Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

Estrutura cicloviária de Porto Alegre aumenta para 68 quilômetros com novos trechos

quarta-feira, 6 de abril de 2022

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU), através da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), implantou entre janeiro e março deste ano 2,71 quilômetros de ciclovias na Capital. Com a conclusão dos novos trechos, Porto Alegre já soma 68,53 quilômetros de infraestrutura cicloviária para os usuários da mobilidade ativa.


O maior trecho neste ano foi da avenida Neugebauer. No local foram implementados 1.820 metros, iniciando a malha cicloviária do Humaitá. A ciclovia faz parte do Plano Diretor Cicloviário e liga as futuras ciclovias da Amynthas Jacques de Moraes com José Pedro Boessio. Na rua Guaporé foram construídos 606 metros, integrando malha de ciclorrota local que distribui o fluxo do bairro Petrópolis até a ciclovia da Nilo Peçanha. 

Na avenida Cristiano Fischer, os 152 metros entre a travessia da Ipiranga até a avenida Ceres foram feitos mediante contrapartida da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). No Menino Deus, a ampliação cicloviária se deu entre a Barão do Guaíba e a José de Alencar. São 130 metros na Praça Menino Deus. 

“Nossa equipe está avaliando os projetos constantemente. Iremos promover nas próximas semanas um seminário para discutir com a comunidade a expansão da malha cicloviária, para que atenda os anseios da população e cada vez mais integrada com a mobilidade urbana de Porto Alegre”, destaca o secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior.

Bike Box - A prefeitura iniciou a pintura da sinalização que mostra onde o ciclista deve se posicionar ao cruzar pontos de grande circulação de veículos. Ganharão as marcações 19 trechos localizados em ciclovias da Erico Verissimo, Icaraí, Osvaldo Aranha, 24 de Outubro, Botafogo, Lima e Silva, General Câmara, Múcio Teixeira, Ramiro Barcelos, Sebastião Leão, Silva Jardim, José do Patrocínio e Chuí. 

O chamado bike box tem como objetivo garantir a segurança dos ciclistas que, ao abrir a sinaleira nos principais cruzamentos, poderão sair em vantagem em relação aos veículos motorizados.  A sinalização está sendo implantada mediante emenda parlamentar e a definição dos pontos de implementação foi realizada a partir de sugestões dos próprios ciclistas. 

Ciclovias em andamento - Além dos trechos já concluídos, estão em processo de implantação 440 metros na Lopo Gonçalves, trecho entre a João Alfredo e a João Pessoa. Na Bento Gonçalves, 4.116 metros entre a Antônio de Carvalho e a João Antônio Lopes. Na rua Benno Mentz, dois trechos estão sendo feitos, totalizando quase 2.000 metros. No local, um eixo cicloviário alternativo ao Plano Cicloviário que se conecta com ciclovias próximas às existentes e previstas. Na Zona Norte, dentro do eixo cicloviário do Complexo Sertório, estão em execução 2.400 metros entre a rua 25 de Fevereiro e a avenida dos Estados. 

O mapa com a localização de todos os trechos de infraestrutura cicloviária já implantados na Capital está publicado no Portal de Transparência da Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC), na página do Observatório de Mobilidade, em eptctransparente.com.br com.br. Seu objetivo é disponibilizar amplo acesso às informações de mobilidade da capital gaúcha. 

Informações: Prefeitura de Porto Alegre
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Emdec promove aumento de frota, criação de linha e ajustes pontuais na operação dos ônibus

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) promove novas readequações na operação do transporte público coletivo do município. As ações envolvem aumento de frota, criação de linha, retorno de operação e ajustes pontuais. Agora são quatro linhas envolvidas.

A partir de segunda-feira, dia 04 de abril, a linha 128 – Terminal Vida Nova / Terminal Ouro Verde terá aumento de frota. Na mesma data, a linha 220 – Terminal Campo Grande retoma a operação, que estava suspensa.

No dia 06 de abril, quarta-feira, a Emdec coloca em circulação uma nova linha de ônibus: a 429 – Swiss Park II / Terminal Central. A linha será criada com o objetivo de realizar a ligação dos bairros Swiss Park e Jardim do Trevo com a área central. Ela sairá do final do Swiss Park, na divisa com o Jadim Irajá, a partir das proximidades da Rua Wellman Galvão de França Rangel. E terá circulação por vias importantes, como Antônio Artioli, Rodovia Lix da Cunha (SP-073), Royal Palm Plaza, Ralpho Leite de Barros, Prestes Maia e João Jorge, chegando ao Terminal Central. No itinerário serão 32 pontos de parada atendidos.

