Nos últimos sete anos, a capital paraibana passou por diversas transformações no campo do transporte público por ônibus. Nesse período, um dos grandes avanços sentidos pela população foi a implantação do sistema de bilhetagem que trouxe mais agilidade e eficiência nas operações e que, posteriormente, com a integração física, temporal e metropolitana, permitiu ao usuário o direito de usar dois ônibus pagando por apenas uma viagem. No início, estima-se que o sistema de transporte coletivo de João Pessoa integrou cerca de 100 mil passageiros ao dia.
Com o sistema de bilhetagem eletrônica substituindo os meios de pagamentos tradicionais da passagem e a implantação da chamada Integração Metropolitana, criada em 2009 e que consentiu também a integração dos passageiros de municípios vizinhos, o sistema chega a beneficiar muito mais pessoas.
Com a Integração, que também é um benefício extensivo aos estudantes (que já pagam 50% da passagem), os custos mensais ficam ainda menores para os usuários, já que esse sistema permite que o passageiro pegue um segundo ônibus pagando apenas a passagem do primeiro, neste caso, R$ 2,30 ou R$ 1,15. Além de estudantes e moradores de João Pessoa, o benefício também desonera bastante o bolso da população que reside ou trabalha no município de Cabedelo, Bayeux, Santa Rita, Conde e Alhandra, que também pode integrar no Sistema de Integração Metropolitana.
Vale lembrar que para integrar de uma cidade para outra, o usuário precisa adquirir, no Terminal Rodoviário de João Pessoa ou em Cabedelo (próximo à Cia Docas da Paraíba), qualquer um dos cartões eletrônicos do Integra Bem: Estudante, Cidadão ou Vale Transporte.
Esse conjunto de facilidades, para o diretor institucional da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (AETC-JP), Mário Tourinho, foi determinante para que o usuário do transporte coletivo alcançasse um equilíbrio muito almejado por qualquer cidadão em seu deslocamento: maior satisfação (mobilidade) a um menor custo (apenas uma passagem).
“A finalidade de todo esse investimento é garantir o deslocamento das pessoas com a maior rapidez e ao menor custo possível”, disse Mário Tourinho.
O dirigente da AETC-JP afirmou ainda que os avanços fizeram do sistema de transporte local um dos melhores serviços da cidade e que a tendência é que ele melhore ainda mais.
“Apesar dos investimentos em integração dos passageiros, ainda não temos corredores exclusivos para ônibus. Acredito que quando isto acontecer, João Pessoa sentirá outra mudança extremamente positiva no transporte coletivo”, salientou Mário Tourinho, lembrando que em meio a todos esses projetos, os empresários do segmento de transporte coletivo também mantém diversas ações para a melhoria do sistema.
Mário Tourinho explicou que os empresários estão sempre realizando a renovação anual da frota. “João Pessoa tem uma idade média de apenas 3,8 anos, enquanto a média nacional fica acima de 5 anos”, ressaltou o dirigente da AETC-JP.
Ele disse que nesses últimos anos as empresas também adquiriram ônibus articulados (aqueles tipo sanfona) que são maiores que os veículos convencionais (a capital já tem 10 veículos desse tipo); e fizeram a renovação da frota com a aquisição de ônibus com plataformas elevatórias (hoje a frota possui 158 veículos desse tipo). A frota da capital paraibana possui 517 ônibus, sendo que 458 ficam em operação e 59 ficam nas garagens como reserva técnica.
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