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Em Campo Grande, Consórcio tem 97 ônibus acima da idade máxima

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Durante a oitiva da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte, realizada nesta segunda-feira (9), vereadores confrontaram o diretor de Operação do Transporte Público do Consórcio Guaicurus, Paulo Vitor de Oliveira, sobre a idade da frota, ausência de seguro civil para passageiros e falhas nas vistorias dos ônibus. Segundo os parlamentares, há indícios de que a concessionária omite informações e descumpre cláusulas contratuais, colocando a segurança dos usuários em risco.

Ao ser questionado sobre o limite de idade da frota, o diretor confirmou que o contrato estabelece idade média de 5 anos, com máximo de 10 anos para ônibus convencionais e 15 anos para articulados. No entanto, admitiu que 97 veículos estão circulando acima da idade permitida. “Temos carros acima dos 10 anos. São 97 veículos”, afirmou.

A declaração causou estranhamento entre os vereadores, já que dados repassados anteriormente pela Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) indicavam 197 veículos irregulares. Paulo Vitor tentou justificar a divergência dizendo que o número maior poderia se referir à média da frota, e não ao limite individual. “Posso ter carros com 10 anos se, no total, a média for 5. Talvez os 197 se refiram a essa média”, argumentou.

Para a relatora da comissão, vereadora Ana Portela (PL), as versões não se sustentam. “Alguém está mentindo. O que dizem para nós não condiz com a realidade que vivenciamos. Já tivemos confirmação da própria Agereg de que a frota está rodando acima do limite desde o início do contrato”, disse.

Outro ponto abordado foi a ausência do seguro civil obrigatório. Na ocasião, o vereador Júnior Coringa (MDB) lembrou que o contrato prevê a cobertura e acusou o consórcio de descumprir a obrigação. “Eles dizem que não contrataram seguro por agilidade, mas isso é lucro em cima da dor do passageiro. Meu primeiro requerimento na CPI tratava disso. Está claro que os usuários não são prioridade."

Sobre o tema, o diretor afirmou que, em caso de acidentes, o consórcio assume os custos diretamente, sem acionar seguradoras, para evitar a morosidade de processos judiciais. A justificativa foi criticada, e os parlamentares anunciaram que devem convocar vítimas para uma audiência pública. “Vamos ouvir os passageiros e verificar se houve ressarcimento real. A lei é clara: o seguro é obrigatório, e eles não estão cumprindo”, reforçou Coringa.

Paulo Vitor também foi cobrado sobre a vistoria veicular. Segundo ele, a inspeção é de responsabilidade da empresa Otimiza, contratada pela Agereg, e ocorre anualmente. No entanto, admitiu que 148 veículos ainda não passaram por vistoria neste ano. O vereador e presidente da comissão Lívio Viana (União Brasil), explicou que cada ônibus tem um prazo individual, e a preocupação destacada pela empresa de vistoria é que se todos a procurarem no mesmo dia, não há estrutura para atender.

O presidente ainda alertou que, na prática, os veículos estão circulando de forma irregular. “Estão rodando com veículos sem inspeção, e isso é grave. A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) deveria impedir. Esperávamos que o diretor trouxesse um plano de renovação da frota, de gestão, de ressarcimento aos usuários prejudicados. Mas ele se limitou a repetir justificativas. Parece que vivem em outra cidade. A desculpa da mobilidade urbana não justifica ônibus sucateado, omissão de informações e, pior, mentira.

Informações: Campograndenews

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Em Campo Grande, Tarifa do transporte coletivo sobe para R$ 4,95

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

A Prefeitura de Campo Grande divulgou o novo valor da tarifa de ônibus na noite desta quinta-feira (23). Com reajuste após determinação judicial, um passe do transporte coletivo na Capital de Mato Grosso do Sul custará R$ 4,95, aumento de 3,51%.
Arquivo/Henrique Kawaminami

A informação já tinha sido confirmada pela assessoria de comunicação da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) ao Jornal Midiamax. Na terça-feira (21), a Agência confirmou que o novo valor estava na fase final de cálculos.

Reunião realizada na tarde desta quinta-feira (23) bateu martelo sobre o reajuste. Após oficial de Justiça intimar o Executivo Municipal sobre decisão judicial para um novo reajuste, o prazo de 15 dias para efetuar o novo valor do passe de ônibus começa a contar. A ação é movida pelo Consórcio Guaicurus para conseguir aumentar a tarifa.

O não reajuste da tarifa poderia render multa ao Executivo de Campo Grande. O risco era de multa diária de R$ 50 mil, penalidade solicitada pelo Consórcio em ação judicial.

Informações: Midiamax

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Consórcio Guaicurus divulga mudanças em linhas de ônibus

domingo, 15 de dezembro de 2024

Na tarde desta quinta-feira (12), a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) divulgou que, entre os dias 26 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025, haverá alterações e ajustes em linhas do transporte coletivo na Capital.

O consórcio deu destaque para a linha 079, que faz o trajeto Terminal Bandeirantes -Hércules Maymone e terá suspensão temporária entre os dias 26 de dezembro de 2024 e 5 de janeiro de 2025.

Haverá, também, troca de veículos entre o dia 27 de dezembro de 2024 e 31 de janeiro de 2025, os veículos articulados serão substituídos por veículos alongados (com mais de 12,60 metros).

