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Impasse entre prefeitura e estado atrasa integração do cartão Jaé com o metrô no Rio

quinta-feira, 10 de julho de 2025

A partir de 2 de agosto, o uso do cartão Jaé será obrigatório nos transportes municipais do Rio de Janeiro. No entanto, a poucos dias da mudança, o governo do estado e a Prefeitura do Rio ainda não chegaram a um acordo sobre a integração tarifária com os sistemas estaduais, especialmente o metrô.

A indefinição afeta principalmente os usuários que utilizam o metrô apenas dentro dos limites do município e que dependem da integração com os ônibus municipais para reduzir os custos da passagem. Hoje, o passageiro paga R$ 7,50 ao usar os dois modais de forma integrada. Sem essa integração, o custo salta para R$ 12,60 — R$ 7,90 do metrô e R$ 4,70 do ônibus.

Mesmo com o prazo se aproximando, os validadores do cartão Jaé ainda não foram instalados nas estações do MetrôRio. A concessionária informa que ainda aguarda orientações do governo estadual sobre como será feita a integração com o novo sistema municipal de bilhetagem. “Entende que é fundamental que seja previamente desenvolvida, testada e divulgada solução de integração entre os sistemas para evitar qualquer perda de benefícios aos passageiros, sobretudo para aqueles que utilizam a Tarifa Social e o Bilhete Único Intermunicipal”, afirmou o MetrôRio, em nota.

A Prefeitura do Rio, por sua vez, responsabiliza a operadora do metrô pela ausência dos validadores. “O MetrôRio deve instalar os validadores do Jaé para garantir a integração entre os modais. Desde o ano passado a SMTR realiza reuniões e oficia o operador do metrô cobrando esta instalação.”

O imbróglio evidencia a falta de coordenação entre os entes públicos. Embora o metrô opere dentro do município do Rio, ele é gerido pelo governo do estado. Com o fim do Metrô na Superfície em 2023, a ligação entre as estações de Botafogo e Antero de Quental passou a ser feita por seis linhas de ônibus municipais, dificultando ainda mais a logística da integração.

Além da falta de definição quanto ao metrô, não há clareza sobre eventuais integrações tarifárias entre os transportes municipais e os modais estaduais, como trens e barcas. Até o momento, não há sinalização de que o cartão Jaé vá ser aceito nesses serviços.

O Riocard continuará sendo aceito nos ônibus municipais apenas para passageiros que possuem o Bilhete Único Intermunicipal (BUI), benefício estadual voltado a pessoas com renda mensal de até R$ 3.205,20. Para os demais usuários, a partir de agosto, o Jaé será o único meio de pagamento aceito nos ônibus da capital.

O governo do estado afirma que criou um grupo de trabalho, com técnicos da prefeitura, do estado e representantes das operadoras RioCard e Jaé, para discutir alternativas viáveis. A Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana informou que um convênio está em fase final de negociação e passa por análise das duas administrações.

“As discussões seguem com foco na superação de desafios técnicos e jurídicos ainda existentes — especialmente no que se refere à segurança da operação”, destacou o governo estadual. “Os usuários do BUI continuarão a ter acesso ao benefício até que se chegue a um acordo definitivo. A nova modelagem da bilhetagem proposta pelo estado aguarda análise e validação na Justiça”, finalizou.

Enquanto isso, a população segue sem saber como será afetada pela obrigatoriedade do novo cartão — e sem garantia de que continuará tendo acesso às integrações tarifárias fundamentais para a mobilidade urbana na cidade.

Informações: g1

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Passagem do metrô do Rio sobe para R$ 7,90

segunda-feira, 14 de abril de 2025

A passagem do metrô subiu de R$ 7,50 para R$ 7,90 no Rio de Janeiro. Com o aumento, o metrô se torna o meio de transporte com a viagem mais cara do Brasil. O aumento de 5,33% para a passagem no Rio foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes, a Agetransp. O reajuste anual está previsto no contrato de concessão.

