A população da região metropolitana de Goiania cresceu 20% nos últimos 10 anos, mas o número de usuários do transporte público teve decréscimo de 6% no mesmo período. Em 2000, segundo dados da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), os ônibus recebiam por ano 220 milhões de passageiros, enquanto que em 2010 esse número caiu para 205 milhões. A invasão de veículos particulares nas ruas – hoje Goiânia possui pouco menos de um milhão (982.309) de veículos – propiciou a diminuição de passageiros que optaram por se livrar das superlotações.
Com a quantidade de passageiros praticamente em declínio e a população crescendo progressivamente, a realidade travou determinados pontos do trânsito da capital.
Porém, a alternativa para maioria ainda é encarar as dificuldades de um transporte público lotado, lento, sem horários fixos e que agora enfrenta o trânsito congestionado devido o grande número de veículos circulando. Um estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destacou que a escolha dos passageiros acontece principalmente pelo fato de o transporte público ser o mais barato. No entanto, a passagem de ônibus na capital que já custa R$ 2,25, pode passar para R$ 2,50 ainda este mês.
Os gráficos da pesquisa também demonstram que 22,5% da população de Goiânia utilizam carro, 7,02% possuem motocicleta, 3,48% preferem pedalar bicicleta e outros 6,89% se deslocam a pé. Já nas cidades que fazem parte da região metropolitana – Trindade, Goianira, Santo Antônio de Goiás, Nerópolis, Goianápolis, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Hidrôlandia, Aragoiânia e Abadia de Goiás – a porcentagem de usuário do transporte público chega a 66,36%. Outros 21,96% da população optaram pelo carro, 4,9% pela moto, 1,64% vão de bicicleta e 5,14% preferem caminhar.
O primeiro motivo que faz uma pessoa trocar o transporte coletivo pelo carro é o tempo gasto no trajeto – muitos consideram o carro mais rápido. O segundo é fato do veículo particular ser mais confortável. Terceira e última justificativa é a comodidade. A pessoa não necessita esperar muito tempo para iniciar o caminho.
De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran), Goiânia possui 187.832 motocicletas e 38.346 motonetas. O número reflete a necessidade da população. Segundo o Ipea, o primeiro motivo para a escolha da moto é a velocidade, o segundo é o preço e o terceiro a necessidade de sair de casa no horário adequado.
A pesquisa também colheu justificativa dos pedestres e ciclistas. O principal motivo apresentando por essas parcelas da população foi saúde e rapidez. Porém, todos afirmaram que passariam a utilizar o transporte público caso ele fosse de qualidade, como maior disponibilidade.
Fonte: O Hoje
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