Já no período de 16 a 23 de dezembro de 2024, de segunda a sexta-feira, as linhas bairro/centro e aquelas com destino ao Shopping realizarão uma viagem extra no período vespertino.

E nos dias 24 e 31 de dezembro de 2024, os ônibus funcionarão como aos sábados, com ajustes específicos para as linhas 515 e 522. As mudanças procuram atender à demanda prevista durante o período de festas, segundo o consórcio.

O Consórcio Guaicurus, responsável pela operação do transporte coletivo, afirma que realizará monitoramento diário das linhas. Veículos extras poderão ser disponibilizados e ajustes operacionais serão feitos, conforme a necessidade ou determinação da fiscalização da Agetran.

Informações: CampoGrandeNews

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Ônibus movido 100% a gás natural começa a ser testado em Campo Grande

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Campo Grande dá um importante passo em direção à inovação e à sustentabilidade no transporte público ao iniciar, nesta semana, os testes de um ônibus movido a Gás Natural Veicular (GNV). Esta iniciativa, resultado de uma colaboração entre a Prefeitura Municipal, Governo do Estado, MSGás e Consórcio Guaicurus, coloca a cidade na liderança do Centro-Oeste ao adotar essa tecnologia, que visa não apenas aumentar a eficiência do transporte, mas também reduzir significativamente as emissões de poluentes, garantindo maior conforto e segurança aos usuários, além do ganho ambiental para a Capital.

Dentro das iniciativas voltadas para a mobilidade urbana sustentável de Campo Grande, os testes com o ônibus começam nos próximos dias e vão operar em alguns itinerários pré-estabelecidos da cidade. Nesse período, serão avaliados indicadores de eficiência e a viabilidade do Gás Natural Veicular como alternativa ao diesel, considerando as especificidades pontuais, como distâncias, clima e condições de terreno.

O modelo K 280 IB 4×2, da fabricante Scania, tem capacidade para transportar 44 passageiros (incluindo pessoa com deficiência), é equipado com ar-condicionado e câmbio automático, proporcionando uma viagem mais confortável, além de oferecer aos usuários um ambiente mais silencioso e agradável. O mesmo modelo já passou por bateria de testes em São Paulo, Curitiba e Recife.

“Ao iniciarmos os testes do ônibus movido a Gás Natural, estamos dando um passo significativo em direção à inovação e à sustentabilidade no transporte público de Campo Grande. Essa parceria entre a Prefeitura, o Governo do Estado, a MSGás e o Consórcio Guaicurus, reafirma nosso compromisso em proporcionar uma mobilidade urbana mais eficiente e menos poluente. Estamos liderando o Centro-Oeste com esta tecnologia, que não só melhora a qualidade do transporte, mas também garante um futuro mais sustentável para nossa cidade. Esperamos que esses testes tragam resultados positivos e que possamos expandir essa iniciativa, beneficiando nossa população com um transporte mais moderno e confortável”, destaca a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.

“Estamos comemorando hoje, 29 de outubro, o início dos testes do ônibus a gás natural veicular. Esse é um resultado da parceria da MSGás com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, o Consórcio Guaicurus e da Scania. Esse ônibus vai reduzir em 90% a emissão de gases de efeito estufa em Campo Grande, além de outros benefícios, como maior comodidade para o passageiro viajar nos vários trajetos. Além disso, essa ação também faz parte da política do governador Eduardo Riedel, que é tornar Mato Grosso do Sul, um Estado carbono zero até 2030. É uma conquista de toda população da capital sul-mato-grossense”, enfatiza a CEO da MSGás, Cristiane Schmidt.

O ônibus será monitorado em várias rotas, permitindo uma análise abrangente de seu desempenho sob diferentes condições. Especialistas avaliarão os dados coletados para determinar a viabilidade econômica, técnica e ambiental do projeto. “O nosso objetivo é sempre entregar o melhor para Campo Grande. Estamos atentos às questões ambientais e sabemos que a transição para tecnologias mais limpas é um passo fundamental para o futuro da mobilidade urbana”, afirma Paulo Vitor Oliveira, diretor de operações do Consórcio Guaicurus.

O trajeto será iniciado pela linha 082 – Aero Rancho – Shopping. A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) explica que a escolha desse itinerário levou em consideração os dois terminais de atendimento e as vias sem obstáculos, projetadas para corredores do transporte coletivo.

Com essa iniciativa, Campo Grande não só avança na modernização de seu transporte público, mas também se coloca na vanguarda das práticas sustentáveis no Brasil.

Benefícios:

Ambiental: O uso do GNV pode reduzir as emissões de CO² (aquecimento atmosférico) em até 90%, 97% menos material particulado (doenças respiratórias) e 95% menos NOX (causador da chuva ácida), contribuindo para as metas de descarbonização da cidade.

Econômico: A expectativa é que o GNV apresente uma economia significativa em comparação ao diesel, com abastecimento seguro e menos poluente.

Social: A população terá acesso a um transporte público mais moderno e confortável, com melhorias na qualidade de vida urbana.

Informações: Prefeitura de Campo Grande

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Em Campo Grande , Consórcio Guaicurus reforça frota de ônibus com retorno das aulas

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Com o retorno das aulas, o Consórcio Guaicurus adicionou 26 ônibus extras à frota, elevando a quantidade total de veículos de 460 para 486. Essa medida visa atender à demanda aumentada durante o período escolar. Além disso, o consórcio aumentou o número de viagens diárias para 222 e as tabelas operacionais para 54, elevando a quantidade de tabelas de 483 para 537, o que significa que mais de um ônibus opera na mesma linha.

