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Prefeitura de São Paulo inicia requalificação do corredor de ônibus da Avenida Interlagos

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Para melhorar a mobilidade urbana e a qualidade do transporte público na Zona Sul da capital, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPObras, inicia neste mês de maio as obras de requalificação do corredor de ônibus da Avenida Interlagos. Com aproximadamente 9 quilômetros de extensão, o projeto contempla o trecho entre as avenidas Washington Luís e Atlântica, beneficiando diretamente cerca de 230 mil passageiros que utilizam diariamente as linhas de ônibus da região.

Com investimento de R$ 100,5 milhões e prazo estimado de 14 meses, os trabalhos começam por um trecho de aproximadamente 300 metros na pista sentido bairro da Avenida Senador Teotônio Vilela, entre a Avenida Atlântica e a Rua Nossa Senhora de Nazaré. As intervenções começaram essa semana com a implantação do Projeto de Desvio de Tráfego (PDDT), que inclui sinalização viária provisória para minimizar os impactos no trânsito da região. 

O projeto abrange uma série de melhorias de infraestrutura e acessibilidade. Entre as principais ações estão: reforma do pavimento das vias gerais; implantação de pavimento rígido nas faixas exclusivas de ônibus, garantindo maior durabilidade e desempenho; requalificação das paradas à direita, com superguias de 28 cm para facilitar o embarque e desembarque; implantação de infraestrutura para sistema de monitoramento por câmeras nas paradas; modernização do sistema de drenagem; renovação da sinalização viária; rampas e pisos táteis para garantir acessibilidade; e adequações urbanísticas e paisagísticas.

Fios Enterrados

Uma das intervenções mais significativas da requalificação do corredor Interlagos é o enterramento das redes aéreas de energia elétrica e telecomunicações, aliado à remoção dos postes existentes. Essa medida contribui diretamente para a melhoria da acessibilidade nos passeios, tornando-os mais livres e seguros para pedestres, especialmente pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Cada vez mais adotado nas obras viárias da cidade, o enterramento das redes oferece uma série de benefícios: aumenta a segurança ao reduzir riscos de acidentes e quedas de galhos sobre a fiação, confere maior resistência às variações climáticas, reduz interrupções no fornecimento de energia e de serviços por proteger os cabos, diminui furtos e vandalismo, melhora a paisagem urbana e contribui para a valorização imobiliária do entorno.

As melhorias no corredor Interlagos têm impacto direto na qualidade de vida da população, proporcionando trajetos mais rápidos, confortáveis e seguros, reafirmando o compromisso da Prefeitura de São Paulo com a sustentabilidade e a modernização da cidade.

SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo

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Prefeitura de BH fecha contrato de R$ 20 milhões para estudos e projetos do BRT Amazonas

domingo, 6 de abril de 2025

A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou nesta quinta-feira (3 de abril) a assinatura do contrato com um consórcio de empresas que será responsável pelos serviços técnicos especializados de engenharia para elaboração dos estudos e projetos de mobilidade urbana do BRT Amazonas. A empresa, que ficou em segundo lugar na licitação, foi chamada após a vencedora ter o contrato rescindido. 

O consórcio que assume o contrato é composto por quatro empresas com sede em São Paulo: Oficina Engenheiros Consultores Associados LTDA, Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), Pitmen Consultores LTDA. e Gustavo Penna Arquiteto & Associados. O valor do contrato é de R$ 20,5 milhões. Apesar de o prazo do contrato ser de 32 meses, o prazo de execução do serviço é estipulado em 28 meses. 

Os “Estudos e Projetos de Mobilidade Urbana do BRT Amazonas” contemplam a implantação de tratamento prioritário para o sistema de transporte público e coletivo por ônibus que atende ao Vetor Oeste de Belo Horizonte e da Região Metropolitana, as regiões Central, Oeste e Barreiro, tendo por eixo estruturante a Avenida Amazonas. A estimativa é de que o serviço opere em faixas exclusivas à esquerda para o corredor Amazonas e avenida Olegário Maciel na forma de BRT (8,64 km) e à direita para as vias do Barreiro e vias do Município de Contagem (14,69 km).

