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Curitiba é referência no transporte público para as Olimpíadas Rio 2016

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A revolução do Rio rumo à Olimpíada de 2016 começa pelos escritórios de Jaime Lerner, o homem que transformou o sistema de transportes de Curitiba num dos mais modernos do Mundo. De acordo com Lélis Marcos Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), já está nas mãos do prefeito Eduardo Paes o projeto que promete acabar com o drama de quem passa horas dentro de um ônibus para ir ao trabalho ou voltar para casa por conta dos enormes engarrafamentos que atormentam o trânsito carioca – um dos gargalos da cidade para a aprovação final do COI.
A mudança, que vai acabar com a sobreposição de linhas, prevê o reordenamento e integração dos transportes coletivos da cidade a partir da criação de corredores exclusivos, o famoso BRT (Bus Rapid Transit), mudando a prioridade do transporte individual para o coletivo.
Pelo projeto, encomendado pela Fetranspor e descartado por Cesar Maia, segundo Lélis, no final da última gestão, serão criados pelo menos três corredores expressos: Avenida Brasil, Linha Amarela e Zona Sul-Barra, este último utilizando o metrô como integração. A ideia é acaba com as linhas que saem diretas de um bairro a outro, levando os passageiros a fazerem conexões nos corredores expressos. Por mais incrível que pareça, a criação destes corredores vai retirar cerca de 40% dos ônibus das ruas já que os novos caros serão biarticulados, ou seja, ônibus duplos, com maior capacidade de passageiros. O projeto adapta o sistema Rede Integrada de Transporte (RIT) de Curitiba.

Estações tubulares

O desenho de Lerner, encomendado pelos empresários do transporte urbano da cidade, prevê ainda a construção de estações tubulares, onde os usuários pagarão a passagem antes de subir nos coletivos, acabando com a figura do tocador dentro dos carros e, assim, agilizando o embarque e desembarque. Os ônibus biarticulados terão pelo menos cinco portas para embarque e desembarque, o que decreta o fim das filas. O jeitinho carioca também está com os dias contados. Como os pontos serão fixos, será impossível saltar ou entrar nos coletivos fora das estações, que podem ser refrigeradas.
– O projeto é muito bom e tem algumas joias, como a estação de integração vertical no entroncamento entre a Linha Amarela e a Avenida Brasil. O sujeito toma um ônibus de seu bairro numa linha chamada alimentadora, desce nesta estação vertical, e lá pega outro ônibus no corredor para a Barra – detalha o presidente da Fetranspor, que não vê problemas no financiamento do sistema por conta da eleição da cidade para ser a sede dos Jogos de 2016. – Com um quilômetro de metrô, o Estado gastaria o mesmo para construir 10km de BRT.
Lélis defende o sistema rodoviário e acredita no bilhete único integrando todo o sistema (metrô, trens, barcas e ônibus), mas admite que o modelo curitibano – onde o município centraliza o caixa da arrecadação e depois repassa o dinheiro às empresas por quilômetro rodado – não é visto com bons olhos pelo empresariado.
– Entendemos que o sistema deve ser autossustentável, não queremos subsídios. São Paulo tem subsídios na ordem de $ 1,8 bilhão por ano.
Para o presidente da Fetranspor, o prefeito Eduardo Paes quer modificar a situação de abandono do sistema. O prefeito já se encontrou com representantes da Fetranspor e com o próprio Lener, de acordo com as palavras de Lélis.
–- O Eduardo encontrou a secretaria de Transportes totalmente desmontada. Na Zona Oeste está tudo o que há de pior no Rio. Por isso a prioridade dele, no momento, é lá – defende.
O presidente da Fetranspor cita ainda a questão da poluição do ar, causada em grande parte pelos ônibus, como outra grande vantagem advinda da mudança: primeiro, com a redução do número de carros no sistema, já que com a criação de linhas exclusivas e ônibus biarticulados, a capacidade dos coletivos aumentaria e, assim, seria menor a emissão de gases; segundo por conta do uso de biocombustível que, de acordo com Lélis, já vem sendo adotado experimentalmente pela Rio Ônibus.
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Multa a ônibus por direção perigosa cresce 25% em São Paulo


No primeiro semestre deste ano, a média diária de multas aplicadas a motoristas de ônibus na capital paulista por dirigir sem respeitar as regras de segurança cresceu 25% em relação à média do ano passado. O levantamento foi feito pela reportagem com base nos dados de fiscalização fornecidos pela São Paulo Transporte S/A (SPTrans).

