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quarta-feira, 23 de março de 2011Postado por Meu Transporte às 08:17 1 comentários
Marcadores: São Paulo
Goiânia alcançará a marca de 1 milhão de veículos
terça-feira, 22 de março de 2011
Enquanto motoristas de carros e motos viram surgir em importantes vias da cidade grandes obras de engenharia, como os viadutos construídos na Praça do Ratinho e no cruzamento das Avenidas T-63 e 85, os usuários do transporte coletivo, por exemplo, foram obrigados a utilizar um meio de transporte sufocado no parco espaço que ainda sobra para o ônibus nas ruas de Goiânia.
Do mesmo modo, quem utiliza a bicicleta para se locomover não viu surgir um quilômetro sequer de ciclovia em nenhuma região da cidade nas últimas décadas. Pedestres e pessoas com deficiência ainda amargam a total falta de políticas públicas voltadas para a garantia da mobilidade e acessibilidade especialmente no passeio público. "O buraco que surge na via desaparece rapidinho. O buraco na calçada faz aniversário, permanece lá por anos, passa a fazer parte do desvio das pessoas no inconsciente", critica o engenheiro Augusto Cardoso Fernandes, do grupo de Acessibilidade do Conselho de Engenharia, Arquitetura e Agronomia em Goiás (Crea-GO)
Augusto, que é cadeirante, especializou-se em projetos que promovem acessibilidade plena aos espaços, públicos e privados. Costuma dizer que sua missão na terra é conseguir conscientizar o poder público, ao menos, dos riscos de se adotar um modelo de gestão em trânsito e transporte que prioriza apenas o condutor de veículo motorizado. "Mas infelizmente, essa não é uma realidade só de Goiânia. Noventa e cinco por cento das cidades brasileiras pertencem ao automóvel", observa.
Para o engenheiro, a reversão desse atual modelo só se dará, provavelmente, quando a cidade chegar ao colapso. "O que não está longe de acontecer. Basta ver a quantidade de carros que entra em circulação todos os anos", frisa. "O ideal é o investimento em transporte público de qualidade. Se a pessoa gastar menos tempo para chegar ao seu destino de ônibus que de carro, aos poucos ela vai optar pelo transporte coletivo", acentua.
Arquiteta e urbanista, doutora em transporte e coordenadora-técnica do Fórum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia, Érika Cristine Kneib ressalta que o modelo de gestão em trânsito e transporte de Goiânia é insustentável em sua natureza. "A política de priorização exclusiva do automóvel está gerando toda sorte de problemas para as cidades, como a falta de estacionamento e de espaço para circulação, altos graus de poluição na atmosfera e elevado número de acidentes e vítimas", enumera.
Além desses, há ainda a preocupante perda de espaços da cidade, como praças e canteiros, com o objetivo de garantir mais faixas de circulação. "Os investimentos agora devem priorizar o transporte não motorizado e coletivo", alerta a especialista.
O presidente da Agência Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (AMT), Miguel Tiago, frisa que o órgão tem buscado a humanização do trânsito. No entanto, admite que a própria população exerce uma pressão muito grande sobre a administração pública para que garanta mais fluidez ao automóvel. "Vivemos cotidianamente com essa pressão."
Segundo ele, na semana passada esteve com o prefeito Paulo Garcia (PT) discutindo a implantação dos primeiros quilômetros de ciclovia na cidade. Ainda de acordo com o presidente, as atuais intervenções no trânsito também tiveram como objetivo dar segurança ao pedestre. "Todos os cruzamentos agora, há tempo para travessia de pedestres, o que não havia."
Miguel Tiago sustenta que a cidade precisa caminhar para um modelo de mobilidade que sirva a todos. Ele não descarta restringir a circulação de automóveis em determinados locais e horários.