Em junho de 2024, o prefeito Fuad Noman assinou a ordem de serviço inicial para os estudos e projetos que analisariam, entre outras coisas, viabilidade, anteprojetos, concepções, projetos básicos e executivos urbanísticos e de infraestrutura viária urbana para atender ao projeto. No entanto, houve recentemente a rescisão com essa empresa. 

A ideia da prefeitura é de que os quase 40km de corredores tenha estações de transferência nas avenidas Amazonas e Olegário Maciel similares às existentes nos corredores Antônio Carlos, Cristiano Machado, Paraná e Santos Dumont. Além disso, uma nova estação de integração será implantada na interseção das avenidas Amazonas e Teresa Cristina. 

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte

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Tarifa zero cresce e chega a 145 cidades e 5,4 milhões de pessoas

segunda-feira, 31 de março de 2025

O Brasil registra um crescimento acelerado na adoção da tarifa zero no transporte coletivo por ônibus. Segundo levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), 145 municípios oferecem gratuidade, parcial ou total, no sistema. Em 120 deles, o benefício é válido todos os dias e para toda a população. Nos demais, Ao todo, mais de 5,4 milhões de pessoas vivem em cidades com transporte gratuito integral (veja lista das cidades contempladas mais abaixo).

Esse avanço, mais intenso nos últimos cinco anos, representa uma mudança significativa no modelo de financiamento do transporte urbano, especialmente em municípios de pequeno porte: 61% das cidades com tarifa zero têm menos de 50 mil habitantes.


Em 2019, apenas 20 cidades adotavam a tarifa zero. Esse número cresceu sete vezes de lá para cá.. As regiões Sudeste (95) e Sul (34) lideram, seguidas pelo Nordeste (7), Centro-Oeste (6) e Norte (3).

Embora o assunto tenha ganhado projeção como bandeira das manifestações de junho de 2013, quando o mote "não é só pelos 20 centavos", do Movimento Passe Livre, desengatilhou atos país afora contra os reajustes das tarifas de ônibus, a primeira experiência com a gratuidade no transporte no Brasil foi registrada em 1992, no município paulista de Conchas, de 15 mil habitantes, localizado a 210 km de São Paulo.

Capitais testam gratuidade parcial

Embora predominante em cidades pequenas, o modelo começa a ser testado também em capitais, ainda de forma limitada. São Paulo, Maceió, Florianópolis, Palmas, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e São Luís adotaram gratuidade em dias específicos ou para grupos selecionados. O desafio para universalizar o benefício é maior nessas cidades devido aos altos custos envolvidos.

No Distrito Federal, desde o início de fevereiro o acesso aos ônibus é gratuito aos domingos e feriados. Em Curitiba, o benefício é voltado a pessoas desempregadas. Belo Horizonte oferece tarifa zero em linhas que atendem vilas e favelas. Florianópolis adota o modelo apenas no último domingo do mês. Em São Paulo, desde dezembro de 2023, o Domingão Tarifa Zero garante gratuidade dominical nos ônibus municipais, com custo anual estimado em R$ 283 milhões.

Os municípios destacam o acesso à mobilidade como principal razão para adotar o modelo, com foco em trabalhadores, estudantes e pessoas em situação de vulnerabilidade. Argumentam que a medida reduz desigualdades, melhora o trânsito e incentiva o uso do transporte coletivo. 

Subsídios

A NTU afirma que 387 cidades brasileiras subsidiam o transporte público em todo o país. A entidade vê a gratuidade como uma alternativa viável, desde que acompanhada de planejamento, marcos regulatórios e separação clara entre a tarifa paga pelo usuário e a remuneração das empresas operadoras.

