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Tarifa de ônibus em BH pode aumentar em 2011, valor pode chegar à R$ 2,50

sábado, 4 de dezembro de 2010

O percentual de aumento das passagens de ônibus urbanos de Belo Horizonte (MG) poderá ser anunciado dia 29 de dezembro pela BHTrans. O reajuste deve ser de pelo menos 6,5% e a passagem passará de R$ 2,30 para R$ 2,45, podendo ser arredondado para R$ 2,50.

Na quinta-feira (2), o diretor-presidente da empresa, Ramon Victor Cesar, informou, durante 73º Fórum Nacional de Secretários de Transporte Urbano e Trânsito, que estão sendo realizados estudos, a partir dos índices da Fundação Getulio Vargas e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar do valor estimado, Ramon Victor Cesar não quis assumir o aumento, alegando que a BHTrans ainda não sabe qual será o resultado da “conta”, lembrando que em 2009 não houve aumento e que poderá não haver também neste ano.

Ramon apresentou o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Belo Horizonte e o Plano Estratégico 2020, que trazem metas para serem alcançadas e projetos, como o BRT (Bus Rapid Transit), um transporte coletivo que será construído até a Copa do Mundo de 2014. O investimento será de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1 bilhão de empréstimos da Caixa Econômica Federal e o restante de recursos da Prefeitura de Belo Horizonte

Segundo levantamento, há um carro para cada duas pessoas na capital mineira. A população cresceu 6% nos últimos 10 anos, enquanto a frota cresce 6% ao ano. Com tantos veículos nas ruas, a velocidade no entorno da praça Sete e Rodoviária, no horário de pico, chega a 10 km/h.

O grande desafio, segundo o diretor da empresa, é fazer com que essas pessoas deixem o automóvel em casa e passem a usar o transporte público. Ramon acredita que isso só acontecerá se for oferecido mais conforto e rapidez. Algumas medidas, como as estações de embarque e desembarque com o piso nivelado com o do ônibus e com passagens pagas antes de entrar nos veículos, são exemplos de conforto. Haverá ainda um controle na central da BHTrans. O órgão saberá se os ônibus estragaram, se eles estão atrasados e o que deve ser feito para solucionar o problema.

Ramon Cesar disse ainda que no dia 12 de dezembro, aniversário da cidade, será anunciada a contratação de um primeiro conjunto de obras de ciclovias. Serão cerca de 20 km. Estão planejadas seis rotas. Uma delas, a rota leste (4,82 km), que vai ligar a região ao centro da cidade pelo vale do ribeirão Arrudas. Outra é a rota nordeste (2,10 km), ligando a ciclovia da avenida Saramenha à estação São Gabriel, com implantação de calçada da via 240. A rota stação Barreiro (1,95 km) vai iniciar na avenida do Canal e atingir a estação Barreiro do BHBUS pela avenida Afonso Vaz de Melo. Há ainda a rota norte, da avenida Vilarinho à futura estação Pampulha; a rota Savassi, com 2,40 km e a rota avenida Américo Vespúcio.

Fonte: R7.com
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São Paulo: Entrega de ampliação da Estrada do M'Boi Mirim está atrasada

A Prefeitura de São Paulo, que pretendia concluir a duplicação de parte Estrada de M’Boi-Mirim, na Zona Sul de São Paulo até dezembro, alterou o prazo para entrega das obras para o mês de março de 2011. Ao longo do trecho que vai ser duplicado há apenas blocos de concreto e material de construção. Não há trabalhadores no local.
O atraso nas obras complica a vida de 350 mil passageiros que todos os dias enfrentam congestionamentos na via nos horários de pico.
A situação melhorou um pouco desde abril quando foi implantada uma faixa reversível, que tem 1 km de extensão, mas ainda é insuficiente para facilitar o tráfego. A faixa vai do número 860 da avenida, no bairro Piraporinha, até o cruzamento da Avenida Guido Caloi e os moradores pedem a sua ampliação.
Os moradores chegaram a fazer um protesto na Estrada do M'Boi Mirim uma semana após a implantação da faixa reversível. Na ocasião, a SPTrans informou que essa solução seria estudada. A Prefeitura afirmou também que pretendia concluir a duplicação de parte da avenida até dezembro.

Novo prazoA Prefeitura informou que o prazo não poderá ser cumprido porque aguarda uma decisão judicial sobre a desapropriação de um terreno para que essa área seja utilizada nas obras. A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras também aponta que o relevo de um terreno em frente ao Hospital M’Boi-Mirim também atrapalha as obras.
De acordo com o engenheiro que cuida das obras, Roberto Koite Isone, o projeto inicial teve que ser melhorado devido ao alto fluxo de veículos, impulsionado pela presença de um grande hospital e do Terminal Jardim Ângela. “Com certeza, a obra será concluída até o mês de março”, afirmou.