"Uma decisão absurda, porque não tem condição de ficar pagando esse valor, não. E a gente pega o metrô lotado, cheio, para poder passar por isso. Mas vai vir, claro. Mas vai vir pelo lotado e pegar direto, porque final de semana não está vindo direto." Outras reclamações frequentes também são sobre o ar-condicionado, escadas rolantes paradas e intervalos irregulares.

Segundo o TCE, o valor atual da tarifa está relacionado a uma alteração no contrato de concessão entre o Governo do Estado e o MetrôRio.

“A empresa mudou a forma de calcular a recomposição inflacionária. Antes, o contrato considerava o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), tradicionalmente utilizado para esse fim. No entanto, em 2022, com a alta do dólar, o Governo alterou o índice para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)”, explicou.

Tarifa Social
A tarifa social continua em R$ 5. O benefício é para usuários do Bilhete Único Intermunicipal com renda de até R$ 3.205,20 e pode ser usado no metrô e nos trens da Supervia. Pra manter o benefício, passageiro precisa ter um cartão Riocard Mais habilitado no Bilhete Único Intermunicipal e vinculado ao próprio CPF. Quem trabalha sem carteira assinada ou não possui renda também tem direito ao desconto.

O governo estadual diz que analisa a adoção de um projeto chamado Tarifa-RJ para subsidiar parte da passagem do metrô.

Informações: CBN

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Governo do Estado afirma que obra do metrô da Gávea será retomada

quinta-feira, 13 de março de 2025

As obras do metrô da Gávea devem ser retomadas na próxima semana, segundo o Governo do Estado. Depois de quatro prazos vencidos, a expectativa é de que a estação seja entregue em três anos. O prazo inicial era na Olimpíada do Rio em 2016.

Para colocar o projeto adiante, o Governo do Estado decidiu gastar mais R$ 3 milhões no projeto, contratando a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para dar suporte na elaboração do novo contrato com a concessionária MetrôRio. Entre os assuntos sob responsabilidade da fundação está cálculo das tarifas.

Segundo o diretor-presidente da Companhia de Transportes Sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (RIOTRILHOS), Rafael Machado Quaresma, a água que preenche a obra já pode ser retirada, para que as obras avancem.

A retomada da obra se dá após a aprovação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), depois de quase dez anos de paralização. Durante esse tempo, o projeto consumiu mais de R$ 10 bilhões.

Pelo TAC, a MetrôRio deve investir R$ 600 milhões para terminar a estação. Como contrapartida ganha mais 10 anos de concessão, com o prazo encerrando em 2048.

Ainda pelo TAC, a administração estadual deve repassar R$ 97 milhões. Para garantir o andamento da obra, o Governo do Estado criou um fundo de reserva de R$ 300 milhões.

A estação da Gávea fará ligação com São Conrado. A conexão prevista com o Leblon ficará para um outro momento, pois só um dos dois túneis do projeto antigo será concluído.

Informações: Diário do Rio

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Passagem do metrô do Rio pode passar para R$ 7,90, a mais cara do país

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

A agência reguladora de transportes concedidos no estado do Rio de Janeiro – Agetransp – autorizou o reajuste do preço da passagem de metrô de R$ 7,50 para R$ 7,90 a partir de 12 de abril.

A decisão foi tomada por conselheiros da Agestransp durante a segunda sessão regulatória deste ano, realizada na terça-feira (25). A Agetransp informou à Agência Brasil que, uma vez autorizado o reajuste, a decisão de implantá-lo cabe à Secretaria estadual de Transporte e Mobilidade, que representa o poder concedente.

De acordo com a agência reguladora, o reajuste anual é previsto no contrato de concessão.

“O MetrôRio informa que, conforme previsto no contrato de concessão, apresentou à Agetransp no início de fevereiro, o cálculo do reajuste tarifário com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses”, informou a concessionária que opera o sistema metroviário na cidade do Rio. 

Mesmo sem reajuste, o metrô carioca tem a tarifa mais cara do país.