O presidente da NTU, Francisco Christovam, alerta que o aumento da demanda exige atenção ao custo operacional. "A gratuidade precisa ser implementada de forma gradual, por linhas ou períodos, afirmou ele ao Congresso em Foco. Não somos contra a tarifa zero, mas defendemos uma tarifa acessível. Sem planejamento, o sistema pode entrar em colapso", ponderou.

O tema ganhou destaque nas eleições municipais de 2024. Segundo o projeto Vota Aí, da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uer)j, o número de candidatos que mencionaram tarifa zero ou passe livre em seus programas saltou de 384, em 2016, para 675 em 2024.

Subsídios

Ao todo, 21 capitais e sete regiões metropolitanas possuem iniciativas de subsídios definitivos destinados ao transporte público por ônibus. No Brasil, em média, 32% do custo de remuneração do serviço é coberto por subsídio público.O restante é bancado pelos passageiros.
Tarifa Zero em Luziânia-GO

Entre as cidades com tarifa zero, o modelo de financiamento varia. Em Maricá (RJ), com 212 mil habitantes, por exemplo, o subsídio mensal é de R$ 7,3 milhões o maior registrado pela NTU. Já em cidades menores, como Caeté (MG), com 38 mil moradores, o gasto mensal gira em torno de R$ 90 mil, e em Araranguá (SC), de 72 mil habitantes, o valor anual chega a R$ 3,9 milhões.

Algumas cidades, como Vargem Grande Paulista (SP), adotaram um modelo em que empresas pagam uma taxa em substituição ao vale-transporte, ajudando a redistribuir os custos.

Efeito pandemia

A política de passe livre no transporte público ganhou maior força no Brasil da pandemia para cá. Até 2020, apenas 42 municípios ofereciam o benefício. O trabalho em casa mudou hábitos de consumo e mobilidade dos brasileiros. Muitas pessoas passaram a privilegiar as compras online e trabalhar de casa, por exemplo. Outras preferiram trocar os solavancos dos ônibus pela comodidade do transporte individual por aplicativos.  

Em entrevista à BBC Brasil, o pesquisador Daniel Santini, autor de livros sobre o tema, aponta três fatores centrais para essa expansão. O primeiro é de ordem econômica: a queda no número de passageiros, agravada pela pandemia e pelo crescimento do transporte por aplicativo, expôs a fragilidade do modelo que remunera empresas por usuário transportado.
Tarifa Zero em Caucaia

Segundo Santini, a tentativa das empresas de compensar a perda de receita elevando tarifas ou reduzindo a oferta de ônibus gera um efeito reverso. Mais usuários abandonam o sistema, criando um ciclo de queda e tornando o serviço ainda mais insustentável. Nesse contexto, até mesmo empresários passaram a apoiar a ampliação de subsídios e, em alguns casos, a adoção da tarifa zero em que o poder público cobre integralmente os custos.

O segundo fator é político, avalia. A gratuidade tem forte apelo popular e tende a garantir apoio eleitoral. A permanência da política, mesmo com mudanças de governo, reforça seu sucesso. De acordo com Santini, mais de 96% das cidades que adotaram a tarifa zero mantiveram a medida.

O terceiro efeito, perceptível em várias cidades, é prático: há aumento significativo no uso do transporte público, estímulo ao comércio local, maior arrecadação de impostos e melhoria no acesso da população a serviços essenciais como saúde e cultura.

Impacto no serviço

A mais recente Pesquisa de Mobilidade da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada em dezembro, revela que 58% da população das cidades com tarifa zero aprovam a gratuidade universal. Outros 28,7% preferem que o benefício seja direcionado a grupos específicos. Sobre os impactos, 56,7% notaram aumento na lotação dos ônibus, e as opiniões sobre a qualidade do serviço estão divididas: 34,8% acham que melhorou, enquanto 36,8% discordam.

