Os seis ônibus da Linha Verde que há um mês estão rodando apenas com biocombustível, sem mistura de diesel, apresentaram resultados que surpreenderam até mesmo os coordenadores do projeto, pioneiro na América Latina e, até onde se tem notícias, também no mundo. Medições técnicas mostraram um índice de opacidade (emissão de fumaça) 25% menor e redução de 19% de oxido de nitrogênio e uma redução de 30% nas emissões de monóxido de carbono (CO).
Os resultados foram apresentados nesta segunda-feira (28) durante visita técnica programada pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, que integra a programação do 17º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. Promovido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) o Congresso reunirá em Curitiba, até sexta-feira (2) em torno de 2,5 mil participantes.
Os ônibus – três da Scânia e três da Volvo – foram abastecidos 100% com biocombustível à base de soja no dia 27 de agosto e a previsão era de um consumo de combustível até 8% maior do que os ônibus abastecidos com diesel. "Mas o que se verificou é que o consumo aumentou apenas 5%, com índices melhores que os esperados neste início de programa.", disse Elcio Luiz karas, gestor da Área de Vistoria e Cadastro da Urbs, durante apresentação a técnicos e especialistas em transporte e trânsito reunidos no auditório do Mercado de Orgânicos de Curitiba.
Coordenador do projeto, Karas comemorou os resultados. "O desempenho, potência, consumo e emissões de poluentes estão sendo acompanhados dia a dia", afirma. "E os primeiros resultados são animadores", disse ele, destacando que o projeto B100, como é definido pelos técnicos, só foi possível graças à determinação da administração municipal e à ampla parceria com empresas e institutos de tecnologia.
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