Há no Rio de Janeiro, no entanto, a tarifa social de R$ 5, destinada exclusivamente a pessoas com renda mensal declarada de, no máximo, R$ 3.205,20. Para esses casos, o subsídio é pago pelo governo do estado.

Na reunião que decidiu a autorização do reajuste, a Agetransp recomendou que a Secretaria estadual de Transporte e Mobilidade prorrogue a vigência da tarifa social. A Agência Brasil questionou a secretaria sobre a renovação do subsídio, mas não obteve resposta.

Veja a comparação das tarifas de metrô no país:

Rio de Janeiro: R$ 7,90, a partir de 12 de abril
Belo Horizonte : R$ 5,50
Brasília: R$ 5,50
São Paulo: R$ 5,20
Porto Alegre: R$ 4,50
Recife: R$ 4,25
Salvador: R$ 4,10
Fortaleza: R$ 3,60 (Linha Sul)
Teresina: gratuita

Informações: Agência Brasil

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Futuro dos transportes no Rio passa por projetos que somam R$ 100 bilhões, como expansão do metrô e do BRT Metropolitano

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Como mora no miolo da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, todas as quartas-feiras a diarista Maria de Jesus da Silva, de 44 anos, vai a pé ou de bicicleta até a Estação Merck do BRT, na Taquara, onde embarca até o Jardim Oceânico e, de lá, segue de metrô para Botafogo, na Zona Sul da cidade. Além das filas para entrar no BRT, perde muito tempo na baldeação. Dependendo do dia, chega a levar mais de duas horas até o endereço onde trabalha, e o mesmo tempo na volta para casa. Se a Linha 4 do metrô — que parou no Jardim Oceânico — já chegasse até o Recreio dos Bandeirantes, a vida da diarista seria outra.

— Também teria que ter mais ônibus para suprir a necessidade do BRT. Só temos um ônibus, o 990 (Merck -Joatinga), que passa perto da Cidade de Deus e vai para o metrô. E, quando passa, a gente nem consegue entrar de tão cheio. E ainda demora à beça — completa a diarista.

O trecho do metrô entre o Jardim Oceânico e o Recreio chegou a ser idealizado para a Olimpíada de 2016, mas empacou durante a grave crise financeira do estado, sendo substituído pelo BRT. Teria cerca de 20 quilômetros e seria escavado sob o canteiro central da Avenida das Américas. Esse e outros projetos de transportes sobre trilhos e no mar, com orçamentos que beiram R$ 100 bilhões, estão em pranchetas, gavetas e promessas dos governos.

A expansão do metrô carioca parou há quase dez anos, quando as obras da Estação Gávea foram interrompidas e o buraco preenchido por água para tentar sustentar a estrutura. Iniciado em 1979, o modal tem 54,4 quilômetros, 41 estações e três linhas. Apenas cinco anos mais velho, o metrô de São Paulo tem 104,4 quilômetros, 91 estações e seis linhas.

Depois de um acordo assinado em outubro do ano passado — envolvendo MPRJ, TCE, governo do Estado, MetrôRio e o consórcio construtor Rio Barra da Linha 4 —, e muitas promessas de recomeço, agora o secretário estadual de Transporte, Washington Reis, diz que a construção da Estação Gávea entra nos trilhos no mês que vem, após assinatura de aditivo com o MetrôRio, que investirá R$ 600 milhões nas obras e terá o seu contrato de concessão prorrogado por dez anos, até 2048. O estado se comprometeu a aplicar R$ 97 milhões e criou um fundo de reserva de R$ 300 milhões para serem usados, se necessário, na estação e na conclusão de um trecho da galeria São Conrado-Gávea.

Além da Estação Gávea
A Linha 4 consumiu até agora cerca de R$ 10 bilhões. E, para celebrar o novo contrato com o MetrôRio, o estado gastou mais R$ 3 milhões: contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para dar suporte, inclusive no cálculo de tarifa.

Para o presidente do MetrôRio, Guilherme Ramalho, a retomada das obras da Estação Gávea é simbólica e importante. Mas é preciso não parar por aí:

— Mais do que a Gávea, a gente tem que voltar a poder investir. O Rio precisa voltar a ter investimento constante em infraestrutura. A cidade tem demandas grandes no setor de transporte.

