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Blog Meu Transporte entrevista o Sr. Nelson Menezes, Presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O seu nome foi de certa forma foi uma surpresa para dirigir o CGRT, em meio a outros nomes mais conhecidos no ramo de transporte, o que fez com que você aceitasse esse convite?

Resposta – A motivação parte do desafio de promover um avanço no transporte público da Região Metropolitana do Recife. Cheguei para contribuir com o Governo no que se refere à melhoria do transporte público, dando andamento às ações que já estão em curso no Consórcio, com atenção especial aos Terminais Integrados e a mobilidade do Sistema Estrutural Integrado

O CGRT de certa forma foi idealizado e feito para mudar o transporte público e a antiga visão da antiga EMTU, mas de lá pra cá pouca coisa mudou em relação à EMTU, um exemplo disso é a licitação das linhas que parece ainda emperrada?

Resposta – Houve uma evolução importante para o setor com a criação do Grande Recife Consórcio de Transporte, mas queremos muito mais. Este momento que vivemos é essencial para a consolidação do modelo institucional e o desenvolvimento de vários projetos e ações. Mas o trabalho está só começando e os desafios são enormes. E isso nos dá ainda mais responsabilidade e estímulo para trabalhar.

Licitação do Sistema de transporte?

Sobre a licitação do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife é válido ressaltar que o processo, previsto ainda para este ano, irá regulamentar a prestação do serviço por parte da iniciativa privada, dando condições e garantias na operação das linhas que trafegam por toda a Grande Recife. Além de estabelecer regras de operação e fiscalização, a licitação também buscará melhorar o padrão tecnológico e os critérios de renovação da frota, garantindo a qualidade na oferta de serviço à população.

As empresas de ônibus abandonaram os ônibus com ar-condicionado, o que fazer para que os ônibus voltem a ter ar-condicionado?

Resposta – Atualmente o Grande Recife disponibiliza o sistema opcional, que é operado com ônibus refrigerados. Quatro linhas compõem esta frota, das quais duas foram implantadas este ano. Por se tratar de um serviço opcional, as linhas possuem tarifa diferenciada.

Linhas Opcionais

Porque não ampliar as linhas?

O Consórcio avalia a possibilidade de criar novas linhas opcionais para quem deseja utilizar o serviço com ar-condicionado pagando um pouco mais caro. Contudo, os usuários que não optarem pelo serviço opcional podem utilizar o serviço das linhas convencionais.
No entanto, com a construção dos corredores para Bus Rapid Transit (BRT) – Norte-Sul, Leste-Oeste e BR-101 – os novos ônibus que irão circular nestes locais contarão com sistema de ar-condicionado. O projeto já foi licitado e as obras iniciam no primeiro semestre de 2012, com conclusão prevista para 2013.

Bate Conversa

Ainda sobre os desafios a serem enfrentados, Nelson Menezes falou de vários projetos voltados para a melhoria no setor estão em curso. Segundo ele, o Governo do Estado anunciou em agosto o lançamento dos editais de licitação para as obras de mobilidade que serão realizadas na Região Metropolitana do Recife até a Copa do Mundo de 2014. Inicialmente estão sendo licitadas as intervenções que constam como compromisso do Estado de Pernambuco na Matriz da Copa: o Terminal Integrado Cosme e Damião, a ser construído em São Lourenço da Mata; e a implantação de 52 km de corredores exclusivos do Transporte Rápido de Ônibus (TRO) nos eixos Norte-Sul, Leste-Oeste e Ramal Cidade da Copa - um investimento de R$ 476 milhões, recursos do Tesouro Estadual (R$ 129 milhões) e do Governo Federal, através do PAC da Copa (R$ 347 milhões).

Além do TI Tancredo Neves, que será inaugurado até final do semestre, a Secretaria das Cidades (SECID) vai entregar outros nove terminais integrados à população até 2012 (Aeroporto, Cajueiro Seco, TIP, Xambá, Prazeres, Santa Luzia, Largo da Paz, Barro e Joana Bezerra). Este ano, a secretaria das Cidades inicia a obra do TI Cosme e Damião, em São Lourenço da Mata, próximo a Cidade da Copa, que será entregue à população em 2013, com investimento de R$ 19 milhões - recursos são oriundos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), da Caixa Econômica Federal e do Tesouro Estadual. O total de investimento na construção de todos os equipamentos é de R$ 76 milhões.

