E os velhos problemas relacionados ao transporte coletivo urbano persistem em 2012. Ônibus superlotados e os constantes atrasos são as principais reclamações de quem depende deste tipo de transporte para se dirigir ao trabalho, escola, e faculdades por exemplo.
A aposentada Maria Conceição Silva, reside no grande Independência, como de costume vai sempre ao centro da cidade para resolver algum problema bancário ou mesmo, realizar compras em lojas. Mas o que deveria ser feito em poucos minutos demora horas, em virtude dos atrasos que, geralmente, acontece no lotação, linha 4601 Sest Senat/Rodoviária - Via Monte Carmelo. Ela cobra das autoridades de trânsito do município providências no sentido de resolver a situação que tem provocado vários transtornos, especialmente para quem precisa utilizar esta linha de ônibus.
- Além de convivermos com uma passagem cara, o serviço oferecido pelas empresas é de péssima qualidade, frisa.
O autônomo Carlos Henrique Soares mora no Maracanã e também reclama da qualidade do transporte coletivo disponibilizado para a população. Segundo ele, o que muda mesmo, sempre, é a passagem que ele considerada de valor elevado (R$2,10) diante da precariedade do serviço. Ele cobra da McTrans e da ATCMC- Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano soluções para problemas como atrasos, superlotação e a relação – usuário motorista e cobrador muitas vezes conflituosa, segundo ele.
Ronaldo Ruas Silva, vendedor, afirma que pela péssima qualidade do serviço disponibilizado pelas empresas à população, o valor justo da passagem deveria ser de R$ 1,50.
- Ônibus completamente lotados, demora de até quarenta minutos nos pontos, estes são alguns dos problemas que enfrentamos. Como presente de grego, corremos risco todo inicio de ano de ganharmos um aumento, que se vier a acontecer, será mais uma vergonha - desabafa.
Quem também reclama da demora dos ônibus é o estudante Lucas Santos Mendes. De acordo com ele, é um problema que acontece há anos, sem que nenhuma providência seja tomada pelo poder público municipal.
Já para a dona de casa Maria José Gomes Pereira, residente no bairro Olga Benário, a passagem poderia até ser R$ 2, 50, mas desde que o serviço oferecido fosse de qualidade, o que infelizmente não acontece. Nos pontos de ônibus, à noite, ela conta que o perigo é constante, pois são poucas as pessoas à espera do transporte coletivo e a espera é longa, em função dos atrasos dos ônibus.
- A população fica de pés e mãos atadas, pois os problemas enfrentados dentro dos ônibus e fora deles são os mesmos todos os anos, e não vemos qualquer iniciativa para resolvê-los. Os ônibus superlotados então, principalmente em horário de grande movimento, é um verdadeiro tormento, pois alguns ficam como lata de sardinha, e o usuário que paga R$ 2,10 para se assentar fica se espremendo no interior dos coletivos, o que é um completo absurdo, desabafa.
Márcia Soares Barbosa, dona de casa, reclama da falta de cobertura nos pontos onde tanto no sol como no período chuvoso o usuário do transporte fica em demasia prejudicado. Ela espera que este problema também seja solucionado, uma vez que, a população está cansada de promessas de melhora e estudo para resolver os problemas e tudo fica somente no papel e na conversa.
Várias tentativas de contato foram feitas na manhã de ontem com a McTrans, para saber deste órgão, a posição quanto às reclamações dos moradores, mas não houve êxito. Já na ATCM, Associação das Empresas de Transporte Coletivo, a gerente executiva, Jaqueline Camelo, garantiu que nesta quinta-feira (09), falará ao O Norte sobre os problemas levantados pela reportagem nesta edição.
Fonte: O Norte de Minas
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