O índice de acessibilidade no sistema de transporte coletivo de Curitiba mais do que dobrou nos últimos cinco anos. Elevadores, rampas, faixas elevadas e sinalização diferenciada nos terminais e estações tubo e um aumento de 44% para 86% no percentual de ônibus equipados para atendimento a pessoas com dificuldade de locomoção têm garantido melhor mobilidade a 2,4 milhões de passageiros/dia. A meta é acessibilidade em 100% do sistema que conta com 364 estações tubo, 1910 ônibus e 21 terminais.
No ano passado, a Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, empresa que gerencia o sistema de transporte em Curitiba, concluiu a reforma, para obras de acessibilidade, em 18 dos 21 terminais de transporte da cidade. As obras incluíram calçadas e pistas internas, novas instalações sanitárias, adaptadas para deficiente, protetores de pedestres e nova sinalização horizontal (pintura no chão) e vertical (placas).
Outros dois terminais – Pinheirinho e Cabral – estão em obras de ampliação que estão sendo feitas pela Prefeitura e, no caso do Cabral, pelo Governo do estado como contrapartida ao município pela integração do Terminal Guaraituba de Colombo. Em outro terminal, o Capão da Imbuia, onde também foram feitas obras de melhoria da acessibilidade, o projeto prevê a reconstrução em área próxima, permitindo a ampliação do terminal. O projeto está pronto e a prefeitura busca financiamento.
Estações - Nas estações tubo o índice de acessibilidade chegou no final de 2009 a 80% com a colocação de elevadores ou rampas nas 16 estações da avenida Marechal Floriano Peixoto e nas 28 estações da Linha Direta (Ligeirinho) Inter 2. Hoje, 293 das 364 estações estão equipadas com elevadores ou rampas - o que é definido de acordo com a altura da estação em relação à calçada.
Na reforma, as estações do Inter 2 foram ampliadas em 50%, com a instalação de uma terceira porta, o que agiliza o embarque e desembarque de passageiros. Além disso elas ganharam calçadas novas no entorno com pisos antiderrapantes e diferenciados, além de rampas no meio fio. Na Marechal Floriano, estações próximas a cruzamentos sem semáforos ganharam faixas elevadas para travessia de pedestre. No total foram implantadas dez faixas elevadas na Marechal.Ônibus - A acessibilidade também aumentou nos ônibus.
Desde 2005 só entram na frota curitibana de transporte veículos com todos os acessórios e equipamentos de acessibilidade, o que inclui espaço adequado para cadeirantes com lugar para acompanhante, balaústres (na cor amarela para atrair atenção das pessoas com baixa acuidade visual ) e elevadores.
Também para melhorar o atendimento a idosos, gestantes, mulheres com crianças de colo e deficientes físicos, os ônibus de Curitiba passaram a ter 20% do total de assentos destinados a estes passageiros. Além disso, no sistema curitibano, ônibus que param em terminais e estações têm embarque e desembarque em nível, por plataforma, o que é, também, um mecanismo de acessibilidade.
Nos últimos cinco anos entraram na frota 1.120 ônibus zero quilômetro com todos os acessórios e equipamentos de acessibilidade previstos em lei. Somados a adaptações da frota, a acessibilidade chega a 86% do número total de ônibus operando na Rede Integrada de Transporte.
Os novos ônibus também têm sistema de monitoramento por satélite (GPS), painéis eletrônicos digitais – na frente e na lateral – e os ônibus Expresso e Linha Direta (Ligeirinho) têm também sistema de áudio MP3, que possibilita informar os nomes das paradas e as mensagens institucionais.Todos os veículos também têm motores com tecnologia Euro 3, que reduz em 60% a emissão de poluentes resultantes da queima de combustível, em relação aos veículos antigos, com motores da versão Euro 1.
Especial – Curitiba conta ainda com um serviço pioneiro no país – linhas de ônibus destinadas ao atendimento de portadores de deficiência, com o único terminal de transporte também exclusivo para deficientes no país. É o Sistema Integrado de Transporte para o Ensino Especial (Sites) que oferece 50 ônibus e atende 2,3 mil alunos de 35 escolas especiais. As linhas fazem trajetos que permitem, se necessário, buscar e deixar o aluno em casa, sem que ele tenha que se deslocar até o terminal.
Fonte: URBS