"É um sinal de que há mais gente transgredindo a lei", disse Saad Mazloum, promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social da capital e criador de um Blog sobre transporte público. Com base nos depoimentos de passageiros, Mazloum diz não ter dúvidas de que a situação piorou. "E, por isso, deve ser tratada com mais rigor pela Prefeitura.

" No primeiro semestre, a SPTrans aplicou 52.841 multas a motoristas e empresas de ônibus. Desse total, 9% foram autuações por "direção perigosa". Em 2008, com 105 mil multas, o porcentual de infrações relacionadas a segurança representava 7,5%. A média diária passou de 21 para 26 autuações do tipo. A maioria das infrações fiscalizadas se refere a intervalo excessivo da linha e desrespeito ao embarque e desembarque.

A SPTrans não comentou os dados. Para o presidente do sindicato dos motoristas de ônibus de São Paulo, Jorge Issao, o porcentual de multas por direção perigosa "é coisa pouca" e não significa que os condutores coloquem em risco a segurança. Ele contesta as multas aplicadas pela SPTrans e diz que os 700 fiscais não são preparados para atuar.
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SP e Rio têm transporte mais caro na América Latina, diz pesquisa

As cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro têm as tarifas mais caras de transporte público dentre as grandes cidades da América Latina. Na capital paulista, gasta-se em média US$ 0,99 por uma passagem de ônibus, metrô ou trem. O valor no Rio é de US$ 1,01. As duas capitais brasileiras ficam respectivamente em 40º e 42º lugar no ranking das mais caras dentre 73 cidades de todo o mundo, segundo a edição 2009 do estudo "Prices and Earnings", realizado pelo banco suíço UBS. Os valores são referentes a março deste ano.
A pesquisa do banco suíço é publicada a cada três anos, analisando o custo de vida das cidades, com base nos preços de alimentação, moradia e transporte, entre outros. Em relação a transportes, é verificado o valor gasto com uma passagem para percorrer 10 quilômetros - ou dez paradas - de ônibus, metrô ou trem. Os dados de 2009 mostram que a média mundial é de US$ 1,40 - e Europa Ocidental e América do Norte concentram os valores mais altos. As passagens mais baratas estão na América do Sul.
Três cidades sul-americanas apresentam valor de passagem inferior a US$ 0,50, que é a metade do registrado nas capitais paulista e fluminense: Buenos Aires (US$ 0,31), Caracas (US$ 0,40) e Lima (US$ 0,38). O preço das passagens no Brasil é superior até mesmo ao de cidades que têm sistemas de transporte considerados modelos, como o de Bogotá, que custa US$ 0,57. A capital colombiana foi pioneira na implementação de um eficiente sistema de corredores de ônibus, o TransMilenio, que já foi adotado por outras cidades, como Curitiba, no Paraná, e Cidade do México.
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Sem vans, ônibus reduz tempo de viagem em São Gonçalo


Em mais um dia de operações contra o transporte alternativo irregular em São Gonçalo, a Secretaria Municipal de Transportes realizou blitzes em dois pontos da cidade. Como poucas vans puderam circular sem serem incomodadas, amparados por autorização judicial, apenas uma van foi apreendida e o trânsito fluiu sem congestionamentos.

Sem as vans nas ruas, o trânsito ficou livre na cidade e o tempo de viagem nos ônibus foi reduzido. Na linha 143 (Viação Mauá), que faz o percurso entre o centro de São Gonçalo e Niterói, o tempo de viagem caiu de 50 para 38 minutos. Já na linha, 532 (Alcântara-Niterói) o tempo baixou de 65 para 50 minutos. O mesmo ocorreu em linhas municipais, como a 15 (Jóquei-Fórum), que foi reduzido em 10 minutos (de 60 para 50) e na linha 01 (Santa Izabel-Fórum), que caiu de 65 para 55 minutos.

