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Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

sábado, 3 de abril de 2010


O melhor de percorrer Tóquio, no Japão, é não ter de se preocupar com problemas de locomoção, seja a pé, trem, metrô ou carro. E conseguir isso em uma cidade tão populosa quanto São Paulo, com 12 milhões de habitantes, só foi possível graças ao investimento em transporte público e planejamento urbano contínuo, que inclui melhoria do sistema viário. Diariamente, 90% da população utiliza o transporte coletivo.

O tema foi discutido durante reunião entre representantes do Departamento de Trânsito da capital japonesa e da Prefeitura de São Paulo, ontem de manhã. O encontro, que contou com a participação do deputado federal Walter Ioshi, faz parte da missão oficial cujo objetivo é promover o intercâmbio de experiências na área de administração pública, promovida pela Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo, que também levou para o Japão eventos para comemorar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Com 621 quilômetros quadrados, a área metropolitana de Tóquio corresponde a 10% da área habitacional e populacional do Japão, pela qual circulam 4,6 milhões de veículos. Depois de um histórico de investimento em transporte público sobre trilhos, a cidade, agora, investe para melhorar a malha viária e evitar congestionamentos. Outras medidas, como a pintura de faixas que indicam a proibição de estacionamentos nas principais vias, também foram adotadas. Em Tóquio, tais medidas são respeitadas pela população e se somam aos projetos de expansão, tanto de vias quanto de trens e metrô.

A experiência de Tóquio mostrou que o investimento em transporte público, ao longo de décadas, é a única solução para os congestionamentos, problema que aflige São Paulo, que possui uma frota de 6 milhões de veículos e tem apenas 61 quilômetros de metrô e 270 de trens. Para minimizar o problema, foi adotado o rodízio de caminhões.Rodízio " Segundo o diretor sênior da Divisão de Infra-Estrutura Urbana de Tóquio, Kimi Masu, a possibilidade de restringir a circulação em Tóquio só ocorreria se os planos de expansão de vias e da rede sobre trilhos, em andamento, não surtirem efeito.

De configuração mais organizada, Tóquio não tem problemas com o tráfego de caminhões, já que a carga e descarga é feita dentro dos estacionamentos das empresas, até as 22h. "Quando o estabelecimento não possui área para estacionar, a carga e descarga é feita em um estacionamento próximo, que é gratuito, durante 30 minutos", explicou o diretor.

Segundo ele, um plano de expansão viária e ferroviária iniciado na década de 80 tem prazo de conclusão em 2015. Neste período, a meta é aumentar a malha viária, atualmente de 1.809 quilômetros, para 3.215 quilômetros, número que corresponde apenas a vias de mais de 16 metros de largura.

O plano prevê aumento da velocidade média em 5 quilômetros/h para aumentar os atuais 18,8 km/h. A prioridade, segundo ele, é concluir os anéis viários e vias expressas, com projetos de avenidas subterrâneas e também investir em sistema de linhas de trens elevados, o que diminui os custos e permite espaço para a construção de mais ruas. As intervenções serão feitas com recursos da iniciativa privada, que arca com 14%, e do governo, que responde pela maior parte do bolo.

O investimento pesado na malha viária vai se equiparar ao eficiente sistema de trens e metrôs que a cidade já oferece, que soma mais de 940 quilômetros. Este ano, será concluída uma linha que ligará a província de Chiba a Tóquio. "Em uma das linhas inauguradas temos trens operados por computador. E a rede, que foi construída em nível elevado, tem em sua composição o uso de borracha, para que a movimentação dos trens não cause poluição sonora", disse Masu.

Segundo o diretor, a rede sobre trilhos é usada por 90% da população diariamente. "O tempo de viagem pela rede metroferroviária cai de 60 minutos para 20 minutos, comparado ao uso do veículo", disse Masu.