Também no dia 06 de abril, a linha 109 – DIC VI / Vila Aeroporto terá alteração de atendimento no Terminal Ouro Verde. Ela deixará de parar na Plataforma 2; e terá o atendimento realizado na Plataforma 1.

Para informações sobre o transporte público de Campinas, a população conta com o aplicativo “Cittamobi”, disponível para os sistemas operacionais Android e iOS. Ele informa, em tempo real, o horário da chegada do ônibus, locais de embarque e desembarque, itinerários, acessibilidade, entre outras funcionalidades.

Informações: EMDEC

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EMTU SP conclui reorganização do sistema metropolitano no ABC

terça-feira, 5 de abril de 2022

A reorganização do sistema metropolitano de ônibus da Área 5, que engloba os municípios do ABC, foi concluída quando a concessionária ABC Sistema (Next Mobilidade) assumiu o atendimento de 11 linhas gerenciadas pela EMTU e atualmente operadas pela empresa Rigras. Cerca de 11 mil passageiros foram beneficiados diariamente pela mudança.

As viagens e o valor das tarifas permaneceram os mesmos. Já a frota foi atualizada com veículos mais novos, proporcionando conforto e segurança adicionais às viagens metropolitanas, além do cumprimento dos padrões de qualidade exigidos pela EMTU.

A mudança foi estabelecida em decreto do governador João Doria, assinado em março de 2021, que estipula uma reformulação e modernização nos transportes intermunicipais do ABC.

Além de operar todas as linhas, a NEXT Mobilidade terá de construir um corredor de ônibus tipo BRT (Bus Rapid Transit) entre a região e a capital paulista, e também reformar o Corredor ABD (de ônibus e trólebus).

Em fevereiro, foram iniciadas as obras do BRT-ABC, sistema rápido de ônibus elétricos que conectará a região do Grande ABC à capital. O novo modal de transporte metropolitano receberá investimento de mais de R$ 860 milhões, exclusivamente pela iniciativa privada, e prevê a implantação de um total de 20 estações. A obra beneficiará cerca de 173 mil passageiros por dia que vão percorrer o trajeto entre São Bernardo do Campo e São Paulo em até 40 minutos.

Na reforma do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus - Jabaquara), serão investidos cerca de R$ 237 milhões na atualização da sinalização, manutenção profunda das escadas rolantes, reconfiguração dos terminais metropolitanos (melhorias na iluminação, instalação de gradis, implantação de rampas acessíveis), modernização dos pontos de paradas com implantação do sistema pré-embarque, restauração do pavimento rígido, entre outras melhorias.

Ao final da transição, a Next Mobilidade estará operando 103 linhas na região, entre elas serviços que pertenciam às operadoras EAOSA, Viação Ribeirão Pires, ABC, Expresso SBC, Mobibrasil, Publix, Transbus, Auto Viação Triângulo, Empresa Urbana Santo André, Viação Imigrantes, Viação São Camilo, Viação Riacho Grande, Tucuruvi e VIPE.

Linhas operadas pela Next Mobilidade a partir deste sábado (26):

041      RIO GRANDE DA SERRA (CENTRO) / RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES)      

117      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / SANTO ANDRÉ (ELCLOR)                       

165      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL PAÇO - SÃO BERNARDO)   

165BI1               SANTO ANDRÉ (PARQUE REPRESA BILLINGS) / SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL PAÇO - SÃO BERNARDO)

165EX1   RIO GRANDE DA SERRA (CENTRO) / SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL PAÇO - SÃO BERNARDO)

215      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / SUZANO (CENTRO)          

336      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / MAUÁ (CAPBURGO)         

374      RIO GRANDE DA SERRA (SITIO MARIA JOANA) / RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES)   

381      RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRAO PIRES) / SUZANO (BARUEL)           

381BI1 RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES) / SUZANO (VILA FÁTIMA)  

402      RIO GRANDE DA SERRA (CENTRO) / RIBEIRÃO PIRES (TERMINAL RODOVIÁRIO DE RIBEIRÃO PIRES)

Renovação da frota - A frota metropolitana do ABC está em processo de modernização desde 2021. Em agosto do ano passado, 116 novos ônibus começaram a operar no sistema intermunicipal gerenciado na região pela EMTU, beneficiando a população de Diadema, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, municípios que formam a Área 5 de concessão. Neste mês de março, a Next Mobilidade recebeu mais 14 veículos zero km.