De acordo o superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj), Márcio Barbosa, a retirada das vans de circulação tornou as viagens muito mais rápidas. Ainda de acordo com ele, a frota de ônibus na cidade será ampliada em 15% (80 ônibus), seguindo as demandas da população.

Durante a manhã, com apoio de agentes do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) e de PMs, foi fiscalizada uma das vias mais movimentadas do centro de São Gonçalo. Entre 7h e 11h nenhum veículo foi apreendido fazendo transporte irregular de passageiros.
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Viação Piracicabana está pronta para assumir o transporte em Uberaba


Dirigentes da Viação Piracicabana afirmam que a empresa já está pronta para assumir o serviço de transporte coletivo em Uberaba a partir de domingo (18). Até o momento já chegaram à cidade 35 carros. Entre os detalhes acertados com o município, a única pendência da empresa será a instalação do sistema de monitoramento.
O diretor Carlos Cherulli informou que até o fim da tarde de sexta-feira todos os veículos destinados para operar em Uberaba já estarão à disposição, num total de 64 carros. Para aproveitar o quadro de funcionários da Transmil, o diretor acompanhou na terça-feira reunião na Justiça do Trabalho, quando ficou firmado acordo para acerto trabalhista dos que ainda prestam serviços para a empresa que vai operar até sábado (17).
A Viação Piracicabana estuda a viabilidade de contratar 140 motoristas e 125 cobradores, isso porque, segundo Cherulli, a empresa vai operar com microlinhas, onde não há necessidade de profissional nesta área. “Vamos fazer uma triagem, procedimento normal em toda empresa, e vamos convocar os profissionais dentro da necessidade de operação”, salientou.
Outra garantia da viação é em relação ao salário dos profissionais a serem contratados. O diretor disse que a empresa vai obedecer ao dissídio da categoria, que deveria ter sido decidido no mês de agosto. “Vamos nos sentar e discutir. Inicialmente, vamos pagar o piso que está em vigor e todos os benefícios estarão garantidos.”

Atualmente, o salário dos motoristas é de R$ 952 e de cobradores, R$ 548. Proposta salarial já é discutida pela classe, que reivindica reajuste de 4,59%.
Outra informação repassada pelo representante da empresa é de que o valor da passagem permanecerá o vigente. “Neste primeiro momento, não estamos preocupados com isso. Queremos conhecer melhor a realidade de Uberaba, colocar os carros para rodar”, destacou.
A Prefeitura vai elaborar um projeto único para monitoramento eletrônico dos ônibus em circulação. Segundo Cherulli, esta será uma segunda etapa do processo. Tanto a Piracicabana como a Líder estarão operando sem este sistema, mas há garantia de que a instalação será feita o mais rápido possível, conforme determina o contrato.
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Número de usuários no Metrô diminui após restrição aos fretados na capital paulista

O crescimento na demanda de passageiros nas estações da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) após a restrição de ônibus fretados em São Paulo foi menor que a projetada pela Secretaria Municipal dos Transportes. Na Estação Parada Inglesa da Linha 1-Azul do Metrô, a prefeitura estimava 7 mil passageiros a mais nos dias úteis. Mas, segundo a companhia, houve uma diminuição de 0,14%. Antes do dia 27 de julho, data em que passou a vigorar a restrição, a média de entrada de passageiros na Parada Inglesa era de 15.953 pessoas. Após a restrição, a média passou para 15.931. Também houve variação negativa na Estação Brás da Linha 3-Vermelha (0,9% ou menos 114 passageiros, em relação aos 12.694 do mês anterior). Embora a Prefeitura negue que mais carros tenham ido para a rua após a restrição, os índices de congestionamento apontam uma cidade mais engarrafada. O mês de setembro teve média de 71,3 km de lentidão nos dias úteis, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). No mesmo período de 2008, a CET havia registrado média de 65 km.
Já agosto foi atípico, por causa do adiamento no início das aulas em razão da Influenza A (H1N1), a nova gripe - o que contribuiu para haver menos veículos nas ruas. Mesmo assim, a CET registrou média de 63,9 km de engarrafamentos, ante 69 km no mesmo mês de 2008. Segundo o Metrô, o período medido também leva em consideração variáveis como o prolongamento das férias escolares de meio de ano. "Por conta disso, não é possível atribuir à restrição de circulação dos fretados a redução na entrada de passageiros", informou a companhia. Com os trens da CPTM, o resultado foi o mesmo. Nas Estações Morumbi, Berrini, Cidade Jardim, Hebraica-Rebouças e Pinheiros, na Marginal Pinheiros, entraram a mais com a restrição 1.076 passageiros por dia. O estudo da Secretaria dos Transportes previa 1.200 pessoas.
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Revolução no sistema de transporte do carioca