Fonte: G1SP
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Metrô de SP recebe 5 propostas para construção da linha Ouro

Mal foram apresentadas as propostas para construção da Linha 17 / Ouro do Metrô de São Paulo - que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi - a licitação já enfrenta dificuldades para prosseguir.
Uma decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública, em caráter liminar, suspendeu a assinatura do contrato e a homologação da licitação. Além disso, o Ministério Público também fez recomendações contra o projeto.
A obra é contestada pela associação de moradores da vila Inah, na região do Morumbi, que reclamam que o monotrilho vai desvalorizar os imóveis do entorno.
Ao optar por manter para hoje a abertura dos envelopes, o governo do Estado de São Paulo entendeu que a suspensão se refere apenas à assinatura do contrato com o consórcio vencedor. O governo já prometeu recorrer contra a liminar.
Hoje, o Metrô de São Paulo recebeu cinco propostas para construção da obra, de R$ 3,17 bilhões. A linha será um monotrilho - carro leve correndo sobre vigas a 15 metros de altura - com 19 estações.
O primeiro monotrilho licitado pelo metrô paulista, o Expresso Cidade Tiradentes, com 24 km na zona leste da cidade, foi arrematado em setembro pelo consórcio composto por Bombardier, Queiroz Galvão e OAS por R$ 2,4 bilhões. Em segundo lugar, ficou o consórcio de Odebrecht, Camargo Corrêa e Hitachi.
Agora, os dois consórcios estão de volta, acompanhados de mais três concorrentes. Um é o consórcio das construtoras Andrade Gutierrez, CR Almeida e da Scomi, fabricante de monotrilhos da Malária. Outro é o consórcio de Delta Construções, Trana Construções e Itamin, fabricante do ramo de montanhas russas com sede em Liechtenstein.
Mas a novidade da licitação é um consórcio chinês, composto pelas brasileiras Trends Engenharia, Constran, Mendes Júnior, a trading China National e a ChangChun Rail Veichles.
Segundo a assessoria do metrô, agora os documentos de habilitação das propostas serão avaliados e depois observadas as propostas comerciais. Não há data para a divulgação do resultado.
Na licitação do monotrilho Cidade Tiradentes, o primeiro leilão foi anulado por excesso de preço das propostas, e na segunda tentativa, dois dos consórcios foram desclassificados.
Depois da abertura dos envelopes, os Ministérios Públicos Federal (MPF) e de São Paulo (MP-SP) recomendaram a suspensão da concorrência. O pedido foi encaminhado ao governo do Estado de São Paulo, à Secretaria Estadual de Transportes e ao Metrô.
A procuradoria também recomendou à Caixa Econômica Federal que não aprove ou suspenda a concessão dos financiamentos requeridos pelo Estado de São Paulo e que não libere recursos para o projeto, fabricação, fornecimento e implantação do monotrilho da linha ouro.
Os dois órgãos entendem que nenhuma medida deve ser adotada enquanto não houver projeto básico para a concorrência, já que se trata de um requisito previsto na Lei de Licitações e que não foi elaborado.
(Fernando Teixeira e Fernando Taquari | Valor)

Fonte: O Globo
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Rio de Janeiro: Venda de bilhetes especiais do metrô para o Réveillon começa na segunda

Começa na segunda-feira (6), a venda dos bilhetes especiais do metrô para o Réveillon 2011. Os tíquetes serão vendidos em oito estações. Este ano, os passageiros poderão fazer a viagem direta da linha 2 até Ipanema, na Zona Sul do Rio, sem que haja a necessidade de baldeação em Botafogo, também na Zona Sul.

Além de garantir as passagens de ida e volta por R$ 5,00 de forma antecipada, os clientes irão economizar 10% no valor da tarifa cobrada atualmente (R$ 2,80 por cada trajeto) e ainda contribuir para causas sociais. Segundo o Metrô Rio, toda a renda líquida das vendas será revertida para as organizações não governamentais.

A venda dos bilhetes será feita até o dia 24 de dezembro nas estações Pavuna, Del Castilho/Nova América, Saens Peña, Central, Carioca, Botafogo, Largo do Machado e Ipanema de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h, e sábado e domingo, das 9h às 18h.

Já entre os dias 25 e 31 de dezembro, a compra poderá feita apenas nas estações Central, Carioca e Largo do Machado.