A insatisfação com a segurança, o conforto e o preço das tarifas, além da expansão dos aplicativos de transporte individual, têm impulsionado um movimento silencioso: entre 2017 e 2024, 29,4% dos usuários deixaram de utilizar o transporte público, e 27,5% passaram a usá-lo com menos frequência. As principais queixas são falta de conforto (28,7%), horários rígidos (20,7%) e longos tempos de viagem (20,4%).

Apesar de 52,7% da população depender exclusivamente de ônibus, o sistema ainda sofre com falta de infraestrutura. Segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Brasil precisa de 8.900 km adicionais de faixas exclusivas e corredores BRT para atender à demanda nas grandes cidades. Ainda assim, 60,7% dos passageiros aprovam essas soluções.

Emenda constitucional

Na Câmara, tramita a PEC 25/23, da deputada Luiza Erundina (Psol-SP), que propõe a criação do Sistema Único de Mobilidade (SUM). A proposta prevê transporte coletivo gratuito como direito constitucional, estruturado em diretrizes como universalidade, descentralização e financiamento solidário.

A ideia é criar condições de financiamento para bancar os custos do transporte da população, sem cobrança de tarifa do usuário, em todo o país, a exemplo do que ocorre com o Sistema Único de Saúde (SUS). Para garantir a sustentabilidade financeira do sistema, a proposta estabelece que o SUM será custeado por meio de percentuais definidos dos orçamentos públicos das três esferas de governo, além de uma nova contribuição pelo uso do sistema viário. 

A PEC recebeu parecer favorável do relator, deputado Kiko Celeguim (PT-SP), na Comissão de Constituição e Justiça em dezembro de 2023, mas não foi incluída na pauta de votações no ano passado. 

Informações: Congresso em Foco

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Nova linha do BRT de Salvador será da Estação Lapa até o Aeroporto

domingo, 30 de março de 2025

A partir de sábado (29), data em que é celebrado o aniversário de Salvador, a linha 2 do BRT será ampliada até o Rio Vermelho. Essa não é a única mudança que deverá fortalecer a mobilidade da capital neste ano. A linha 6 será inaugurada até dezembro, segundo previsão da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob). 

O percurso da nova linha será da Estação Lapa até o Aeroporto de Salvador, via Orla. Os ônibus sairão da Lapa, pela avenida Vasco da Gama, passarão pela rua Conselheiro Pedro Luiz, Orla, avenida Dorival Caymmi e São Cristóvão, chegando até o Aeroporto. Serão cerca de 30 quilômetros. 

Os veículos serão do tipo BRS (Bus Rapid Transit) e não BRT (Bus Rapid Transit). Apesar dos nomes diferentes, o funcionamento dos modelos é parecido. 


Os ônibus do sistema BRS serão do padrão BRT e também vão circular nas faixas exclusivas. A diferença é que o BRS também para em pontos convencionais e trafega pelas faixas de ônibus comuns. 

"O BRT se caracteriza por trafegar dentro de um corredor exclusivo na maior parte do tempo, como tem na avenida ACM e na Vasco da Gama, por exemplo. O BRS, por outro lado, faz uso de uma quantidade maior de faixas dedicadas aos ônibus convencionais", detalha Guillermo Petzhold, assessor especial da Semob.

Cerca de 65 mil passageiros utilizam os ônibus do BRT todos os dias em Salvador. Mais de 1,5 milhão de pessoas circularam pelas linhas em fevereiro deste ano. O número de passageiros em todo o ano de 2024 ultrapassa a marca de 16 milhões. 

Atualmente, o modal conta com cinco linhas em operação: B1 – Estação Rodoviária x Estação Pituba, B2: Estação Rodoviária - Rio Vermelho, B3 – Estação Rodoviária x Pituba (via Paulo VI), B4 - Estação Pituba x Estação Lapa e B5 – Estação Rodoviária x Estação Lapa. 