A vitória da candidatura carioca vai representar o reordenamento completo do sistema de transporte do Rio, de acordo com autoridades e especialistas ouvidos. A implementação de corredores viários ligando as 4 principais áreas de competição - Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã e Zona Sul diminuiria crônicos problemas de deslocamento e acessibilidade da população.

Pelo projeto da cidade, três linhas de BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês) serão construídos até 2016: Avenida Brasil, Barra-Deodoro e Barra-Ipanema. Além disso, um corredor viário de 28 quilômetros, o T5, exclusivo para ônibus articulados, também deve sair do papel. A promessa é desafogar o trânsito e beneficiar 1,5 milhão de passageiros por dia.

O novo sistema é considerado viável, mas não ideal para a cidade. Para o professor de engenharia de Transportes da PUC-RJ, José Eugênio Leal, os corredores viários são comparativamente mais baratos do que a eventual ampliação das linhas metroviárias. "Mas ainda é um sistema baseado em ônibus. Ainda que seja um sistema eficiente, ordenado, com estações próprias, é um sistema de ônibus: causa poluição, tem impacto ambiental, tem custos operacionais mais altos que outros sistemas movidos a eletricidade, como o metrô", afirmou Leal. "O sistema de ônibus da cidade precisa ser radicalmente reformulado. E isso aí não está previsto em lugar nenhum", ressaltou o professor.

Leal destaca o perigo de que os corredores viários levem o poder público a desistir de investir na ampliação das linhas de metrô. Para ele, será necessário preparar a infraestrutura para uma eventual passagem de trilhos nos locais por onde passarão os BRTs. "Se o BRT não for pensado pelo menos em uma forma modular, a longo prazo é um retrocesso, pois impede que o metrô avance. Ele atende as linhas que o metrô atenderia e, de repente, resultaria numa acomodação", afirmou Leal.
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Em Curitiba, Biocombustível já reduziu em 30% emissões de CO na Linha Verde


Os seis ônibus da Linha Verde que há um mês estão rodando apenas com biocombustível, sem mistura de diesel, apresentaram resultados que surpreenderam até mesmo os coordenadores do projeto, pioneiro na América Latina e, até onde se tem notícias, também no mundo. Medições técnicas mostraram um índice de opacidade (emissão de fumaça) 25% menor e redução de 19% de oxido de nitrogênio e uma redução de 30% nas emissões de monóxido de carbono (CO).

Os resultados foram apresentados nesta segunda-feira (28) durante visita técnica programada pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, que integra a programação do 17º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. Promovido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) o Congresso reunirá em Curitiba, até sexta-feira (2) em torno de 2,5 mil participantes.

Os ônibus – três da Scânia e três da Volvo – foram abastecidos 100% com biocombustível à base de soja no dia 27 de agosto e a previsão era de um consumo de combustível até 8% maior do que os ônibus abastecidos com diesel. "Mas o que se verificou é que o consumo aumentou apenas 5%, com índices melhores que os esperados neste início de programa.", disse Elcio Luiz karas, gestor da Área de Vistoria e Cadastro da Urbs, durante apresentação a técnicos e especialistas em transporte e trânsito reunidos no auditório do Mercado de Orgânicos de Curitiba.

Coordenador do projeto, Karas comemorou os resultados. "O desempenho, potência, consumo e emissões de poluentes estão sendo acompanhados dia a dia", afirma. "E os primeiros resultados são animadores", disse ele, destacando que o projeto B100, como é definido pelos técnicos, só foi possível graças à determinação da administração municipal e à ampla parceria com empresas e institutos de tecnologia.
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