será viabilizado por itens como faixas de ultrapassagem e cobrança desembarcada nas paradas, ou seja, o passageiro pagará a tarifa antes de entrar no ônibus.

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Rio de Janeiro lidera ranking de ciclovias no Brasil

O Rio de Janeiro (RJ) é a cidade brasileira com a maior estrutura cicloviária entre 11 capitais do país. O levantamento foi publicado na edição desta terça-feira, 9 de abril, do jornal Metro, e foi realizado pela ONG Mobilize. Segundo o estudo, a Cidade Maravilhosa possui 300 km de ciclovias, número que corresponde a 3,17% da malha viária total. Curitiba (PR) e Florianópolis (SC) aparecem na sequência.

São Paulo (SP), por sua vez, aparece na décima posição, com a ciclovia representando apenas 0,39% dos 18 mil km da malha viária. O estudo contabilizou 69,8 km de ciclovias já que não leva em consideração os 119,7 km de ciclofaixas do lazer, que funcionam apenas nos domingos e feriados das 7h às 16h. O objetivo do atual governo municipal é aumentar para 150 km de vias exclusivas até 2016.

A última colocação ficou com Salvador (BA). 0,38% da malha viária soteropolitana é destinada à ciclovias. No final de 2012 foi lançado o edital do projeto Cidade Bicicleta, que buscava aumentar os 20 km de ciclovias da cidade para um total de 217 km de vias destinadas à bicicletas. Ele foi apresentado como uma das soluções para a Copa do Mundo de 2014 e era esperado que sua primeira etapa fosse implantanda já no primeiro semestre de 2013.

No entanto, o primeiro edital foi declarado 'deserto' por falta de interesse de empresas do mercado. Uma das possíveis razões foi o valor abaixo do mercado oferecido pelo CONDER (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia) para a prestação do serviço. Segundo a licitação seriam aproximadamente R$ 10.000 por quilômetro, valor cinco vezes menor do que o oferecido em um edital similar feito em Porto Alegre, por exemplo.

Novos terminais de São Paulo contarão com bicicletários

Previstos para serem entregues até 2016, os onze novos terminais de ônibus urbanos de São Paulo contarão com bicicletários. Neles os usuários poderão guardar gratuitamente suas bikes. A instalação dos espaços é requisito para as empresas que disputarem as concorrências.

Serão no mínimo 10 vagas para bicicletas. Dos atuais 28 terminais municipais, apenas seis possuem espaço para guardá-las. A SP Trans, empresa que administra o transporte público, afirma que estão sendo projetados bicicletários em outros terminais, mas sem divulgar local ou data de entrega.

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Cidade de São Paulo precisa de 50 mil bicicletas, diz secretário

Com a criação de 150 km de ciclovias nas vias onde haverá corredores de ônibus, que a Prefeitura de São Paulo já havia anunciado há cerca de dois meses, a cidade prepara também uma concessão para o uso de bicicletas compartilhadas. Conforme o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, a estimativa é de que a cidade precise de até 50 mil bicicletas para serem compartilhadas.

Pela proposta, a bicicleta será alugada com pagamento feito pelo bilhete único. O usuário passaria o bilhete, liberaria a bike, faria uso até outro ponto do programa e devolveria o equipamento. Há possibilidade de que, a exemplo do que ocorre com o serviço feito em parceria com o Banco Itaú, as bicicletas ou até os bicicletários tenham espaço reservado para a propaganda.

O valor do aluguel e os pontos onde haverá bicicletários ainda não estão definidos. Uma das propostas debatidas na Prefeitura é que os consórcios de empresas de ônibus tenham de administrar esse serviço. Outra é que as administradoras de terminais fiquem com a responsabilidade. Há editais de licitação em andamento tanto para a troca das empresas de coletivos quando das administradoras do terminais.

