As faixas exclusivas de ônibus na cidade de São Paulo trouxeram ganhos aos passageiros que usam os como veículos como meio de deslocamento. Hoje a cidade conta com 476,8 quilômetros das estruturas, e algumas medições apontam um ganho de 46 minutos por dia aos usuários que utilizam as linhas que percorrem as faixas. Porém, segundo os “indicadores de desempenho de serviços públicos” da Secretaria Municipal de Gestão, divulgados no jornal “O Estado de São Paulo“, a velocidade dos ônibus levando em conta todos os trajetos (com ou sem faixa) voltou a cair.
A redução foi registrando no pico da manhã e no da tarde, onde das 7 às 10 horas, a queda foi de 17 km/h, em 2013, para 16 km/h no ano passado. À tarde, das 17 às 20 horas, a velocidade recuou de 16 km/h para 15 km/h.
A escolha das faixas exclusivas é certeira em vias que não comportam um corredor de ônibus, a exemplos das paralelas Rua Cardeal Arco Verde e Teodoro Sampaio, em Pinheiros, ou no Eixo Rio das Pedras/Mateu Bei em São Mateus. Em vias maiores, as faixas serviram como medida paliativa e de curto prazo. Mas a médio prazo, os sistemas de corredores de ônibus devem ajudar no deslocamento de milhões de pessoas.
Com o cenário revelado pelos dados acima, é mostrado a urgência da capital paulista em expandir a rede de corredores, que requerem estruturas maiores, segregados dos trafego dos carros e com estações de embarque, os chamados BRTs (Bus Rapid Transit).
A questão é que a cidade terá atrasos na implantação de 150 KM destas estruturas conforme anunciado pela atual gestão. A administração municipal justifica a demora por conta da entraves nos repasses de verbas federais, a postergação da repactuação de dívida do município, que trará recursos ao projeto, onde o prefeito Fernando Haddad recorreu a justiça para acelerar o processo.
De qualquer forma, sanados todos os entraves que prejudicam a capacidade de investimentos, São Paulo precisa continuar a investir em corredores de ônibus, e a diretriz deve constar na agenda dos próximos prefeitos, assim como é de senso comum que os próximos governadores devem investir em Metrô.
Por Renato Lobo
Informações: Portal Via Trolebus
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