A renovação da frota faz parte de um investimento de R$ 90,2 milhões a ser realizado pela Next Mobilidade (ABC Sistema), SPE (Sociedade de Propósito Específico) criada a partir da prorrogação por 25 anos do contrato de concessão com a Metra, operadora do Corredor Metropolitano ABD. Com a reorganização do sistema, os ônibus passam a ter prefixo iniciado com o número 8.

Os novos veículos foram montados com carroceria Caio Apache Vip e dispõem de ar-condicionado. Dos 116 ônibus entregues, 20 têm suspensão a ar, característica que oferece mais segurança e melhor dirigibilidade, maior estabilidade e menor impacto com o solo, reduzindo o desgaste dos pneus. Câmeras estão instaladas nas portas de 60 desses veículos, proporcionando mais segurança a motoristas e passageiros. Todos possuem elevador para pessoas com mobilidade reduzida e são equipados com roteador wi-fi e tomadas USB para celulares.

EMTU - Vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) é controlada pelo Governo de São Paulo. Fiscaliza e regulamenta o transporte metropolitano de baixa e média capacidade nas cinco regiões metropolitanas do Estado: São Paulo, Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e Vale do Paraíba / Litoral Norte. Juntas, as áreas somam 134 municípios.

Informações: EMTU
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Justiça proíbe sistema de reconhecimento facial no Metrô de São Paulo

A 6ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo determinou, nesta terça (22), que o Metrô interrompa o sistema de captação e tratamento de dados biométricos dos rostos de seus usuários, o chamado reconhecimento facial. A decisão liminar da juíza Cynthia Thomé tem efeito imediato. Ela considerou que a estrutura que está sendo implementada pela empresa de trens tem "potencialidade de se atingir direitos fundamentais dos cidadãos".


Uma ação civil pública foi ajuizada no dia 3 de março, pedindo que o Metrô fosse proibido de continuar coletando, mapeando e registrando sem consentimento prévio informações sobre os rostos de seus cerca de quatro milhões de usuários diários, usando como justificativa a segurança pública.

As garantias básicas para os dados coletados da população, a privacidade dos usuários e a proteção de crianças e adolescentes não estariam sendo atendidas pela empresa na implementação de um sistema de câmeras com reconhecimento facial e inteligência artificial que custou mais de R$ 50 milhões, segundo a ação.

De acordo com a juíza, "o Metrô, até o momento, não apresentou informações precisas sobre o armazenamento das informações e utilização do sistema de reconhecimento facial". Ela permitiu que a empresa continue instalando o sistema de câmeras, mas não poderá usá-lo para reconhecimento facial. À decisão, cabe recurso.

O Metrô informou à coluna que não foi intimado da decisão, mas que irá recorrer e prestará todos os esclarecimentos à Justiça. E atesta que "o novo sistema de monitoramento obedece rigorosamente o que prevê a Lei Geral de Proteção de Dados".

Para Eloísa Machado, professora da FGV Direito e uma das advogadas da ação, a decisão é inédita no Brasil. "A medida liminar é importante para fazer cessar violações aos direitos dos usuários do metrô e também porque serve de precedente para outros casos de uso indiscriminado de reconhecimento facial que têm se espalhado pelo país", afirmou à coluna.

A ação foi proposta pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, a Defensoria Pública da União, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Intervozes, a Artigo 19 Brasil e América do Sul e o Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu).

Para as organizações, além de desrespeitar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Constituição Federal, o Código de Defesa do Consumidor e tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, o sistema de reconhecimento facial é passível de falhas que poderiam levar à identificação equivocada de uma pessoa inocente como um procurado pela polícia.

A ação, cujo mérito ainda será julgado, também pede o pagamento de uma indenização de, pelo menos, R$ 42,8 milhões em danos morais coletivos já causados aos passageiros.

Em posicionamento enviado à coluna na publicação da notícia sobre a ação, o Metrô de São Paulo afirmou que o seu Sistema de Monitoramento Eletrônico "não tem reconhecimento facial do cidadão ou qualquer personificação ou formação de banco de dados com informações pessoais". E que sua implantação atende aos requisitos da LGPD.