Redesenho

As ciclovias que estão sendo desenhadas fazem parte de um trabalho urbanístico mais amplo que a Prefeitura promete executar com as concessão dos corredores. Chamado de "parede a parede", prevê que a criação das vias para coletivos tenha também enterramento da fiação aérea, reforma das calçadas, do piso das faixas de circulação de veículos e das vias separadas para as bicicletas. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Ônibus da USP têm dobro de usuários que toda a cidade, aponta SPTrans

terça-feira, 9 de abril de 2013

Os ônibus que ligam a Estação Butantã do Metrô à Cidade Universitária, no mesmo bairro, na zona Oeste da capital, estão entre os mais cheios da metrópole. Diariamente, cada veículo das Linhas 8012-10 e 8022-10 (Metrô Butantã-Cidade Universitária) transporta 1.458 e 1.361 passageiros, respectivamente. A lotação representa quase o dobro de usuários se comparada com a média de 800 passageiros por ônibus de toda a cidade, segundo dados da São Paulo Transporte (SPTrans). As duas linhas, operadas por 18 ônibus, são tão lotadas que alguns veículos chegam a transportar diariamente até 1.700 passageiros - a maioria de estudantes da Universidade de São Paulo (USP). Tanto aperto provoca reações. Além da lotação, as filas e a demora entre um carro e outro são as principais queixas.

"Às vezes o ônibus não para, porque tem gente demais. Quando o outro passa, você vai socada", diz a estudante Gabriela Talpo, de 22 anos, do 4.º ano de Geografia. Ela tem problemas no horário de pico noturno, a partir das 22h30. Como alternativa, anda dez minutos até o ponto da Biologia, onde embarca no coletivo vazio. Às vezes, caminha 20 minutos até a estação. "O tempo que demora para passar um circular é o que se leva até o metrô." Aluno do 1.º ano de Jornalismo, William Nunes Luz, de 18 anos, também reclama da dificuldade para embarcar à noite. "É pouco circular para muita gente. Uma vez esperei passar três circulares lotados. Voltei para o ponto anterior para poder entrar e, mesmo assim, fui empacotado. É aterrorizante", diz.

A extinção das 701U-10 (Jaçanã-Butantã) e 724A-10 (Aclimação-Cidade Universitária) e a alteração da Linha 177P-10 (Santana-Butantã/USP), que agora faz ponto final no metrô, intensificam as reclamações. Além disso, as Linhas 107P-10 (Mandaqui-Pinheiros) e 107T-10 (Tucuruvi-Butantã) foram unificadas na 107T-10 (Metrô Tucuruvi-Pinheiros), que também passou a ir até o metrô.

"As linhas iam para a zona norte, mas também davam acesso aos eixos das Avenidas Paulista e Doutor Arnaldo", diz Thales Carpi, diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE). A percepção é de que sobraram poucas alternativas ao Terminal Butantã, saturando ainda mais os ônibus que servem à USP. O DCE cobra melhorias da USP. A prefeitura do câmpus argumenta que, embora comunique as reclamações à SPTrans, as linhas "têm sua programação própria sem qualquer ingerência da USP". Um documento foi encaminhado à prefeitura do câmpus e à empresa, em dezembro do ano passado, com 5 mil assinaturas, contra as mudanças. A SPTrans informou que fará um estudo sobre o problema e que não descarta aumentar o número de carros nas linhas.

Diante do número de passageiros, o consultor de trânsito Horácio Augusto Figueira apresenta sugestões. "Tem de aumentar o número de carros ou colocar um articulado no pico." A empresa informou que a demanda cresceu entre 20% e 25% no começo deste ano. A superlotação seria explicada pelo aumento sazonal do número de estudantes. A expectativa é de que o número caia a partir deste mês, quando há desistências. Além do bilhete único, as duas linhas aceitam o bilhete USP, de uso gratuito dos estudantes. Com o Busp, a circulação de ônibus no câmpus em dias úteis foi de 48 para 50 por hora nos picos. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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Licitação do transporte coletivo de Anápolis continua paralisada

Clima de apreensão em Anápolis quanto ao andamento da licitação do transporte coletivo, que se encontra suspensa pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. A TCA, única concessionária desde a implantação do sistema, em 1963, recorreu do resultado da proposta técnica (empate com o Consórcio Cidade de Anápolis constituído pela Viacap/Palmas e São José/Brasília), no quesito bilhetagem eletrônica, e aguarda o posicionamento do Ministério Público sobre a denúncia de ocupação de área pública (uma rua inteira) pela matriz do Grupo São José. A empresa deve recorrer, também, contra o resultado da proposta comercial, em que o CCA saiu vencedor com um lance 600% maior – oferta de outorga de R$ 27,5 milhões contra R$ 9,5 milhões – comprovadamente inviável, inexeqüível e incompatível com os objetivos da concorrência pública.