Calçadas expulsam cadeirantesO atleta Samuel Vital da Silva, de 45 anos, já foi atropelado quatro vezes em Goiânia. Acostumado a percorrer grandes distâncias sobre a cadeira de rodas, enfrenta os perigos das ruas da cidade, às quais precisa recorrer sempre que uma calçada esburacada o impede de seguir adiante. "Não é só buracos. Há calçadas com inclinação, degraus, todo tipo de barreira". Samuel se queixa do fato de o poder público não fazer o dever de casa. "Muitas calçadas de prédios públicos têm problemas também."
Goiânia e Brasília lideram maior uso de automóveisLevantamento da ANTP destaca capitais e coloca região Centro-Oeste como a que mais favorece carros
Ex-superintendente da Agência Municipal de Trânsito e Transportes e Mobilidade (AMT), Antenor Pinheiro assume hoje a regional Centro-Oeste da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Ele destaca pesquisa da entidade nacional que apontou a região cuja população é a que mais utiliza o automóvel para se deslocar nas cidades. O índice é puxado por Goiânia e Brasília. Nas demais regiões do País, o principal meio de transporte das pessoas é à pé. Em segundo lugar vem o transporte coletivo e em terceiro o automóvel.
"Enquanto isso, o poder público ainda se revela inerte, tímido em relação à infraestrutura para o transporte coletivo e o transporte não motorizado", sinaliza Antenor Pinheiro. "Não há saída possível para a cidade que prioriza o transporte individual." O novo presidente da ANTP no Centro-Oeste alerta para o fato de que todas as obras realizadas visando dar fluidez ao automóvel acabam rapidamente saturadas. Não resolvem. Administra-se o caos, somente. "E nesse contexto, o transporte coletivo circula a 11 quilômetros por hora, em média, em Goiânia, quando o ideal é que conseguisse circular a pelo menos 25 quilômetros por hora", comenta.
Para Antenor, a melhoria da mobilidade passa pela ousadia dos gestores públicos. Ele cita medidas consideradas impopulares, como as restrições de estacionamento em vias como a T-7 e T-9, por exemplo, que resultaram, no entanto, em ganho de 25% no tempo de viagem do transporte coletivo. "Em Goiânia não há falta de ônibus. Há falta de espaço para o ônibus circular", alega Pinheiro.
Segundo Antenor, reativar a ANTP em Goiás será importante tendo em vista a urgência em se alterar esse modelo de gestão do transporte que prioriza o carro em detrimento do pedestre, do ciclista e do usuário do transporte coletivo. Pedágio urbano, zonas de restrição de tráfego, regulamentação de carga e descarga são temas que estarão em debate nos próximos anos a fim de se buscar saídas para melhorar a mobilidade para todos, não apenas para omotorista de carro.
Sem ciclovia, ciclistas arriscam vida pelas ruasCom boa parte da cidade plana e estações climáticas bem definidas, Goiânia não conta com um quilômetro sequer de ciclovia, por onde poderiam circular com segurança quem opta por se locomover de bicicleta. Não se tem estatísticas muito confiáveis, mas estima-se que só em Goiânia sejam mais de 250 mil bicicletas em circulação. Sem qualquer ação voltada para esse modo de transporte, o que se vê é o aumento do número de acidentes.
De acordo com estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito em Goiás (Detran-GO), em média, 3,4 acidentes envolvem ciclistas todos os dias em Goiânia. Desde 2008, foram 2,8 mil acidentes que deixaram 3.181 feridos e causaram 60 mortes.
"Não há espaço para a bicicleta na cidade, embora o Código de Trânsito estabeleça que a via é do carro, da moto, da bicicleta, do pedestre", critica Eduardo da Costa Silva, advogado e um dos coordenadores do Pedal Goiano, movimento que ganhou corpo na cidade ao defender a implantação de ciclovias nas ruas e avenidas de Goiânia.
