No terceiro dia de paralisação dos rodoviários, as empresas pedem autorização da Justiça para demitir os grevistas. A adesão ao movimento diminuiu, mas a população ainda enfrentou muitos problemas. Eles apareceram em maior quantidade nas ruas. Os ônibus de várias empresas circularam desde cedo. Mas passavam pelos pontos lotados.
Pra não arriscar, muita gente voltou a tirar o carro da garagem. Mais um dia de congestionamento nas principais ruas e avenidas da capital. No metrô, filas imensas. Passageiros que normalmente pegariam ônibus vieram para cá. Um ônibus não terminou a viagem durante a madrugada. Foi apedrejado. Policiais permaneceram nas portas de garagens. E de estações, como a Diamante, no Barreiro. No local, as catracas estavam liberadas para os passageiros. A bilheteria não abriu. E nem todas as linhas circularam.
Segundo a fiscalização do Ministério do trabalho, os empregados não podem ter esses dias cortados. No comércio, a falta mais sentida é a dos clientes. Segundo o desembargador que comanda as audiências de conciliação entre os rodoviários e as empresas de ônibus, uma nova rodada de negociações foi marcada para esta quinta-feira. Nesta quarta, representantes dos grevistas e das empresas estiveram no Tribunal Regional do Trabalho. Os patrões entraram com um pedido de autorização para demitir grevistas e contratar novos motoristas e cobradores.
As empresas oferecem 4% de reajuste. Os rodoviários querem 37%. Representantes do comando de greve disseram que estão dispostos a negociar, mas que a paralisação está mantida. Motoristas que trabalharam hoje não usaram uniforme. O desembargador Caio Vieira de Mello disse que mantém a ordem judicial para que os trabalhadores voltem imediatamente ao trabalho. Além de multa e apreensão de bens dos sindicatos, o descumprimento pode ter outra consequência. O desembargador Caio Vieira de Mello, ainda não julgou o pedido das empresas para demitir os grevistas. Ele marcou uma nova audiência de conciliação para as 15h30 desta quinta-feira.
Fonte: Globominas
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