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Em Salvador, lei do mais forte rege filas da Estação Mussurunga

sábado, 12 de junho de 2010


Apesar de nova e conservada, a Estação Mussurunga não está livre de queixas e reclamações dos usuários. As placas indicam as linhas de ônibus que circulam por cada plataforma e facilitam a orientação dos passageiros. Por lá, não é difícil saber o local exato por onde os coletivos vão passar. Árduo, porém, é descobrir onde começam e terminam as filas para a espera das conduções.
No chão, a ausência de sinalização para delimitar as fileiras contribui para a falta de ordem e a formação das "invasões", que acontecem quando muitos passageiros tentam entrar no ônibus ao mesmo tempo. A situação se complica após as 17 horas. Arlinaldo Santos Novaes, promotor de vendas, é usuário da estação e conhece bem os desafios do local.
“Eu posso ficar seis meses, um ou dois anos sem aparecer aqui. Mas sempre que eu volto é amesmacoisa. Prefiro pegar dois carros e não ter que passar por isso”, diz, ao acompanhar a invasão ao ônibus da linha Boca da Mata - Estação Mussurunga. A queixa é a mesma entre os passageiros.
“Já é o segundo ônibus que eu vejo sair e não consigo pegar. Para pegar um carro sem tumulto, só depois das 20 horas ou antes das 17 horas”, desabafa o auxiliar eletricista Luís Henrique de Jesus. Gestantes, mães com filhos no colo, deficientes e idosos sofrem para conseguir um lugar no transporte.
“Ninguém respeita idoso. Fui buscar auxílio no módulo policial e disseram que era para eu ir para o final da fila. Como se enfrenta essa confusão? Eu tenho 62 anos e não é justo que eu vá para o final",reforça a professora Railda Martins. Jadson Dias trabalha como vendedor ambulante há três anos. Para ele, a obrigação deorganizar as filas não é dele e, tampouco, da polícia. Mesmo assim, não mede esforços para contribuir como pode.
“Só existe organização de fila aqui pela manhã. À tarde, a gente é que ajuda na organização. A gente também auxilia passageiro a pegar ônibus certo“, revela.

Fonte: A Tarde

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