A nota leva em conta quesitos que possibilitam o cálculo do Índice de Qualidade do Transporte (IQT). São ao todo dez itens, dos quais a Prefeitura está podendo verificar atualmente apenas quatro. Entre eles, a variação do intervalo entre os veículos, o grau de cumprimento das viagens, as reclamações dos usuários quanto ao serviço e a ocorrência de irregularidades, como multas, por exemplo.
“Esses pontos respondem por 60% da avaliação. Só o grau de cumprimento equivale a 35% da nota”, afirma o fiscal municipal Angel Juan Lloret, responsável pelo Centro de Controle Operacional do Transporte Coletivo.
Entre os quesitos que não podem ser verificados atualmente estão os que dependem de outros órgãos ou de equipes de campo. Como o grau de limpeza dos coletivos e a aprovação da frota em vistorias de campo. “Ainda não é possível porque precisamos contratar os funcionários, o que deve ser feito em 2013. Acredito que sejam necessárias entre 20 e 40 pessoas para este trabalho”, calcula Angel.
Enquanto isso, quatro agentes se revezam entre as 6 horas e meia-noite para monitorar, em tempo real, o percurso dos ônibus, se eles estão dentro do prazo ou atrasados e os motivos que podem levar a isso. O sistema possui um banco de dados que acumula as informações de forma permanente.
“Se alguém fizer uma reclamação com o número da linha, local, horário e dia, podemos fazer a comprovação da queixa por meio do sistema. Facilita muito na hora de apontar isso para a concessionária de transporte público.”
A intenção é que a nota da operadora seja diária, de modo que a cada mês seja tirada uma média. Mais do que avaliar, a intenção da Central de Monitoramento é verificar onde estão as eventuais falhas e requerer as melhorias. “Vamos avaliar a evolução do transporte de forma constante.”
A frota de Guarujá é composta por cerca de 165 ônibus, que transportam entre 1,5 e 1,7 milhão de passageiros por mês.