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VLT inicia nova etapa de fiscalização em cartões de passagem no Terminal Gentileza

quinta-feira, 10 de julho de 2025


Os passageiros que desembarcarem no Terminal Gentileza, na Zona Portuária, deverão validar o cartão utilizado para o pagamento da tarifa também na saída, nas catracas de acesso ao mezanino a partir desta quarta-feira (9). A nova fiscalização ocorre em dias úteis, das 10h às 15h.

Segundo a concessionária, a medida foi criada para evitar que passageiros usem o VLT de graça. Para aqueles que tiverem efetuado o pagamento dentro dos vagões, não haverá nova cobrança.

Além disso, quem não tiver feito a validação pode ser abordado por fiscais ou guardas municipais e receber multa, que varia de R$ 170 a R$ 255.

Novo sistema de bilhetagem  
Vale ressaltar que, desde o 2 de agosto, o uso do Jaé passou a ser obrigatório para todos os passageiros no VLT. A tarifa continua em R$ 4,70, e o pagamento deve ser feito por aproximação (NFC), com cartão físico ou digital.

Informações: O Dia

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Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) estão chegando com força

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Uma expansão da malha de trilhos urbanos, metropolitanos e entre cidades no Brasil – que está em gestação e começará a se concretizar em pouco tempo – promete trazer pelo menos uma dúzia de novos sistemas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Até onde se podia ver na primeira quinzena de junho de 2025, a implantação desses sistemas, uma vez integralmente efetivada, significará mais 367,58 quilômetros desse tipo de transporte rápido, eficiente, sustentável e estruturante em diferentes cidades do país.

Atualmente, há dez sistemas de VLT, totalizando 281,46 km, que atendem passageiros em mais de 20 grandes e médias cidades. Parte dessa rede corresponde a antigos sistemas de trens criados no fim do século XIX e início do século XX, que chegaram ao século XXI transformados em trens suburbanos, e mais recentemente foram reconfigurados, passando a operar com composições de VLT.

Os sistemas de VLT em operação atendem ao Rio de Janeiro, as cidades paulistas de Santos e São Vicente, na Baixada Santista; os municípios cearenses de Fortaleza, Caucaia, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. Também são atendidas por VLT as cidades de Maceió, Satuba e Rio Largo, em Alagoas; Santa Rita, Bayeux e João Pessoa, na Paraíba; Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco; Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz e São Jose Mipibu, no Rio Grande do Norte, e Teresina, capital do Piauí.

Os Futuros Sistemas
No Distrito Federal, se busca a implantação de uma linha de VLT em Brasília, com 22 km. Em Salvador, capital da Bahia, prosseguem as obras de construção do VLT que correrá no espaço deixado pelo subúrbio ferroviário, dividido em três trechos e totalizando 36,38 km. 

No Paraná, o governo avalia um VLT entre Curitiba e São José dos Pinhais (26 km). O governo de Santa Catarina anunciou em fevereiro de 2025 a contratação de estudos sobre um sistema de VLT que ligaria a capital, Florianópolis, a cidades de seu entorno, como Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça, Jurerê, Canasvieiras e São José.

No Sudeste
Em 2024, foi inaugurada a Linha 4-Laranja do VLT Carioca (5,1 km e 11 paradas), ligada ao terminal Gentileza. Em operação desde junho de 2016, o VLT Carioca conta com quatro linhas em funcionamento e cerca de 28 km de extensão. Trata-se de um sistema que conecta pontos estratégicos da cidade, promovendo integração com metrô, trens, barcas, ônibus urbanos e intermunicipais, BRT e o aeroporto Santos Dumont. O VLT Carioca opera com uma frota de 32 composições, cada uma com capacidade para até 420 passageiros.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse ter interesse em transformar dois sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), operados com ônibus, em VLT. São eles o TransOeste, com 62,5 km, e o TransCarioca, com 43 km. Pensa-se ainda na implantação do VLT da Zona Sul, que teria extensão de 12 km.