O último plano diretor do metrô, de 2017, somado ao Metrô Leve da Baixada (Pavuna-Nova Iguaçu) — prometido pelo governador Cláudio Castro durante campanha para a reeleição —, prevê mais de 178 quilômetros de trilhos, que não saíram do papel. A execução de todos custaria mais de R$ 80 bilhões. Ainda está pendente o trecho de 1,2 quilômetro para ligar o Alto Leblon — onde o tatuzão, máquina para escavar túneis, apodrece sob a Rua Igarapava — à Estação Gávea.

Para completar a nova Linha 4 projetada, seria necessário ainda interligar o Jardim Oceânico ao Recreio. Consta também do projeto original do metrô a Linha 4 passando por Humaitá, Laranjeiras e Botafogo, chegando ao Centro. Da Gávea ainda está projetada uma ampliação até a Rua Uruguai, cortando o Maciço da Tijuca. Especialistas consideram fundamental concluir a Linha 2, levando os trilhos do Estácio até a Praça Quinze, passando pela Cruz Vermelha. Mais uma linha incluída no traçado, a 3, passaria sob a Baía de Guanabara, chegando a Niterói e São Gonçalo.

Na campanha eleitoral, o prefeito Eduardo Paes anunciou que pretende transformar em VLT os corredores do BRT Transoeste e Transcarioca. Pelos cálculos iniciais, segundo disse Paes na ocasião, “veletizar” esses dois corredores exclusivos teria um custo inicial estimado de R$ 16 bilhões. A prefeitura também já fez estudo para implantar VLT ligando Botafogo, Gávea e Leblon, um investimento de R$ 1,5 bilhão.

Outra ideia é a implantação do BRT Metropolitano na cidade, que aparece em decreto no primeiro dia da nova administração Paes. Na prática, a ideia é fazer a integração entre os transportes municipais e intermunicipais. E isso poderá acontecer com a conclusão de dois terminais que constam do Transbrasil, estimados em R$ 100 milhões: o Trevo das Margaridas, que poderia absorver quem vem da Baixada Fluminense pela Via Dutra; e o do Trevo das Missões, idealizado para aliviar o trajeto para quem chega da Baixada pela Rodovia Washington Luís.

No transporte pela Baía de Guanabara, a Companhia Carioca de Parcerias e Concessões (CCPAR), da prefeitura, tenta licitar desde o ano passado uma ligação por barcas entre os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim. O investimento previsto para implantação era de R$ 109,5 milhões. Depois de vários adiamentos, a licitação foi realizada em dezembro, mas não apareceram interessados. A CCPar está refazendo o edital para relançá-lo.

Já a ligação por barca entre São Gonçalo e a Praça Quinze não tem qualquer estimativa de preço. A Secretaria de Transportes do estado informa que novos trajetos de barcas poderão ser criados “de acordo com a demanda de passageiros e a viabilidade econômica e a capacidade operacional”.

De concreto, a curto prazo o que está no horizonte da Secretaria estadual de Transportes é o lançamento de estudo e da modelagem da ligação Estácio-Praça Quinze, da Linha 3 e do metrô entre o Jardim Oceânico e o Recreio. Reis diz que sua meta é lançar a licitação da conclusão da Linha 2 e a implantação da Linha 3 ainda este ano:

— Vamos fazer uma licitação internacional e chamar o mundo para cá. Eu vou dizer uma coisa, se o governo federal atual, com a caneta na mão, não abraçar esse projeto, qualquer outro presidente que vier faz tudo.

Morador de São Gonçalo, o técnico de refrigeração Rodrigo Caetano, de 40 anos, trabalha nas zonas Sul e Oeste do Rio e sonha com a Linha 3 do metrô.

— Já ouvi falar, mas não sei se vai ter mesmo. Meu sonho era que fosse tudo metrô. Não dá para comparar. É rápido, mais barato, mais seguro. Até lá podia ter mais BRT pela cidade toda, cortar um pouco o trânsito — espera.