Fora todas estas as obras estruturais, o presidente do GRCT falou sobre a licitação da central de monitoramento da frota de ônibus por GPS. “Com essa tecnologia, juntamente com os terminais e corredores que estão sendo viabilizados, conseguiremos dar mais agilidade na operação, acarretando um serviço de mais qualidade para a população”, diz Nelson Menezes.


Clayton Leal/Blog Meu Transporte

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Falta de subsídio para o transporte público interfere na qualidade do sistema, diz especialista.

“Os trólebus não são um bom sistema de transporte público. O Corredor ABD é”. A afirmação é do superintendente da ANTP (Agência Nacional de Transporte Público), Marcos Pimentel Bicalho, e compartilhada por outros especialistas da área. Embora o mote dos trólebus seja a utilização de energia limpa, e que ainda não é totalmente utilizada pelo sistema, o diferencial é o corredor exclusivo. Outros benefícios seriam, de acordo com os especialistas, secundários e pouco valorizados pelos usuários.

“É um engano dizer que os trólebus sejam um sistema de excelência. O metrô é um sistema de excelência, o corredor ABD também é. Na Capital, os trólebus circulam por vias comuns, dividem o trânsito com carros, ônibus, caminhões. Quer dizer, não oferecem nada além da energia limpa”, disse o superintendente.

Ainda de acordo com Bicalho, os trólebus envolvem um alto custo para funcionar, mas o sistema operado pela concessionária Metra é bem aproveitado diante desse alto custo.

“O Brasil ainda é um País onde o usuário paga integralmente pelo serviço público de transporte. Não há subsídio. Imagine o investimento para eletrificar as linhas, adaptar os veículos para esse tipo de energia, para o tipo de piso de concreto que é necessário, e pegar todo esse sistema e colocá-lo no trânsito comum. Seria um investimento mal utilizado, nesse caso”, avaliou Bicalho.

O coordenador do MDT (Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade), Nazareno Affonso, também acredita que a falta de subsídio para o sistema interfere na qualidade, que poderia ser maior se houvesse a contrapartida do Estado.

“No nosso setor (de transportes) existem muitos defensores dos trólebus, mas em corredores segregados. A demanda pela via exclusiva para o transporte público nunca vai se esgotar. Acho ainda que se intensifica a cada a ano. Todo semestre vemos medidas do governo para que a população compre cada vez mais carros, mas o incentivo ao transporte público não ocorre na mesma proporção. Essa é uma lógica perversa e de mercado”, afirmou Affonso.

Integração - Na reunião de prefeitos do Consórcio Intermunicipal, nesta segunda-feira (07/11), o presidente da entidade e prefeito de Diadema, Mário Reali, afirmou que o secretário de Transportes Metropolitanos, Edson Aparecido, se comprometeu a falar com o governador Geraldo Alckmin sobre o fim da integração tarifária entre trólebus e ônibus municipais no terminal Piraporinha, em Diadema.
“Uma novidade é que na semana passada recebi um ofício da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), assinado por técnicos e não pelo presidente Joaquim Lopes da Silva, dizendo que não interessa renovar o convênio entre a Prefeitura de Diadema e a EMTU, e que o fim do contrato seria em fevereiro”, afirmou Reali.
De acordo com Reali, o ofício causou estranheza porque a data de renovação não bate com o acordado anteriormente. “Achei estranho porque a ideia é que o convênio teria de ser renovado entre junho e julho de 2012. Existem muitas coisas para serem confirmadas e debatidas. Até agora ninguém do governo do Estado falou em apresentar uma nova proposta”, disse o presidente do Consórcio Intermunicipal.