Ainda no estado do Rio de Janeiro, está em exame o chamado VLT de Niterói, ligando o bairro do Barreto ao Centro da cidade, com potencial de extensão até Charitas. A extensão total do sistema deverá ser de 11,4 km, sendo que a primeira etapa terá cerca de 5 km e nove estações.

O governo capixaba estuda um sistema de VLT interligando a capital, Vitória, a Vila Velha, com extensão total de 34,8 km; uma das linhas com extensão proposta de 25,5 km, outra com 7,8 km e a terceira com 1,5 km.

Projetos Paulistas
Em território paulista, estuda-se o VLT de Campinas, com 44 km, 18 estações, ligando o centro ao aeroporto de Viracopos e cidades vizinhas; este sistema terá conexão com o Trem Intercidades Eixo Norte, a nova ligação ferroviária com a capital, já licitada. Também está em exame o VLT entre as cidades de Sorocaba e Iperó, com 25 km de extensão, integrado ao Trem Intercidades Eixo Oeste, este, com leilão previsto para acontecer no último trimestre de 2025.

A futura Linha 14 do sistema de trilhos da região metropolitana de São Paulo deverá ter 41 km, 23 estações e 41 carros de VLT com capacidade para 600 passageiros cada um e intervalo médio de cinco minutos.

Há propostas para implantação de dois sistemas de VLT no centro de São Paulo, com 12 km de extensão no total, integrados a projetos de revitalização urbana. Outra ideia é o VLT Barra Funda-Mandaqui, com 8 km – projeto elaborado por diferentes entidades e sugerido às autoridades.

Na Baixada Santista, o sistema de VLT segue em expansão: o primeiro trecho (Barreiros-Porto de Santos), com 11,5 km, foi entregue em 2017. O segundo (Conselheiro Nébias-Valongo, 8 km) está em obras. O terceiro (Barreiros-Samarita, 7,5 km) está previsto para ser iniciado em breve.

Estudo Nacional
A articulação institucional em torno da mobilidade urbana ganhou novo impulso com o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), conduzido desde 2024 pelo ministério das cidades e pelo BNDES. A iniciativa visa mapear as demandas e oportunidades de transporte de média e alta capacidade nas 21 maiores regiões metropolitanas do país.

Levantamento preliminar divulgado em março de 2025 apontou cerca de 400 projetos em potencial, abrangendo trens, metrôs, sistemas de VLT e BRTs. Estima-se que, para viabilizar esse conjunto, seriam necessários investimentos superiores a R$ 600 bilhões. Os dados ajudarão a estruturar a Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana e devem alimentar a carteira de projetos do Novo PAC.

A ideia é identificar projetos prioritários, de modo que o ministério das cidades possa contribuir com os investimentos necessários, o que inclui tanto o financiamento de obras quanto o apoio à elaboração e estruturação de projetos de mobilidade urbana.

Informações: Canal Technibus

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Marcopolo Rail conclui exportação de trens para o Chile

domingo, 29 de junho de 2025

A Marcopolo Rail fez o embarque de mais dois carros para a Empresa de Los Ferrocarriles del Estado – EFE Trenes de Chile, empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária daquele país. Com isso, a divisão especializada no desenvolvimento e produção de veículos ferroviários concluiu o fornecimento das três composições previstas para este ano no mais importante negócio internacional realizado.

“O objetivo agora é acompanhar a entrega das composições e dar suporte nos testes de campo, que serão realizados ao longo do segundo semestre, para que os veículos possam entrar em operação ainda este ano, beneficiando mais de 300 mil pessoas das zonas rurais do vale central e da zona costeira, na região do Maule”, destaca Petras Amaral Santos, gerente executivo da Marcopolo Rail.

Os trens vão operar na linha Talca-Constitución, um circuito interurbano de transporte de passageiros de média distância, com 88 quilômetros de extensão, 11 estações, que vai transportar cerca de 50 mil passageiros por ano, ligando quatro municípios. O contrato com a EFE inclui o fornecimento de material rodante, peças de reposição e manutenção.

