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Contra precarização, metroviários de SP ameaçam parar dia 1º de março

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Os trabalhadores da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) ameaçam parar em 1º de março contra uma série de medidas anunciadas pela empresa para conter gastos que estariam prejudicando a categoria, segundo o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior. “É uma situação inusitada. Nunca vivemos uma coisa assim. Mudaram a data de pagamento, suspenderam as férias, proibiram horas extras e adiaram o pagamento da Participação nos Resultados (PR)”, relatou Altino.

Segundo o dirigente, o pagamento do salário era realizado no final de cada mês e o adiantamento – o chamado “vale” –, no dia 15. Agora, o pagamento é no quinto dia útil e o vale, no dia 20. Férias, somente para quem já está estourando o limite que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permite: 11 meses após o vencimento. A PR, normalmente paga no final de fevereiro, vai ser dividida em três parcelas, com a primeira paga no final de março. “Tudo isso foi decidido sem nenhum diálogo com os trabalhadores, numa clara afronta aos direitos trabalhistas”, ressaltou Altino.

Também estão suspensas as progressões salariais e o abono de periculosidade para trabalhadores gerenciais em obras.

De acordo com Altino, o Metrô alega estar em crise financeira. Porém, a companhia acumula resultados financeiros positivos. O lucro líquido da empresa saltou de R$ 28,4 milhões, em 2012, para R$ 76,4 milhões em 2013 e R$ 86,8 milhões, em 2014. Crescimento de 205% em três anos. “Os números de 2015 ainda não foram divulgados, mas sabemos que houve aumento no número de passageiros transportados, o que, com o aumento das tarifas, certamente elevou a receita”, afirmou.

O aumento no número de usuários transportados também preocupa os trabalhadores. Altino diz que o Metrô não repôs nenhum funcionário em 2015. E neste ano só contratou 12 pessoas. Com a proibição das horas extras, há poucos trabalhadores para atender à população. São 9.612 funcionários para 3,8 milhões de passageiros diários em média. Os dados são de 2014, os últimos disponíveis.

“O Metrô não vive sem hora extra. É uma conta simples. Se não repõe, os que estão na ativa têm de trabalhar mais. Mas com as medidas atuais, temos estações operando com um número mínimo de funcionários. À noite, a Estação República, da Linha 3-Vermelha, fica com apenas três operadores mais o pessoal da segurança”, afirma.

Sangramento
Altino acredita que esteja havendo um “sangramento” da companhia para sanar problemas orçamentários do governo Geraldo Alckmin (PSDB) em outras áreas. “Acredito que o governo estadual está tirando dinheiro do Metrô. Pode ser por meio de remanejamentos ou segurando o valor que deve ser reposto por conta das gratuidades. Não faz sentido o Metrô estar em crise”, afirmou.

O ano passado foi o quinto seguido de déficit orçamentário do governo Alckmin. As despesas superaram as receitas em R$ 1,38 bilhão, o pior rombo registrado no estado paulista em 17 anos. A diferença é 289% maior que em 2014, quando o déficit foi de R$ 355 milhões. A situação ocorreu mesmo após os cortes realizados pela gestão tucana em diversas áreas, o que levou as secretarias de Logística e Transportes, Saneamento e Recursos Hídricos, Transportes Metropolitanos e Habitação a deixar de executar um terço do orçamento previsto para o ano.

Desde que assumiu seu terceiro mandato, em 2011, Alckmin vem fechando as contas no vermelho. Naquele ano, o déficit foi de R$ 723,9 milhões. Em 2012, a diferença entre receita e despesas foi de R$ 240,5 milhões. Em 2013, chegou a R$ 995 milhões, e em 2014 recuou para R$ 355 milhões. Com o resultado do ano passado, Alckmin acumulou a cifra de R$ 3,7 bilhões em resultados negativos. Entre 1998 e 2011, o governo paulista não registrou nenhum déficit.

Por meio de nota, o Metrô defendeu que a proposta de pagamento parcelado em três vezes da PR 2015 aos metroviários “faz parte de um conjunto de medidas temporárias e emergenciais de ajustes, adotadas pela Cia para manter o equilíbrio financeiro, de forma a garantir o cumprimento dos compromissos com seus empregados, fornecedores e usuários, diante da grave crise econômica que afeta o país e, consequentemente, a empresa”. No entanto, a companhia não respondeu sobre os demais problemas apontados pelos trabalhadores.

por Rodrigo Gomes

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