Ajustes na operação - Apesar da ampliação dos serviços, o Consórcio Guaicurus informou que não houve um aumento significativo no número de alunos transportados. "Estamos comprometidos em oferecer um serviço de qualidade e garantir que as necessidades de todos sejam atendidas com eficiência", justificou o consórcio.

Retorno das aulas - As aulas da Rede Municipal de Ensino (Reme) retornaram na semana passada, enquanto as da Rede Estadual de Ensino (REE) recomeçaram nesta segunda-feira (05).

Impacto no transporte público - O aumento da frota e das viagens busca assegurar que todos os alunos e passageiros em geral sejam atendidos de maneira eficiente, minimizando possíveis aglomerações e garantindo maior conforto durante os deslocamentos.

Informações: A Critica

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Em Campo Grande, Ônibus vermelho sangue muda cara de coletivos para mostrar riscos da negligência

domingo, 2 de junho de 2024

O transporte coletivo de Campo Grande estará de “cara” nova até julho. O motivo da mudança em alguns ônibus é para conscientizar a população sobre os acidentes de trânsito no trajeto do trabalho, por meio da campanha “Um dia tranquilo de trabalho começa no trânsito”. Essa é uma iniciativa do TRT/MS (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região) em parceria com o Consórcio Guaicurus.

Para chamar a atenção, cinco ônibus batizados de “infomóvel” estarão circulando pela cidade com adesivos alertando sobre dados preocupantes: “82% dos mortos no trânsito estavam em motos”; e “18% dos mortos no trânsito estavam em carros”.

Além disso, nas redes sociais e nos abrigos de ônibus Pegfácil, também terão frases para conscientizar a população. A pergunta “Já pensou nisso?” explica que atravessar fora da faixa é uma das principais causas de atropelamento e que usar o celular na rua aumenta em 80% as chances de acidente de trânsito. Também mostra que acidente no caminho do trabalho também é acidente de trabalho.

“A segurança é uma responsabilidade compartilhada, e acreditamos que, com a colaboração de todos, podemos criar um trânsito mais seguro e reduzir significativamente os índices de acidentes”, destacou o diretor de operações do Consórcio Guaicurus, Paulo Vitor Oliveira.

Dados - De acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho de 2022, um a cada cinco acidentes de trabalho registrados em Mato Grosso do Sul ocorrem no trajeto casa-trabalho-casa. As informações da pesquisa foram repassadas pelo Consórcio Guaicurus para exemplificar a situação.

Foram registrados 10.046 acidentes de trabalho no Estado, dos quais 1.979 ocorreram no deslocamento do trabalhador. Do total de acidentes de trajeto, 56% ocorreram com homens.

Ainda conforme a pesquisa, de 2020 a 2022, 10% dos acidentes de trabalho em Mato Grosso do Sul foram causados por carros, caminhões e motocicletas. Em relação aos óbitos, o índice mostra que 41% das mortes por acidentes de trabalho tiveram veículos como os causadores. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Informações: Campo Grande News

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Tarifa do transporte coletivo em Campo Grande sobe 2,94% e vai a R$ 4,75

quinta-feira, 14 de março de 2024

A tarifa do transporte coletivo urbano de Campo Grande foi reajustada em 2,94% elevando o preço da passagem de R$ 4,65 para R$ 4,75. A portaria da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) determinando o aumento foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (14), já está em vigor.

O Consórcio Guaicurus informou que a implementação da nova tarifa passa a valer a partir desta sexta-feira (15).

A portaria também estipulou que em sete datas especiais: Dia do Trabalho, Dia das Mães, Dia dos Pais, Aniversário de Campo Grande, Dia de Finados, Natal e Ano Novo, a tarifa diferenciada terá o valor de R$ 1,90, para os usuários que pagarem a passagem com cartão eletrônico recarregável.

Segundo a Agereg, o aumento é parte do processo de reajuste tarifário anual previsto no contrato de concessão do serviço, que é apurado pelo próprio órgão e submetido à consulta do Conselho Municipal de Regulação e Controle Social.

Informações: G1

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Governo se dispõe a criar novo modelo para o transporte coletivo de Campo Grande

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

O governo de Mato Grosso do Sul está disposto a contribuir mais com o transporte coletivo de Campo Grande. A ajuda que o governo do Estado está disposto a oferecer para resolver o problema da mobilidade urbana na Capital, segundo apurou o Correio do Estado, depende da vontade política da atual prefeita, Adriane Lopes (PP), de aceitar a oferta sob a condição fundamental de remodelar todo o sistema.


O entendimento do governador Eduardo Riedel (PSDB) é de que os estados devem ajudar mais na mobilidade urbana das grandes cidades e regiões metropolitanas, algo que ocorre em outros grandes centros brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro. 

Por aqui, segundo ele, Campo Grande é a única cidade que já tem densidade populacional e demanda suficiente para se enquadrar na ajuda oferecida.

O suporte que o governo do Estado está disposto a oferecer vai muito além dos R$ 10 milhões que a administração estadual já aporta anualmente no sistema de transporte coletivo de Campo Grande em forma de subsídio. 