Veículos modernos e eficientes
As unidades do modelo Prosper fornecidas são modernas, eficientes e bidirecionais, pois possuem cabines de operação em cada extremidade. As composições têm capacidade para transportar 223 passageiros, sendo 80 sentados e 143 em pé. Os modelos vão contar com climatização, espaço destinado para pessoas com mobilidade reduzida, além de um sanitário adaptado. São três unidades Diesel Multiple Units, DMUs, com dois carros cada uma, com portas em ambas as laterais, poltronas com apoio de braço, portas USB e mesa dobrável no encosto. Para maior conforto térmico, os trens terão sistema de ar-condicionado independente para cada carro.

“O negócio com a Empresa de Los Ferrocarriles del Estado – EFE Trenes de Chile, reforça a posição da Marcopolo Rail como player importante no cenário metroferroviário internacional e fortalece nossa atuação neste mercado, o que pode facilitar a nossa entrada em outros países da América Latina, com possibilidade de expansão da mobilidade sobre trilhos”, afirma Petras Amaral Santos.

Transformação da mobilidade sobre trilhos
Desde o início das suas atividades, em 2019, a Marcopolo Rail tem trabalhado para conectar a mobilidade sobre trilhos com o futuro e identificar oportunidades que contribuam para o avanço do segmento em linha com as atuais demandas globais.

Além do fornecimento à tradicional empresa pública chilena, dentre os projetos já aprovados e desenvolvidos estão o Prosper VLT, primeiro veículo leve sobre trilhos (VLT) da Marcopolo Rail e que em 2024 entrou em operação em uma rota turística operada pela Giordani Turismo, em Santana do Livramento (RS). A companhia também é responsável pela fabricação dos people movers fornecidos para o consórcio AeroGru. O consórcio é responsável pelo projeto de transporte que conecta a linha 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) aos terminais 1, 2 e 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo (SP).

Informações: Jornal de Brasília

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VLT no Centro do Recife está garantida no projeto do Novo Cais, garantem Iphan e PCR

sexta-feira, 9 de maio de 2025

A Prefeitura do Recife e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) garantiram que o futuro Parque da Memória Ferroviária, que integra o projeto do Novo Cais José Estelita, prevê a implantação de um sistema de transporte urbano sobre trilhos com VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), semelhante ao VLT Carioca, que conecta o Centro do Rio de Janeiro ao Porto Maravilha e ao Aeroporto Santos Dumont na capital fluminense.

A garantia foi dada durante a entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (7/5) pelo Consórcio Novo Recife - inclusive com a presença do vice-prefeito do Recife, Victor Marques - para anunciar a liberação do novo sistema viário do Cais José Estelita e o início das obras de construção do Parque das Águas (às margens da Bacia do Rio Pina) e do Parque da Memória Ferroviária. 

O projeto, ainda básico e sem estudos de viabilidade - vale ressaltar -, começou a ser elaborado em 2019 e ficou pronto em 2022. Prevê um ramal de VLT com 5,6 quilômetros e que passaria pela área do Novo Cais onde vai ser construído o Parque da Memória Ferroviária, por trás dos edifícios e às margens da Avenida Sul.

O ramal de VLT permitiria uma conexão multimodal com o Metrô do Recife e o sistema de ônibus através do Terminal Integrado Largo da Paz, em Afogados, na Zona Oeste da capital. Faria uma ligação entre a Estação Largo da Paz e o Terminal Marítimo, passando pelo Marco Zero, no Bairro do Recife.

