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Paulistano passa quase um mês por ano dentro do transporte coletivo

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Seis em cada dez brasileiros usa o transporte coletivo nas capitais do Brasil. Os dados foram divulgados em uma pesquisa feita pelo IPEA, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada nas grandes cidades do país. Do total, quase 55% não estão satisfeitos com o serviço oferecido.

Imagens gravadas por uma câmera de segurança mostram o momento em que dois homens invadem o micro-ônibus, jogam gasolina em tudo e ateiam fogo. Foi o quinto ônibus queimado em uma semana na região metropolitana de Belo Horizonte.
Vandalismo ou crimes como esse criam mais um problema na vida de quem depende do transporte coletivo.

Em São Paulo, a rotina de quem mora na periferia começa cedo. Segundo passageiros, além da demora para entrar nos ônibus, algumas pessoas fazem o trajeto na porta mesmo.

No terminal, os passageiros ficam num espaço pequeno, e esperam em média 40 minutos por um ônibus. “Eu pego ônibus às quatro e meia e chego no serviço 8h15”, diz Antonia da Cruz, doméstica.
Lotados, os coletivos deixam nos pontos quem está esperando. “A maioria não para. Eu já me machuquei dentro do ônibus. Já cheguei a desmaiar de tão apertada que tava dentro”, diz.

Uma pesquisa feita pelo Ibope, no ano passado, mostrou que quem usa ônibus em São Paulo perde quase três horas por dia em deslocamentos. Tempo que poderia ser usado para descansar em casa.

Para Marcos Bicalho, superintendente da Associação Nacional dos Transportes Públicos, a qualidade do transporte público é ruim porque tudo foi pensado para os carros. “Você não consegue ter qualidade no coletivo porque o individual atrapalha o coletivo”.


Mais difícil ainda é fazer o trajeto com criança. Maria e a filha Júlia, de seis anos, madrugaram para ir ao médico: são três conduções. “Acordei ela chorando. Não queria acordar não. Queria desistir”, conta Maria de Jesus das Chagas Souza, auxiliar de limpeza.

Sair do ônibus também é difícil. O aposentado Aleci Francisco Lopes anda com auxílio de muletas e precisa empurrar. “O pessoal não tem paciência com pessoas de idade e deficientes”.



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Em Goiânia, Número de passageiros de ônibus diminuiram nos ultimos 10 anos

A po­pu­la­ção da re­gi­ão me­tro­po­li­ta­na de Go­i­a­nia cresceu 20% nos úl­ti­mos 10 anos, mas o nú­me­ro de usu­á­rios do tran­spor­te pú­bli­co te­ve de­crés­ci­mo de 6% no mes­mo pe­rí­o­do. Em 2000, se­gun­do da­dos da Re­de Me­tro­po­li­ta­na de Tran­spor­te Co­le­ti­vo (RMTC), os ôni­bus re­ce­bi­am por ano 220 mi­lhões de pas­sa­gei­ros, en­quan­to que em 2010 es­se nú­me­ro caiu pa­ra 205 mi­lhões. A in­va­são de ve­í­cu­los par­ti­cu­la­res nas ru­as – ho­je Go­i­â­nia pos­sui pou­co me­nos de um mi­lhão (982.309) de ve­í­cu­los – pro­pi­ciou a di­mi­nu­i­ção de pas­sa­gei­ros que op­ta­ram por se li­vrar das su­per­lo­ta­ções. 

Com a quan­ti­da­de de pas­sa­gei­ros pra­ti­ca­men­te em declínio e a po­pu­la­ção cres­cen­do pro­gres­si­va­men­te, a re­a­li­da­de tra­vou determinados pon­tos do trân­si­to da ca­pi­tal. 