Ele viria com o governo emprestando sua expertise em modelar parcerias com a iniciativa privada para viabilizar investimentos, a partir de estudos factíveis, e poderia resultar, certamente, no rompimento do atual modelo de contrato existente, em que a prefeitura da Capital concede o serviço de transporte ao Consórcio Guaicurus, conjunto de quatro empresas (atualmente caminha para ser três) remanescentes das concessões de duas décadas atrás, que opera os ônibus na cidade.

O Correio do Estado apurou que, em conversas reservadas com seu núcleo mais próximo de secretários, Eduardo Riedel teria comentado algumas vezes sobre a necessidade de o Estado contribuir de maneira mais profunda na solução do sistema de transporte urbano da Capital, que vive uma situação tensa entre poder concedente e concessionário desde a segunda metade da década passada. 

Em dezembro, em entrevista ao Correio do Estado, Eduardo Riedel chegou a se manifestar sobre o tema. "Tem de haver uma parceria estado-município por uma participação mais transformadora", afirmou. 

"Não podemos resumir a melhora do serviço apenas com a aquisição de ônibus novos", complementou o governador. 

Atualmente, o governo de Mato Grosso do Sul aporta, por ano, aproximadamente R$ 10 milhões ao Consórcio Guaicurus em forma de subsídio. 

O dinheiro entra como pagamento do passe de estudante dos alunos da Rede Estadual de Ensino (REE) do município. 

CAMINHO
A ajuda na forma de subsídio começou na gestão de Reinaldo Azambuja, em 2022, e foi ampliada por Riedel em 2023, mas o entendimento é de que um novo suporte não pode ocorrer apenas na injeção de dinheiro em um modelo problemático.  

Uma das comparações sobre modelos ruins, em que os investimentos tendem a ser caros e com pouco retorno, foi o caso do primeiro leilão da BR-163, com a CCR MSVia. 

O fracasso do modelo leiloado na década passada e que se tornou insustentável e precisou ser repactuado, foi usado como exemplo por Riedel e seus aliados para guiar as parcerias executadas pelo Escritório de Parcerias Estratégias (EPE) do governo. 

Na área da infraestrutura, por exemplo, foram duas modelagens bem-sucedidas, sendo uma da MS-306 e outra da MS-112 e BR-158, aplicando uma razão entre o que pode ser executado, o que pode ser prometido ao público e o que pode ser pago pela população. 

A ideia no Parque dos Poderes é levar esse princípio para o transporte urbano de Campo Grande. Uma parceria público-privada (PPP) seria o caminho, mas, para isso, Adriane Lopes, caso seja reeleita, ou quem vier a substituí-la teria de aceitar a ajuda.

"Mais do que uma solicitação, é a vontade política, a prefeitura municipal quer? 'Quero'. O governo do Estado está disposto? Sim. Então, o governo está de porta aberta para desenhar esse modelo", disse Riedel.

O atual contrato do transporte coletivo e urbano de Campo Grande é de 2012, assinado pelo então prefeito da Capital, Nelsinho Trad.

No documento, ficou estabelecido que as empresas do consórcio seriam responsáveis pelo serviço pelos próximos 20 anos, ou seja, até 2032, podendo se renovar por mais 10 anos, o que significa que ela pode operar até 2042.

Informações: Correio do Estado

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Prefeitura sanciona isenção de 10,8 milhões ao Consórcio Guaicurus

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a prorrogação até dezembro de 2024 da isenção de ISS (Imposto sobre Serviços) ao Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo da Capital. Em 2023, a renúncia fiscal chegou a R$ 8.584.619,49, conforme dados do Portal da Transparência.

A publicação extra da Lei Complementar 515, de 9 de dezembro de 2023, define que a medida entra em vigor na data de sua publicação, “produzindo seus efeitos a contar de 1º de janeiro de 2023 até 31 de dezembro de 2024”.

A medida foi aprovada em 7 de dezembro pela Câmara Municipal e prevê renúncia de R$ 10,869 milhões. Na justificativa do projeto, o presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), afirmou que a não cobrança do valor anual do tributo já está prevista na LOA (Lei Orçamentária Anual) e LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024.

O "perdão" do imposto é uma das medidas que o Consórcio Guaicurus diz utilizar para não aumentar o preço da tarifa. Sempre no final de cada ano as empresas do transporte coletivo discutem o reajuste da tarifa.

Informações: Campo Grande News

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Tarifa de ônibus em Campo Grande deve ficar em torno de R$ 4,80

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), fará reunião com o Consórcio Guaicurus ainda esta semana para definir o novo valor do passe de ônibus na Capital. A declaração foi feita à imprensa na manhã desta segunda-feira (18), durante agenda.

A tarifa técnica de R$ 5,95 para o transporte coletivo de Campo Grande foi definida em reunião entre a Agência Municipal de Regulação e o Consórcio Guaicurus, responsável pelo serviço, na última terça-feira (12). O valor agora passa por análise do Executivo.

Como parte da tarifa é subsidiada pela prefeitura e Governo do Estado, estima-se que o preço final para o usuário deva ficar em torno de R$ 4,80.

“Vamos avaliar aquilo que traga menor impacto para a população e para os usuários do transporte coletivo”, afirmou a prefeita, sem detalhar a respeito de possíveis valores da nova tarifa.

