Quem depende do transporte público em Diadema e São Bernardo convive com o caos. O Diário acompanhou ontem a rotina desses passageiros nas regiões centrais e em bairros das duas cidades. O cenário encontrado: pontos lotados, coletivos cheios, atrasos e muita espera. Segundo especialistas, a solução para estes problemas vai além do aumento da frota, com a priorização dos ônibus nas vias públicas.
A dona de casa Beatriz de Lima, 17 anos, é moradora do Jardim Ipê, em São Bernardo. Na manhã de ontem, acompanhada do filho de 2 anos, estava "espremida" no primeiro assento de um ônibus da linha 15, da SBC Trans. "Procuro sentar na frente para que seja mais fácil sair. É mais seguro quando estou com o meu filho. Como sempre está lotado, conseguir um lugar é motivo de briga", disse.
Cobradora de ônibus em Diadema há 23 anos, Vera Lucia Costa Silva, 53, enfrenta diariamente os problemas do transporte público - como passageira e profissional. "Tem que melhorar muito. Falta segurança, coletivos novos e profissionais. A pior linha de todas é a de numero 31 (da ETCD, que liga a Vila Paulina ao Terminal de Diadema). Os ônibus estão sempre lotados. Eu reclamo muito, mas também ouço muito quando estou do outro lado", disse.
A bancária Camila de Oliveira, 23, é moradora do distrito de Riacho Grande, em São Bernardo. Para trabalhar, precisa ir até o bairro Paulicéia, na mesma cidade. Um trajeto de cerca de 15 quilômetros, que de carro pode ser cumprido em 30 minutos, de ônibus, é percorrido em duas horas.
"Pego um coletivo da linha 30 da SBC Trans, no Riacho Grande, e sigo até a Avenida Lucas Nogueira Garcez, no Centro. De lá, eu embarco em um ônibus da linha 02 ou 03 (da mesma empresa) até o trabalho. As condições são muito ruins. (Os coletivos) estão sempre lotados, são lentos, e o calor dentro deles é insuportável", disse Camila.
LENTIDÃO - Para o presidente do Centro de Transporte Sustentável do Brasil - associação sem fins lucrativos que desenvolve soluções de mobilidade urbana - Luis Antonio Lindau, a má qualidade dos serviços prestados é um reflexo do colapso dos transportes coletivos.
"Os espaços são mais dedicados aos carros. Com isso, os ônibus não têm vez. Isso só pode terminar em superlotação, com os coletivos cada vez mais lentos. Uma solução seria investir nos corredores exclusivos, e na montagem de sistemas de gerenciamento mais ágeis. Não no aumento da qualidade de coletivos", comentou Lindau.
Opinião semelhante à da especialista em trânsito e colunista do Diário, Cristina Baddini. "Poderia haver uma central unificada para o controle do tráfego de veículos no Grande ABC, de modo que, caso necessário, fosse possível liberar vias apenas para os ônibus. Falta prioridade para os coletivos", afirmou.
A dona de casa Beatriz de Lima, 17 anos, é moradora do Jardim Ipê, em São Bernardo. Na manhã de ontem, acompanhada do filho de 2 anos, estava "espremida" no primeiro assento de um ônibus da linha 15, da SBC Trans. "Procuro sentar na frente para que seja mais fácil sair. É mais seguro quando estou com o meu filho. Como sempre está lotado, conseguir um lugar é motivo de briga", disse.
Cobradora de ônibus em Diadema há 23 anos, Vera Lucia Costa Silva, 53, enfrenta diariamente os problemas do transporte público - como passageira e profissional. "Tem que melhorar muito. Falta segurança, coletivos novos e profissionais. A pior linha de todas é a de numero 31 (da ETCD, que liga a Vila Paulina ao Terminal de Diadema). Os ônibus estão sempre lotados. Eu reclamo muito, mas também ouço muito quando estou do outro lado", disse.
A bancária Camila de Oliveira, 23, é moradora do distrito de Riacho Grande, em São Bernardo. Para trabalhar, precisa ir até o bairro Paulicéia, na mesma cidade. Um trajeto de cerca de 15 quilômetros, que de carro pode ser cumprido em 30 minutos, de ônibus, é percorrido em duas horas.
"Pego um coletivo da linha 30 da SBC Trans, no Riacho Grande, e sigo até a Avenida Lucas Nogueira Garcez, no Centro. De lá, eu embarco em um ônibus da linha 02 ou 03 (da mesma empresa) até o trabalho. As condições são muito ruins. (Os coletivos) estão sempre lotados, são lentos, e o calor dentro deles é insuportável", disse Camila.
LENTIDÃO - Para o presidente do Centro de Transporte Sustentável do Brasil - associação sem fins lucrativos que desenvolve soluções de mobilidade urbana - Luis Antonio Lindau, a má qualidade dos serviços prestados é um reflexo do colapso dos transportes coletivos.
"Os espaços são mais dedicados aos carros. Com isso, os ônibus não têm vez. Isso só pode terminar em superlotação, com os coletivos cada vez mais lentos. Uma solução seria investir nos corredores exclusivos, e na montagem de sistemas de gerenciamento mais ágeis. Não no aumento da qualidade de coletivos", comentou Lindau.
Opinião semelhante à da especialista em trânsito e colunista do Diário, Cristina Baddini. "Poderia haver uma central unificada para o controle do tráfego de veículos no Grande ABC, de modo que, caso necessário, fosse possível liberar vias apenas para os ônibus. Falta prioridade para os coletivos", afirmou.
Fonte: Diário do Grande ABC
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