Na época, quando a doação do terreno de 50 mil metros quadrados do antigo pátio ferroviário inativado à área pública do Cais José Estelita foi feita pelo governo federal à Prefeitura do Recife, a Superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Recife passou a temer que o projeto do VLT não fosse priorizado. Isso porque vinha negociando, com o governo federal, o repasse do chamado Pátio Ferroviário das Cinco Pontas (como é chamado a área onde estão a oficina e a área de manobra dos trens da antiga RFFSA) desde 2015. E de ter, inclusive, provocado a Prefeitura do Recife a conhecer a proposta do Sistema de VLT um pouco antes da doação.

“Nas diretrizes que estamos desenvolvendo para a criação do Parque da Memória Ferroviária está garantido a preservação das linhas que ficam próximo à Avenida Sul para que elas fiquem operacionais. Isso significa que não haverá nenhuma intervenção que inviabilize o transporte ferroviário. A passagem do trem, do VLT”, explicou a arquiteta do Iphan, Emília Lopes, que está à frente da coordenação do Parque da Memória Ferroviária.

Segundo a arquiteta, também será garantida uma área para a manobra dos VLTs, que era o principal temor da CBTU e que poderia inviabilizar o ramal ferroviário. “Essa área de manobra também está garantida. Ela não precisa ser rotunda, mas como a do VLT Carioca, no Rio de Janeiro, por exemplo, que vai e vem”, explicou.

O VLT que a CBTU defende para o Centro do Recife seria semelhante à proposta do VLT Carioca, rede de veículos leves sobre trilhos que percorre o Centro e o Porto da cidade do Rio de Janeiro, conectando todas as demais redes de transporte metropolitano (metrô, trens, BRT, ônibus, barcas e teleférico, além de aeroporto, rodoviária e terminal de cruzeiros).

O ramal está previsto entre a Estação Largo da Paz, em Afogados, e o Terminal Marítimo do Porto do Recife, permitindo a integração com o sistema de transporte urbano em operação e utilizando a malha ferroviária existente, sem desapropriação. O projeto permite a operação urbana compartilhada e atenderá polos geradores de demandas, atuais e futuros.

O custo de implantação do ramal está estimado, atualmente, em R$ 200 milhões. Terá extensão de 5,6 quilômetros, dez estações a cada 400 metros, com operação de segunda-feira a domingo, das 5h às 23h, com três VLTs que vão circular no trecho a uma velocidade de 20 km/h e tempo de viagem entre os dois terminais de 25 minutos.


A implantação do VLT seria realizada em três fases:

Fase 1: Estação Largo da PAz/Estação Cinco Pontas
Fase 2: Estação Cinco Pontas/Parada Ponte Giratória
Fase 3: Parada Ponte Giratória/Parada Terminal Marítimo

A Prefeitura do Recife conquistou mais 50 mil metros quadrados (cinco hectares) de área pública no terreno do Cais José Estelita, fazendo com que a área inicial prevista para o público dobre de tamanho e chegue a 100 mil metros quadrados. O anúncio foi feito pelo prefeito João Campos (PSB) em junho de 2024, como um importante avanço na requalificação da área do Cais José Estelita.

Segundo a PCR, a incorporação dos 50 mil m² do antigo pátio ferroviário inativado ao projeto do parque linear que está previsto para ficar localizado na Bacia do Pina aconteceu após uma longa negociação envolvendo diversos órgãos do governo federal.

Com isso, a área pública vai dobrar de tamanho e a primeira etapa das obras do parque linear devem ser iniciadas em aproximadamente 60 dias. Também segundo a PCR, a área vai incluir a preservação da memória ferroviária em um investimento de R$ 20 milhões, com o espaço ficando disponível para todas as pessoas da cidade. A doação foi feita pela Advocacia Geral da União (AGU), mas diversos órgãos federais participaram do processo: ANTT, TNL, DNIT, IPHAN, SPU e MPF.

O projeto integra o sistema viário de planejamento para a Avenida Sul, a Rua Imperial e o complexo adjacente. O custo de toda a ampliação será arcado pelo empreendedor privado - Novo Recife -, totalizando mais de R$ 120 milhões em ações mitigadoras. Caberá à gestão da Prefeitura do Recife definir como os parques públicos serão integrados, entre tantas outras decisões sobre as contrapartidas do Novo Recife. Considerando todas as ações mitigadoras, 65% da área contemplada será projeto de área pública e 35% será composta por empreendimentos imobiliários.