Expansão 
A partir de sábado (29), data do aniversário de Salvador, a linha 2 do BRT será ampliada até o Rio Vermelho, na altura da Vila Militar. Uma visita guiada foi feita pela pela Secretaria Municipal de Mobilidade à imprensa, que pôde fazer o percurso antes da inauguração oficial.

Os passageiros farão o trajeto entre a Estação Rodoviária do BRT e o Rio Vermelho em cerca de 30 minutos, em média. Atualmente, a linha 2 do BRT termina na Praça Nossa Senhora da Luz, na Pituba, onde os ônibus retornam ao terminal.

Com a mudança, eles seguem pela rua Rio Grande do Sul, acessam a faixa exclusiva da avenida Manoel Dias da Silva, passam por Amaralina e chegam à altura da Vila Militar, em frente ao antigo Bompreço. Depois, o retorno é feito pela rua Oswaldo Cruz.

Informações: Correio 24 Horas

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Pesquisa revela desafios do transporte público no Brasil

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

A terceira edição da Pesquisa Mobilidade da População Urbana, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), revela um cenário de desafios para o transporte público no Brasil. Com base em entrevistas realizadas com 10.064 pessoas em 2024, o levantamento aborda os principais fatores que influenciam a escolha dos modais de transporte e aponta direções para o futuro do setor.

A pesquisa evidenciou o impacto da pandemia na mudança de hábitos e deslocamentos, destacando o crescimento do transporte individual e a redução no uso do coletivo. Entre 2017 e 2024, 29,4% dos entrevistados deixaram de utilizar o transporte público, enquanto 27,5% diminuíram sua frequência. A perda de passageiros está diretamente relacionada a questões como conforto insuficiente (28,7%), falta de flexibilidade dos serviços (20,7%) e tempo elevado de viagem (20,4%).

O transporte público também enfrenta desafios relacionados à infraestrutura e ao financiamento. Apesar de 52,7% dos usuários utilizarem o ônibus como única opção de transporte, o modelo atual sofre com a falta de priorização. Dados do levantamento mostram que 60,7% dos passageiros aprovam linhas com faixas exclusivas ou sistemas BRT, que oferecem maior eficiência e qualidade. No entanto, o Brasil ainda necessita de 8.900 km adicionais de infraestrutura para atender adequadamente aos passageiros nas grandes cidades, segundo estimativas da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

Outro ponto de destaque é o aumento na posse de veículos individuais. Entre 2017 e 2024, o percentual de entrevistados que possuem carro próprio subiu para 51,8%, enquanto a posse de motos atingiu 20,8%. Esse crescimento é mais expressivo nas classes B e C, refletindo políticas de incentivo fiscal e isenções tributárias para o transporte individual, mas resultando em impactos negativos como aumento do congestionamento e maior poluição. As emissões poluentes dos ônibus (urbanos, rodoviários e de fretamento) representam apenas 0,8% do total das emissões do país, segundo cálculo baseado em informações do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases, do Observatório da China.

Soluções em transporte público
Entre as medidas citadas para reverter a queda na demanda por transporte público está a redução ou eliminação das tarifas. A pesquisa aponta que 69,6% dos que abandonaram o ônibus voltariam a utilizá-lo caso o preço fosse reduzido. Além disso, quase 80% dos deslocamentos de ônibus no país são realizados por usuários das classes C e D/E, para os quais a tarifa zero pode representar uma melhoria significativa na renda mensal e inclusão social.

Para Rubens Fernandes, diretor executivo da Associação Valeparaibana das Empresas de Transportes de Passageiros (Busvale), o diálogo regional é fundamental para avançar em soluções práticas. “No Vale do Paraíba, estamos visitando pessoalmente prefeitos eleitos, secretários de mobilidade urbana, representantes nas câmaras municipais e outros agentes públicos para reforçar a importância do transporte coletivo. Nosso objetivo é aumentar o diálogo e conscientizar sobre os benefícios de um sistema integrado e acessível para a população.”

