Com menos de um mês de funcionamento, a ECO - Estação de Conexão, implantada na zona leste de São José dos Campos, ainda divide opiniões. Um grupo de passageiros fez um abaixo assinado com as reclamações e encaminhou à Justiça pedindo melhorias.
Pela manhã, bem cedo, o movimento é grande. Tanto de passageiros como de ônibus na estação de conexão do Campos de São José, zona leste. Desde o começo de maio os moradores vêm de 11 bairros próximos para esse ponto e dali seguem viagem para o centro. Na volta para casa o caminho é inverso.
A novidade tem pouco mais de 20 dias e muita gente ainda não se acostumou. “O problema é daqui pro meu bairro. Tem que colocar ônibus a mais”, diz Isabel de Andrade. “Às vezes você chega aqui e não tem ônibus encostado, aí você vai ficar esperando? Vai a pé. Tá horrível mesmo”, diz a passageira Daniele Alves.
A estação de conexão foi implantada para facilitar o transporte dos moradores. Com linhas que não param em todos os pontos, a idéia é chegar mais rápido ao destino. O objetivo é que o passageiro pague somente uma passagem, mesmo pegando vários ônibus Mas o problema é que ainda no começo nem tudo funciona bem. O cartão eletrônico, por exemplo, nem todos tem.
Os passageiros insatisfeitos com o novo sistema já fizeram um abaixo-assinado e um documento com as principais reclamações dos problemas do serviço e encaminharam ao defensor público. Eles esperam que a Justiça negocie com o município algumas mudanças.
“Nós vamos dimensionar este prejuízo e verificar quais as medidas mitigadoras que possam diminuir estes problemas e levar ao poder público ou ao judiciário, caso não seja feito um retorno ao sistema anterior ou uma melhora deste atual”, explica o defensor público Jairo de Souza. Segundo o secretário de Transporte, eles aceitam sugestões para melhorar o serviço.
“A prefeitura em momento algum se coloca em uma postura de não ter que alterar alguma coisa. A atenção é melhorar o serviço para o usuário”, diz o secretário Anderson Ferreira. O defensor público sugere ainda a criação de um plano diretor do transporte público. “São José tem um problema estrutural, que é a falta de um plano diretor para um transporte urbano.
Este plano é obrigatório para cidades com mais de 500 mil habitantes e a cidade não tem este plano. Tudo isso deveria ser discutido e planejado junto com a população, e não imposto pelo poder público”, diz o defensor. Segundo o secretário de Transportes, já está em andamento uma pesquisa para avaliar o serviço na cidade, que servirá de base para o plano diretor do transporte público.
Fonte: VNews
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