Transporte sustentável
A ampliação dos transportes sobre trilhos é rota mais indicada também quando o assunto é impacto ambiental. Considerando os deslocamentos da Região Metropolitana do Rio, os modais sobre trilhos são os que menos consomem energia, não emitem gases que aceleram o aquecimento global, como o dióxido de carbono (CO2), e duram pelo menos 60 anos.

— Uma urgência é reduzir o uso de automóvel particular, deveria ser a última opção na movimentação da cidade. Se queima muito combustível para transportar uma pessoa só, promove engarrafamento. Para se ter ideia, um SUV movido a gasolina gasta a energia equivalente a uma viagem de avião de um passageiro — diz Márcio D’Agosto, presidente do Instituto Brasileiro de Transporte Sustentável.

Tarifa zero: opiniões divergentes
Pelo menos dez municípios fluminenses têm ônibus com tarifa zero: Paracambi, São Fidélis, São Sebastião do Alto, Cantagalo, Carmo, Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Tanguá, Maricá e São João da Barra.

Diretor da FGV Transportes, Marcos Quintela afirma que, embora pareça vantajosa para os usuários, a tarifa zero também tem suscitado reflexões sobre a viabilidade econômica e a capacidade de manter a qualidade e eficiência dos serviços com o passar do tempo. “Ao eliminar a tarifa do sistema, a demanda pelo serviço inevitavelmente aumenta, levando a uma maior ocupação dos veículos e exigindo um aumento da oferta de viagens”, diz ele. “Esse aumento na operação do serviço acarreta incremento significativo nos custos operacionais para os municípios, uma vez que se tornam os únicos responsáveis pelos repasses financeiros para subsidiar o sistema”, acrescenta.

Antropólogo, urbanista e militante do Movimento Passe Livre, Paique Duque Santarém ressalta que, nos últimos anos, as empresas tiveram uma retração nos lucros e buscaram financiamentos, subsídios e redução de imposto, “mas a passagem continuou aumentando muito”. Isso, diz ele, “desregula o sistema e cria um ciclo vicioso: aumenta a tarifa, o que reduz o número de usuários, o valor não se sustenta com inflação, e aí se aumenta a tarifa de novo”. Para o transporte público se salvar, avalia, “é preciso constituir um Sistema Único de Mobilidade, a exemplo do SUS, nacionalizando o financiamento por meio de taxas. Ele seria constituído por autoridades dos âmbitos federal, estadual e municipal, atuando de forma conjunta, principalmente nas regiões metropolitanas”.

Informações: O Globo

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No Rio, Tarifa dos trens pode chegar a R$ 7,60 em 2025; metrô deve ter reajuste pelo IPCA

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

A tarifa dos trens da SuperVia deve subir R$ 0,50 em 2025 e chegar a R$7,60. A informação consta num ofício enviado pela empresa à Agetransp, a agência que regulamenta o setor. O documento, obtido com exclusividade pela CBN, trata do reajuste ordinário do valor máximo unitário da tarifa padrão, ou seja, qual o valor da passagem máxima, desconsiderando subsídios ou benefícios sociais. Nesse cenário, os trens chegariam a ficar mais caros que o metrô, cotado hoje em R$7,50.

A medida começaria a valer a partir de fevereiro do ano que vem. De acordo com o contrato de concessão, as tarifas da SuperVia deverão ser reajustadas anualmente, no mês de novembro, seguindo a variação do IGP-M da Fundação Getúlio Vargas. Dessa forma, considerando o valor atual da passagem, de R$7,10, mais 6,33%, o valor total arredondado chegaria a R$ 7,60.

Para o reajuste começar a valer, é preciso que a Agetransp homologue. No entanto, o cálculo já foi aprovado na Câmara de Política Econômica e Tarifária da Agência e, por ser uma definição contratual, é difícil que o valor seja revisto. Segundo a Câmara, o pleito da SuperVia “está fundamentado no Contrato de Concessão e em seus Termos Aditivos” e não foram encontradas divergências na fórmula apresentada.