Horários diferenciados
No dia 31, o embarque tem horário pré-determinado, entre 19h e meia-noite, e será permitido apenas para passageiros com os bilhetes especiais, vendidos por faixa de horário, com validade de uma hora.

A volta poderá ser feita das 00h às 7h do dia 1º de janeiro, exclusivamente pelas estações Ipanema, Cantagalo, Siqueira Campos, Cardeal Arcoverde e Largo do Machado, todas na Zona Sul. As demais estações das Linhas 1 e 2 estarão abertas apenas para desembarque neste horário.
Segundo o Metrô Rio, o esquema especial de Réveillon não irá aceitar os cartões Gratuidade, Pré-Pago e Vale Transporte Eletrônico. Os passageiros que têm direito ao benefício poderão retirar os cartões especiais nas estações onde há venda antecipada, mediante apresentação dos documentos necessários.
Fonte: G1.com
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Governo de São Paulo vai recorrer de liminar contra obra do Metrô

O Governo do Estado vai recorrer da decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública, que suspendeu, em caráter liminar, a assinatura do contrato e a homologação da licitação do projeto da Linha 17 - Ouro da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). A linha vai ligar o Estádio do Morumbi, na zona oeste da capital paulista, ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul, por meio de monotrilho.

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público paulista (MP-SP) também recomendaram ao governo que suspenda a concorrência e à Caixa Econômica Federal (CEF), que vai financiar parte da obra, que interrompa a concessão dos financiamentos já aprovados para a linha enquanto não houver projeto básico para a concorrência, requisito previsto na Lei de Licitações (8.666/93).

O governo decidiu, porém, manter a sessão de hoje para a abertura dos envelopes com a proposta por entender que a decisão, da juíza Celina Kiyomi Toyoshima, suspende apenas a assinatura do contrato com o consórcio vencedor.

"Abertas as propostas, é preciso analisá-las até chegar a um vencedor. Houve uma liminar, vamos analisá-la, não temos conhecimento dela ainda, e certamente vamos recorrer ao Tribunal de Justiça (TJ), a não ser que a liminar tenha elementos que nos convençam de que a origem dela tem razão de ser", afirmou Goldman.

"A licitação continua normalmente, porque, pelo que eu li, ainda não vi o texto da liminar, foi a proibição de assinar o contrato e estamos muito longe ainda de assinar o contrato", disse ele, durante inauguração do Orquidário Professora Ruth Cardoso na capital paulista, que contou com presença do candidato derrotado à presidência, José Serra (PSDB), e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso..

Na avaliação do governador, a Associação Sociedade dos Amigos de Vila Inah (Saviah), que reúne moradores da região onde passará a Linha 17 - Ouro, tem direito de defender uma causa e vão receber indenização se forem prejudicados pela futura linha.

"É natural, é direito de cada um defender o que acha que deve ser defendido. Quando você faz uma linha do metrô, evidentemente você está atendendo algumas centenas de milhares de pessoas e o transporte coletivo delas e, evidentemente, afetando a vida, não vou dizer prejudicando, porque as pessoas todas são indenizadas quando há um prejuízo", afirmou.

"Sempre você tem algum tipo de efeito numa cidade que tem 11 milhões de habitantes e uma região metropolitana dessas. Isso nós tivemos em todas as linhas, desde a primeira linha, e vamos ter sempre", disse o tucano.

Imóveis - A linha deverá custar R$ 3,17 bilhões e desapropriará 132,3 mil metros quadrados na região. A alegação dos moradores é de que o projeto causará desvalorização dos imóveis, não respeitou a lei das licitações e não possui licença ambiental. Para Goldman, não há qualquer possibilidade de o governo voltar atrás e desistir do projeto, embora o Estádio do Morumbi tenha sido descartado como sede da abertura dos jogos da Copa de 2014.

"A linha está dentro da rede prevista. A Caixa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já assinaram o financiamento. Já temos recursos previstos portanto, não tem nenhuma razão para não se fazer essa linha", afirmou.

"Quanto ao licenciamento ambiental, nenhuma obra é feita sem licenciamento ambiental. Se você não tem hoje, vai ter antes que comece a obra. Quanto à valorização e desvalorização de bens, aí é outro tipo de questionamento. Ao fazer uma linha de metrô, na realidade a maioria dos imóveis tem valorização. Pode ser que um ou outro, em função de sua localização, tenha alguma desvalorização, e aí é um direito do morador cobrar uma indenização."