Informações: Jornal ABCD Maior

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No Rio, Terminal da Pavuna está abandonado

Quase três anos depois de prometer a criação de um novo Terminal Rodoviário da Pavuna, o prefeito Eduardo Paes ainda não honrou o seu compromisso. Assim como em 10 de março de 2009, quando Paes esteve no bairro e anunciou seus planos de demolir a antiga rodoviária, o local continua abandonado.Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Pouco mais de dois meses após tomar posse, o prefeito disse que construiria novo terminal perto da estação de metrô, para integrar os dois meios de transporte. Na área da atual construção seria construída um parque ou praça arborizada, com área de lazer para a população.
Mas o que se vê hoje no Terminal Arquiteto Marlo da Costa e Souza, que recebe fluxo de 150 mil pessoas por dia, é uma situação desoladora: lixo espalhado pelos cantos, poeira, pichações, infiltrações nas paredes, ausência de asfalto e lama nas pistas, estrutura quebrada, iluminação deficiente, instalações elétricas expostas, odor de urina, ratos e baratas.
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Além disso, as escadas rolantes estão desativadas e não há acessibilidade para portadores de deficiência. O local também serve como dormitório de moradores de rua. “Este terminal é um verdadeiro horror. Classifico isso aqui como a porta do inferno do bairro. Como se não bastasse tanta sujeira por aqui, há ainda o problema da insegurança, com usuários de drogas à noite”, contou o vigilante Jonas Fontenele, 26 anos. 
De acordo com outros frequentadores do terminal, a partir do anoitecer, é comum pessoas se reunirem para fumar crack. “Venho muito para cá, pois moro em Belford Roxo, na Baixada. É preciso estar sempre atenta para não ser assaltada”, disse a vendedora Elaine Marins, 37 anos, mulher do vigilante Fontenele.



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VLT de Fortaleza: Obras estão previstas para janeiro de 2012

Deverão ter início em janeiro de 2012 as obras civis para a instalação do ramal Parangaba-Mucuripe do Metrô de Fortaleza, que interligará as duas localidades da capital cearense por meio de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Esta é a expectativa do governo estadual, que recebeu ontem, na Comissão de Licitações da Procuradoria-Geral do Estado do Ceará (PGE), as propostas de empresas para a licitação do projeto. Ao todo, oito consórcios e duas empresas concorrerão no certame.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), a previsão para o término das obras é para o início do segundo semestre de 2013.

O valor máximo a ser pago pelo governo, de acordo com edital publicado, é de R$ 205,19 milhões, e será escolhido como vencedor o consórcio ou empresa que apresentar o menor preço para o serviço.

Concorrentes à licitaçãoEntregaram a documentação, que consta dos dados de habilitação e proposta de preço, os seguintes consórcios: Acciona (Acciona do Brasil Ltda e Acciona Infraestructuras S.A); Aterpa/Emsa/J Dantas; Construcap/Cetenco/Engefel (Construcap CCPS Engenharia e Comércio S/A, Cetenco Engenharia S/A e Engefel-Engenharia Civil e Ferroviária Ltda); CPE-VLT Fortaleza (Consbem Construções e Comércio, Construtora Passarelli e Engexata); Consórcio EIT - Edeconsil (EIT Construções S/A Edeconsil Construções e Locações); Consórcio Tiisa Triunfo (Iesa Infra Estrutura S/A, Mercurious Engenharia S/A, DP Barros Pavimentação e Construção Ltda); Consórcio Marquise-Constran (Construtora Marquise S/A e Constran S.A Construção e Comércio), Consórcio Petra-Realidade-Convap (Petra Construtora Ltda, Realidade Engenharia Ltda e Convap Engenharia e Construçoes), e as empresas Galvão Engenharia e Mendes Junior Trading e Engenharia.
Análise
Ontem, foram abertos os envelopes contendo os documentos de habilitação das empresas, que serão analisados por equipe técnica na Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).

O julgamento será divulgado em sessão pública, em data a ser ainda divulgada, segundo informou a PGE. As propostas comerciais permanecerão sob a guarda e responsabilidade da comissão, lacradas e rubricadas até a data de suas aberturas.

O ramal do VLT passará por 22 bairros da Capital, percorrendo 12,7 quilômetros entre a Estação Parangaba e o Porto do Mucuripe.