A suspensão da licitação até final pronunciamento jurisdicional quanto a qualificação técnica das propostas apresentadas pelo Consórcio Cidade de Anápolis e o questionamento de sua declaração de disponibilidade de imóvel destinado à instalação de garagem para a execução dos serviços não indicam definição jurídica a curto prazo. Até porque cabe recurso em cima de cada recurso.

No tocante à bilhetagem eletrônica, observe-se que a São José usa o sistema do GDF, que não poderá ser exportado para Anápolis, enquanto a Viacap domina em Palmas a tecnologia SBE, mas em quantidade de insuficiente de veículos em operação, diariamente, conforme normativa editalícia. O egrégio TJ-GO determinou a suspensão do certame licitatório até que se comprove em juízo, por meio de julgamento da ação cautelar e principal originárias, a perfeita adequação técnica das propostas. Tramitação sobrestada pelo acatamento do desembargador Fausto Moreira Diniz.

Enquanto a TCA opera bilhetagem eletrônica de última geração em toda a sua frota ativa de 220 ônibus, o Consórcio Cidade de Anápolis terá que provar experiência anterior desta tecnologia, diariamente, em pelo menos 50 veículos, e explicar a omissão de uso da Rua I-10, no Bairro Cidade Jardim. Como se não bastasse, some-se à desdita do consórcio Viacap/São José, o risco de ser penalizado pela outorga além da conta. Licitação não é leilão. O edital 008/2010 da CMTT Anápolis textualiza que a oferta de outorga deve ser compatível com os objetivos do certame: pelos cálculos de especialistas, para reaver a oferta milionária, em 24 meses, o consórcio teria que reajustar a tarifa, imediatamente, para R$ 2,99.              

Entrementes, aguarda-se o posicionamento do Ministério Público quanto à denúncia de ocupação da rua I-10 pela garagem da Expresso São José do Tocantins, na Avenida Brasil Norte, disponibilizada em edital para a operação do sistema. Não bastasse ser uma falta desclassificante, uma vez que a rua não foi desafetada pela Câmara Municipal, considere-se que a São José incorreu também em falsidade ao deixar de informar, no bojo de sua proposta, que uma parte considerável do imóvel declarado como seu, de fato, pertence à Municipalidade. 

Ao se defender da acusação, a empresa alegou ao portal Rede Integrada de Transporte Coletivo que detém a permissão de uso originária da prefeitura, sem explicar a omissão desta informação na fase de habilitação. Constitui ilícito administrativo todo descumprimento de dever legal ou de regra previsto no edital de licitação, como “impedir, frustrar ou fraudar o procedimento licitatório, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem”. Utilizar de documento falso com vistas a participar de licitação é ato passível de sansões previstas no edital, sem prejuízo daquelas de natureza civil ou penal.

A proposta da Viacap/São José é omissa com relação à ocupação de área pública e inexeqüível e incompatível com os objetivos da licitação, na questão do montante da outorga. Questione-se, finalmente, o fato da Expresso São José do Tocantins ocupar área pública, há quase 30 anos, sem compensação ao Município, já que não há como pagar tributos pelo uso de uma rua. 

Diante do imbróglio da licitação, a opinião pública aguarda a decisão judicial sem esconder preocupação com o futuro do sistema de transporte coletivo da cidade, considerado um os melhores do País. O Presidente da NTU, Otávio Cunha Filho, em matéria de capa da revista “Transporte Moderno”, e o blog “Meu Transporte” – o maior do Brasil – afirmaram recentemente que “Anápolis é referência mundial em transporte público”, enquanto a Diretora de Transporte da CMTT, Fernanda Mendonça, confessou à imprensa que a cidade tem folga de qualidade e que a licitação do transporte coletivo ocorre por imperativo da lei.

O diferencial do processo licitatório é que não há pressão popular para o fim do “monopólio” de 50 anos da TCA: nove entre dez clientes entrevistados no Terminal Urbano, ao vivo, revelaram a uma rádio local que o atendimento é bom e que não compensa correr o risco de um retrocesso.

Efetivamente, não compensa. Ninguém pode negar que a TCA está anos luz à frente da São José e da Viacap, em todos os níveis de avaliação. Não se trata de patrimônio líquido - dinheiro limpo - mas de inventário tecnológico, experiência adquirida, mão de obra de excelência, frota moderna e responsabilidade social e ambiental, referenciais que construíram a imagem da empresa e o seu vínculo com os clientes.