Fonte: Walter Ihoshi




Video: Bom Dia Brasil
  • O Lado de São Paulo
O Movimento Nossa São Paulo lançou em Setembro do ano passado a terceira edição da pesquisa inédita e exclusiva realizada em parceria com o Ibope sobre Mobilidade em São Paulo. A pesquisa abordou diversos aspectos relativos à locomoção na cidade em perguntas como: Quanto tempo você leva para se deslocar todos os dias para sua atividade principal? Caso houvesse uma boa oferta de transporte público, você deixaria de usar o carro? Com que frequência utiliza transporte público? E bicicleta?
Os entrevistados também responderam perguntas que abordam temas polêmicos e recentes, como a opinião sobre a restrição aos fretados, a ampliação da Marginal Tietê e a liberação do serviço de mototáxi.
Veja os resultados da pesquisa
Veja a repercussão na mídia
Algumas conclusões de 2009, comparadas com os resultados de 2008:
- Cresce 13 porcentuais, em um ano, o número de paulistanos com carros - Passou de 37% (em 2008) para 50% (em 2009) o total de entrevistados que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Dos que possuem carro atualmente, 37% compraram nos últimos 12 meses.
- Cresce também a disposição dos paulistanos em deixar o carro e usar o transporte público – permanece em 43% o percentual dos que “com certeza” deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte e aumentou de 24% para 35% os que “provavelmente deixariam”.
- População se divide quanto à proibição dos fretados – 47% dos entrevistados são a favor da medida e 51%, contrários.
- Também é dividida a opinião quanto à liberação de mototáxi na cidade – 50% são a favor e 48%, contrários. Mas, 57% afirmaram que não utilizariam o serviço, caso fosse liberado, e 37% disseram que utilizariam.
- Maioria é a favor da ampliação da Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo – 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê. Porém, para 56% das pessoas o dinheiro utilizado na obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus.
- A Saúde continua sendo o problema mais grave de São Paulo. Educação está em segundo lugar
– Passou de 53% (2008) para 65% (2009) o percentual de entrevistados que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Neste ano, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, Educação e Trânsito. No ano passado, a ordem era: Saúde, Desemprego e Trânsito.
- A população de São Paulo está totalmente insatisfeita com o trânsito – a nota média para a situação do trânsito na cidade, de 1 a 10, está em 3,0. Para 47% dos entrevistados, o trânsito é considerado “péssimo”.
- A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos entrevistados.
- O paulistano desperdiça, em média, 2h43 todos os dias no trânsito.
- Cresce o número de usuários do transporte público – aumentou o percentual dos que utilizam, todos os dias, ônibus (de 20% para 28%), metrô (6% para 13%) e trem (3% para 5%). E é praticamente o mesmo o percentual dos que usam carro todos os dias ou quase todos os dias: 29%.
- A maioria ainda é a favor do rodízio de dois dias - 52% dos entrevistados são a favor do rodízio de 2 dias em São Paulo – entre os que utilizam carro, o percentual cai para 44%.
- A maioria é contrária à criação do pedágio urbano – 26% são a favor. Entre os usuários diários de carro, esse percentual sobe para 29%.
- Os carros, caminhões e ônibus são os principais responsáveis pelo aquecimento global (65%), seguidos pelas indústrias (64%) e pelo desmatamento (55%).
- Tempo de espera nos pontos ou terminais e a lotação nos ônibus em São Paulo pioraram no último ano. Para 44% dos usuários de ônibus o tempo de espera pelos ônibus aumentou em relação há um ano e, para 50% dos usuários, os ônibus estão mais lotados. (Os indicadores estão entre os previstos na Lei 14.173, regulamentada em 2006, que determina à Prefeitura o fornecimento de indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos)
- Para 67% do total de entrevistados na pesquisa, os investimentos feitos para melhorar a circulação na cidade deveriam priorizar “o transporte coletivo, com ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus”. Apenas 10% dos pesquisados disseram que os investimentos deveriam priorizar o “transporte particular, com a construção e ampliação de avenidas, pontes e viadutos”.
- 40% dos entrevistados que afirmam utilizar carro estão dispostos a deixá-lo em casa e usar transporte público, bicicleta ou pegar carona. E 22% já fazem isso regularmente. 25% não estão dispostos a fazê-lo.
- 41% disseram estar dispostos a trocar o carro por um menos potente mas que polua menos. 8% já o fazem e 25% não estão dispostos a fazê-lo.

