A ministra de Fomento da Espanha, Ana Pastor, disse hoje (20), em visita ao Brasil, que seu país prepara um consórcio de empresas públicas e privadas para competir na primeira licitação do futuro trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Ana afirmou que a Espanha "tem os requisitos para concorrer em um concurso como este", durante a inauguração em São Paulo do Fórum EFE Café da Manhã, um ciclo de encontros com personalidades da política e da economia no Brasil, além de jornalistas, patrocinado pela empresa espanhola Indra.
As ofertas devem ser apresentadas até 13 de agosto, por um valor de "bilhões" de dólares, embora a quantidade final dependerá das propostas das empresas concorrentes, explicou Julio Gómez-Pomar, presidente da empresa ferroviária Renfe. "Nós definiremos em breve o consórcio espanhol que vai se apresentar", disse o diretor, que acompanhou a ministra na viagem ao Brasil.
Toda a obra requer um investimento de R$ 35 bilhões, segundo cálculos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) do Brasil.
O projeto de 511 quilômetros unirá as cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.
Perante vários empresários, altos funcionários governamentais e jornalistas, Ana Pastor destacou a ampla experiência da Espanha em trens de alta velocidade, ao contar com a segunda maior rede do mundo, com quase 3 mil quilômetros, ficando atrás apenas da China. "É uma referência internacional", disse a ministra, que lembrou que em abril a primeira linha espanhola de alta velocidade, que uniu as cidades de Madri e Sevilha, completou 21 anos.
A ministra disse que se o consórcio espanhol for o vencedor, haverá uma transferência de tecnologia ao Brasil. A primeira parte da licitação, que será decidida em setembro, será para a fabricação dos trens, a operação ferroviária e a tecnologia de sinalização, de segurança e controle eletrônicos, disse Julio Gómez-Pomar "A Renfe está trabalhando a fundo na oferta e no plano de mobilidade que vai apresentar, e trabalhando para formar um consórcio que possa apresentar uma oferta ganhadora", disse.
Além da Espanha, França, Alemanha, Japão e Coreia do Sul também demonstraram interesse em participar da licitação.
Informações: Rede Brasil Atual
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