"O número de pessoas que utiliza a bicicleta como meio de locomoção só cresce, mas não há nenhum investimento nesse sentido." O movimento defende a implantação de aproximadamente 30 quilômetros de ciclovia instalados nos canteiros centrais das avenidas. A ciclovia ligaria, segundo Eduardo, a maioria dos terminais de transporte coletivo. O objetivo é justamente fazer o uso conjunto e sustentável desses dois modos de transporte.
O projeto apresentado pelo movimento ao prefeito Paulo Garcia (PT) sugere a implantação de ciclovias em vias como Avenida 136 e Jamel Cecílio; T-63; Avenidas Milão e Alpes (acesso ao Terminal das Bandeiras); entre o Cepal do Setor Sul e o Estádio Serra Dourada; nas radiais do Setor Pedro Ludovico, entre outras vias. O advogado sustenta que o investimento em um projeto como esse é muito baixo, mas de alcance incalculável para a segurança do ciclista.
Em três anos, 212 pessoas morreram atropeladasO número de pedestres mortos por atropelamento até outubro de 2010 já era superior que o registrado durante todo o ano de 2009. Para especialistas ouvidos pelo POPULAR, o fato é, também, reflexo da falta de investimento em políticas de mobilidade que não priorizam o pedestre e o transporte não motorizado.
Números do Departamento Estadual de Trânsito em Goiás (Detran-GO) mostram que, desde 2008, 212 pessoas morreram atropeladas nas ruas e avenidas de Goiânia. Em 2009, 69 morreram nestas condições. Até outubro do ano passado, já eram 71 (sendo a estatística mais atualizada do órgão).
A calçada, que teoricamente é o lugar mais seguro para a circulação do pedestre, apresenta-se, quase sempre, como um lugar cheio de armadilhas. Para Augusto Fernandes, engenheiro especialista em acessibilidade e mobilidade urbana, as calçadas são espaços mal cuidados por várias razões. Uma delas é a falsa sensação de poder que as pessoas têm em relação ao passeio público. Se a pessoa acha que é dona da calçada, faz dela o que quer. "A pessoa tem a propriedade da calçada, mas ao mesmo tempo, não tem. Se o poder público delegasse para o cidadão o asfalto na porta de casa, teríamos a cada poucos metros cinco tipos diferentes de asfalto, como ocorre hoje com as calçadas", cita.
Outro fator que compromete a melhoria da acessibilidade nas calçadas, segundo Augusto Fernandes, é a falta de informação da população sobre como fazer a coisa certa.
Nesse sentido, destaca o engenheiro, há um ano, prefeitura, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) e Associação de Dirigentes do Mercado Imobiliário em Goiás (Ademi-GO) estão desenvolvendo uma cartilha da calçada, programada para ser lançada nos próximos dias. O objetivo, com esse material, é conscientizar as construtoras de imóveis para que promovam a realização das calçadas dos seus imóveis de forma padronizada e também dentro das normas de acessibilidade.
Para motivar os empresários, pensa-se na criação de um mecanismo legal que permita ao município compensar a construtora pela obra realizada, que deverá atender às necessidades de arborização, acessibilidade e permeabilidade do solo. Num segundo momento, destaca o engenheiro, pretende-se elaborar um mesmo tipo de instrumento voltado para a população geral. Do mesmo modo, o proprietário poderia ter compensações nos impostos pagos ao município (IPTU/ITU) para o caso de realizar obras que tornassem as calçadas plenamente acessíveis.
Fonte: O Popular
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Marcadores: Goiás, Reportagem especial
Sistema BRT garantirá conforto e agilidade no transporte público de Cuiabá
Postado por Meu Transporte às 08:20 0 comentários
Marcadores: B R T, Mato Grosso, Videos
Em Aracaju, Novo modelo de ônibus circula em teste
Fonte: Prefeitura de Aracaju
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Postado por Meu Transporte às 08:19 0 comentários
Marcadores: Sergipe
Mais de 500 motoristas multados por passar em corredor exclusivo para ônibus em Vitória
Muitos motoristas culpam a falta de sinalização. Porém, qualquer pessoa pode verificar que ela existe no chão e nas placas. Ainda assim, as multas têm sito tão frequentes que a fiscalização foi intensificada. E o prejuízo é grande para os motoristas: R$ 120 no bolso e cinco pontos na carteira.