Tarifa técnica - A tarifa técnica representa o que as empresas de ônibus dizem gastar com o transporte, somando também o lucro. Com base nesse índice, descontando o percentual pago pelo poder público, é definido o preço final ao usuário. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Informações: CampoGrandeNews

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Em Campo Grande, Tarifa do transporte coletivo não deve passar de R$ 4,80

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

A Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) defende tarifa técnica de R$ 5,95 para o transporte coletivo de Campo Grande. Já o Consórcio Guaicurus, concessionária do serviço, quer que esse valor chegue a R$ 7,80. A tarifa técnica significa o valor cheio que deveria chegar a passagem de ônibus, mas com a isenção de impostos praticada pelo município junto ao consórcio, esse valor acaba diminuindo.

Somente no ano passado, a Prefeitura de Campo Grande abriu mão do ISS (Imposto sobre Serviços) totalizando R$ 23 milhões. As negociações da tarifa entre 2022 e 2023 tiveram tarifa técnica de R$ 5,80, mas devido à renúncia fiscal do município, o valor para o consumidor ficou em R$ 4,65, diferença de R$ 1,15.

Se essa medida for seguida entre 2023 e 2024, a passagem de ônibus ao usuário final deve ser de R$ 4,80. Já foi adiantado ao Campo Grande News que o reajuste para 2024 não deve chegar a R$ 0,20.

Reunião esta tarde entre a agência e o consórcio define o valor da tarifa técnica que será encaminhada ao Executivo Municipal, que posteriormente vai decidir sobre isenções e formas de baratear esse valor.

Justiça – A definição ocorre depois que decisão judicial de segundo grau que acatou pedido da Agereg e suspendeu a decisão que exigia o reajuste anual da tarifa de transporte coletivo em Campo Grande. A decisão judicial anterior, assinada em novembro pela juíza Cíntia Xavier Letteriello, obrigava a prefeitura a ajustar a tarifa todo mês de outubro.

A base do Consórcio para o pedido de reajuste em outubro foi a cláusula do contrato de concessão que fixava esse mês como data-base. No entanto, a Agereg contestou essa prática, alegando que desde o início do contrato esse termo vem sendo ignorado.

Informações: CAMPO GRANDE NEWS

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Especialistas sugerem revisão de todo o sistema de transporte de Campo Grande

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Para os especialistas ouvidos pelo Correio do Estado, a solução para melhoria do transporte em Campo Grande passa por um estudo aprofundado dos deslocamentos no perímetro urbano da Capital, que, muito provavelmente, indicará mudanças de trajetos das linhas atuais em operação do sistema de transporte coletivo. 

Um estudo como esse, contudo, de nada adiantaria sem que estivesse integrado com outras formas de organizar a ocupação urbana do município, como a Lei de Uso do Solo e o Plano Diretor, por exemplo. É o que pensa o arquiteto, urbanista e professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Ângelo Arruda. 

"Foi na gestão do prefeito Lúdio Coelho que a gente teve o SIT [Sistema Integrado de Transporte], que foi elaborado pelo colega Jurandir Santana Nogueira, que já faleceu. Ele criou as estações de transbordo, os terminais, o planejamento de curto, médio e longo prazos. De lá para cá, o município dobrou de população, e o sistema continua o mesmo. Precisamos de um plano municipal de transporte e mobilidade", argumenta Ângelo Arruda.

Arruda diz que soluções para mobilidade não são uma tarefa burocrática, que vai tratar apenas de financiamento. "É uma equação que tem de estar alinhada e aliada com o uso do solo, com o Plano Diretor, com as políticas compensatórias, com as incentivadoras, e é isso que nos falta hoje na cidade de Campo Grande", explica o arquiteto. 

"A mobilidade hoje se tornou um problema: muita gente andando de carro e motocicleta, com uma atividade pendular centro-bairro, bairro-centro", diz. Arruda lembra que, por mais que os bairros estejam fortalecidos (leia reportagem nesta edição), os empregos gerados nos bairros ainda não são suficientes para segurar a população local onde ela mora. "Moral da história: muita gente na rua, muito veículo, muita demanda por transporte. E o sistema que existe simplesmente precisa ser renovado", analisa. "Mas precisa ser um sistema de transporte diferente, com modais mais robustos, veículos com maior capacidade de cargas, quem sabe um VLT [veículo leve sobre trilho]?", acrescenta. 
Ângelo Arruda lembra que quando o ex-prefeito (e ex-governador) desativou os trilhos, no início da década de 2000, ele sugeriu a instalação de VLTs no espaço por onde passava a ferrovia. "Me disseram que isso só seria viável quando a cidade tivesse 1 milhão de habitantes. Pois bem, estamos quase lá", comenta. 

DISCUSSÃO AMPLA
O engenheiro de formação, mas que estuda o ambiente urbano e faz projetos urbanísticos Fernando Madeira também acredita que o sistema de transporte da Capital precisa de uma reformulação. 

"Hoje, o transporte pensado em 1985 talvez não atenda à necessidade que a população tem de transporte. Ou mesmo a necessidade de locomoção por outros meios, como querer andar a pé ou de carro ou de bicicleta", acrescenta. 

Ao ser perguntado sobre a redução do volume de passageiros no transporte coletivo, o que é, além de uma constatação, uma queixa constante do concessionário do transporte coletivo de Campo Grande, o Consórcio Guaicurus, Madeira reitera que os deslocamentos da população necessitam ser observados. 