A possibilidade de reajuste desagradou usuários, que reclamam da qualidade do serviço oferecido. Entre as principais queixas estão a qualidade dos trens, insegurança e os atrasos recorrentes.

Patricia Menezes mora em Campos Elíseos, em Duque de Caxias. Ela usa o trem diariamente e diz que o valor cobrado não faz jus ao serviço prestado.

"A gente tem uma baldeação desnecessária no nosso ramal, que é entre Saracuruna e Gramacho, que quando tem os primeiros trens diretos funciona perfeitamente, porque durante o dia não pode funcionar? Atrasos praticamente todos os dias, nunca tem um horário certo, é estimativa, isso não existe. Os problemas agora são portas sem vidros, assentos sem as tampas, assaltos. Hoje mesmo uma passageira relatou que tinha um pessoa assaltando num trem de manhã, saiu correndo, uma menina quase ficou sem telefone. Não é justo e nunca vai ser, porque eles não oferecem serviço de qualidade pra gente", afirma.

Atualmente, o Estado banca o subsídio da 'Tarifa Social'. Pessoas entre 5 e 64 anos com renda mensal inferior ou igual a R$3.205,20 têm direito a pagar menos em transportes geridos pelo Estado, como os trens, metrô e barcas. No caso dos trens, o valor fica em R$ 5 para quem tem o benefício.

A CBN apurou que o metrô ainda não definiu o valor do reajuste para 2025. Pelo contrato, o cálculo é feito pelo IPCA do IBGE, com base na inflação. Se consideramos o valor atual, de R$7,50, e o índice acumulado até novembro, de 4,29%, o valor subiria hoje para R$ 7,82. Hoje, a tarifa já é a mais cara do país.

O valor alto já vem preocupando a própria MetrôRio, que enviou ofício ao governo estadual sobre a implementação do Jaé nas catracas do metrô, a empresa cita uma disparidade entre o preço cobrado no metrô e nos ônibus da cidade. No documento, a concessionária cita que a diferença entre o valor da tarifa metroviária e da tarifa dos modais municipais, que era de 13% em 2019, passou para "insustentáveis" 74% em 2024, devido ao subsídio universal oferecido pela prefeitura.

A situação, segundo o MetrôRio, tem levado o sistema de transportes a uma situação de grave desequilíbrio e aumento de custos. Apenas nos últimos 6 meses, a demanda metroviária, desconsiderados os passageiros que utilizam a Tarifa Social, caiu 10%.

Hoje, sem a integração do Jaé com o metrô, a empresa teme que a falta de política de integração tarifária entre os modais estaduais e municipais agrave esse problema.

Informações: CBN

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Bilhete de metrô para o Réveillon do Rio será digital, em QR Code

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

A venda de bilhetes especiais para a noite de Réveillon no Rio de Janeiro começará na próxima segunda-feira (9). A concessionária MetrôRio anunciou nesta quinta (5) que, na virada do ano, os bilhetes serão digitais e poderão ser comprados pelo aplicativo ou site da empresa. A partir das 19h do dia 31 até as 5h do dia 1º de janeiro, só poderá utilizar o metrô quem tiver os bilhetes digitais já comprados anteriormente. 

A venda especial de bilhetes para a noite de ano novo, quando a Praia de Copacabana recebe milhões de visitantes, é uma prática já consolidada no Rio de Janeiro para agilizar o embarque e reduzir as filas nas estações. A Operação Especial de Réveillon já ocorre há 25 anos, e o metrô é a principal forma de chegar à Praia de Copacabana pelas linhas 1, 2 e 4.

Nem mesmo os cartões unitários, pré-pago, Giro, Riocard Mais (Bilhete Único e Vale-Transporte) serão mais aceitos durante a operação especial. Nesse período, também não será possível embarcar pagando por aproximação.