A Busvale também destaca o papel essencial de políticas públicas alinhadas. Manoel Adair, presidente da associação, enfatiza que o trabalho conjunto entre os setores público e privado é indispensável. “A sustentabilidade do transporte público exige ações coordenadas. Investir em infraestrutura, subsídios operacionais e políticas que priorizem o transporte coletivo são passos fundamentais para garantir um serviço de qualidade e acessível para todos.”

A CNT e a NTU reforçam que a solução para os problemas do transporte público depende de uma abordagem integrada. Políticas como escalonamento de horários, ampliação de corredores exclusivos e maior transparência na gestão são consideradas essenciais para fortalecer o sistema.

Os resultados da pesquisa reforçam a necessidade de priorizar o transporte coletivo como pilar para a mobilidade sustentável e o desenvolvimento das cidades brasileiras.

Informações: TVT News

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Em SP, Começam as intervenções na Av. Alcântara Machado para implantação do BRT Radial Leste

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), dará início nesta segunda-feira (20) às intervenções viárias na Av. Alcântara Machado, na Zona Leste da cidade. As ações são necessárias para o avanço das obras do BRT Radial Leste.

Os trabalhos estão localizados entre as ruas da Figueira e Wandenkolk para que o novo corredor possa ser entregue em 2026.

Desvios no trânsito
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai monitorar o trânsito nas imediações da Avenida Alcântara Machado, que será interditada parcialmente no sentido centro, entre as ruas Wandenkolk e da Figueira, na Mooca, zona central da cidade, a partir de segunda-feira (20), para mais uma etapa das obras do BRT Radial Leste I

Interdições - Avenida Alcântara Machado, sentido centro, duas faixas da esquerda, entre as ruas Wandenkolk e da Figueira.

Alternativas - O fluxo de trânsito será canalizado para as faixas da direita.

A Engenharia de Tráfego da CET vai monitorar a interdição e orientar o trânsito na região, visando manter as condições de fluidez e preservar a segurança dos usuários da via.

Parada de ônibus provisória
A partir de segunda-feira (20), o ponto de parada localizado na Avenida Alcântara Machado n.º 35 - lateral, próximo à Rua da Figueira, com atendimento à esquerda, será remanejado temporariamente para a mesma via, no nº 91- lateral, com atendimento à direita, no Brás, região central da cidade, devido ao início das obras do BRT Radial Leste – Fase I. As linhas de ônibus que trafegam pela região não terão seus itinerários alterados.

Novo BRT Radial Leste
O novo corredor de ônibus se estenderá do Parque Dom Pedro II, na região central, até a Estação Penha do Metrô, na Rua Professor Miguel Russiano, Zona Leste da Capital. A expectativa é que até 400 mil passageiros utilizem o BRT todos os dias, reduzindo o tempo de viagem entre o centro e a Zona Leste em até 50%.

Com um investimento de R$ 385,9 milhões e 9,8 km de extensão, a nova via exclusiva para ônibus permitirá mais agilidade nos trajetos, além de ampliar a capacidade de usuários transportados.

O novo corredor terá faixas exclusivas à esquerda em pavimento rígido, mais durável e adequado para o tráfego pesado de ônibus. Serão implantadas faixas de ultrapassagem nas paradas, passeios acessíveis, melhorias no sistema de iluminação, paisagismo e semáforos inteligentes, que aumentarão a velocidade operacional. Para melhorar a segurança e a estética urbana, as redes de energia elétrica e de telecomunicações serão enterradas.

Ao longo de toda a extensão do BRT será implantada uma ciclovia equipada com totens de segurança. Esses totens terão botões de alarme, câmeras de vídeo e um sistema de comunicação direta com as estações e a Central de Controle, permitindo acionamento imediato em caso de emergência. Além disso, haverá a implantação da faixa azul, garantindo maior segurança para motociclistas que utilizam as vias da região.

SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo 

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Novo ônibus elétrico em Londres carrega em apenas 6 minutos

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Na tentativa de modernizar o transporte público e reduzir as emissões de carbono, Londres, na Inglaterra, apresentou uma frota de 20 novos ônibus elétricos que impressionam tanto pelo design quanto pela eficiência. Capazes de recarregar cerca de 20% de suas baterias em apenas seis minutos, esses veículos marcam um avanço significativo na mobilidade urbana sustentável. As novidades já operam em uma das rotas mais longas da cidade, a linha 358, que cobre 15 milhas (aproximadamente 24 quilômetros), segundo informações da FastCompany.

De longe, os novos ônibus lembram bondes modernos, com um formato aerodinâmico e rodas parcialmente ocultas. Segundo Andy Derz, gerente de desenvolvimento de negócios da Irizar e-mobility, empresa espanhola responsável pelo design, o veículo não passa despercebido nas ruas. "Muitas pessoas na calçada olham e dizem: ‘Uau, o que é isso?’", comenta. A aparência diferenciada atrai mais passageiros, contribuindo para a popularização desse modelo de transporte.

Além da estética, os ônibus foram projetados pensando no conforto e na segurança dos passageiros. Portas deslizantes, grandes janelas que iluminam o interior e assentos mais confortáveis ajudam a criar um ambiente espaçoso e agradável. "É muito mais claro e amplo, o que dá uma sensação de espaço, algo essencial em uma cidade onde os ônibus estão sempre cheios", explica Derz. Outras características incluem um sistema de iluminação ambiente que muda conforme as estações do ano, telas que exibem as próximas paradas e portas rebaixadas para facilitar o embarque.

Carregamento rápido e eficiência operacional
O principal destaque desses ônibus elétricos é o sistema de carregamento rápido, chamado de “oportunidade de carga”. No final de cada trajeto, os motoristas posicionam o veículo sob um carregador aéreo e ativam o sistema com um simples toque de botão. Em seis minutos, os ônibus recebem energia suficiente para continuar o percurso. Embora a carga completa ocorra à noite, o carregamento parcial durante o dia elimina a necessidade de retornos frequentes às garagens, otimizando a operação e reduzindo custos.

“Essa tecnologia permite que os motoristas mantenham os veículos em operação por mais tempo, reduzindo o número de ônibus necessários na rota e liberando recursos para outros investimentos no sistema de transporte público”, explica Lorna Murphy, diretora de ônibus da Transport for London (TfL). Além disso, as baterias menores reduzem o peso dos ônibus, o que pode contribuir para diminuir os custos de produção.

Segurança e sustentabilidade no transporte urbano
A segurança também foi uma prioridade no design dos novos veículos. A frente arredondada ajuda a minimizar o impacto em pedestres e ciclistas em caso de colisões, desviando-os para as laterais em vez de aprisioná-los sob o veículo. Outras inovações incluem câmeras no lugar de espelhos retrovisores, avisos sonoros externos e limitadores automáticos de velocidade.

Londres já possui mais de 1.700 ônibus elétricos em operação como parte de seu plano de transição para uma frota completamente zero emissões até 2034. A linha 358, que conecta Crystal Palace a Orpington, é a primeira a adotar os modelos da Irizar. Essa iniciativa faz parte de um esforço maior da cidade, que inclui a criação de novas faixas exclusivas para ônibus e a implantação da Superloop, uma rede de 10 rotas expressas lançada no ano passado.

Nos Estados Unidos e em outros países, onde o transporte coletivo muitas vezes enfrenta resistência, soluções como essa podem transformar a percepção pública. Embora os ônibus ainda sejam frequentemente vistos como inferiores aos trens, o design futurista e a experiência aprimorada podem ajudar a mudar essa narrativa. “Bons exemplos como o de Londres mostram que é possível tornar o transporte público não apenas eficiente, mas também atrativo e sustentável”, conclui Murphy.

Informações: EXAME

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