Po­rém, a al­ter­na­ti­va pa­ra mai­o­ria ain­da é en­ca­rar as di­fi­cul­da­des de um trans­­por­te pú­bli­co lo­ta­do, len­to, sem ho­rá­rios fi­xos e que ago­ra en­fren­ta o trân­si­to con­ges­ti­o­na­do de­vi­do o gran­de nú­me­ro de ve­í­cu­los cir­cu­lan­do. Um es­tu­do di­vul­ga­do on­tem pe­lo Ins­ti­tu­to de Pes­qui­sa Eco­nô­mi­ca Apli­ca­da (Ipea) des­ta­cou que a es­co­lha dos pas­sa­gei­ros acon­te­ce prin­ci­pal­men­te pe­lo fa­to de o tran­spor­te pú­bli­co ser o mais ba­ra­to. No en­tan­to, a pas­sa­gem de ôni­bus na ca­pi­tal que já cus­ta R$ 2,25, po­de pas­sar pa­ra R$ 2,50 ainda este mês. 

Os grá­fi­cos da pes­qui­sa tam­bém de­mons­tram que 22,5% da po­pu­la­ção de Go­i­â­nia uti­li­zam car­ro, 7,02% pos­su­em mo­to­ci­cle­ta, 3,48% pre­fe­rem pe­da­lar bi­ci­cle­ta e ou­tros 6,89% se des­lo­cam a pé. Já nas ci­da­des que fa­zem par­te da re­gi­ão me­tro­po­li­ta­na – Trin­da­de, Go­i­a­ni­ra, San­to An­tô­nio de Go­i­ás, Ne­ró­po­lis, Go­i­a­ná­po­lis, Se­na­dor Ca­ne­do, Apa­re­ci­da de Go­i­â­nia, Hi­drô­lan­dia, Ara­go­i­â­nia e Aba­dia de Go­i­ás – a por­cen­ta­gem de usu­á­rio do tran­s­por­te pú­bli­co che­ga a 66,36%. Ou­tros 21,96% da po­pu­la­ção op­ta­ram pe­lo car­ro, 4,9% pe­la mo­to, 1,64% vão de bi­ci­cle­ta e 5,14% pre­fe­rem ca­mi­nhar. 
O pri­mei­ro mo­ti­vo que faz uma pes­soa tro­car o tran­spor­te co­le­ti­vo pe­lo car­ro é o tem­po gas­to no tra­je­to – mui­tos con­si­de­ram o car­ro mais rá­pi­do. O se­gun­do é fa­to do ve­í­cu­lo par­ti­cu­lar ser mais con­for­tá­vel. Ter­cei­ra e úl­ti­ma jus­ti­fi­ca­ti­va é a co­mo­di­da­de. A pes­soa não ne­ces­si­ta es­pe­rar mui­to tem­po pa­ra ini­ci­ar o ca­mi­nho. 
De acor­do com da­dos do De­par­ta­men­to Es­ta­du­al de Trân­si­to de Go­i­ás (De­tran), Go­i­â­nia pos­sui 187.832 mo­to­ci­cle­tas e 38.346 mo­to­ne­tas. O nú­me­ro re­fle­te a ne­ces­si­da­de da po­pu­la­ção. Se­gun­do o Ipea, o pri­mei­ro mo­ti­vo pa­ra a es­co­lha da mo­to é a ve­lo­ci­da­de, o se­gun­do é o pre­ço e o ter­cei­ro a ne­ces­si­da­de de sa­ir de ca­sa no ho­rá­rio ade­qua­do.  

A pes­qui­sa tam­bém co­lheu jus­ti­fi­ca­ti­va dos pe­des­tres e ci­clis­tas. O prin­ci­pal mo­ti­vo apre­sen­tan­do por es­sas par­ce­las da po­pu­la­ção foi sa­ú­de e ra­pi­dez. Po­rém, to­dos afir­ma­ram que pas­sa­ri­am a uti­li­zar o tran­spor­te pú­bli­co ca­so ele fos­se de qua­li­da­de, co­mo mai­or dis­po­ni­bi­li­da­de. 


