No primeiro dia de vigência do novo valor da tarifa do transporte coletivo, que passou de R$ 2,20 para R$ 2,40, falhas antigas no serviço - como atraso, falta de renovação e ampliação da frota - ainda geram reclamações de usuários ouvidos pelo Jornal de Limeira. "Não percebi nenhuma mudança. O ônibus que peguei para vir trabalhar é o mesmo de sempre e o horário está o mesmo. A única coisa que mudou foi o valor", criticou o vendedor Élvio Aparecido Martins de Oliveira, de 47 anos.
A ajudante-geral de laboratório Maria de Lourdes Rodrigues de Souza, 62, também não percebeu nenhuma alteração. Ela, que utiliza o transporte coletivo diariamente para trabalhar, relata que permaneceu na manhã de ontem o mesmo período no ponto à espera do ônibus que passava na semana passada, antes do reajuste entrar em vigor. "Não adianta quererem mudar o sistema apenas no papel. É preciso colocar em prática. Não estamos andando de graça. Pagamos pelo serviço, que deveria ser de primeira qualidade", posiciona-se.
Em uma semana, a auxiliar-administrativa Luana de Araújo Pinheiro, 22, chegou três vezes atrasada em seu local de serviço. O motivo se deu pela demora do ônibus que faz o percurso até o seu trabalho passar no ponto. Luana mora no Jardim Novo Horizonte e trabalha na Avenida Laranjeiras. Para chegar até lá, ela utiliza a linha 104 da Viação Rápido Sudeste. Apesar da nova tarifa, a linha ainda persistiu no atraso. "Fui reclamar do atraso, o motorista ficou bravo comigo e disse para eu ter paciência. O problema é que esse atraso chega a passar de uma hora", fala.
ABRIGOS
Outro problema apontado pelos usuários do transporte coletivo é a falta de abrigos nos pontos. Exemplo disso é a condição que se encontram os assentos dos abrigos que ficam na Rua Barão de Campinas, aos fundos da escola "Brasil", e na Rua Presidente Roosevelt, ambas no Centro.
Conforme constatou a equipe do Jornal, dos três bancos de concreto, apenas dois estão inteiros, porém, continuam caídos e soltos da estrutura. "É um descaso com a gente. Além de não poder sentar, à noite, é perigoso alguém chutar e se machucar com esses blocos de concreto", alerta o segurança Marco Antônio Orlandine, 48, que diariamente passa pelo local.
A reclamação foi encaminhada à prefeitura. Em nota, foi informado que serão colocados pelo menos 133 novos abrigos em vários pontos da cidade em breve. A Rápido Sudeste será responsável por 40 abrigos e a Viação Limeirense, por 93.
Fonte: Jornal de Limeira
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