Após reunião entre as empresas e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Jundiaí (SP) e Região, realizada no fim da tarde desta terça-feira (21), ficou definido que a greve continua nesta quarta-feira (22). Isso porque a nova proposta apresentada pelas empresas não foi aceita pelos trabalhadores.
Enquanto os funcionários do transporte público de Jundiaí reivindicam um aumento de 15% no salário, além de um vale-refeição de R$ 15 por dia, as empresas oferecem 9,5% de reajuste (com o salário passando de R$ 1.746,53 para R$ 1.912,47), 20% no vale-refeição (de R$ 10 para R$ 12) e 26,3% na Participação dos Lucros e Resultados (PLR), que passa de R$ 380 para R$ 480.
De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores, Laurindo Lopes, os funcionários não estão se negando a trabalhar, apenas estão reivindicando um direito deles. "Queremos trabalhar, mas fazer o que eles querem não dá. O empregador precisa entender que a gente merece esse reajuste, enfrentamos dificuldades diárias no trabalho, como, por exemplo, o trânsito caótico de Jundiaí e itinerários longos", conta Lopes.
Ainda segundo o presidente da associação, os trabalhadores estão a disposição das empresas para novas negociações, desde que elas não sejam baseadas em aumentos de 0,5%. "Porque assim nem queremos negociar. A associação existe para ver o lado do trabalhador e se for preciso ir para a Justiça, para conseguirmos o reajuste que queremos, iremos", ressalta.
Apesar da permanência da greve, as empresas de transporte obtiveram uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho obrigando que 50% da frota de ônibus circule de forma emergencial para atender a população. De acordo com a Setransp, 48 ônibus circularam durante o dia, quando o determinado pela Justiça foi de 131 carros.
Informações: G1 Sorocaba e Jundiaí
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