De acordo com a empresa, o sistema é exclusivo para o apoio operacional e atendimento aos passageiros. "Com ele, é possível fazer a contagem de passageiros, identificação de objetos, monitoramento de crianças desacompanhadas, invasão de áreas como a via por onde passa o trem, animais perdidos, ou monitoramento de deficientes visuais pelo sistema, gerando alertas nessas situações para que os funcionários ajam rapidamente."

Ação diz que reconhecimento facial pode gerar 'falsos positivos' entre negros e trans

"O Metrô de São Paulo está se apropriando indevidamente dos dados de milhões de usuários, como se não existisse lei, nem consequências para seus atos ilegais", avalia Eloísa Machado. Ela defende que a proteção a dados pessoais é um direito reconhecido pela Constituição, através da recente emenda constitucional 115, e também pela LGPD. E que é fundamental que o Judiciário se posicione na proteção desses dados "para que a LGPD e a Constituição não virem letra morta".

Em fevereiro de 2020, os autores da ação contra o Metrô entraram com um pedido judicial para que a empresa demonstrasse com documentos, relatórios e atas que a implementação do sistema contava com mecanismos para evitar que os dados dos usuários fossem coletados e usados de forma indevida.

Na avaliação deles, o Metrô mostrou que o sistema é "ineficiente e perigoso", sem todas as precauções necessárias para evitar violações massivas ao direito à privacidade.

A defensora pública Estela Guerrini, coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública de São Paulo disse à coluna que "ao usar o sistema de reconhecimento facial, o Metrô adota uma tecnologia que invade a privacidade das pessoas, gera discriminação e deixa de investir onde realmente é necessário, que é na melhoria do transporte público". O que, segundo ela, não faz sentido considerando os desafios que o Metrô já tem para garantir um serviço de qualidade.

Diogo Moyses, coordenador do programa de Direitos Digitais do Idec, explica a questão da discriminação. De acordo com ele, a tecnologia adotada é passível de falhas, podendo produzir ações discriminatórias contra os passageiros. "O usuário pode ter seu longo e cansativo trajeto diário interrompido em virtude de 'falsos positivos'", afirma. Alguém ser confundido com um procurado pela Justiça ou com um desaparecido, por exemplo.

A ação cita que é maior a taxa de 'falsos positivos' entre indivíduos de pele escura e de etnias quando elas não são apropriadamente trabalhadas na base de dados. E que não há provas de que o sistema do metrô recebeu tratamento especial para reduzir esse viés. "Isso faz com que o sistema potencialmente seja um perpetuador de desigualdades presentes na sociedade brasileira, selecionando erroneamente mais vezes indivíduos negros e imigrantes", diz a ACP.

A ação afirma que as pessoas não binárias, transexuais e transgêneros também são especialmente afetadas por sistemas como esse.

"O resultado discriminatório da tecnologia de reconhecimento facial reflete o enviesamento presente na própria base de dados que alimenta essa tecnologia, já que é elaborada e desenvolvida por alguns poucos homens cis e brancos de multinacionais que controlam a sua venda para o restante do mundo", explica a defensora Isadora Brandão, coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa da Diversidade e da Igualdade Racial da Defensoria Pública.

Apesar de não envolver inteligência artificial como o reconhecimento facial automático, levantamento da Defensoria Pública do Rio de Janeiro e do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais aponta que 83% dos presos injustamente por reconhecimento fotográfico no Brasil são negros.

Captação de dados sobre crianças sem consentimento dos responsáveis

Os autores da ação defendem que o reconhecimento facial não pode ser equiparado a um circuito interno de TV e, portanto, não seria suficiente uma placa informando que "este ambiente está sendo gravado". O sistema mapeia as informações biométricas do rosto, únicas de cada indivíduo, transformando-os em dados, que são armazenados para poderem ser comparados com as bases existentes.

A Lei Geral de Proteção de Dados demanda consentimento dos cidadãos para a coleta de informações pessoais. Você passa por isso todos os dias, quando entra em um site e ele te pergunta se pode utilizar cookies para coletar seus dados.

