A cena aconteceu por volta das 9h de terça-feira na estação Victoria do metrô de Londres, no Centro da cidade, e foi acompanhada pelo GLOBO. Com o saguão principal lotado de passageiros que vinham de bairros afastados e precisavam continuar viagem, e de turistas que se atrapalhavam para passar os tíquetes pelas catracas, a Transport of London tomou uma decisão para evitar um tumulto: liberou a passagem de centenas de usuários, por menos de um minuto, sem exigir pagamento. A situação já ocorreu algumas vezes em estações no entorno do Parque Olímpico. Manter o metrô funcionando bem em tempos olímpicos é um desafio e tanto. Mas a Transport of London — empresa subordinada ao prefeito de Londres — tem conseguido absorver o aumento de passageiros.
O metrô londrino foi fundado em 1863 e é o mais antigo em operação no mundo. Ao todo, são 13 linhas. Parte delas são subterrâneas e as demais operam como VLTs (bondes modernos). Em média, três milhões de pessoas passam pelas 275 estações do metrô diariamente. O sistema não está livre de falhas, mas, quando elas ocorrem, a empresa dá uma aula de transparência da informação. Pela internet e nas estações, o passageiro pode consultar se os trens estão no horário e, em caso de falha, saber qual foi o motivo da parada e o tempo previsto para o sistema voltar ao normal.
Voluntários orientam passageiros
Durante os Jogos Olímpicos, a empresa reforçou o pessoal nos corredores de acesso onde existem mapas. O funcionário aborda os usuários que mostram dúvida sobre que direção tomar. Da catraca para fora, essa tarefa fica com voluntários. No entorno de Piccadilly Circus, uma das maiores estações de Londres, O GLOBO contou 15 voluntários numa única tarde na semana passada. Eficiência, no entanto, nem sempre é sinônimo de conforto: os trens mais antigos só dispõe de sistema de calefação. Em julho, às vésperas dos Jogos, a temperatura chegou a 30 graus e o calor em alguns trens era intenso.
A Transport of London também faz uma campanha para que o usuário evite as estações de maior movimento nos horários das competições. Folhetos tentam ainda estimular a população, durante os Jogos, a caminhar em vez de usar o metrô.
Fonte: O Globo
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