A pesquisa ouviu 4.060 pessoas nas cidades de Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José, Criciúma, Itajaí Chapecó, Lages, Jaraguá do Sul e Palhoça, entre os dias 6 e 28 de agosto passado. Os dados foram divulgados na tarde desta terça-feira (22), no I Fórum de Indicadores de Mobilidade Urbana, que aconteceu no auditório Deputada Antonieta de Barros, da Assembleia Legislativa, e que contou coma presença do governador Raimundo Colombo. A iniciativa é do Instituto Mapa, em parceria como Grupo RBS e com o apoio do Poder Legislativo.
Segundo a pesquisa, as pessoas escolhem o ônibus porque é a única opção ou porque é mais barato. Usam o carro porque é mais rápido e cômodo. Caminham e pedalam porque é mais rápido e saudável. E utilizam motocicletas por causa da agilidade e do baixo custo. Questionados sobre quais meios de transportes utilizam frequentemente, 60% dos pesquisados responderam que se deslocam a pé, 54% de ônibus, 54% de automóvel, 24% de bicicleta e 16% de moto. As cidades de Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Joinville e Palhoça são as campeãs do uso do automóvel.
De acordo com o Instituto Mapa, 32% dos pesquisados moram próximo do local de trabalho e 18% trabalham na mesma região em que residem. Neste cenário, Itajaí tem a menor distância de deslocamento, enquanto os moradores de São José e Palhoça são os que mais se deslocam para outra cidade, no caso Florianópolis, para trabalhar.
Quanto aos transtornos pessoais sofridos em decorrência do trânsito, 25% responderam que já chegaram atrasados ao trabalho, 6% perderam aulas, 2% deixaram de realizar negócios e 2% perderam ou tiveram de mudar de emprego. Acerca dos congestionamentos, 38% afirmaram que enfrentam mais de um por dia e 14%, um por dia.
Para a Mapa, Palhoça apresentou a pior avaliação do transporte coletivo, com índice de 4,8, enquanto Criciúma obteve a melhor nota, 6,4. Florianópolis recebeu nota 5,5. Criciúma e Joinville foram bem avaliadas no quesito disponibilidade de horários, enquanto as piores infraestruturas foram detectadas em Florianópolis e Palhoça. O menor preço em Lages e Chapecó, e os maiores custos em São José e Palhoça.
Segundo o diretor do Instituto Mapa, José Nazareno Vieira, os dados exigem a elaboração de planos diretores orientados ao transporte coletivo, com tarifas atrativas. Também indicam a necessidade da adoção de restrições ao transporte individual através do automóvel, a implantação de sistemas digitais de controle e de informação de tráfego, além da criação de alternativas seguras para pedestres e ciclistas. Nazareno lamentou o fato de que Florianópolis, apesar dos baixos índices de mobilidade urbana, ainda não realizou uma pesquisa de origem/destino das pessoas. “Não dá para planejar mobilidade urbana sem pesquisa de origem/destino”, argumentou Nazareno.