Fonte: (Com Agência Estado)
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Grupo de Portugal conhece projeto do metrô de Macaé

Com  aval do governo do estado, os estudos de implantação do sistema de transporte por VLT, conhecido como Metrô Macaé, ganham cada vez mais força, despertando interesses da iniciativa privada. Agora, o projeto foi apresentado a um grupo de investidores de Portugal. O grupo, que já participa da operação do VLT na França e possui ainda atuação em diferentes segmentos no Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais, mostrou-se satisfeito com os potenciais de investimentos na cidade.
O diretor-geral João Pedro Neto, da Bus TV, uma das empresas do grupo, mostrou entusiasmo ao conhecer a cidade macaense. “O mundo está voltando os olhos para o Brasil e em sua capacidade de crescimento, e Macaé, por se encontrar no centro da exploração do petróleo, oferece muitas oportunidades para o empreendedor”, elogiou o executivo português.

O secretário de Mobilidade Urbana de Macaé, Jorjão Siqueira, ressalta que o projeto Metrô Macaé já despertou interesse de outros grupos internacionais (Coreia e Espanha) e que é importante que o município trabalhe com a possibilidade de formar parcerias com a iniciativa privada. “Estamos abertos à participação privada como também a possibilidade de conseguirmos aporte financeiro do governo federal, já tendo conseguido aprovação de crédito no programa Pró-Transportes do Ministério das Cidades. Tudo para que o projeto se consolide como uma conquista de melhor qualidade no transporte com a integração dos sistemas de ônibus e ferroviário”, acentua Jorjão.

Depois do encontro na secretaria de Mobilidade Urbana, o grupo seguiu para reunião com o prefeito Riverton Mussi, para discussão de outras possibilidades de investimento como sistema de TVs em ônibus, conhecido como Bus TV e ainda a construção de edifícios-garagem.

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Rio começa a testar ônibus elétrico na semana que vem

A Fetranspor inicia nesta segunda-feira (6) os testes com um ônibus híbrido movido a biodiesel e a energia elétrica financiado pela Fundação Clinton, do ex-presidente dos EUA Bill Clinton, com recursos de US$ 1,5 milhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Produzido pela Volvo, o veículo possui motor com bateria de lítio. A expectativa é que a economia de combustível chegue a, pelo menos, 30%, com redução de mais da metade da emissão de gases que provocam o efeito estufa.

Segundo a Volvo, testes na Europa revelaram economia de 35% no consumo e corte de 80% a 90% no lançamento de gases poluentes no ar. As negociações entre a Fetranspor e a Fundação Clinton duraram cerca de um ano. O ônibus será testado na linha 172 (Rodoviária-Leblon), do Consórcio Intersul.
Segundo o diretor de operações da Fetranspor, Guilherme Wilson, o teste deve durar, no mínimo, dez semanas, período em que serão avaliados emissão de gases poluentes, consumo e performance do veículo.

- Queremos saber o custo-benefício para, se for viável, implantar esse motor em toda a frota visando aos Jogos Olímpicos, em 2016. O objetivo dessa parceria com a Fundação Clinton é trazer outras montadoras para testar esse motor e montar esses ônibus no país. Aqui, vamos usar diesel e biodiesel, com a energia elétrica gerada pelo motor usada para mover o ônibus - explica Guilherme Wilson.


Motor desliga quando estiver parado

Segundo a Volvo, para economizar combustível, o ônibus tem o motor desligado quando parado. Ao arrancar, o propulsor se vale da energia elétrica, passando a funcionar a diesel ou biodiesel a partir dos 20km/h. Cidades como Londres e Nova York já operam ônibus semelhantes. Na capital inglesa, aliás, o que mais se vê nas ruas são os famosos double-deckers, como são chamados os ônibus vermelhos de dois andares, com pouca emissão de gases. 
Aqui, Curitiba e São Paulo já testaram o modelo híbrido e agora é a vez de Rio e Bogotá, na Colômbia.

- Essa tecnologia é vista hoje como uma das maiores oportunidades para sustentabilidade econômica na operação de ônibus. Na Europa e nos EUA, as empresas já têm essa opção. A média de consumo desse motor é 30% menor, com emissão de gases reduzida em mais de 50% - completa o diretor de operações da Fetranspor.

Outra vantagem do ônibus é ter o seu piso rebaixado, na altura da calçada, facilitando embarque e desembarque de passageiros. O veículo será apresentado no Aterro do Flamengo. No evento, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Fetranspor assinarão um convênio para promover experiências com combustíveis alternativos e tecnologias ecologicamente mais limpas.

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São Paulo tem 37,5 km de vias para bicicletas

Em contraste com os 868 quilômetros de ruas e avenidas que são monitoradas pela Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET-SP), a capital paulista dispõe atualmente de apenas 37,5 quilômetros de vias destinadas ao trânsito de bicicletas, de acordo com a própria CET-SP, que é responsável pela implantação das ciclovias.