"Por exemplo, se eu não preciso mais me deslocar para trabalhar, por trabalhar em casa, certamente terei uma menor necessidade de transporte, seja individual, seja coletivo", exemplifica. 

O especialista também lembra que uma grande fonte de deslocamento, o setor de Educação, também mudou. "Até mesmo as universidades têm aulas a distância", diz. 

Uma das alternativas, segundo ele, seria que os responsáveis pelo transporte coletivo observassem a mudança no comportamento da população, para verificar as rotas e as demandas pelas linhas. "Há muito a ser revisto, a forma de atuação, de atendimento. Se não fizer isso, o sistema quebra", acredita. 

De 1985, quando o SIT foi criado, para cá, muita coisa mudou. O centro de Campo Grande que passou por processo de revitalização, aparentemente frustrado perdeu muito de seu movimento e bairros que eram residenciais, como Jardim dos Estados, hoje são comerciais e de serviços, destino de muitos dos deslocamentos. 

SUGESTÃO
Madeira tem algumas sugestões para melhorar o transporte público, inclusive para torná-lo mais sustentável financeiramente. "Se descentralizasse o horário de entrada das escolas: município, Estado, federais, universidades particulares, entrada no comércio, certamente o transporte e o trânsito estariam menos cheios", sugere. 

O especialista em mobilidade afirma que fora dos horários de pico parte da frota fica ociosa, porque há uma demanda menor, enquanto nos horários de pico a frota nas ruas é maior. A análise ainda não leva em consideração o trânsito de automóveis e motocicletas, que certamente ficaria melhor distribuído. "Certamente até a passagem, por exemplo, ficaria mais barata", opina. 

SISTEMA PATINA
O sistema de transporte coletivo de Campo Grande passa por uma crise aguda desde 2020, início da pandemia de Covid-19, que trouxe medidas de isolamento social. De lá para cá, município e Estado voltaram a subisidiar o concessionário, o Consórcio Guaicurus, com repasse de R$ 31,2 milhões anual pelo município e de R$ 10,2 milhões pelo Estado. Além disso, a prefeitura da Capital renuncia à cobrança de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) do operador do transporte coletivo. 

O contrato de concessão do transporte da Capital foi firmado no fim de 2012, com a promessa de investimentos em ônibus com ar-condicionado, veículos articulados e uma série de melhorias. No entanto, o que se viu foi uma redução dos serviços e da demanda do sistema. 

A chegada de aplicativos facilitadores de transporte individual, como Uber, 99 e outros, absorveu parte significativa dos passageiros. A redução da formalização do mercado de trabalho, com mais trabalhadores atuando como microempreendedores individuais (MEIs) também tirou um grande volume de financiamento do sistema, o vale-transporte, reduzindo assim a demanda por viagens. 

Atualmente, o Consórcio Guaicurus tenta provar na Justiça que o contrato de concessão necessita de um reequilíbrio econômico-financeiro. O primeiro laudo pericial, contudo, não demonstra essa necessidade. 
Por outro lado, várias cláusulas do contrato foram descumpridas, conforme apontou o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) há dois anos. Um termo de ajustamento de gestão (TAG) chegou a ser acordado, mas não chegou ao fim.

Informações: Correio do Estado
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Em Campo Grande, 71 ônibus novos rodarão a partir de julho , mas sem ar-condicionado

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Prefeitura e Consórcio Guaicurus anunciaram renovação de 71 novos ônibus na frota. Desses, 68 já estão no pátio da Viação Cidade Morena, mas a maioria (47) ainda precisa receber adaptações. Os demais 21 já estão com sistema de bilhetagem atualizado e avisos estampados.

Eles são de tamanho semelhante e têm a mesma capacidade dos que substituirão. Representam cerca de 15% dos veículos que andam pelas ruas de Campo Grande.

Segundo apurado pela reportagem junto à coordenação da empresa, as modificações são feitas no próprio estacionamento e devem ser concluídas até 29 de junho. Não há ainda a data exata para os novos veículos entrarem em circulação na cidade, já que motoristas precisam receber treinamento de como operar automóveis. Mas a previsão é julho. 

Os profissionais precisam estar aptos a dirigir os carros, já que são modelos diferentes dos que substituirão. Tratam-se de veículos mais novos, da marca Marcopolo. Nenhum deles é sanfonado e têm porta do lado contrário ao motorista, assim como toda a frota campo-grandense.

Está previsto contrato de cinco anos para esses veículos, que têm acessibilidade - por meio de plataformas -, mas não possuem aparelhos de ar-condicionado, conforme compromisso de campanha do ex-prefeito Marquinhos Trad.

Os carros têm capacidade de 40 passageiros sentados. As linhas do transporte público que serão atendidas são definidas com base nos horários de pico do município.
Segundo anunciado pela prefeita, Adriane Lopes (PP), esta é a maior renovação da última década. Outros três ônibus ainda estão na fábrica da Marcopolo, em São Mateus (ES), e deverão chegar na cidade nos próximos dias.

Vale ressaltar que a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) determinou que, até o final deste ano, o Consórcio Guaicurus deverá renovar 184 veículos.