Por Roberta Soares
Informações: JC Uol

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Transporte de passageiros sobre trilhos economizou cerca R$ 12 bilhões no Brasil em 2024

domingo, 4 de maio de 2025

O setor metroferroviário brasileiro vem em uma crescente nos últimos anos, com novos investimentos e projetos. Esse impulso está exposto no Balanço Metroferroviário da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), que revelou o aumento do número de passageiros e uma economia de R$ 11,7 bilhões com transporte no Brasil.

Conforme o balanço, anunciado durante a Intermodal, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de abril, em São Paulo, os sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos transportaram 2,57 bilhões de pessoas ao longo do ano, crescimento de 3,6% em relação a 2023. Se, por um lado, as pessoas utilizaram mais trens, metrôs e VLTs (Veículo Leves sobre Trilhos), a redução da circulação de veículos individuais e ônibus permitiu uma economia de aproximadamente R$ 12 bilhões. Somado a isso, é pertinente supor que houve queda nos gastos com manutenção de vias.

Além disso, 2,4 milhões de toneladas de poluentes não foram emitidos. Esse dado vai ao encontro do estudo ‘Situação Global do Transporte e Mudança Climática Global’, publicado durante a COP-24, em 2018. Neste relatório, consta que os trens, principalmente os cargueiros a diesel, são os menos poluentes entre os modais. O transporte sobre trilhos seria responsável por apenas 3% das emissões de CO2, enquanto os carros de passeio seriam responsáveis por 45%.

Aliás, o balanço da ANPTrilhos levantou que o uso de transporte metroferroviário para passageiros reduziu o consumo de 1,2 bilhão de litros de combustíveis fósseis. Já no quesito bem-estar, os modais que funcionam sobre trilhos permitiram uma economia de 1,5 bilhão de horas no transporte diário.

O tamanho do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil
Para a ANPTrihlos, 2024 foi um ano marcado por avanços importantes no setor. Por exemplo, a operação da Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro e a expansão do Metrô de Teresina. Até o fim do ano de 2024, a malha metroferroviária brasileira somava 1.137,5 km.

Além disso, o balanço ressalta a concessão do Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas e os avanços nos sistemas metroferroviários de São Paulo e Belo Horizonte como pontos positivos do ano.

Ao longo do ano, o setor inaugurou três estações de embarque e desembarque de passageiros: a Estação Várzea Nova (Trens Urbanos de João Pessoa), a Estação Colorado (Metrô de Teresina) e o Terminal Gentileza, que, além de atender o VLT Carioca, integra outros dois modos de transporte. Por outro lado, houve desativação da Estação Mutange do Trens Urbanos de Maceió.

Ao total, o Brasil conta com 21 sistemas de transporte urbano de passageiros sobre trilhos, localizados em 12 unidades federativas e 15 regiões metropolitanas. São 73 municípios atendidos, com cerca de 8,1 milhão de passageiros por dia. Esses usuários utilizam 49 linhas de metrô, trens urbanos, VLT, Monotrilho e AMP (Automated People Mover).

Para isso, percorrem 633 estações, administradas por 16 empresas. Nove delas são concessionárias e sete empresas públicas. Apenas duas gestões de sistema ficam no âmbito federal: Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

Tamanho das linhas
Em 2024, a Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro acrescentou 0,4 km de trilhos. Somado à expansão do Metrô de Teresina, com mais 2,5 km, a malha ferroviária para passageiros fechou o ano com mais 2,9 km. Entretanto, a revisão dos dados de outros sistemas mexeu na somatória dos quilômetros de trilhos brasileiros. Em Brasília, o metrô saiu dos 39,10 km para 42,38 km. Já o Metrô de Teresina foi de 13,6 para 13,5 km. A maior redução foi percebida no VLT do Rio Janeiro, de 13,1 para 11,1 km.

