O sistema, criado em Curitiba na década de 1970 pelo então prefeito, o arquiteto Jaime Lerner, é conhecido, aprovado e foi copiado em metrópoles de todos os continentes. É o BRT, com ônibus articulados e biarticulados, com capacidade de transportar até 270 pessoas numa só levada, um transporte moderno, seguro, rápido, eficiente que trafega em canaletas exclusivas e param em estações com sistema de controle informatizado e alta tecnologia em todos os serviços.
Nesses 21,2 km precisos dessa primeira etapa, entre o Aeroporto e o Acesso Norte/ Retiro, via canteiro central da Paralela, pistas duplas de ida e vinda. Estão previstos 23 pontos de embarque e desembarque em novas estações, dez novas passarelas e 12 ampliações, 15 viadutos, três pontilhões e três mergulhos pelo itinerário. Um nova Paralela e novos costumes à vista. Tudo isso para garantir que o sistema reduza a média de espera por ônibus que é de 18 para três minutos; e o tempo de permanência do usuário no veículo que é de uma média de 35 para seguros 22 minutos. E isso é só a primeira etapa de um sistema previsto para 127 quilômetros de vias com a integração ao metrô, aos trens do Subúrbio, às praias atlânticas e ao Litoral Norte, contemplando num futuro toda a Região Metropolitana.
A opção pelo uso do BRT em Salvador se deu por causa da rapidez de implantação, a um custo bem mais baixo que outros sistemas, como o metrô, com fácil adequação da infra-estrutura física ao sistema viário. O BRT de Salvador virá com toda a tecnologia acrescida e bem aprovada nos sistemas implantados nas grandes metrópoles, como Londres. Terá portas duplas, automáticas e largas à esquerda dos carros; estações com pisos elevados garantindo o acesso fácil a todos, inclusive aos deficientes; a cobrança será antecipada, em guichês externos; e a circulação dos veículos se dará em vias expressas que permitirão ultrapassagens nas estações, acabando com as filas. Tudo previsto para oferecer o máximo de segurança e conforto.
Na rota Aeroporto/Iguatemi, por exemplo, teremos três tipos de operação dos veículos: o expresso, direto, mais rápido, sem paradas no trajeto; o semiexpresso, que fará poucas paradas intermediárias, apenas três ou quatro no trajeto; e o parador, que fará o pinga-pinga, fazendo parada em todos os pontos/estações do percurso.