Informações: Campo Grande News
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Agetran defende Consórcio e explica porque Campo Grande não tem ônibus com portas à esquerda

domingo, 18 de junho de 2023

Os 71 novos ônibus para renovar parcialmente a frota do transporte coletivo de Campo Grande, que tem atualmente 182 veículos vencidos, não contará com veículos com portas dos dois lados, o que é defendido pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Entre as justificativas está a de “não atrapalhar a caminhabilidade devido à largura insuficiente das calçadas”.

A aquisição do Consórcio Guaicurus com recursos da empresa custou em torno de R$ 51 milhões, já que cada ônibus tem o valor de R$ 730 mil. A frota da Capital tem idade média de 7,7 anos, acima do ideal estipulado em contrato, que é de 5 anos. Além disso, os novos ônibus irão substituir os velhos, o que não trará mudanças significativas para os usuários já que não haverá mudanças nas linhas.

Os ônibus com portas à esquerda poderiam resolver o caos instalado no trânsito da Capital com os “pontões” instalados no meio da rua, já que muitos usuários se sentem inseguros em atravessar a rua mesmo na faixa de pedestre, e solucionaria o “nó” de veículos em ruas movimentadas como a Rui Barbosa que perderam espaço para o corredor de ônibus e as estações de embarque e desembarque.

A Capital conta com R$ 110 milhões previstos desde 2014 pelo PAC (Projeto de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Urbana para recapeamento de vias e construção dos corredores de ônibus, com previsão de conclusão das obras até 2024.
A decisão da Prefeitura de Campo Grande em não defender os ônibus com portas dos dois lados é o oposto à postura de prefeituras de outras capitais como Brasília e Curitiba, em que os usuários relataram que se sentiam mais seguros em não precisar atravessar a rua para pegar o ônibus.

Em nota, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) justifica que as estações de embarque e desembarque instaladas em ilhas nos corredores de ônibus são uma das exigências para o funcionamento dos corredores. 

Campo Grande terá apenas parte da frota de ônibus renovada (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)
Além disso, também afirma que as ilhas no centro das ruas tem o objetivo de não obstruir as fachadas das casas e lojas, e não impedir o acesso aos imóveis. 

Outro ponto na justificativa da Agetran para que os “pontões” continuem no meio da rua e não nas calçadas é para não atrapalhar o vai-e-vem de pedestres “devido à largura insuficiente das calçadas para acomodar as estações de embarque e desembarque e impossibilitar a formação de guetos, trazendo maior segurança aos passageiros”. 

“As mesmas [estações] estão localizadas ao lado direito dos corredores, não havendo, então, necessidade de porta do lado esquerdo do ônibus. As estações também são equipadas com iluminação, tomadas para carregar o celular e uma estrutura que permite os usuários se protegerem da chuva e do frio”, finaliza a nota.

Lucro fácil e sem punição

Ao mesmo tempo em que irá receber cerca de R$ 37 milhões em verba pública este ano - repasses municipais, estaduais, federais e isenção de impostos -, o Consórcio Guaicurus também conseguiu se livrar de punição por descumprir o contrato de concessão.

Além disso, perícia judicial analisou os balanços financeiros e constatou que o Consórcio Guaicurus teve lucro de R$ 68 milhões em 5 anos.

População vai continuar enfrentando atraso e superlotação

Porém, os novos ônibus vão renovar apenas 15% da frota atual de 450 ônibus. Assim, outros 111 ônibus vencidos continuarão circulando em Campo Grande.

Na prática, muda pouca coisa para a população, já que não haverá criação de novas linhas de ônibus. Os novos veículos apenas vão substituir 71 dos ônibus velhos que atualmente circulam em Campo Grande. A superlotação e demora, principalmente nos bairros, vai continuar.

A frota tem idade média de 7,7 anos, acima do ideal estipulado em contrato, que é de 5 anos. Porém, as empresas de ônibus não informaram se, com a renovação, a idade da frota ficará dentro do que estipula o contrato.

O Consórcio Guaicurus ainda mantém 182 ônibus com idade igual ou superior a dez anos, que devem ser substituídos ainda em 2023. Porém, não disse como e nem se vai substituir os 111 ônibus que vão completar uma década este ano. Os 71 serão descontados desse total a substituir.

Informações: MidiaMax
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Frota do transporte público de Campo Grande será renovada com 71 ônibus novos

quarta-feira, 14 de junho de 2023

O transporte público de Campo Grande terá sua frota renovada a partir do mês de julho. De acordo com a prefeitura da capital, serão 71 veículos novos.

Deste total, 21 já estão em Campo Grande. O restante estão sendo fabricados, em fase de acabamento, na fábrica que fica no município de São Mateus (ES). A previsão é que eles sejam entregues até dia 29 de junho.

Todos os ônibus possuem acessibilidade e será a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) que vai definir em quais linhas os novos ônibus serão incorporados.

“Nós realizamos diariamente o cálculo de reforço nos horários de pico em determinados locais da cidade, que muda conforme as atividades, calendário da cidade e etc. Esses novos ônibus vão atender diversas linhas em toda cidade, substituindo a frota antiga já esse mês”, explicou o diretor-presidente da Agetran, Janine de Lima Bruno.

O anúncio foi feito pela prefeitura na tarde desta quarta-feira (14). Na ocasião, a prefeita Adriane Lopes (Patriotas) afirmou que está em processo a abertura de licitação para conclusão das reformas dos terminais Bandeirantes, Guaicurus e Júlio de Castilho, com a finalização da fase de acabamento e reforma total dos terminais General Osório e Nova Bahia.