Portanto, dos 1.137,5 km de malha metroferroviário brasileira, os metrôs têm 310,8 km distribuídos em 16 linhas e os trens urbanos têm 536,0 km em 15 linhas.

Passageiros do transporte sobre trilhos no Brasil

Os passageiros do transporte metroferroviário no Brasil atingiram uma média diária de 8,61 milhão de pessoas em 2024. Isso representa uma alta de 420 mil passageiros por dia. Conforme o balanço do setor, 73,4% dos passageiros usam o transporte para ir trabalhar. Dos usuários, 55,2% tem entre 20 e 39 anos e 51,2% são do gênero feminino.

Apesar do aumento no número de passageiros, alguns Estados apresentam quedas significativas. No Rio Grande do Sul, o reflexo das enchentes que afetaram a região no primeiro trimestre de 2024 levou a uma queda de 34% no volume de passageiros.

Na mesma toada, a Paraíba continuou em queda, situação já identificada em 2023. Apesar da redução ser menos, de 27,1% para 20%, o sistema ainda enfrenta desafios para atrair usuários. Em Pernambuco, a queda saiu de 10,8% para 6,9%, entre 2023 e 2024. Conforme a ANPTrilhos, essa redução está associada diretamente a problemas operacionais, como cancelamento e atrasos.

Já no Rio de Janeiro, o registro de redução foi menos, de 3,5% para 1,2% de queda. No caso carioca, a associação explica que o principal causador da redução é o aumento da tarifa e a força do subsídio municipal no sistema de ônibus.

Por outro lado, o Distrito Federal, que havia registrado crescimento no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, apresentou, no acumulado do ano, pequena oscilação negativa no acumulado do ano. De 2,2% de crescimento em 2023 para 0,9% de queda em 2024. Entretanto, no Piauí, a recuperação foi expressiva, com reversão do cenário anterior, de -20% para +30%.

Oferta de lugares caiu
O que também impacta a aderência no sistema de transporte sobre trilhos é a oferta de lugares. Em 2023, a ANPTrilhos identificou que haviam 5,4 bilhões, já em 2024, o número caiu para 5,2 bilhões. Isso fica perceptível no número de carros, que registrou queda de 1,8%, chegando a 4.790. Apesar disso, o índice de previsibilidade nos sistemas cresceu, de 98,6% para 98,8%.

Funcionários do setor metroferroviário
O setor metroferroviário fechou 2024 com 39,7 mil empregados, uma queda de 6,9% em relação a 2023. A principal redução foi no quadro de funcionários com vínculo empregatício, que saiu de 30,5 % para 28,4%. Entretanto, a quantidade de terceirizados cresceu, de 10,2% para 11,3%.

De acordo com o balanço, a participação feminina se manteve, com 22% do quadro das contratações.

Transporte regional

Apesar do potencial do transporte sobre trilhos regionais, o Brasil só contêm dois sistemas desse tipo. As linhas em operação são: Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas operadas pela Vale.

Juntas, essas linhas transportaram 1,2 milhão de passageiros em 2024, conforme dados da companhia. A EFVM tem 584 km e apresentou crescimento no número de passageiros de 742 mil em 2023 para 836 mil em 2024.

O aumento também ocorreu na EFC, com 892 km. A linha saiu dos 399 mil passageiros em 2023 para 423 mil em 2024.

Crescimento da rede de transporte de passageiros sobre trilhos
Apesar dos números positivos de 2024, o setor ainda precisa avançar. É consenso para aqueles que trabalham com o sistema metroferroviário que o investimento público é essencial para avançar. Entretanto, a capacidade de investimentos municipais, estaduais e federais é pequena, em relação à demanda. Por isso, as parcerias público-privadas são vistas como a alternativa viável para buscar a transição energética e solução dos problemas de mobilidade urbana.

