
Para Roberto Diogo, o fato da tarifa não aumentar, neste momento, significa economia, pois na sua casa quatro pessoas dependem dos ônibus e micro-ônibus. “Se hoje a R$ 2,05 você carrega R$ 100,00 - não dura um mês, dependendo da quantidade de ônibus que tem de pegar, imagine com a tarifa a R$ 2,42”, se assusta ele.
Enquanto a população segue a vida, normalmente, com a tarifa do transporte de Cuiabá estagnada, empresários não sabem mais o que fazer. Segundo o presidente do Sindicato do Transporte Alternativo de Cuiabá (Seta/Cuiabá), João Pedro Wesner, os empresários querem o aumento pelo fato de não estarem tendo lucro algum com o transporte na Capital.
Por que aumentar?Segundo o presidente da Associação Mato-grossense dos Transportes Terrestres (MTU), Ricardo Caixeta, há dois anos a tarifa não tem aumento e neste meio tempo houve aumentos nos preços dos insumos, como pneus, salários dos funcionários, óleo diesel, manutenção dos veículos, além do atendimento à novos bairros de Cuiabá. Ele ainda diz que Cuiabá é uma cidade em que o custo do transporte é alto, devido ao fato dela “ser esparramada” e das condições de trafegabilidade serem ruins. De acordo com o conselheiro da Corecon, Anaor Silva, “a população precisa saber que não é a quilometragem das linhas que define a tarifa, mas sim o Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK)”.
De acordo com Francisco, essa greve não tem nada a ver com o aumento da tarifa do transporte coletivo de Cuiabá e sim com o reajuste salarial. "Se fosse por causa da tarifa, Várzea Grande não entraria em greve também, porque eles já tiveram reajuste, inclusive no transporte coletivo intermunicipal que a Ager já realizou. Várzea Grande vai parar também por causa do reajuste salarial”, disse Francisco.