Fonte: O Hoje

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Frota de São Paulo deve ultrapassar 8 milhões de veículos até 2014, diz prefeitura

A cidade de São Paulo deve ganhar mais um milhão de veículos até 2014, segundo estimativa da prefeitura. Com o aumento, a capital paulista deve ultrapassar a marca dos 8 milhões de carros circulando pelas ruas, já que no último balanço divulgado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo), referente ao mês de março de 2011, a cidade possuía 7.012.795.de veículos, a maior frota de uma cidade brasileira.

A estimativa de crescimento do número de veículos feita pela administração municipal consta na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) de 2012, publicada no Diário Oficial do município no último dia 19 de abril. A LDO é divulgada pelo prefeitura anualmente e traz uma série de metas que devem ser contempladas pelo orçamento municipal.

Caso a projeção da prefeitura se concretize, a frota de São Paulo crescerá cerca de 16% em três anos, ou 5% a cada ano. Há pelo menos cinco anos, o transporte público não cresce nesse ritmo. Dados da Rede Nossa São Paulo, organização que coordena mais de 600 ONGs quem têm como objetivo fiscalizar as ações do governo, revelam que, de 2006 até 2011, a frota de ônibus e a quantidade de corredores é praticamente a mesma. Já o Metrô passou de 61 km de trilhos, em 2006, para 70,6 km - contando com a linha Amarela e a extensão da Verde, ambas em fase de testes ainda. Esse aumento de 9,6 km representa um crescimento nominal de 3,2% ao ano, ou 13% em cinco anos.

A expansão das linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trans Metropolitanos) também não alcança o ritmo de ampliação da frota. Em 2006, a cidade contava com 119 km de trilhos. Até março de 2011, são 122,5 km, de acordo com a própria assessoria da companhia. Em cinco anos, o aumento foi de 3%.

Consequências
Para o consultor de trânsito Horácio Figueira, a consequência de uma frota de mais de 8 milhões de veículos será o aumento dos congestionamentos na cidade para além dos horários de pico. De acordo com dados da Rede Nossa São Paulo, coletados na CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a cidade teve em média 101 km de congestionamento no horário de pico da manhã no mês de março. Essa fila de carros parados é um pouco maior que a distância entre a capital paulista e a cidade de Campinas (93 km).

Para Figueira, a prefeitura deveria assumir que o transporte por veículos privados é "inviável" e tomar medidas radicais em favor do transporte público.

- Tomara que surja um estadista disposto a perder os 2 milhões de votos dos usuários de carros para beneficiar os 8 milhões de usuários de transporte público desta cidade.

Já o engenheiro e mestre em transporte pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) Sérgio Ejzenberg, diz acreditar que o aumento no número de veículos causará problemas à segurança de trânsito.

- Há uma explosão na venda de motos. Além de o motorista desse veículo ficar mais exposto, há um aumento no número de atropelamentos de motociclistas. Eles também poluem mais. A poluição de passageiro por quilômetro de uma motocicleta é 20 vezes maior que um ônibus.

Em 2010, o R7 já havia informado que um motociclista tem 2,7 vezes mais chances de morrer no trânsito paulista do que o ocupante de um carro.

Ejzenberg que é um direito do cidadão comprar um veículo. Porém, não é correto que todos façam suas viagens para o trabalho ou para a escola usando veículos privados.

- A pesquisa Origem-Destino revelou que 80% das viagens são para trabalho ou educação. É ilógico e irracional que todo mundo queira usar transporte individual nesses casos. É preciso fazer um transporte de massa adequado. É questão de foco. Ao invés de plantar asfalto e colher congestionamento, você planta transporte público e colhe qualidade de vida.

Outro lado
A reportagem do R7 entrou em contato, por e-mail e telefone, com a Secretaria de Transportes de São Paulo e fez uma série de questionamentos sobre as politicas para o transporte público da cidade, mas não obteve resposta até a publicação desta notícia.

Fonte: R7.com

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Em Belém, acordo evitou paralisação de ônibus

Os rodoviários aprovaram a proposta de aumento salarial de 7% feita pelos empresários, afastando a possibilidade de uma greve de ônibus prevista para hoje (5) em Belém. Depois de uma reunião tensa entre os representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel) e do Sindicato dos Rodoviários do Pará, ontem (4) à tarde, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, que se estendeu das 14h30 até às 19h30, a proposta foi aprovada por unanimidade numa rápida assembleia dos rodoviários.

