Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

Em Sorocaba, Transporte coletivo perdeu 11% dos usuários nos últimos anos

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O transporte coletivo é apontado como uma das saídas para o caos no trânsito em todas as grandes cidades, mas em Sorocaba o sistema de ônibus acumula, de 1997 até 2010, uma queda de 11% no número de passageiros. Segundo levantamento feito pela Urbes - Trânsito e Transportes, a lotação excessiva dos veículos é colocada como o fator que mais incomoda os usuários.
Embora o levantamento da Urbes mostre que houve queda de 11% em relação a 1997, os últimos quatro anos seguem tendência de crescimento. Em 2007, por exemplo, a queda acumulada em relação a 1997 era de 17,5%, com cerca de 4,1 milhões de passageiros transportados. Desde então, ano a ano o número de usuários vem aumentando e 2010 fechou com 4,4 milhões. O presidente da Urbes, Renato Gianolla, explica que o número de mais de 4 milhões de passageiros na verdade se refere ao número de pessoas transportadas, ou seja, se uma pessoa vai e volta do trabalho de ônibus, será contabilizada como dois usuários do serviço.

MigraçãoRenato Gianolla afirma que não existe um levantamento sobre quantos passageiros deixaram de usar o transporte coletivo porque adquiriram um veículo, mas acredita que em razão do bom momento da economia em Sorocaba, existem mais pessoas melhorando de vida e deixando os ônibus para partir para um carro ou moto, do que pessoas piorando financeiramente e deixando o transporte coletivo para se deslocar a pé.
“É complicado fazer alguém deixar o carro em casa e seguir de ônibus para o trabalho. Em São Paulo, quem possui carro dá opção ao metrô por se tratar de uma alternativa expressa”, afirma. Só no ano passado foram vendidos 13 mil novos carros em Sorocaba. As motos tiveram crescimento de vendas na ordem de 33%, contra 26% dos automóveis.
Gianolla afirma que a maior adesão ao transporte coletivo em São Paulo se deve justamente ao caos no qual a cidade chegou. “Na Capital as pessoas já não encontram lugares para estacionar seus carros. Um estacionamento chega a custar R$ 10 a hora. Nesse cenário, o transporte coletivo torna-se bem mais atrativo.”

LotaçãoEm 2010 a Urbes realizou uma pesquisa junto aos usuários do transporte coletivo de Sorocaba e perguntou qual era seu principal problema. Em primeiro lugar apareceu a questão da lotação. Não somente aquela lotação de quando um ônibus está abarrotado de gente, mas também aquela de quando uma pessoa que paga passagem não tem direito de fazer o trajeto sentada.
Para controlar a lotação, a Urbes está trabalhando com um monitoramento visual feito por fiscais durante horários críticos. O limite trabalhado é de seis pessoas por metro quadrado, valor meramente matemático que leva em conta os passageiros que estão ocupando o veículo e aqueles que deixaram de embarcar por falta de espaço. “Quando chegamos próximos desse limite acendemos a luz de alerta e colocamos mais ônibus na linha antes que haja caos”, explica o engenheiro.
Segundo a Urbes, atualmente as linhas que servem mais passageiros são as do Central Parque, Laranjeiras, Vitória Régia, Parque São Bento e Júlio de Mesquita Filho.

‘Baixar o valor da tarifa é complicado’ A reportagem do BOM DIA foi aos terminais e pontos de Sorocaba para perguntar o que incomoda o usuário. Não se tratava de uma pesquisa de cunho científico. A metodologia era simplesmente a de colher depoimentos, sem se preocupar com quantas pessoas seriam entrevistadas, seus sexos ou condição socioeconômica. O que percebemos é que, independente do perfil do passageiro, o preço da passagem é reclamação comum.
O presidente da Urbes, Renato Gianolla, alega que o sistema de transporte público opera no limite, “se pagando”. Diz ainda que o valor da tarifa só poderia ser baixado se a prefeitura aumentasse o subsídio e retirasse verba de outras áreas. O presidente informa que manter os ônibus operando em Sorocaba custa cerca de R$ 140 milhões ao ano. Destes, R$ 10 milhões são pagos através de repasse da prefeitura e o restante é custeado pelos passageiros.
“É uma questão de prioridade. Se mais dinheiro for empregado em transporte, menos dinheiro sobrará para educação, saúde e moradia. É isso ou a criação de um novo imposto, que forçaria toda a população a custear o transporte de uma fração dela. É bastante complicado de se fazer”.
Gianolla cita como exemplo a tarifa de R$ 1 que atualmente é válida aos domingos como forma de estimular o uso do transporte público. Se a tarifa dos ônibus custasse R$ 1 todos os dias, Gianolla diz que, ao invés de dar R$ 10 milhões de subsídio, o governo municipal teria de repassar R$ 85 milhões anuais para tapar o buraco no orçamento do transporte. O engenheiro cita que algumas cidades têm experiências inclusive com a tarifa zero. Neste caso, porém, o transporte é priorizado em detrimento das demais áreas de governo.

Dinheiro vai para carnêO encarregado de caixa Nilmar Garcia Silva, 20, cansou de andar de ônibus e, como muitos, decidiu usar o dinheiro que gastava na tarifa do transporte para bancar as parcelas de uma motocicleta. Os R$ 234 de parcela, somados ao combustível utilizado, ainda representam economia para Nilmar.
“Hoje faço meus horários, tenho conforto, chego onde e na hora que quiser”, diz o encarregado, que demorava duas horas de ônibus para deixar a Vila Nova Sorocaba e seguir até o Esplanada Shopping. De motocicleta, ele cumpre o mesmo percurso em 20 minutos.

Reduzir o tempo de esperaA urbes estabeleceu tempos máximos de espera por um ônibus em função do tipo de linha. Segundo Gianolla, não há no perímetro urbano linhas com mais de 40 minutos de espera. Mais tempo que isso, só em bairros rurais. Nos terminais o tempo médio é de 24 minutos e nas linhas básicas, que passam pelas arteriais da cidade, são 9 minutos em média.

373 ônibusônibus compõem a frota local, mas em média, existem 340 rodando ao mesmo tempo pelas ruas nos dias de semana. Aos domingos, a frota em atuação é reduzida em 40%.


0 comentários:

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960