Pelo sentir da população, Anápolis tem orgulho de seu transporte púbico, mas enfrenta o risco de um retrocesso na prestação desse serviço essencial. O substantivo da lei coloca em jogo não apenas o futuro de uma empresa com mais de mil colaboradores e cerca de cinco mil dependentes, mas também a qualidade de vida de mais de cem mil pessoas que usam o ônibus para seus deslocamentos. 

Por Manoel Vanderic
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Prazo de análise dos projetos do metrô de Porto Alegre é prorrogado


O prazo de 60 dias para análise dos dois projetos do metrô oferecidos à prefeitura de Porto Alegre (RS) terminou na segunda-feira e o grupo técnico que avalia as propostas pediu mais tempo para escolher a melhor. Com isso, o início das obras, antes previsto para entre julho e setembro deste ano, não tem mais previsão. "Pela complexidade do projeto, não dá para fixar um prazo. Precisa de uma análise mais aprofundada", justificou o secretário municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Urbano Schmitt. Com um trajeto de 14,88 quilômetros e 13 estações, o metrô de Porto Alegre está orçado em R$ 2,4 bilhões. A expectativa é de que entre em operação em 2017. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora. 

A sucessão de prorrogações começou no período de apresentação das Propostas de Manifestação de Interesse (PMI), inicialmente fixado em 12 de novembro, depois transferido para 10 de janeiro e finalmente concretizado em 7 de fevereiro. Duas foram apresentadas: uma pelas empresas brasileiras Odebrecht e Invepar, outra pela espanhola Bustren. A escolha cabe a uma comissão composta por representantes das secretarias municipais de gestão (SMGes), da Fazenda (SMF), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Procuradoria-Geral do Município (PGM). Depois, a proposta vencedora passará por audiência pública e só então será publicado o edital de licitação para execução da obra. Para que a construção se iniciasse até setembro, tudo isso deveria ocorrer ainda no primeiro semestre, mas Schmitt já admite que o cronograma vai mudar. "É um tempo necessário para a maturação e entendimento da PMI. Somente na hora que estiver conclusa essa parte é que vai dar para fixar um novo cronograma."

Informações: Portal Terra

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Recife: Motoristas e cobradores da Empresa Borborema fazem greve nesta terça

Quem precisou utilizar ônibus da empresa Borborema para chegar ao trabalho na manhã desta terça-feira (9) enfrentou dificuldades. Cerca de 150 trabalhadores, entre motoristas e cobradores, reuniram-se na garagem do bairro do Curado, em Jaboatão dos Guararapes e paralisaram as atividades desde as 4h30, cobrando melhorias trabalhistas aos donos da empresa.

Segundo Rosevaldo Filho, cobrador há três anos da Borborema, salários estão defasados e benefícios não estão sendo pagos devidamente. "A nossa hora extra não é paga e fica por isso mesmo. A situação se arrasta há muito tempo e os responsáveis não dão um jeito". Ainda segundo o cobrador, os trabalhadores estão sem receber folga e, quando ficam doentes, não podem parar de trabalhar para ir ao médico porque atestados não são aceitos.

A Polícia Militar foi chamada para caso a manifestação saísse de controle, mas não precisou interferir. De forma pacífica, os trabalhadores protestam e aguardam a chegada de algum representante da diretoria da Borborema para ouvir as reivindicações do grupo. A empresa ainda não se pronunciou.

Nesta manhã, apenas 30 ônibus circulam no Grande Recife e mais de 150 estão parados. A atuação da Borborema está dividida em duas áreas no eixo norte-sul com o setor Boa Viagem, no eixo oeste-Centro com o setor Curado e com linhas alimentadoras e perimetrais do Sistema SEI, disponibilizando ainda opcionais abrangendo os municípios de Recife, Jaboatão, Olinda e Moreno.