Um dos pontos sensíveis nesse sentido é a coleta e tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes usuárias do metrô sem que haja o consentimento de pais ou responsáveis, o que bate de frente não apenas com a LGPD, também com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Para o defensor Daniel Secco, coordenador do Núcleo Especializado da Infância e Juventude da Defensoria Pública, a justificativa de que o sistema possibilitaria a identificação de crianças desaparecidas e, por isso, precisa ser mantido, não é válida. "Como as crianças crescem e seus rostos mudam rapidamente, sabe-se que a chance de acerto do sistema de reconhecimento facial em crianças é pequena."

A ação defende que o projeto do Metrô está na contramão de medidas que vem sendo adotadas na Europa e nos Estados Unidos para restringir o uso massivo dessa tecnologia. E que empresas como Amazon, IBM e Microsoft já avisaram que vão suspender a venda de soluções de reconhecimento facial para o uso policial para evitar violações aos direitos humanos.

"Quando o reconhecimento facial é aplicado em massa por um órgão publico, informação sensível de cidadãos fica disponível. Isso é uma vigilância a priori, onde todo mundo que usa metrô é suspeito até que se prove o contrário", avalia à coluna Pedro Ekman, coordenador do Intervozes.

"É um caminho sem volta para uma sociedade vigiada onde os governos vão ter um poder extremo em relação aos cidadãos", alerta.

João Paulo Dorini, defensor público federal e defensor regional dos direitos humanos em São Paulo, vê a proteção de dados como a nova fronteira dos diretos fundamentais.

"O acúmulo tecnológico acrítico tem pavimentado abusos de diversas ordens. Essa ação pode estabelecer um marco no que pode ou não ser feito. E como Estado e empresas podem atuar sem atacar os direitos humanos", conclui.

O que já disse o metrô sobre a questão do reconhecimento facial

Quando as organizações demandaram respostas do Metrô de São Paulo, a coluna entrou em contato com a empresa, em 2020, para falar do assunto.

Através de sua assessoria, ela afirmou que "obedeceu aos requisitos legais para a implantação do Sistema de Monitoramento Eletrônico, que tem o objetivo de modernizar o atual circuito interno". Disse que "o sistema foi contratado para o monitoramento com câmeras que têm recursos de inteligência para apoio as ações operacionais e não para o reconhecimento de dados pessoais".

Disse que o Sistema de Monitoramento Eletrônico tem o objetivo de modernizar o atual circuito interno, "oferecendo maior a segurança aos mais de quatro milhões de pessoas que utilizam o Metrô todos os dias", e busca também reduzir a quantidade de ocorrências de segurança pública, como assédio e importunação sexual, furtos e roubos nas estações e trens.

Garante que "não há qualquer banco de dados com informações pessoais de passageiros e nenhuma informação personificada é registrada quando ele passa pelas catracas do Metrô" e que o sistema foi moldado obedecendo a LGPD. Por fim, diz que "nosso maior compromisso é com o cidadão de bem".

por Paulo Sakamoto
Informações: Uol
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DF ganhou 58 novas linhas de ônibus e mais de 600 itinerários ampliados

O Governo do Distrito Federal (GDF) vem trabalhando duro para fornecer mais conforto e opções aos passageiros de ônibus da capital. Novas linhas, aumento de itinerários e uma frota de cerca de 2.800 coletivos estão nas ruas para atender a população. Para se ter uma ideia, desde 2019, foram 58 linhas criadas e 617 itinerários ampliados para facilitar ou incluir novos passageiros.


Percursos novos que visam diminuir o tempo de espera dos moradores de todo o DF, a exemplo dos que atendem o crescente bairro Paranoá Parque. Ou o caso de áreas rurais como Água Quente, no Recanto das Emas, e Aguilhada, em São Sebastião, que passaram a contar com o coletivo circulando por suas estradas de terra.

O Paranoá Parque, desde fevereiro, é atendido por dois ônibus saindo da Rodoviária do Plano Piloto direto para o condomínio e vice-versa. Lá, moram centenas de famílias contempladas nos programas de habitação do governo e seus moradores viviam dependentes dos ônibus que circulam por todo o Paranoá. A nova linha faz o trajeto do condomínio até a rodoviária, passando pela W3 Norte e o Setor de Mansões do Lago Norte.