Está previsto para lançamento o Plano Nacional Ferroviário, que ainda depende de alguns ajustes antes da publicação oficial. O que se sabe e espera é um plano de investimentos de cerca de R$ 100 bilhões. Disso, o governo federal deve ficar responsável de 20% a 30% do aporte financeiro. Dentro do plano, é esperado que haja autorizações para concessões e incentivos ao setor privado.

Em janeiro deste ano, o ministro dos Transportes Renan Filho anunciou que publicaria o Plano Nacional Ferroviário até fevereiro, entretanto, o texto ainda passa por revisões.

Informações: Estadão

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Cidades brasileiras sobre trilhos, conheça as capitais com metrô

quarta-feira, 19 de março de 2025

No Brasil, a presença de sistemas de metrô é limitada a apenas algumas capitais, refletindo os desafios financeiros e logísticos de sua implementação. De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), sete capitais brasileiras contam com esse meio de transporte, excluindo os veículos leves sobre trilhos (VLT) e trens urbanos. Apesar de sua eficiência, a construção de metrôs em cidades menores é dificultada pelo alto custo envolvido.

As capitais que possuem sistemas de metrô são São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. Cada uma dessas cidades desenvolveu seus sistemas de acordo com suas necessidades de transporte, contribuindo para a melhoria da mobilidade urbana e regional.

Como o metrô de São Paulo transforma a mobilidade?
O metrô de São Paulo é o mais antigo e extenso do Brasil. Com suas operações iniciadas há cinco décadas, começou com a Linha 1-Azul e atualmente possui seis linhas e 91 estações. Com uma rede que ultrapassa 100 km de trilhos, o metrô paulistano continua a se expandir, desempenhando um papel crucial na mobilidade urbana da cidade e servindo como referência para outras regiões.

Os sistemas de metrô nas principais capitais brasileiras têm características específicas que refletem as necessidades de transporte de suas populações. Eles desempenham um papel vital na mobilidade urbana, conectando diferentes regiões e facilitando o deslocamento de milhões de passageiros. A seguir, as características de alguns desses sistemas:
  • Rio de Janeiro: O metrô possui três linhas e 41 estações, com planos de expansão, incluindo a conexão com Niterói.
  • Brasília: Inaugurado em 2001, o metrô possui um formato em “Y”, conectando várias regiões do Distrito Federal com 27 estações e 42 km de extensão.
  • Belo Horizonte: Com uma linha de 28,1 km, o metrô está em expansão, com previsão de uma nova linha para 2024.
  • Salvador: O sistema, inaugurado em 2014, cobre 38 km e facilita a integração entre a capital e cidades vizinhas.
  • Recife: Com três linhas e 39,5 km de trilhos, o metrô de Recife se integra ao VLT local, oferecendo uma rede de transporte mais abrangente.
  • Fortaleza: Desde 2012, o sistema de metrô da cidade cobre 56 km, conectando a capital à região metropolitana e melhorando a mobilidade.
Recife: Com três linhas e 39,5 km de trilhos, o metrô de Recife se integra ao VLT local, oferecendo uma rede de transporte mais abrangente.
Fortaleza: Desde 2012, o sistema de metrô da cidade cobre 56 km, conectando a capital à região metropolitana e melhorando a mobilidade.

Desafios e futuro dos sistemas de metrô no Brasil
Os sistemas de metrô nas capitais brasileiras são fundamentais para a mobilidade urbana, embora ainda estejam presentes em poucas cidades. O crescimento contínuo e os planos de expansão indicam um futuro promissor para o transporte público no país. No entanto, esses sistemas enfrentam desafios, como a necessidade de grandes investimentos e a complexidade da expansão em áreas urbanas densas.

O futuro dos metrôs no Brasil dependerá de políticas públicas eficazes e de um planejamento urbano que priorize o transporte coletivo, buscando soluções sustentáveis para os desafios da mobilidade nas grandes cidades.

Informações: Terra Notícias

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