O coordenador do sindicato, Altair Brandão, disse que “foi uma vitória muito grande para a categoria sem prejudicar a população”.

Com a inflação girando em torno de 6% a 6,2%, o reajuste de 7% garante um aumento real de salário em torno de 1% a 0,5%, explicou o coordenador técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, Roberto Sena. “Para quem saiu de uma proposta inicial de 3% foi um superavanço. Se fôssemos para o tribunal (Tribunal Regional do Trabalho) ficaríamos no patamar da inflação”.

Além de ganho real de salário, a categoria ainda conseguiu um reajuste de 10,71% no tíquete-alimentação, que passou de R$ 280 para R$ 310. Com isso, o salário do motorista, que passou para R$ 1.176,57, chega a cerca de R$ 1.500 e o do cobrador, que passou para R$ 644,99, chega a quase R$ 1 mil.

O presidente do sindicato contabilizou ainda como avanço nas negociações a conquista de um repasse de R$ 17 mil por mês para o Centro de Formação e o aumento do repasse para a clínica do sindicato de R$ 125 mil para R$ 135 mil por mês. Eles ainda conseguiram que os empresários aceitem atestados de saúde que eram recusados pelas empresas.

Segundo o presidente do Setrans-Bel, Mário Martins, “o aumento pode resultar no aumento das passagens”.

PREÇO DAS PASSAGENS EM BELÉM

Os usuários de ônibus de Belém podem ter que pagar mais pela passagem do transporte urbano. Quem paga R$ 1,85 pode passar a pagar R$ 2,21, valor proposto pelo Setrans-Bel.

A decisão será tomada amanhã (6) à tarde durante reunião do Conselho Municipal de Transporte de Belém. Esse novo valor proposto da passagem é superior ao pedido anteriormente, de R$2,15 e pode vir para substituir a tarifa de R$1,85.

Segundo o Dieese, se a nova tarifa for aprovada, o impacto no final do mês para quem utiliza duas conduções diárias e recebe um salário mínimo será de 19,44% do salário, o que representa R$105,95. Segundo o Dieese, o valor atual representa, para quem pega duas conduções por dia, um gasto mensal de R$ 88,80, o que representa 16%.

Para o Dieese, o valor que o sindicato quer praticar está bem acima do poder aquisitivo da população.

Fonte: Diário do Pará

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Metrô de Teresina para pela terceira vez em menos de um mês

Um problema mecânico fez com que o metrô de Teresina parasse por cerca de duas horas no Centro da capital na tarde desta quarta-feira (4). Para não se atrasarem, passageiros percorreram os trilhos à pé. Foi o terceiro incidente em 20 dias a suspender o funcionamento do trem.

Paulo Barros/CCom

Marcos Silva, diretor-presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Público - CMTP -, informou que o trem parou de rodar por conta de um problema mecânico, por volta de 13h, perto da estação central. Segundo ele, a demora se deu apenas enquanto o conserto era realizado e desde 15h30min os vagões voltaram a fazer seu trajeto. 

O diretor-presidente da CMTP também tratou de tranquilizar os passageiros e garantir que o incidente de hoje não afetará o funcionamento do metrô nos próximos dias. 

Em abril, o trem de superfície descarrilou por duas vezes sobre a ponte no bairro Cristo Rei, zona Sul. A primeira delas no dia 14. A sequência de incidentes gerou apreensão entre os usuários do sistema. 

