A ampliação da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, no trecho entre Vila Prudente e Penha, superou a fase mais crítica das escavações e avança para as etapas de impermeabilização e execução dos revestimentos secundários. As informações estão nos relatórios do Portal da Transparência de fevereiro e março de 2025.
Com 8,3 km de extensão e oito novas estações previstas, o projeto visa melhorar a mobilidade em bairros como Vila Invernada, Jardim Anália Franco, Vila Formosa, Vila Carrão, Vila Manchester, Aricanduva e Penha. A expansão busca também desafogar estações superlotadas como Luz, Sé e Paraíso, reduzindo em até 20% o tempo de deslocamento dos passageiros, conforme estimativas do Metrô.
O Metrô de São Paulo planeja concluir a obra entre 2027 e 2028. Com isso, a expansão acrescentará cerca de 320 mil passageiros por dia útil à rede, aumentando de forma expressiva a capacidade da linha. Além disso, esse reforço ajudará a aliviar os sistemas de transporte da região central e a distribuir melhor os passageiros entre as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.
Avanços em frentes de trabalho
O relatório de março de 2025 destaca avanços em diversas frentes. Na Estação Orfanato, houve a execução da laje de fundo e do revestimento secundário do túnel, consolidando a estrutura subterrânea. No Complexo Rapadura, a escavação do túnel singelo de estacionamento foi concluída, permitindo a próxima fase de infraestrutura de apoio. A Estação Santa Isabel também registrou progresso, com a transição para a etapa de impermeabilização e execução da laje de fundo.
Avanços adicionais foram observados nas estações Guilherme Giorgi e Aricanduva, onde o revestimento secundário do corpo das estações está em andamento. A dinâmica das obras, segundo registros fotográficos, mostra um ritmo mais acelerado em comparação aos meses anteriores.
Embora os avanços sejam visíveis, o projeto ainda enfrenta desafios significativos. As equipes precisam instalar trilhos, integrar sistemas de sinalização, concluir a eletrificação e realizar testes operacionais para garantir a conclusão dentro dos prazos estipulados. Além disso, esses processos envolvem alta complexidade e estão sujeitos a imprevistos técnicos.
Inovação e segurança
O projeto aposta em tecnologia de ponta para operar a nova expansão da Linha 2-Verde. A operação dos trens será automatizada e equipada com o moderno sistema CBTC (Communication-Based Train Control), que possibilita a circulação de trens em intervalos menores, aumentando a capacidade da linha.
Os novos trens contarão com ar-condicionado, câmeras internas de monitoramento, sistemas de gravação de imagens e portas de plataforma para aumentar a segurança dos embarques e desembarques. Essas medidas visam melhorar a experiência dos passageiros e elevar o padrão do transporte ferroviário da cidade.
Sustentabilidade e impacto ambiental
A expansão é também um marco em termos de sustentabilidade. As estimativas apontam para uma redução de 297 toneladas de poluentes atmosféricos e 34.260 toneladas de gases de efeito estufa por ano, além de uma economia aproximada de 15,6 milhões de litros de combustíveis fósseis.
Essas reduções de emissões representam ganhos ambientais e financeiros significativos. De acordo com o Metrô, a economia gerada pela redução de emissões e de consumo de combustível pode ultrapassar R$ 10 milhões por ano.
Perspectivas e cautela
Com os avanços recentes, a expansão da Linha 2-Verde parece promissora. No entanto, a complexidade das fases restantes exige acompanhamento constante para garantir a entrega dentro dos prazos e condições prometidos.
Ainda faltam etapas críticas, como a integração dos sistemas e os testes dinâmicos operacionais, que históricamente são fontes potenciais de atrasos. Para os moradores da Zona Leste, o projeto representa uma esperança concreta de um sistema de transporte mais eficiente, rápido e seguro nos próximos anos.
Informações: Mobilidade360
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