Fonte: Nossa São Paulo

Video: Jornal A Gazeta
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Linhas Bacurais em Recife


O Consórcio Grande Recife informou os horários e linhas dos ônibus bacurais que circulam nas madrugadas na Região Metropolitana do Recife. Veja sua linha:
  • Tabela 01
    http://img401.imageshack.us/img401/9880/horriobacurais.jpg
    Linhas: AEROPORTO, RESID. BOA VIAGEM, JARDIM PIEDADE, CANDEIAS, UR-02(Ibura), ALTO DOIS CARNEIROS, UR-11, JORDÃO, CONJ. MARCOS FREIRE, CABO, CAVALEIRO, JABOATÃO, MORENO, JARDIM SÃO PAULO, TOTÓ, CURADO II, CURADO IV, TORRÕES, MONSENHOR FABRÍCIO, CDU (Várzea), SÃO LOURENÇO.
  • Tabela 02http://img220.imageshack.us/img220/7948/horriobacurais1.jpg
    Linhas: LOT. S. COSME DAMIÃO, NOVA DESCOBERTA, DOIS IRMÃOS, CASA AMARELA, MORRO DA CONCEIÇÃO, BREJO, CÓRREGO DO JENIPAPO, ALTO SANTA TEREZINHA, DOIS UNIDOS, ALTO JOSÉ BONIFÁCIO, JARDIM BRASIL, ÁGUAS COMPRIDAS, OURO PRETO, MARANGUAPE II, MIRUEIRA, IGARASSU, CAETÉS, AMPARO, RIO DOCE, PAU AMARELO.
Fonte: Consórcio Grande Recife de Transportes

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Ônibus de linhas municipais de Niterói vão reduzir índices de poluição


Os 600 ônibus de linhas municipais que circulam em Niterói vão reduzir seus índices de poluição sonora e atmosférica. Toda a frota será monitorada através de um convênio que será assinado nesta quarta-feira, no Museu de Arte Contemporânea, pelo prefeito Jorge Jorge Roberto Silveira e representantes do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários (Setrerj) e Fetranspor.
Com o monitoramento, os ônibus serão adaptados para trafegaram dentro dos padrões de emissão de gás carbônico. Haverá, também, monitoramento e controle dos níveis de poluição sonora, aplicação de limites de emissão de fumaça preta mais rígidos do que os previstos pelas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente.
O convênio também fixa critérios de compensação ambiental dos níveis de emissão de gases de efeito estufa (CO2) do setor de transportes através de reflorestamento de áreas degradadas em Niterói e promoção de ações voltadas para a educação ambiental no setor de transportes.

Fonte: O Globo

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Confusão nas novas paradas de ônibus em Caxias do Sul


Basta ficar 10 minutos na parada de ônibus da Rua Bento Gonçalves, entre a Visconde de Pelotas e a Dr. Montaury, para perceber que boa parte dos usuários do transporte coletivo mostra-se confusa. O motivo são as recentes alterações nos pontos de embarque e desembarque. A queixa dos passageiros, entretanto, não é pela necessidade de se adaptar às mudanças, mas pela falta de informações claras sobre onde o ônibus de seu bairro efetivamente para.

Na terça-feira à tarde, a doméstica Cátia Borges, 34 anos, perdeu tempo porque estava no ponto errado à espera do ônibus que faz a linha Vila Ipê. Ela parou na Bento, entre a Garibaldi e a Visconde, quando deveria estar uma quadra acima, entre a Visconde e a Montaury. A confusão ocorreu porque em alguns dias, na semana passada, o Vila Ipê chegou a passar pela parada onde Cátia estava, mas acabou mudando o itinerário novamente.

— Temos de nos adequar e não me incomodo com isso, mas precisamos saber das coisas. Hoje (ontem), fiquei 20 minutos na quadra anterior. A moça da loja me viu e avisou que as paradas tinham mudado. Resultado: perdi um dos ônibus. Não sabemos mais ao certo os horários nem os locais onde eles passam — reclama Cátia.

Confusão e desordem foram os comentários mais ouvidos pela reportagem do Pioneiro entre 15h e 16h da última terça-feira no paradão da Bento, entre a Visconde e a Montaury. O secretário municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade, Vinicius Ribeiro, diz que aceita as críticas da comunidade. Ele lembra, no entanto, que a pasta vem trabalhando com três formas de comunicação para melhor informar sobre essa etapa do processo de troncalização do transporte coletivo. A primeira ação ocorreu em janeiro, numa conversa com líderes de associações de moradores de bairros.

A ideia era saber o melhor ponto para os terminais que seriam tirados do Centro. Em fevereiro, houve reuniões com moradores. Mais recentemente, a secretaria comunicou aos usuários por meio do Jornal do Ônibus. Motoristas e operadores de sistema da Viação Santa Tereza (Visate) também prestam informações.