Os corredores exclusivos estão distribuídos por seis locais da cidade, sendo que os mais extensos se localizam na Radial Leste e às margens do Rio Pinheiros, com respectivamente 12 e 14 quilômetros. Em outras vias, os percursos são menores: na Avenida Brigadeiro Faria Lima (com 1,3 km), na Avenida Sumaré (1,4 km), na Estrada da Colônia (1,8 km) e na adutora Rio Claro (7 km).

Há ainda, dentro da extensão total de ciclovias, a Ciclofaixa de Lazer, que faz ligação entre os parques do Ibirapuera, das Bicicletas e do Povo. Atualmente com 10 quilômetros de extensão, a via deve ser ampliada pela Secretaria Municipal de Transportes, para alcançar o Parque Villa-Lobos.

"As ciclovias cresceram muito nos últimos anos, mas ainda falta muito para um ideal. A maioria dos ciclistas as usa para ir trabalhar, mas elas ainda são vistas como um espaço de lazer. Deveriam ser vistas como meio de transporte", defendeu o consultor de mercado Álvaro Perazzoli.

Além de prestar consultoria para produtores e consumidores de bicicletas, Perazzoli é representante de vendas das marcas Kaulf, que fabrica peças, e Cars & Bikes Brunete, uma importadora de bicicletas especializadas. Além disso, ele é cicloativista e colabora com a comunicação de movimentos em prol do esporte sobre duas rodas, como a Bicicletada.

"Toda última sexta-feira do mês tem muita gente em todas cidades do Brasil que pedalam como forma de protesto. Depois da Bicicletada, a causa começou a ser discutida", contou Perazzoli. O movimento, com origem nos Estados Unidos da década de 1990, reúne mensalmente dezenas de ciclistas na Avenida Paulista. Segundo o colaborador, a Bicicletada teve grande influência na criação de bicicletários em algumas estações do Metrô de São Paulo.

Metropolitano

Em janeiro de 2009, sete pontos destinados aos ciclistas foram inaugurados nas unidades da Liberdade, Armênia e Santana (Linha 1-Azul), Vila Madalena (Linha 2-Verde), Brás, Palmeiras-Barra Funda e Santa Cecília (Linha 3-Vermelha) do Metrô. Para cada local, há dez bicicletas disponíveis para aluguel e dez vagas de estacionamento.

Realizada a cada década pelo Metrô, com apoio da CET-SP e da SPTrans, a pesquisa Origem-Destino revelou em 2007 que, naquele ano, 156 mil viagens de bicicleta eram feitas diariamente em São Paulo. O número representa um aumento de 183% sobre a pesquisa anterior, de 1997, enquanto o total de viagens realizadas na capital, considerando todos os meios de transporte, tivera aumento de apenas 20%.

Copa do Mundo

A exemplo do que aconteceu em outros países que sediaram o evento, a Copa do Mundo trará para o Brasil a conscientização das cidades sobre a importância do uso da bicicleta, levando os poderes públicos a investir em vias especiais, em formas de integração entre a bicicleta e outros meios de transporte e em campanhas que valorizem o veículo.

Essa é a opinião de um dos vice-presidentes do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), Eduardo Musa, que é responsável pelo Departamento de Duas Rodas (Bicicletas) da entidade.

"Com o problema de mobilidade urbana que nós temos, está sendo colocada em todas as cidades-sedes uma preocupação muito grande, em gerar mobilidade para se chegar nos estádios de bicicleta ou integrando a bicicleta com outros meios de transporte", afirmou Musa.

De acordo com ele, a bicicleta passará efetivamente de um meio de transporte tipicamente rural para uma solução da mobilidade urbana. O veículo, continuou Musa, apresenta uma característica que, se explorada, pode ser muito útil para o trânsito em grandes centros urbanos: o last mile (última milha).

O termo last mile é uma solução em que o motorista de carro estaciona seu automóvel e percorre o fim do caminho utilizando uma bicicleta - por exemplo, em um estádio de futebol, cujos arredores ficam congestionados em dia de jogo. "Isso é comum na Europa. Você cria bolsões externos para estacionar e tira o congestionamento de carros do entorno do evento", conta Musa.

O Brasil é o terceiro maior polo produtor de bicicletas do mundo, atrás da Índia e da China, como reforçou o vice-presidente do Simefre. "Talvez a Copa do Mundo seja o que a gente precise para que os governos municipais, estaduais e até federais comecem a colocar dinheiro, orientação e educação na infraestrutura cicloviária do País."

Fonte: DCI
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