De quebra, ela atende também a parte dos residentes no Itapoã, que preferem pegá-lo para ter conforto. “Eu costumo usar essa linha duas vezes por semana, dependendo dos meus horários. É muito boa, o ônibus vai bem mais vazio”, revela a freelancer Vitória Fogaça, 20. “Facilita para a gente essa opção e acho que o ônibus chega mais rápido”, diz ela. O coletivo não passa pela Ponte JK, diferentemente de outros, e economiza tempo por evitar o local onde são comuns os engarrafamentos em horários de pico.

Comunidade rural alcançada pelo ônibus

Já na comunidade rural Aguilhada, onde vivem cerca de 600 famílias, o ‘novo normal’ é pegar ônibus. Desde o fim de 2021, um coletivo passou a rodar no vilarejo atendendo a moradores e chacareiros. “Melhorou 100% para a gente. O pessoal daqui dependia muito de carona ou muitos iam de bicicleta até São Sebastião para seguir outro destino”, conta o líder comunitário Rafael Sousa, 37.

“Minha esposa, por sinal, usa o ônibus para deixar nosso filho na creche. E o coletivo está ficando cheio, sinal de que o pessoal está se habituando com ele”, emenda o rapaz, que é prestador de serviços.

A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) tem mantido um contato direto com os usuários a fim de receber as demandas e viabilizar novos trajetos, conforme revela o secretário Valter Casimiro. “Ouvimos a população em visitas aos terminais, em viagens de ônibus e indo às administrações regionais”, diz. “Essa aproximação faz com que a secretaria possa atender às solicitações e levar linhas de ônibus onde o serviço precisa ser ampliado ou onde não havia opções de ônibus”, complementa.

A pandemia do coronavírus também trouxe desafios ao setor. Segundo a pasta, ao longo de 2020 – quando ela surgiu – o movimento de passageiros chegou a cair a até 75% em alguns meses.

“A frota não parou, diferentemente de outros estados. A Semob fez algumas alterações para atender a população a contento. E para deixar tudo em ordem quando retomássemos a normalidade”, explica o subsecretário de Operações, Márcio Antônio de Jesus. Segundo ele, a demanda por ônibus retornou, no momento, a um percentual de 90% do usual, com um total de 1,1 milhão de passageiros atendidos por dia.

Informações: Agência Brasília
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Seterb inclui nove horários e faz novos ajustes no transporte coletivo de Blumenau


A Seterb (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) inclui nove horários e faz 18 novos ajustes no serviço de transporte coletivo de Blumenau

As alterações são o resultado de análises diárias da operação, que desde a pandemia sofre constantes modificações de demanda.

O objetivo é atender a comunidade conforme a demanda de passageiros aumenta, confira abaixo as inclusões e mudanças que serão feitas na operação de segunda a sexta-feira:

Inclusões

- Linha 111 - Santa Clara
Novo horário: 5h30

- Linha 155 - Badenfurt
Novo horário: 17h30

- Linha 300 - Interbairros I
Novos horários: 13h15 *legenda 2 / 13h35 *itinerário principal / 14h20 *legenda 1

- Linha 506 - Pastor Oswald Hesse
Novo horário: 15h50

- Linha 510 - Oscar Bürger
Novo horário: 18h

- Linha 603 - Tribess
Novo horário: 22h05

- Linha 901 - Divinópolis
Novo horário: 5h42

Alterações

- Troncal 10
Troca de horários: das 5h40 para 5h42

- Troncal 32
Troca de horários: das 19h10 para 19h11

- Troncal 80
Troca de horários: das 4h para 3h55

- Troncal 81
Troca de horários: das 4h para 3h55 / das 5h42 para 5h41

- Linha 109 - Erich Belz
Troca de horários: das 3h50 para 3h45

- Linha 111 - Santa Clara
Troca de itinerário no horário das 5h15 para: sentido Terminal Aterro / Fidélis / Morro da Laguna / 1º de Janeiro / Dois de Setembro / Terminal Aterro *legenda 15

- Linha 122 - Via Moinho
Troca de horários: das 3h40 para 3h35

- Linha 125 - Franz Volles
Troca de horários: das 21h35 para 21h40

- Linha 153 - Salto do Norte
Troca de horários: das 19h05 para 19h08

- Linha 507 - Vorstadt
Troca de horários: das 16h45 para 16h50 / das 17h45 para 17h40