Somente no ano passado, foram aplicadas quase 75 mil multas em Vitória. Dirigir falando ao celular continua liderando as autuações, seguido por estacionar em local proibido, estacionar no passeio e avançar o semáforo. Mas dirigir sem o cinco de segurança ainda é uma das infrações mais frequentes: de 2009 para o ano passado o número dessas multas ficou quase estável. Foram mais de 2,5 mil.
Postado por Meu Transporte às 08:19 0 comentários
Marcadores: Corredores de Ônibus, Espiríto Santo
No Rio, Adiada nova faixa de ônibus em Copacabana
Postado por Meu Transporte às 08:19 0 comentários
Marcadores: Corredores de Ônibus, Rio de Janeiro
Ciclistas terão rota segura em agosto em São Paulo
Na primeira semana de abril, a Secretaria Municipal dos Esportes assinará um convênio com o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), que ficará responsável pela iniciativa. A promessa é de que o mapeamento esteja disponível em agosto.
Segundo Carlos Torres Freire, coordenador do projeto, nos próximos quatros meses será feito um levantamento de ruas e avenidas para identificar quais podem receber as bicicletas. “Não há mudança na infraestrutura das vias escolhidas. O trajeto funciona sem a necessidade de uma faixa exclusiva”, afirma Freire.
O objetivo é oferecer um percurso que permita o uso da bicicleta no lugar do carro durante a semana e que possa ser feito em grupo ou sozinho. A previsão é que a iniciativa custe cerca de R$ 200 mil.
O mapeamento irá oferecer uma série de rotas, evitando passar por pontos com tráfego intenso, principalmente de ônibus e caminhões. Também não entrarão na listas trechos muito elevados. O trajeto levará em conta a existência de corredores de ônibus, estações de trem e de metrô e até o sentido das ruas, para evitar o encontro de veículos e bicicletas que trefeguem em sentidos opostos.
“Vamos dar prioridade para trechos que passem por equipamentos culturais. A ideia é criar roteiros culturais para aqueles que adotem a bicicleta como transporte nos fins de semana”, diz Freire.
A iniciativa da prefeitura segue modelos adotados em outras cidades do mundo, como Nova York, Londres e Paris, que já oferecem alternativas para quem quer trocar o carro pela bicicleta. Para criar o percurso, três pesquisadores do Cebrap andarão de bicicleta pela cidade, identificando os pontos e criando um banco de informações.
Segundo o coordenador do plano, os mapas serão distribuídos gratuitamente pela prefeitura. Além disso, os trajetos também deverão ficar disponíveis na internet.
Postado por Meu Transporte às 08:19 0 comentários
Marcadores: Bicicletas, São Paulo
DFTrans vai remanejar itinerário das cooperativas de ônibus e micro-ônibus
Atualmente, os cooperados acumulam dívidas com o Banco de Brasília e instituições financeiras privadas e a venda de passagens das linhas atuais é insuficiente para quitar até mesmo o financiamento dos veículos.
Em caráter emergencial, 80 ônibus de empresas privadas vão operar nas linhas da Cooperativa dos Profissionais Autônomos de Transporte (Coopatram) a partir desta terça-feira (22). A cooperativa está em greve desde o dia 11 e segundo Marco Antônio Campanella, diretor-geral do DFTrans, tem uma das situações mais graves do DF.
"A Coopatram está correndo risco de ter os carros tomados para pagamento da dívida [com o BRB] já no mês que vem", alerta. Desde o começo da paralisação, moradores de Planaltina enfrentam demora e veículos lotados - problema que deve ser amenizado com esta substituição.
Fonte: Correio Braziliense
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Postado por Meu Transporte às 08:18 0 comentários
Marcadores: Distrito Federal