A frota de Campo Grande é composta por 473 veículos. Apenas no mês de maio, foram emitidos 2,7 milhões de bilhetes pelo Consórcio Guaicurus.

Informações: G1 MS
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Cortes em linhas de ônibus deixam passageiros até 1 hora a mais nos pontos em Campo Grande

segunda-feira, 27 de março de 2023

Se para a prefeitura de Campo Grande a redução da frota de ônibus do Consórcio Guaicurus e mudança nas tabelas das linhas que cruzam os bairros são justificadas, para quem usa diariamente o transporte público, o serviço precário faz com que a rotina precise ser totalmente ajustada conforme as decisões do grupo de empresas que explora o transporte público da Capital há uma década.

Nesta quarta-feira (22), após uma série de reportagens do Jornal Midiamax sobre frota sucateada, verbas milionárias garantidas e redução na quantidade de ônibus, o titular da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Odilon Júnior, defendeu o Consórcio Guaicurus e ainda questionou as reclamações dos usuários.

"Cortaram mesmo as linhas? Se sim, é só comunicar a Agência (Agereg) que nós vamos tirar satisfação disso. Uma coisa é o senso comum da população achar que as coisas aconteceram. Outra é realmente acontecer". O secretário também questionou reclamações de passageiros pela redução de linhas e mudança em horários dos ônibus. "Por falta de uso da população ou por querer? É isso que nós temos que levantar. População tem que procurar a gente através das redes sociais. A gente abre um processo e verifica a questão", disse o secretário durante seminário na Câmara Municipal.

A prefeitura de Campo Grande, justificou a redução das linhas de ônibus. Por meio da assessoria de imprensa, o município informou que nos últimos anos a Capital teve redução de 25% na quantidade de passageiros e que a frota é programada conforme a demanda das linhas.

No bairro, passageiros sentem na pele a diminuição das linhas
Mudança no horário de circulação e retirada de carros da linha 409 do transporte coletivo, que faz trajeto entre o Bairro Vila Popular e o Centro de Campo Grande, se transformaram em dor de cabeça para moradores que utilizam o serviço.

Com alteração feita há quase um mês pelo consórcio Guaicurus, passageiros amargam longa espera que aumentou em até uma hora o tempo gasto em função dos ônibus.
 
"O Consórcio Guaicurus precisa olhar o lado do passageiro, é cruel o que estão fazendo com a gente", comenta o porteiro Marcos Roberto da Silva Maciel, de 49 anos. Morador do Vila Popular, o trabalhador conta que sai do serviço às 6h e espera pelo 409 no ponto que fica na Rua Maracaju, esquina com a Rua 13 de Maio. 

“Antes passava às 6h05, 6h14, 6h22 e 6h42. Como saio do serviço às 6h, sempre peguei a volta de 6h14, mas agora, mudaram sem qualquer aviso prévio e os carros só passam recolhendo”, comenta. 

Conforme o trabalhador, o ônibus das 6h05 teve horário adiantado em cinco minutos, o próximo só às 6h54. "Aumentou em praticamente uma hora o tempo de espera. Eu saio do serviço cansado depois de trabalhar a noite toda e sou obrigado a ficar lá. Chego na minha casa praticamente 8h", detalha. 

Segundo ele, no fim de semana a coisa só piora e a espera chega a uma hora e meia. “A gente que trabalha à noite quer chegar em casa rápido para descansar, mas fica refém dessa situação. É triste”, completa. 

O Jornal Midiamax procurou a assessoria de comunicação do Consórcio Guaicurus cobrando posicionamento sobre as mudanças apontadas pelo usuário, no entanto, até o fechamento desta matéria não tivemos retorno.

Frota tem 140 ônibus a menos
A prefeitura de Campo Grande confirmou que o Consórcio Guaicurus tirou de circulação 140 ônibus nos últimos três anos, passando de 552 em 2019 para 412 em 2022.

Em contrapartida, Campo Grande ganhou 36 mil novos moradores, saltando de cerca de 906 mil em 2019 para 942 mil no ano passado, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O número está abaixo do mínimo estipulado em contrato, que é de 575 ônibus em circulação. Enquanto isso, passageiros precisam aguardar mais de 1 hora para conseguir um ônibus, dependendo do horário e da linha.

Vale lembrar que o Consórcio Guaicurus não coloca novos ônibus em circulação desde 2019 e mantém frota com idade média acima da estipulada em contrato de concessão, conforme apontou perícia judicial em ação ingressada pelas próprias empresas de ônibus na Justiça.

A expectativa é de que o número de novos ônibus possa chegar a 30 até o fim do ano, para dar alívio aos usuários que pagam tarifa de R$ 4,65 e que coloca Campo Grande com o 10º passe mais caro entre as capitais.

A concessão do transporte público de Campo Grande, alvo de processo na Justiça de Mato Grosso do Sul por suspeita de corrupção, foi entregue ao Consórcio Guaicurus após licitação encerrada em outubro de 2012, no "apagar das luzes" da gestão do então prefeito Nelsinho Trad (PSD).

O grupo formado pelas empresas Viação Cidade Morena, São Francisco, Jaguar Transportes Urbanos e Viação Campo Grande ganhou o direito de explorar o transporte da cidade por duas décadas. O faturamento previsto à época somava a quantia bilionária de R$ 3,4 bilhões.

Informações: Midiamax
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