— À medida que começamos a transferir os terminais para os bairros, fomos orientando a população e não houve problemas. Este é o momento em que o sistema começa a se acomodar e a gente tem de fazer ajustes. Intensificaremos a comunicação agora — garante o secretário.

Fonte: Pioneiro
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Santo André ganha 12 ônibus adaptados


A Prefeitura de Santo André entregou ontem 12 ônibus adaptados a cadeirantes. A iniciativa, em parceria com o Consórcio União Santo André, ajudará na locomoção de parte dos cerca de 70 mil deficientes existentes no município, que já tinha 60 veículos deste tipo na frota.
"As pessoas (com deficiência física) querem a liberdade de ir e vir", disse o secretário de Obras e Serviços Públicos, Alberto Rodrigues Casalinho, contando que o aumento da frota adaptada é uma das maiores solicitações da população.
A intenção, segundo o secretário, é de que, no máximo em quatro anos, todos os ônibus do município - que totalizam 401 - estejam adaptados para deficientes. Ainda neste ano, mais 30 ônibus do tipo, com capacidade total para 33 passageiros, devem ser entregues. Os veículos foram custeados pelo consórcio, e os ônibus valem R$ 250 mil.
As novas linhas de veículos adaptados farão os seguintes trajetos: T23 (Cidade São Jorge-Estação de Santo André), T25 (Vila Suíça-UniABC, T12 (Jardim Alzira Franco-Estação de Santo André); T18 (Parque João Ramalho-Ipiranguinha); U22 (Parque Capuava-Estação Utinga); I07 (Paraíso-Vila Lucinda); B11 (Paraíso-Vila Guiomar), U26 (Parque Capuava-Estação Utinga).

Fonte: Diário do ABC
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Campinas contará com ônibus executivos no transporte público


Mais uma novidade no transporte público. A cidade terá uma Rede Executiva para complementar o atendimento do Sistema InterCamp, promovendo novas opções de deslocamento.

Na Rede Executiva, serão oito linhas, com novas opções de trajeto, sem sobreposição integral aos itinerários das linhas atuais do serviço convencional (ônibus). Nessas linhas, vão operar veículos com padrão de conforto superior ao dos ônibus convencionais com ar condicionado e conforto semelhante aos veículos rodoviários. A Rede Executiva será operada pelas empresas concessionários do InterCamp.

Essa rede contará com o monitoramento por meio de GPS. Futuramente, os usuários poderão acessar o site da EMDEC para conhecer o ponto de passagem dos ônibus e acessá-los nas próximas parada.Nos ônibus executivos, os passageiros só serão transportados sentados e não haverá cobrador. As tarifas serão diferenciadas, variando de R$ 5,00 a R$ 8,00 (confira tabela); os usuários poderão pagar com o Bilhete Único, mas sem direito à integração.

A operação das 8 linhas será ajustada em função da sua utilização. A EMDEC já previu que desse total, quatro vão circular de segunda a domingo, e quatro nos dias úteis.Serão garantidas ligações para o Aeroporto, a partir da Rodoviária (via Prestes Maia) e do Aeroporto ao Cambuí (via Aquidaban); do Centro ao Campo Grande (via Chapadão), do Centro à Cidade Judiciária (via Norte-Sul), do Centro ao Shopping Iguatemi (via Nova Campinas), do Centro à Cidade Universitária II – (via Primavera); da Prefeitura até o Parque Prado (via UNIP) e, futuramente, Swiss Park; e do DIC VI ao Shopping D. Pedro.

Vale destacar que as linhas que atenderão aos shoppings terão parada no portão principal de acesso desses empreendimentos.

Fonte: ABN Agência Brasileira de Notícias
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Serviços de ônibus estão à beira do colapso na região do ABC


