O prometido metrô “geladão” tem deixado os cariocas na mão nos dias mais quentes. Ontem à tarde, ao embarcar na Estação Pavuna, passageiros tiveram que se virar com os mais de 28 graus dentro dos vagões. A situação é ainda pior para quem embarca nos trens antigos. Neles, a temperatura chegou aos incríveis 32.9 graus em Acari/Fazenda Botafogo. No geladão, na mesma estação, a temperatura ultrapassou os 28 graus. Em Colégio, foram registrados também mais de 28 graus.
A estação que registrou temperatura mais baixa foi a Nova América/Del Castilho, com 28.3. Porém longe dos 23 graus prometidos.
De acordo com os passageiros, os trens novos, equipados com ar-condicionado 33% mais potente que os antigos, gelam com mais intensidade pela manhã, quando o sol ainda não está forte e nos horários em que os vagões estão vazios. "Estão muito quentes, principalmente os trens antigos. Até os novos já não são a mesma coisa. Desembarco na Cinelândia toda suada. Parece uma sauna", reclamou a secretária Fátima Marques, 46 anos.
Engenheiro civil e especialista em transportes, Fernando Mac Dowell criticou. "O ideal é que a temperatura fique entre 22 e 25 graus. Um trem novo não pode ter 28 graus. É muito quente", comentou.
O MetrôRio informou que não conhece o método de aferimento da temperatura utilizado e ressalta que este tipo de medição deve ser feito com equipamento específico a fim de evitar distorções. Em setembro, com o mesmo termômetro usado ontem, O DIA mostrou a baixa temperatura (21 graus) nos vagões do geladão chinês e não houve contestação em relação à forma de medição.
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