O crescimento na demanda de passageiros nas estações da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) após a restrição de ônibus fretados em São Paulo foi menor que a projetada pela Secretaria Municipal dos Transportes. Na Estação Parada Inglesa da Linha 1-Azul do Metrô, a prefeitura estimava 7 mil passageiros a mais nos dias úteis. Mas, segundo a companhia, houve uma diminuição de 0,14%. Antes do dia 27 de julho, data em que passou a vigorar a restrição, a média de entrada de passageiros na Parada Inglesa era de 15.953 pessoas. Após a restrição, a média passou para 15.931. Também houve variação negativa na Estação Brás da Linha 3-Vermelha (0,9% ou menos 114 passageiros, em relação aos 12.694 do mês anterior). Embora a Prefeitura negue que mais carros tenham ido para a rua após a restrição, os índices de congestionamento apontam uma cidade mais engarrafada. O mês de setembro teve média de 71,3 km de lentidão nos dias úteis, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). No mesmo período de 2008, a CET havia registrado média de 65 km.
Já agosto foi atípico, por causa do adiamento no início das aulas em razão da Influenza A (H1N1), a nova gripe - o que contribuiu para haver menos veículos nas ruas. Mesmo assim, a CET registrou média de 63,9 km de engarrafamentos, ante 69 km no mesmo mês de 2008. Segundo o Metrô, o período medido também leva em consideração variáveis como o prolongamento das férias escolares de meio de ano. "Por conta disso, não é possível atribuir à restrição de circulação dos fretados a redução na entrada de passageiros", informou a companhia. Com os trens da CPTM, o resultado foi o mesmo. Nas Estações Morumbi, Berrini, Cidade Jardim, Hebraica-Rebouças e Pinheiros, na Marginal Pinheiros, entraram a mais com a restrição 1.076 passageiros por dia. O estudo da Secretaria dos Transportes previa 1.200 pessoas.
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