Quem depende do transporte público em Diadema e São Bernardo convive com o caos. O Diário acompanhou ontem a rotina desses passageiros nas regiões centrais e em bairros das duas cidades. O cenário encontrado: pontos lotados, coletivos cheios, atrasos e muita espera. Segundo especialistas, a solução para estes problemas vai além do aumento da frota, com a priorização dos ônibus nas vias públicas.
A dona de casa Beatriz de Lima, 17 anos, é moradora do Jardim Ipê, em São Bernardo. Na manhã de ontem, acompanhada do filho de 2 anos, estava "espremida" no primeiro assento de um ônibus da linha 15, da SBC Trans. "Procuro sentar na frente para que seja mais fácil sair. É mais seguro quando estou com o meu filho. Como sempre está lotado, conseguir um lugar é motivo de briga", disse.
Cobradora de ônibus em Diadema há 23 anos, Vera Lucia Costa Silva, 53, enfrenta diariamente os problemas do transporte público - como passageira e profissional. "Tem que melhorar muito. Falta segurança, coletivos novos e profissionais. A pior linha de todas é a de numero 31 (da ETCD, que liga a Vila Paulina ao Terminal de Diadema). Os ônibus estão sempre lotados. Eu reclamo muito, mas também ouço muito quando estou do outro lado", disse.
A bancária Camila de Oliveira, 23, é moradora do distrito de Riacho Grande, em São Bernardo. Para trabalhar, precisa ir até o bairro Paulicéia, na mesma cidade. Um trajeto de cerca de 15 quilômetros, que de carro pode ser cumprido em 30 minutos, de ônibus, é percorrido em duas horas.
"Pego um coletivo da linha 30 da SBC Trans, no Riacho Grande, e sigo até a Avenida Lucas Nogueira Garcez, no Centro. De lá, eu embarco em um ônibus da linha 02 ou 03 (da mesma empresa) até o trabalho. As condições são muito ruins. (Os coletivos) estão sempre lotados, são lentos, e o calor dentro deles é insuportável", disse Camila.
LENTIDÃO - Para o presidente do Centro de Transporte Sustentável do Brasil - associação sem fins lucrativos que desenvolve soluções de mobilidade urbana - Luis Antonio Lindau, a má qualidade dos serviços prestados é um reflexo do colapso dos transportes coletivos.
"Os espaços são mais dedicados aos carros. Com isso, os ônibus não têm vez. Isso só pode terminar em superlotação, com os coletivos cada vez mais lentos. Uma solução seria investir nos corredores exclusivos, e na montagem de sistemas de gerenciamento mais ágeis. Não no aumento da qualidade de coletivos", comentou Lindau.
Opinião semelhante à da especialista em trânsito e colunista do Diário, Cristina Baddini. "Poderia haver uma central unificada para o controle do tráfego de veículos no Grande ABC, de modo que, caso necessário, fosse possível liberar vias apenas para os ônibus. Falta prioridade para os coletivos", afirmou.

Fonte: Diário do Grande ABC
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Joinville: O cálculo feito pelas empresas para o reajuste das passagens


Queda no número de passageiros, aumento no custo da manutenção, do diesel, do quilômetro rodado, crescimento da frota de ônibus, pagamento de impostos e o futuro reajuste nos salários dos funcionários são os argumentos das empresas de ônibus Gidion e Transtusa para o pedido de aumento de 15,22% na tarifa de ônibus, ou R$ 0,35. Caso seja concedido pela Prefeitura, a passagem custaria R$ 2,65.

O pedido de reajuste das empresas foi protocolado na segunda-feira. A Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) já olhou os números, mas as reuniões só devem começar na semana que vem. O secretário Ariel Pizzolatti diz que ainda não sabe qual será o caminho. “O que mais temos são possibilidades, mas não temos definição.”

Além do aumento, a gestão também estuda a possibilidade de garantir a gratuitade para idosos entre 60 e 64 anos.Se seguir o que fez ano passado e der aumento pela inflação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que foi de 4,38% nos últimos doze meses, a tarifa não passaria de R$ 2,41.

Mas o presidente da Gidion, Moacir Bogo, discorda dessa conta. O empresário recorda que, no ano passado, as planilhas das empresas apontavam para cobrança no valor de R$ 2,42, enquanto a conta da Prefeitura ficava em R$ 2,36. Mas o concedido foi R$ 2,30.“O serviço não pode ser corrigido pela inflação. Existe uma lei que nos garante o aumento pelos insumos. No ano passado, a inflação chegava ao valor de R$ 2,27, daí falaram que nos deram três centavos para ajudar na gratuidade dos idosos. Isso não acontece. Na verdade, estamos recebendo seis centavos a menos”, enfatiza.

Para Bogo, o maior responsável pelo índice pedido é a queda no número de usuários. “Se tivéssemos o mesmo número de passageiros da última comparação (novembro de 2008), o preço não passaria de R$ 2,50”, diz. De novembro de 2008 a março de 2010, houve queda de 155 mil/mês.

Fonte: A Notícia
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