Representantes de diversas entidades e dos estudantes criaram recentemente o Movimento Popular em Defesa do Transporte Coletivo de Toledo. O objetivo é reunir os diversos segmentos sociais para lutar por um transporte público de qualidade, como um direito.
Conforme explica o membro da comissão de comunicação, Lorenzo Balen, o movimento foi criado em uma primeira reunião na semana passada, onde representantes de diversas entidades, estudantes e populares discutiram o transporte coletivo de Toledo.
A iniciativa foi do Diretório Central dos Estudantes da Unioeste (DCE), União Toledana dos Estudantes de 1º e 2º Graus (Utes) e do Coletivo Barricadas Abrem Caminhos após a realização de audiências públicas nos bairros da cidade para tratar sobre o tema, já que este ano encerra a concessão da empresa prestadora do serviço.
AÇÕES
A primeira atividade do movimento foi apresentar um requerimento solicitando ao Poder Público dados referentes ao perfil e à quantidade de usuários do transporte, além de planilhas de arrecadação e gastos da empresa.
Outra ação que está sendo organizada é a realização de uma reunião mais ampla, para o movimento construir um projeto político popular para o transporte coletivo. A data desta reunião será marcada na próxima segunda-feira (20).
O movimento estuda ainda a realização de uma campanha em defesa do transporte, elencando as principais bandeiras, como a defesa do passe livre para todos os estudantes, a redução da tarifa e o fim da terceirização dos serviços.
MOTIVOS
A discussão promovida é sobre a possibilidade de a Prefeitura estender o contrato com a empresa Transtol, ou abrir novo processo licitatório. “Diante disso, na reunião os participantes debateram e opinaram sobre os vários problemas enfrentados por quem faz uso do transporte coletivo e sobre os motivos que levam boa parte da população a não optar pela utilização”, explica.
Conforme Balen, tiveram destaque na reunião a falta e o corte de linhas e horários, o aumento constante da tarifa, a precarização das condições de trabalho dos empregados da empresa de transporte – o que reflete no atendimento à população -, a falta de passe-livre estudantil, a dificuldade de acesso às informações de arrecadação e gastos da empresa e o desrespeito aos direitos dos usuários.
MERCANTILIZAÇÃO
Outra crítica dos participantes foi relacionada à mercantilização dos serviços. Segundo os populares, se o serviço fosse administrado diretamente pela prefeitura e não por uma empresa privada, haveria mais possibilidade de controle popular e o custo não seria tão alto, pois não haveria o interesse de lucro sobre os usuários. “Assim como já ocorre na saúde e na educação, o serviço deveria ser custeado indiretamente pela população através dos impostos e não na hora da utilização do serviço”.
Informações: Jornal do Oeste
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