QR Code
Os bilhetes digitais adotados neste ano terão formato de QR code, que os passageiros deverão mostrar para entrar nas estações nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. Por conta da novidade, a MetrôRio também vai disponibilizar a possibilidade de venda presencial, do dia 9 a 24 de dezembro, em quatro estações do MetrôRio: Pavuna, Central do Brasil, Carioca e Jardim Oceânico, das 9h às 20h. Nessas bilheterias, o passageiro poderá comprar o QR Code impresso em papel.   

A partir de 25 de dezembro, só será possível comprar os bilhetes digitais pelo aplicativo ou site, e a venda digital será encerrada às 18h do dia 31 ou antes, caso as passagens se esgotem. 

Pessoas com deficiência (PCD), menores de seis anos acompanhados de um adulto com cartão válido de gratuidade ou bilhete digital, e maiores de 65 anos devem apresentar um documento oficial comprobatório nas catracas para embarque nas estações durante a Operação Especial de Réveillon. 

A passagem do metrô do Rio de Janeiro custa R$ 7,50, e o preço do bilhete digital será o mesmo dos dias comuns. Ida e volta, portanto, custarão R$ 15.

Cada cliente poderá comprar até 10 unidades por transação, tanto na venda digital quanto nas bilheterias. Os bilhetes especiais serão válidos apenas durante a noite de Réveillon, sem a possibilidade de reembolso ou uso posterior.   

Horários
No caso da ida para Copacabana, os clientes devem definir uma faixa de horário em que irão embarcar já no momento da compra dos bilhetes digitais. Estarão disponíveis cinco opções: 19h às 20h; 20h às 21h; 21h às 22h; 22h às 23h; e 23h à meia-noite. 

Já na volta, o embarque acontece sem horário fixo, com a utilização do bilhete digital, válido da meia-noite até as 5h do dia 1º de janeiro. 

Tanto na ida quanto na volta, a concessionária recomenda que os passageiros deem preferência à estação Siqueira Campos/Copacabana.  

A partir de meia-noite, só estarão disponíveis para embarque as estações Cardeal Arcoverde/Copacabana, Siqueira Campos/Copacabana, Cantagalo/Copacabana, General Osório/Ipanema e Jardim Oceânico/Barra da Tijuca. 

Informações: Agência Brasil EBC

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MetrôRio anuncia novos canais de comunicação para os clientes

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O MetrôRio disponibilizará, a partir desta terça-feira (08/10), dois novos canais para ampliar as opções de comunicação com os clientes do sistema metroviário. Trata-se do app MetrôRio e do WhatsApp oficial da empresa. As plataformas reúnem informações importantes sobre os serviços, operações e iniciativas, além de outras novidades sobre a concessionária.

Com o novo aplicativo, os passageiros terão a opção de planejar suas viagens, sabendo, por exemplo, quando a composição chegará à estação de embarque, funcionalidade que conta com acessibilidade implementada para pessoas com deficiência visual. Os clientes também poderão acompanhar, em tempo real, o status de circulação das linhas 1, 2 e 4 do metrô. Entre outras funcionalidades do app, que integra a plataforma Giro, será possível consultar extratos e fazer recargas dos cartões Giro, por meio de Pix ou pagamento com cartão de crédito; conferir as vantagens e descontos das parcerias e ainda saber como chegar aos principais pontos turísticos da cidade de metrô.

O download do app MetrôRio está disponível para iPhone e Android. Quem já tem o Giro instalado no celular, basta atualizar a versão do novo aplicativo.

Outra novidade é a ferramenta de transmissão do WhatsApp, que oferece aos clientes uma maneira mais prática e rápida de receber informações atualizadas na palma da mão. Para ficar por dentro dos informes operacionais, notícias e outras novidades do sistema metroviário, é só clicar neste link (Link) e seguir o canal oficial do MetrôRio.

Além desses dois novos canais e das redes sociais, a concessionária conta com atendimento pelo 0800 595 1111, que funciona de segunda a sábado, das 5h à meia-noite; e aos domingos e feriados, das 7h às 23h.

