À medida que a Copa do Mundo de 2014 vai se aproximando, mais obras de mobilidade urbana na Capital vão sendo deixadas para trás. Após a Prefeitura de Fortaleza desistir de alargar as avenidas Raul Barbosa, Dedé Brasil e Paulino Rocha; agora, é o Governo do Estado que abre mão de construir o ramal do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que sairia da Parangaba rumo ao Castelão. Durante o Mundial, os torcedores que assistirão aos jogos e que estiverem utilizando a linha Parangaba-Mucuripe do VLT, ainda a ser construída, precisarão desembarcar na futura estação do Montese, ou na própria Parangaba, e utilizar um outro meio de transporte, como ônibus ou táxi, para chegar ao estádio. A população que habita as imediações da arena esportiva, em bairros como Dias Macêdo, Passaré e Serrinha, continuará a fazer o trecho através de coletivos.
Justificativa
A informação foi confirmada pela Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), a qual justificou que o ramal, que previa uma estação ao lado da arena esportiva, não será mais viabilizado porque estudos realizados pelo Governo indicaram que não haveriam usuários suficientes para manter o trecho em funcionamento, após o evento.
Cidade parada
No entendimento da engenheira civil Nadja Dutra, também chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), o fato de a linha não ser mais construída poderia até não ter tanto impacto caso os outros projetos idealizados para dar mais fluidez ao trânsito de Fortaleza saíssem do papel. Como boa parte das obras de mobilidade urbana ainda seguem inertes, a preocupação é que possa ocorrer em Fortaleza o que houve no Rio de Janeiro durante o Pan-Americano de 2007, com a cidade parando para que as pessoas que estavam se dirigindo ao evento esportivo pudessem se locomover.
"As obras de mobilidade são essenciais não só devido ao Castelão, mas para a cidade como um todo. Se Fortaleza tivesse fluidez, esse VLT seria um detalhe. Quem assistirá aos jogos da Copa, pode utilizar táxi, mas o ideal é que possam usar o transporte de massa", opinou a especialista.
Justificativa
A informação foi confirmada pela Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), a qual justificou que o ramal, que previa uma estação ao lado da arena esportiva, não será mais viabilizado porque estudos realizados pelo Governo indicaram que não haveriam usuários suficientes para manter o trecho em funcionamento, após o evento.
Cidade parada
No entendimento da engenheira civil Nadja Dutra, também chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), o fato de a linha não ser mais construída poderia até não ter tanto impacto caso os outros projetos idealizados para dar mais fluidez ao trânsito de Fortaleza saíssem do papel. Como boa parte das obras de mobilidade urbana ainda seguem inertes, a preocupação é que possa ocorrer em Fortaleza o que houve no Rio de Janeiro durante o Pan-Americano de 2007, com a cidade parando para que as pessoas que estavam se dirigindo ao evento esportivo pudessem se locomover.
"As obras de mobilidade são essenciais não só devido ao Castelão, mas para a cidade como um todo. Se Fortaleza tivesse fluidez, esse VLT seria um detalhe. Quem assistirá aos jogos da Copa, pode utilizar táxi, mas o ideal é que possam usar o transporte de massa", opinou a especialista.
Convergência
Os visitantes que se hospedarão nos hotéis da Av. Beira Mar terão mais um obstáculo a transpor até chegar ao Estádio, que muito mais que sediar jogos de futebol, será uma arena multiuso, de grande apelo turístico, conforme observa Vitório Rodrigues Ferreira, executivo na área de hotelaria.
Segundo explica, nas grandes capitais do mundo, todo o sistema de transporte converge para pontos como o Castelão, e é conectado ainda com a hotelaria e outros serviços.
"Vai ser uma perda. Em cidades como Atlanta (nos Estados Unidos), você sai do aeroporto e já pode pegar um metrô em direção aos principais pontos. Na Bélgica, também é assim. O Castelão não será voltado apenas para o futebol, mas para uma série de atividades que possuem apelo turístico. Com o VLT, as pessoas evitariam o trânsito e o transtorno de procurar vaga para estacionar seus veículos", pondera. Agora, só resta ao Governo acelerar o passo para tocar as obras do ramal Parangaba-Mucuripe, que terá cerca de 13 quilômetros (até o Castelão, seriam mais 7 km) e está orçado em R$ 265,50 milhões.
Próximo passo
No momento, o Estado prepara-se para dar início às desapropriações em alguns bairros que serão cortados pelo VLT, o que deve ocorrer tão logo seja concedida a Licença Prévia do projeto pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). Quando estiver de posse do documento, será feita a liberação de R$ 170 milhões, pela Caixa Econômica, para o intento.
DIEGO BORGES
Repórter do Diário do Nordeste
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