Apesar de a Agamenon Magalhães ter ficado de fora nesse primeiro momento, a previsão do governo do Estado é lançar os editais de licitação dos três corredores ainda em julho. São eles: Corredor Leste-Oeste (entre a Praça do Derby e o Terminal Integrado de Camaragibe), Corredor Norte Sul (entre o Terminal Integrado de Igarassu e o Centro do Recife, pela Avenida Cruz Cabugá), e o Corredor da BR-101 (que será restaurada e ganhará um corredor exclusivo de ônibus entre o entroncamento com a PE-15 e Cajueiro Seco, em Jaboatão).
Os estudos comprovaram que a demanda do Norte-Sul, a partir do Shopping Tacaruna, é voltada para o Centro do Recife ou para Boa Viagem. E, em conversas com a Prefeitura do Recife, ficou decidido que só poderemos levar o corredor até a Zona Sul da capital depois que a Via Mangue se concretizar. Sem ela, não haveria alternativa de mobilidade. Seriam muitas obras. E levar o corredor apenas até o Terminal de Joana Bezerra se mostrou sem sentido , explicou Danilo Cabral.
Juntos, os três corredores totalizam quase 100 quilômetros de prioridade ao transporte de massa e investimentos de R$ 940 milhões. Com exceção da BR-101, os outros dois têm que ser licitados o mais rápido possível para que, até o fim do ano, as concorrências públicas estejam concluídas e as obras, iniciadas. São projetos que dependem dos recursos do PAC da Copa e a presidente Dilma Roussef exigiu que até o fim do ano estejamos com tudo licitado. Para nos antecipar aos problemas, criamos um grupo de trabalho em parceria com o Tribunal de Contas (TCE) e todos os projetos já estão sob análise dos técnicos , garantiu.
Os corredores serão de BRT (Bus Rapid Transit), modelo operado por ônibus articulados e biarticulados, com embarque em nível e pagamento antecipado de tarifas. A proposta do Corredor da BR-101, entretanto, poderá sofrer atrasos. O projeto está sendo analisado pelos técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Mas, segundo Danilo Cabral, o Corredor da BR-101 não será viabilizado com recursos do PAC da Copa, pois R$ 300 milhões são do Dnit e o restante virá dos cofres do Estado.
Roberta Soares - Jornal do Commercio
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