Valor máximo205 milhões é o valor máximo a ser pago pelo governo. Vencerá quem se propuser a fazer o serviço pelo menor preço.


Informações: Sérgio de Sousa ao Diário do Nordeste

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Só com o cartão: Passageiros de Campo Grande têm dificuldade para usar ônibus

Desde o dia 1º de novembro quando teve início a obrigatoriedade da utilização do cartão eletrônico para outras 21 linhas de ônibus, os usuários do transporte coletivo, em Campo Grande, estão com dificuldades para conseguir comprar o passe individual, conhecido como Peg-Fácil. Os passageiros reclamam que não existem pontos de venda nos bairros; não está mais sendo comercializado o cartão individual dentro dos ônibus e que na região central é difícil encontrar os locais. A aposentada, Aida Maria Martins, 62 anos, contou que na semana passada perdeu dois ônibus e teve que caminhar por pelo menos um quilômetro, o que representa nove quadras, até encontrar um ponto de venda do cartão na Rua Bahia, próximo a Avenida Mato Grosso. Ela havia saído da Agência do Banco do Banco do Brasil, situada na Avenida Coronel Antonino.

Foto: BRUNO HENRIQUE/CORREIO DO ESTADO
"Eu fui até o Banco do Brasil na Avenida Coronel Antonino e ao ir embora tentei pegar dois ônibus que solicitaram o cartão. Eu não tinha e também nem sabia que a exigência tinha passado para linhas de ônibus não articulado. Tive que descer a pé em busca do passe eletrônico", contou. A medida foi implantada no dia 26 de agosto desse ano, mas apenas 45 veículos articulados estavam exigindo a utilização do Peg-Fácil atingindo um universo de 45 mil passageiros, 15% do total de 300 mil usuários de transporte coletivo na Capital. Hoje, com a inclusão de novas linhas no sistema o número de usuários atingidos passou para 195 mil, o que representa 65% da demanda total diária da cidade.

Empresas
A Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campo Grande (Assetur), justificou a medida alegando que a extinção do dinheiro no ônibus afugentaria os assaltantes que constantemente roubavam o dinheiro do caixa ameaçando cobradores, motoristas e até mesmo usuários. Após a implantação do novo sistema a Assetur já constatou queda de mais de 60% no numero de assaltos a ônibus.

"Eu até acho que a existência do cartão realmente diminuí os assaltos, mas a empresa deveria facilitar nossa vida também", disse Maria do Carmo Silva. Através da assessoria de imprensa a Assetur informou que existem mais de mil pontos de venda do cartão Peg-Fácil espalhados por Campo Grande, inclusive, nos bairros. Já com relação a venda dentro a assessoria ressaltou que em cumprimento à exigência do Ministério Público Estadual (MPE) cada motorista dispõe de dez cartões para venda.

Usuários têm de enfrentar fila
Além de não conseguirem encontrar pontos de venda do cartão Peg-Fácil os usuários do transporte coletiva ainda estão com dificuldades para adquirir a passagem nos dois terminais localizados no entorno da Praça Ary Coelho, na região central de Campo Grande. Eles reclamam da demora no atendimento que acaba resultando em fila e faz com que alguns usuários percam o ônibus.

"Existe só um terminal e uma pessoa para atender. Isso faz com que se forme fila e demore o atendimento. Já perdi o ônibus ao chegar aqui", disse o repositor de alimentos, Gilmar Sales Fernandes, 24 anos, que reside no Bairro Mata do Jacinto. Ele e outros usuários que estavam na fila na manhã de ontem propuseram que a Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campo Grande (Assetur) instale pelo menos mais dois terminais de venda no local até porque eles também servem para recarga de cartões.



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Em Manaus, Virada Cultural terá cerca de 900 ônibus em circulação

A Fundação Municipal de Cultura e Artes (ManausCult) divulgou nesta quarta-feira (9) os serviços que serão oferecidos durante a Virada Cultural 2011, além da programação do evento.

Nesta segunda edição da Virada, cerca de 900 ônibus vão circular nos dias 12 e 13 de novembro, com determinação da prefeitura. Serão, ao todo, 70% da frota operando das 16h30 até às 4h da madrugada .

