Basta ficar 10 minutos na parada de ônibus da Rua Bento Gonçalves, entre a Visconde de Pelotas e a Dr. Montaury, para perceber que boa parte dos usuários do transporte coletivo mostra-se confusa. O motivo são as recentes alterações nos pontos de embarque e desembarque. A queixa dos passageiros, entretanto, não é pela necessidade de se adaptar às mudanças, mas pela falta de informações claras sobre onde o ônibus de seu bairro efetivamente para.
Na terça-feira à tarde, a doméstica Cátia Borges, 34 anos, perdeu tempo porque estava no ponto errado à espera do ônibus que faz a linha Vila Ipê. Ela parou na Bento, entre a Garibaldi e a Visconde, quando deveria estar uma quadra acima, entre a Visconde e a Montaury. A confusão ocorreu porque em alguns dias, na semana passada, o Vila Ipê chegou a passar pela parada onde Cátia estava, mas acabou mudando o itinerário novamente.
— Temos de nos adequar e não me incomodo com isso, mas precisamos saber das coisas. Hoje (ontem), fiquei 20 minutos na quadra anterior. A moça da loja me viu e avisou que as paradas tinham mudado. Resultado: perdi um dos ônibus. Não sabemos mais ao certo os horários nem os locais onde eles passam — reclama Cátia.
Confusão e desordem foram os comentários mais ouvidos pela reportagem do Pioneiro entre 15h e 16h da última terça-feira no paradão da Bento, entre a Visconde e a Montaury. O secretário municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade, Vinicius Ribeiro, diz que aceita as críticas da comunidade. Ele lembra, no entanto, que a pasta vem trabalhando com três formas de comunicação para melhor informar sobre essa etapa do processo de troncalização do transporte coletivo. A primeira ação ocorreu em janeiro, numa conversa com líderes de associações de moradores de bairros.
A ideia era saber o melhor ponto para os terminais que seriam tirados do Centro. Em fevereiro, houve reuniões com moradores. Mais recentemente, a secretaria comunicou aos usuários por meio do Jornal do Ônibus. Motoristas e operadores de sistema da Viação Santa Tereza (Visate) também prestam informações.
— À medida que começamos a transferir os terminais para os bairros, fomos orientando a população e não houve problemas. Este é o momento em que o sistema começa a se acomodar e a gente tem de fazer ajustes. Intensificaremos a comunicação agora — garante o secretário.
Fonte: Pioneiro
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