Os moradores da Grande Vitória que dependem de ônibus do sistema Transcol para se locomoverem voltaram a enfrentar filas nos terminais e ônibus cheios. Apesar das recomendações para evitar aglomerações por causa do contágio pelo novo coronavírus, várias situações de descumprimento das medidas de prevenção foram flagradas na manhã desta segunda-feira (8).
A falta de cuidado por parte dos passageiros, das empresas e dos órgãos de fiscalização vai de encontro aos números alarmantes do Espírito Santo.
Até a última atualização do Painel da Covid-19, foram registrados 19.619 casos confirmados do novo coronavírus. A pior situação está na Grande Vitória, que concentra a maior parte dos casos (12.886).
Pela Matriz de Risco, a região metropolitana de Vitória é considerada de “alto risco” de propagação do vírus e deve seguir medidas sociais, comerciais, para o transporte público coletivo e para os limites municipais específicas.
Entre elas, está a determinação para que os ônibus não saiam dos terminais com pessoas em pé e todos os passageiros têm que estar usando máscara para embarcar. O governo também retirou os cobradores dos coletivos e deixou de aceitar o dinheiro como forma de pagamento das passagens.
Entretanto, no início desta manhã, o Terminal de Campo Grande, em Cariacica, tinha filas e os passageiros não respeitavam a distância mínima entre eles.
Além da aglomeração para subir no veículo, o coletivo deixou o terminal com pessoas em pé e sem máscara.
No Terminal de Jardim América, também em Cariacica, a situação era parecida. Apesar da das filas menores por volta das 9h, novos flagrantes de aglomeração e de pessoas nos coletivos sem máscara foram registrados.
Ceturb-ES
A Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou que orienta para que todos os veículos saiam dos terminais com lotação de bancos e as marcações para a formação de filas.
Sobre a fiscalização, a Ceturb disse que, nos terminais, é possível realizar a fiscalização. Mas que entre um terminal e outro ou entre os bairros e os terminais, a fiscalização é mais difícil de ser realizada.
Segundo a Companhia, muitos usuários insistem em entrar nos coletivos e a desrespeitar as marcações de fila nos terminais. Motoristas e fiscais não têm poder polícia para retirar ou impedir a entrada nos veículos.
Em relação às máscaras, a Ceturb explicou que já foram distribuídas pelo estado mais de 600 mil unidades nos terminais.
A Companhia disponibiliza uma função no aplicativo ÔnibusGV para que sejam denunciados passageiros sem máscara e viajando em pé. Essas denúncias, segundo a Ceturb, vão ajudar a nortear as ações operacionais do sistema.
A Ceturb ainda informou que a limpeza dos ônibus é feita nas garagens das empresas. Esse processo, que já era feito diariamente nos ônibus, foi intensificado, utilizando-se hipoclorito de sódio (água sanitária), em especial nos corrimãos, balaústres e alças.
A Companhia também disse que mantém 90% da frota no horário de pico e que o número de passageiros durante o período de isolamento social caiu de 600 mil por dia para 250 mil passageiros por dia.
Informações: G1 ES
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