Fonte: cidadeverde.com

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Estudo defende corredor de ônibus e tarifa barata para aumentar uso de transporte público

Investimentos em corredores de ônibus e metrôs aliados a políticas tarifárias adequadas que permitem ampliar o número de usuários de transporte público, conclui um estudo sobre mobilidade urbana. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A redução do tempo de viagem deve ser estimulada, por ser o principal aspecto levado em conta para a escolha do meio de transporte.
“A rapidez, a disponibilidade e o menor custo foram características recorrentemente citadas de forma explícita pelos entrevistados”, afirma o estudo. Segundo ele, a diferença de percepção da segurança entre os usuários de automóveis e os de transporte público pode revelar importantes aspectos para a atuação pública.
Como característica do que seria "um bom transporte", todos os tipos de usuários entrevistados pelo Ipea apontaram, como primeira resposta, a rapidez. O baixo custo foi a segunda resposta para aqueles que se locomovem a pé e de bicicleta, e o conforto foi apontado pelos usuários de carro. Tanto os usuários de moto como os de transporte público apontaram a existência de mais de uma forma disponível do transporte como condição para sua boa qualidade.
Em Curitiba, a diarista Benedita de Oliveira, 50 anos, diz que só o transporte rápido e integrado do município permite que ela trabalhe em até três casas por dia. “É comum sair de onde moro e trabalhar em três lugares diferentes gastando apenas duas passagens de R$ 2,50 cada”, diz.
No uso do transporte individual motorizado (carro e moto), quem utiliza o primeiro ressalta o motivo do conforto e a comodidade, enquanto os que optam pela moto justificam sua escolha devido ao preço. Mas ambos consideram a rapidez como o fator de maior importância. O gerente Luís Otávio de Sousa, 32 anos, morador de Brasília, gasta R$ 250 por mês de combustível. "O carro é o meio de transporte que uso diariamente para ir ao trabalho, pelo fato da comodidade e rapidez,” disse. Segundo ele, entre os motivos para não usar o transporte público estão o descumprimento do horário, a má conservação dos veículos e as poucas unidades circulando pelas ruas.
Pedestres e ciclistas explicam a opção por motivos de saúde e também pela rapidez. No entanto, quem anda a pé afirma que passariam a usar o transporte público caso houvesse maior disponibilidade, fosse mais barato e também mais rápido. Para o pedestre, estas duas últimas características são necessárias para se ter um bom transporte. No caso da opção pela bicicleta, o baixo custo também é ressaltado como vantagem.
A população, de acordo com o documento, precisa ser esclarecida quanto às características de cada modo de transporte em suas respectivas cidades. Além de ter direito à escolha do meio de transporte que quiser utilizar, “a população tem que ter acesso à informação para poder realizar esta escolha dentro dos critérios que considerar mais relevantes”


Fonte: Rede Brasil Atual

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Maioria de usuários de transporte coletivo está insatisfeita, diz Ipea

O estudo sobre mobilidade urbana, divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aponta que a maioria das pessoas que usa transporte coletivo no país está insatisfeita. São 55% consideram muito ruim, ruim ou regular o serviço. Satisfeitos com a mobilidade estão motoristas de carros particulares (87%), ciclistas e pedestres (75%).
A pesquisa sobre mobilidade urbana foi feita a partir de entrevistas domiciliares feitas entre os dias 4 e 20 de agosto de 2010. Abrange 146 municípios e um total de 2.786 questionários válidos com 30 questões. Participaram apenas pessoas maiores de 18 anos.
A vendedora Arlene Áurea, 24 anos, moradora de Brasília, disse que só usa transporte público porque não tem carro. "O estado de conservação do ônibus é muito ruim, às vezes o ônibus quebra e eu acabo chegando atrasada ao trabalho", disse, lembrando que gasta, em média, R$ 260 por mês com o transporte.
O servente Fernando Fernandez, 27 anos, morador do Entorno do Distrito Federal (DF), disse que não vê vantagens no transporte público. "É preciso aumentar a frota de ônibus, pois fico muito tempo esperando na parada", afirmou.
Já o professor Fábio Vieira, 32 anos, morador de Ceilândia (DF), disse que a única vantagem de usar o metrô  é não enfrentar engarrafamento no trânsito. Ele reclama, entretanto, dos vagões lotados. Em relação aos ônibus,  a falta de pontualidade é o que mais incomoda o professor que gasta, em média, R$ 160 por mês com transporte.

