Os cobradores e motoristas de ônibus de Curitiba reivindicam
em manifestação na próxima terça-feira (10), a partir das 14h, na Praça
Rui Barbosa, mais segurança em seus postos de trabalho. Conforme
levantamento da Urbs – empresa responsável pelo transporte
coletivo na cidade –, todos os dias ocorrem, em média, sete assaltos nas linhas
e estações tubo espalhadas pela cidade.
Daniel Castellano / AGP |
Dados do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba
e Região Metropolitana (Sindimoc) indicam que no ano passado foram
registrados quase 3 mil roubos a funcionários e usuários das lotações na
capital. Ainda de acordo com o sindicato, em vários
pontos da cidade há resistência dos funcionários do setor em trabalhar em locais
específicos pelo medo de sofrer com o problema.
De acordo com a diretoria do sindicato, a principal reivindicação no protesto
de terça é maior policiamento especializado na prevenção desse tipo de crime.
Além disso, os funcionários querem que a Urbs instale mais cofres lacrados nos
ônibus e faça um monitoramento por meio de câmeras de segurança.
Segundo a assessoria da Urbs, há um projeto em fase de implantação com a
previsão de instalação de câmeras e construção de centrais de monitoramento. O
prazo para completar a implantação, no entanto, ainda não foi definido.
Depois do assalto
Outra reclamação comum de quem trabalha nos ônibus é sobre o que acontece
depois de um assalto. O Sindimoc alerta que o próprio funcionário precisa,
depois de ser alvo de qualquer tipo de crime, ligar para a empresa responsável
pelo ônibus. Depois disso, a vítima se responsabiliza ainda por registrar um
Boletim de Ocorrência detalhando o que foi roubado.
O que fica sem um procedimento padrão, no entanto, é a recuperação dos bens
pessoais do cobrador ou motorista que são levados. Conforme declarou a diretoria
do sindicato, o ressarcimento em dinheiro na maior parte dos casos não é feito
pelas empresas.
A Urbs declara que sobre esse aspecto não possui responsabilidade, sendo o
ressarcimento uma ferramenta que cabe às empresas definirem seus modos de agir
com os funcionários assaltados.
Fonte: Gazeta do Povo
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