 
Vinte fiscais da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) estarão presentes nos terminais de integração, bairros, e em todos os locais de apresentação para assegurar a circulação do transporte coletivo.

Trânsito

Para garantir a segurança do público, haverá alterações nas proximidades dos palcos . O Manaustrans estará com um total de 545 funcionários trabalhando durante toda a Virada Cultural, entre agentes de trânsito e supervisores.


Fonte: D24 AM

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Passageiros da Grande BH enfretam espera e ônibus cheios

Longa espera no ponto, ônibus cheios, dificuldade para passar a roleta e desconforto na viagem não são exclusividade do transporte coletivo nos limites da capital. Passageiros das cidades da região metropolitana estão submetidos aos mesmos males, embora eles atraiam menos as atenções de planejadores urbanos. Em Contagem, por exemplo, onde moram mais de 600 mil pessoas, o horário de pico é sofrido para os 97,2 mil passageiros que usam diariamente os 292 veículos administrados pela Transcon, autarquia da terceira maior cidade de Minas. O suplício é ainda maior nas linhas de bairros da periferia.
A maratona diária começa já no ponto. Pela falta de um sistema em rede, como o que prevê estações de integração, muitos precisam tomar dois coletivos ou optar por linhas com trajetos mais longos. Faltam  abrigos e, com isso, usuários ficam expostos ao sol e à chuva. Nos ônibus, passageiros ficam espremidos, nervosos com o empurra-empurra e estressados depois de tanto tempo de pé.

“A gente só consegue assento se embarcar no ponto final do ônibus. Depois do segundo ponto ele já fica lotado”, afirma a auxiliar administrativo Daniele Meireles, de 19 anos. Ontem, enquanto tentava se equilibrar entre os quase 70 passageiros de um micro-ônibus da linha 302E, a moça lamentava a falta de investimento no transporte. “Isso é estressante, porque já chego cansada ao trabalho. A prefeitura precisa criar mais linhas e aumentar as viagens.”

Um motorista, que pede para não ser identificado, diz que o modelo de micro-ônibus é inadequado. “A gente tem de ficar atento ao trânsito, prestar atenção ao embarque e desembarque e ainda cobrar a passagem. Tudo isso em um ônibus cheio, que não garante boa visibilidade traseira e lateral”, afirma.
A estudante Thayslane Lemos dos Santos, de 21, que mora em Nova Contagem, gasta quase um quarto do seu dia dentro dos ônibus. Por causa da dificuldade de sair do bairro e chegar ao câmpus da PUC Minas em Betim, ela precisa abrir mão das duas primeiras aulas da manhã. A aluna de medicina veterinária gasta cerca de cinco horas no trajeto de ida e volta e, pela incompatibilidade do quadro de horários das duas linhas que usa, só pôde se matricular a partir das 8h50. “Não posso fazer toda a carga horária, porque não consigo chegar a tempo. Se houvesse um sistema que interligasse o bairro a Betim, passando pelo Bairro Icaivera, gastaria metade do tempo. As autoridades devem entender que há nos bairros distantes muita gente querendo estudar, trabalhar e crescer na vida, pessoas que são prejudicadas pelo transporte ”, reclama. Para ela, a ampliação do metrô até as cidades metropolitanas é uma demanda na Grande BH.

A saturação é reconhecida inclusive pelo coordenador de Transporte Público da Transcon, Geraldo Antônio de Paula: “Temos um modelo antigo, no qual as linhas são longas e demoradas, mas atendem várias partes da cidade. Sabemos que esse sistema precisa ser modernizado”, admite.

Segundo ele, o município investe em soluções de curto prazo, como monitoramento por GPS, capaz de mostrar em tempo real a localização dos veículos. A medida, afirma, permite o cumprimento do quadro de horários e melhora o atendimento. Solução mais eficaz, entretanto, está longe de sair do papel. A prefeitura estuda a construção de estações com intermodais nos bairros Ressaca/Nacional, Petrolândia e Monte Castelo, mas  só na próxima gestão.