Dois terços no coletivo

O estudo aponta que 65% da população das capitais usam transporte público para se deslocar. Esse percentual cai para 36% nas cidades que não são capitais. Apenas 2,85% da população residente em capitais se locomovem a pé no dia a dia. Já nas outras cidades, esse percentual sobe para 16,63%.
A bicicleta é o meio de transporte de 3,22% das pessoas que vivem nas capitais. Nas outras cidades, esse percentual é 8,45%. A moto é usada por 5,5% da população que vive nas capitais e por 15% nas demais cidades. Em todos os municípios brasileiros, 23% da população adotam o carro como meio de transporte.
O estudo sobre mobilidade urbana faz parte de uma série chamada Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS). A partir deste e de outros estudos, o órgão poderá propor medidas mais adequadas para cada tipo de região. E, também, deixar a população mais esclarecida sobre os serviços e as possibilidades de transporte que são oferecidos.
Nas grandes cidades, por exemplo, o governo poderá aplicar ações que motivem as pessoas a deixarem o carro na garagem e usar o transporte público. E em pequenas cidades, estimular o uso de bicicletas ou o hábito de andar a pé quando a locomoção for por pequenas distâncias.

Fonte: Rede Brasil Atual

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Estudo mostra que 65% da população usam o transporte público nas capitais

Um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que 65% da população das capitais usam transporte público para se deslocar. Esse percentual cai para 36% nas cidades que não são capitais. Apenas 2,85% da população residente em capitais se locomovem a pé no dia a dia. Já nas outras cidades esse percentual sobe para 16,63%.

A bicicleta é o meio de transporte de 3,22% das pessoas que vivem nas capitais. Nas outras cidades, esse percentual é de 8,45%. A moto é usada por 5,5% da população que vive nas capitais e por 15% nas demais cidades. Em todos os municípios brasileiros, 23% da população adotam o carro como meio de transporte.

O estudo sobre mobilidade urbana faz parte de uma série chamada Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS). A partir deste e de outros estudos, o órgão poderá propor medidas mais adequadas para cada tipo de região. E, também, deixar a população mais esclarecida sobre os serviços e as possibilidades de transporte que são oferecidos.

Nas grandes cidades, por exemplo, o governo poderá aplicar ações que motivem as pessoas a deixarem o carro na garagem e usar o transporte público. E em pequenas cidades, estimular o uso de bicicletas ou o hábito de andar a pé quando a locomoção for por pequenas distâncias.

Uma das conclusões à que chegou o Ipea é a tendência de se alcançar melhores resultados a partir de investimentos em corredores de ônibus e metrôs, aliados a políticas tarifárias que permitam ampliar o número de usuários de transporte público.

O instituto enfatiza que, nesse cenário, deve ser estimulada a redução do tempo de viagem. “A rapidez, a disponibilidade e o menor custo foram características recorrentemente citadas de forma explícita pelos entrevistados”, afirma o estudo. Segundo ele, a diferença de percepção da segurança entre os usuários de automóveis e os de transporte público pode revelar importantes aspectos para a atuação pública.

A pesquisa perguntou que motivo faria os não usuários de transporte público a passar a fazer uso dele. A maior rapidez do transporte público foi a resposta mais apresentada pelos usuários de bicicleta, carro e moto. Para quem se locomove a pé, a resposta está ligada à questão da disponibilidade desse tipo de meio de transporte.

Os motivos mais indicados pelos pedestres para terem optado por andar a pé são a saúde e a rapidez. No entanto, eles afirmam predominantemente que passariam a usar o transporte público caso houvesse maior disponibilidade, fosse mais barato e também mais rápido. Para o pedestre, estas duas últimas características são necessárias para se ter um bom transporte.

A população, de acordo com o documento, precisa ser esclarecida quanto às características de cada modo de transporte em suas respectivas cidades. Além de ter direito à escolha do meio de transporte que quiser utilizar, “a população tem que ter acesso à informação para poder realizar esta escolha dentro dos critérios que considerar mais relevantes”.

Fonte: Estado de Minas

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