Por Karoline Fernandes, da Rádio Jornal
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Fila para entrar no Metrô de São Paulo chega a 30 minutos em estações da zona leste

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A superlotação do metrô de São Paulo chegou às ruas. Passageiros da Linha 3-Vermelha esperam até 30 minutos para ultrapassar as catracas das estações na zona leste - o trajeto entre Itaquera e Sé é percorrido, em média, em 50 minutos. As filas gigantescas tomam as passarelas - todas descobertas - e invadem as calçadas. Uma das paradas mais afetadas é a Corinthians-Itaquera, que dá acesso ao Itaquerão, estádio que terá jogos da Copa no ano que vem.

O Estado acompanhou a rotina dos usuários da Estação Artur Alvim, entre 6h30 e 7 horas, na semana passada. Nesse horário aumenta a demanda no embarque no sentido centro. As reclamações são generalizadas. "Tenho de acordar muito mais cedo por causa das filas. Fico de 20 a 30 minutos esperando só para entrar no metrô todos os dias", diz o fisioterapeuta Aarão da Cruz, de 38 anos, que desembarca na Sé.

Há dias em que a espera pode ser mais longa ou mais complicada ainda. "Quando chove, vira bagunça e todo mundo tenta ir para a parte coberta", diz a auxiliar de escritório Iara Patrícia, de 18 anos, na Estação Corinthians-Itaquera. Ela conta que, em dias de caos no metrô, chegou a esperar uma hora do lado de fora. "Demorei duas horas para chegar ao trabalho. Deveriam gastar menos no estádio (Itaquerão) e mais no metrô", diz.

A representante comercial Maria Cruz, de 27 anos, afirma que a fila em Artur Alvim se divide em três. "Ela faz uma bifurcação para os dois lados da rua. Tem outra parte dela, que é a pior, que começa da outra entrada do metrô, pelo terminal de ônibus."

O estudante Danilo Liberato, de 17 anos, que pega o metrô diariamente na Corinthians-Itaquera, diz que, às vezes, fica difícil até descobrir onde começa a fila. "Tem dias que forma um caracol na passarela, com as pessoas indo e voltando." Para o churrasqueiro José Antonio da Silva, de 55 anos, a espera para passar pela catraca é só começo do sufoco. "Depois tem de pegar o trem lotado, daqui até a Estação Santa Cruz, onde eu desço."

Pela Linha 3-Vermelha, a mais lotada de todas as cinco da rede, passavam em 2012, por dia, 1,191 milhão de passageiros, em média. Foram cerca de 70 milhões a mais de pessoas diariamente na comparação com 2011, quando 1,119 milhão de usuários circulavam pela linha.

No sistema inteiro, a demanda subiu 70% entre 2010 e 2012, passando de 2,7 milhões passageiros transportados por dia para 4,6 milhões.

Redes sociais. Com mais gente assim, não é só para passar pela catraca que os passageiros pegam filas. Nas baldeações, em horário de pico, os passageiros também precisam ter paciência. O caminho entre a Estações Paulista e Consolação pode demorar mais de 15 minutos.

Enquanto esperam na fila, muitos usam as redes sociais, como Twitter, para reclamar. Ao vivo, perfis colaborativos como @UsuáriosMetroSP e @SardinhaExpress dão informações a seus seguidores sobre problemas como falhas na rede e lotação em determinados trechos. Outros fazem filmes e postam no Facebook. A principal cobrança - tanto na internet quanto pessoalmente - é por mais trens.

O professor de engenharia civil Heitor Kawano, do Centro Universitário FEI, afirma que chegou a um ponto de saturação que é impossível aumentar o número de trens. "O intervalo mínimo é o que, tecnicamente com segurança, pode ser", afirma.

As filas acontecem por causa do controle de fluxo feito pela companhia, diz Kawano. "Imagine se o metrô não tivesse catraca. Começaria empurra-empurra, desconforto na plataforma. É preciso controlar o fluxo de entrada de passageiros, de maneira que as pessoas consigam entrar nas estações com segurança."

A lotação acontece em uma cidade com oferta de empregos centralizada e onde um grande número de pessoas entra às 8h. À tarde, principalmente pelo grande número de pessoas que estudam à noite, o fluxo de passageiros voltando para casa se dilui em vários horários.

O arquiteto e consultor em Transportes Flamínio Fichmann defende que a solução seria o Metrô ajudar a investir em um corredor expresso de ônibus entre Itaquera e a região central, pela Radial Leste. "Esse sistema custaria menos de 2% do investimento de uma nova linha." 

Por Artur Rodrigues e Caio do Valle  
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