A greve dos motoristas e trocadores dos ônibus de Fortaleza vai mesmo começar nesta terça-feira
A greve dos motoristas e trocadores dos ônibus de Fortaleza vai mesmo começar nesta terça-feira como foi deflagrada pela categoria. Assim só 70% do efetivo deverá estar à disposição da população, em horários de pico, e 50% nos demais horários.
A última tentativa de evitar a greve fracassou ontem, depois que os representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) decidiram encerrar as negociações que vinham mantendo com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro), em audiência intermediada pelo procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) Francisco Gérson Marques, na sede da Procuradoria.
Na última sexta-feira em uma primeira audiência, também acontecida na Procuradoria, o clima esteve marcado pelo otimismo, em virtude dos avanços conseguidos pelos sindicatos no estabelecimento de pré-acordos em algumas cláusulas sociais, deixando assim a possibilidade de haver um consenso na continuidade do encontro e até mesmo descartar a greve anunciada.
No entanto, o que se viu ontem foi um ambiente acirrado e de ânimos exaltados, principalmente, após a contraproposta oferecida pelo Sintro de 33%, em relação aos 45% antes pretendidos. Ao tomar conhecimento da contraproposta, o Sindiônibus argumentou que não abriria mão do índice proposto (5,5%) e, com isso, encerrava as negociações.
"A contraproposta formulada pelo Sintro está fora da nossa realidade econômica, isso é inviável e não podemos ir além do que propusemos", afirmou o assessor jurídico do Sindiônibus Cleto Gomes. Já a assessora jurídica do Sintro, Eliana Ferreira lamentou a atitude "patronal" que "se mostrou intransigente".
Dissídio
Com o fim das discussões para acordo, o Sindiônibus, segundo o advogado Cleto Gomes, vai ingressar, ainda hoje com dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em razão da essencialidade do serviço de transporte. "Já que não houve acordo, entendemos que a Justiça deverá determinar como ficará o impasse", disse. O Sintro fez hoje duas assembleias para ajustes das estratégias no movimento grevista de conformidade com o que determina a lei", acrescentou Eliana Ferreia.
Fonte: Diário do Nordeste
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