BETIM Os problemas e incômodo apenas mudam de endereço na Grande BH. As queixas de passageiros se repetem diariamente em Betim. “Todo dia exercitamos a paciência para encarar ônibus cheios e o risco de acidentes. Precisamos de outras opções de transporte”, diz o oficial de manutenção Daniel Quintino Ferreira, de 32, do Bairro Bom Retiro.

Dois sistemas de transporte público são administrados pela Prefeitura de Betim. O convencional e o de baixa capacidade, com micro-ônibus, atendem cerca de 2 milhões de passageiros por mês. Além deles, dezenas de vans e carros clandestinos disputam espaço em rotas internas e para cidades vizinhas.

Ainda distante de uma solução definitiva, a Transbetim, empresa responsável pela administração do transporte municipal, trabalha para combater a ilegalidade, regulamentar o serviço de mototáxi, que hoje atende 0,8% da população, com mais de 100 motos, e estender a linha do metrô até a cidade.

São 130 ônibus e 172 vans para atender os passageiros. Segundo o diretor de Transporte e Trânsito da Transbetim, Artur Abreu, mesmo com o baixo número de veículos em comparação com BH, que tem quase 3 mil ônibus municipais, Betim oferece mais conforto. “Ao contrário de BH, que tem 87% dos passageiros em ônibus, em Betim o índice é de 67% e, portanto, o nível de conforto é maior. A ocupação máxima dos ônibus da capital é de cinco pessoas por metro quadrado. Aqui, são quatro por metro quadrado no ônibus convencional e na nova licitação dos micro-ônibus serão três”, argumentou.

PALAVRA DE ESPECIALISTA

SILVESTRE DE ANDRADE PUTY FILHO, ENGENHEIRO CIVIL, CONSULTOR E MESTRE NA ÁREA DE TRANSPORTES

Desafio é metropolitano

“Não dá para pensar que só Belo Horizonte enfrenta saturação no transporte público. Contagem é hoje uma cidade grande, com muitos serviços e mais de 600 mil habitantes. Para otimizar os deslocamentos no município e no entorno deve-se esquecer o conceito de linhas e trabalhar com uma rede de transporte, com vários modais interligados por estações e pontos de conexão. É essencial também dar mais eficiência ao que já existe. No transporte coletivo, a saída seria criar faixas ou até pistas exclusivas para os ônibus. Dessa forma, os veículos particulares perdem espaço, mas mais pessoas são atendidas, já que os ônibus transportam 70% das pessoas, enquanto os automóveis de passeio levam apenas 30%. Com maior capacidade, os coletivos poderiam fazer mais viagens com a mesma frota. Por outro lado, os sistemas de BRT (transporte rápido por ônibus) e VLT (veículo leve sobre trilhos) também são ótimas soluções para corredores como as avenidas João César de Oliveira e Cardeal Eugênio Pacelli. Outra saída é o incentivo à criação de vários polos de serviço, para que as pessoas dependam cada vez menos de se dirigir ao Centro da cidade.”


Fonte: Estado de Minas

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Em Itapecerica da Serra, Greve de ônibus de 03 horas prejudicou usuários

A circulação dos ônibus da Viação Miracatiba, empresa que opera linhas municipais e intermunicipais na região de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

Os motoristas e cobradores iniciaram, por volta das 4 horas desta quarta-feira, uma paralisação, exigindo melhores condições de trabalho e pagamento de horas extras relativas aos finais de semana e convênio médico.

Segundo um dos grevistas, a empresa aceitou algumas das reivindicações dos funcionários, que começaram a voltar ao trabalho por volta das 6h40. Foram aceitos os 100% do pagamento de horas trabalhadas durante domingos e feriados, 50% nas horas extras durante o dia e a recontratação do motorista demitido ontem.

A Viação opera em pelo menos sete linhas afetadas pela greve, como o Parque Paraíso, Jardim São Marcos, Jardim das Oliveiras, Cotia, Embu Guaçu e Embu das Artes. Não há informação sobre quantos usuários foram prejudicados com a paralisação.


Fonte: Estadão

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