Confira os principais recursos disponíveis no aplicativo MetrôRio:

  • Consulte o tempo de chegada dos trens em qualquer estação em tempo real;
  • Acompanhe a situação das linhas 1, 2 e 4 do metrô e saiba se a prestação do serviço está normal ou com velocidade reduzida, por exemplo;
  • Planeje sua viagem. Saiba qual é a melhor rota para chegar ao seu local de destino;
  • Recarregue o seu cartão Giro e acompanhe as vantagens e promoções.
Informações: Metrô Rio

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No Rio, TCE aprova termo que garante a retomada das obras da estação de metrô da Gávea

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (25), o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para retomada das obras da estação de metrô da Gávea, na Zona Sul. A construção está paralisada desde 2015.

O TCE recebeu a proposta para reinício das intervenções no dia 14 de maio deste ano. Desde então, o órgão realizou reuniões técnicas para debater as adequações e a otimização do projeto de engenharia.

O TAC foi celebrado no âmbito do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com a participação do Governo do Estado, da concessionária MetrôRio e das empreiteiras envolvidas. O acordo define as obrigações e direitos dos envolvidos na continuidade da obra, trazendo uma solução definitiva para o risco de dano estrutural da área e permitindo que, futuramente, a Estação Gávea entre em operação.

"O Rio de Janeiro deu hoje um grande passo para retomar as obras da estação Gávea do Metrô, paralisadas há 9 anos. Essa foi uma preocupação desde o primeiro dia do meu governo e a boa notícia traz um grande alívio para a população. Mas os reflexos dessa decisão são muito mais amplos. É um virar de página. Essa obra é o símbolo de um tempo que o Rio quer esquecer. O resultado de hoje mostra que o Estado do Rio tem um ambiente de negócios confiável, dando respostas a projetos importantes", comemorou o governador Cláudio Castro (PL).

O acordo aponta que o MetrôRio vai arcar com R$ 600 milhões para a obra, que eram de responsabilidade do consórcio Rio-Barra. O valor está descrito no protocolo de intenções assinado pelo governo, onde também estão citadas as demais partes envolvidas. Já o estado irá arcar com R$ 97 milhões. 

Em troca, o contrato entre a concessionária e o Governo do Estado será prorrogado por mais 10 anos, além de ter a unificação da concessão das linhas do metrô, finalizando em 2048. Embora o MetrôRio opere as linhas 1 (General Osório/Ipanema x Uruguai/Tijuca), 2 (Botafogo x Pavuna) e 4 (Nossa Senhora da Paz/Ipanema x Jardim Oceânico/Barra da Tijuca), o grupo não tem a concessão da última.

O consórcio Rio-Barra também desistirá de pedidos de reequilíbrio do contrato junto à Agetransp e também de algumas cobranças judiciais.

A estação da Gávea havia sido incluída na Linha 4, em um projeto antigo que passou por modificações e que só saiu do papel após a escolha do Rio como sede da Olimpíadas de 2016. Com as obras paralisadas em 2015, a estação foi a única prevista que não foi construída.

Durante o período, as empreiteiras envolvidas na construção se tornaram alvo de investigações sobre uma  existência de esquemas de corrupção, como desdobramento da Operação Lava-Jato. Elas foram acusadas de superfaturamento.

O próximo passo para o início das obras é a homologação do termo no Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) e, posteriormente, a assinatura do aditivo com a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana. O governo prevê que isso deve ser feito em 60 dias.

O governador Cláudio Castro informou que está reservando mais R$ 300 milhões, além dos R$ 97 milhões, caso seja necessário aportar mais recursos para garantir que a estação seja concluída. A previsão para o início das obras ainda será avaliada, pois é necessária a retirada de cerca de 36 milhões de litros de água que foram colocadas no buraco da construção para estabilização do terreno.

"Somente após a retirada da água que hoje auxilia na sustentação do espaço da estação é que vamos ter uma melhor noção do tempo que a obra vai levar. Terei muito orgulho de poder inaugurar ainda no meu governo, mas só teremos a real dimensão da obra e do tempo necessário após essa reavaliação - explicou.

Informações: O Dia

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