- Linha 601 - Fortaleza
Troca de horários: das 6h02 para 5h58

- Linha 605 - Rodoviária
Troca de horários: das 9h50 para 9h55

- Linha 606 - Romário Badia
Troca de horários: das 21h20 para 21h23

- Linha 607 - Nova Esperança
Troca de horários: das 22h18 para 22h25

- Linha 607 - Nova Esperança
Troca de horários: das 22h18 para 22h25

- Linha 804 - Vila Itoupava
Troca de horários: das 3h35 para 3h30

- Linha 808 - Arnoldo Beck
Troca de horários: das 3h50 para 3h45

Os usuários das linhas citadas também podem conferir as mudanças no site da BluMob, no endereço www.blumob.com.br e/ou no aplicativo da BluMob. Bem como nas tabelas de horário disponíveis nos terminais de ônibus serão atualizadas na segunda-feira, dia 4. 

A população também pode dar sugestões ou fazer reclamações sobre problemas com linhas e horários diretamente na ouvidoria da Seterb, pelo telefone 156, opção 3. Para mais informações entre em contato pelos telefones (47) 3381-7000, ramal 2466 (em horário comercial) ou 0800 008 9090 (BluMob).

Informações: SETERB

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Linha Turismo de Curitiba terá tarifa promocional em celebração ao aniversário

Em comemoração aos 329 anos de Curitiba, a Linha Turismo, que percorre as principais atrações turísticas da capital, terá o preço reduzido de R$ 50 para R$ 30. A redução do valor do bilhete, em 40%, valerá de 29 de março, dia do aniversário da cidade, até o domingo de Páscoa (17/4).


O objetivo é que mais pessoas possam aproveitar o preço reduzido para passear e aproveitar o clima de celebração.

A Linha Turismo passa por 26 pontos turísticos, como Museu Oscar Niemeyer, Ópera de Arame, Parque Barigui, Passeio Público e Parque Tanguá. São 48 quilômetros percorridos em cerca de três horas.  

O roteiro começa na Rua 24 Horas, mas é possível iniciar o trajeto em qualquer um dos pontos. O bilhete dá direito a embarques ilimitados na linha, em um período de 24 horas, após a sua primeira utilização de embarque.

O pagamento pode ser feito com cartão de crédito, débito ou em dinheiro. São aceitas as bandeiras Visa, Mastercard e Elo.

A tarifa promocional é uma das várias ações da Prefeitura em comemoração aos 329 anos da cidade. Uma ampla programação descentralizada e a entrega de mais de 15 obras fazem parte da celebração

Inaugurações, assinatura de editais, programação de lazer e cultural, Feira de Inovação e o Smart City Expo Curitiba 2022, edição brasileira do maior evento de cidades inteligentes do mundo, também fazem parte dos festejos pelo aniversário.

Serviço: Linha Turismo
Funcionamento: de terça a domingo
Horário: das 8h30 às 17h30
Ponto inicial: Rua 24 horas
Tarifa: R$ 30 (promocional entre 29/3 e 17/4)

Crianças menores de seis anos não pagam tarifa

Informações: URBS

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Em Campinas, Terminal BRT Satélite Íris será fechado para obras complementares

A partir da próxima segunda-feira, 04 de abril, o Terminal BRT Satélite Íris será fechado para a realização de obras complementares. O terminal fica na Avenida John Boyd Dunlop (JBD) e integra o Corredor BRT Campo Grande. A ação é parte do projeto que busca acelerar a utilização dos terminais e Corredores BRT pelo sistema convencional de transporte público. A previsão inicial é que as obras se estendam por 30 dias. 


Quatorze linhas que realizam parada no terminal atenderão aos usuários em pontos provisórios alocados pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) nas marginais da Avenida JBD. 

“As obras no Terminal Satélite Íris se somam aos ajustes no corredor e estações do BRT, que estão em andamento. O intuito é viabilizar, nos próximos meses, a efetiva utilização das estruturas do BRT pelo atual sistema de transporte público”, detalha o presidente da Emdec, Vinicius Riverete. 

As obras consistem em reparos no pavimento rígido no interior do terminal e nas faixas exclusivas que dão acesso à estrutura. Os trabalhos demandam a retirada e recolocação das placas de concreto. 

No entorno do terminal, os ônibus irão utilizar as faixas dedicadas ao tráfego comum, nos dois sentidos de circulação. Prossegue liberado o retorno em frente ao Terminal BRT Satélite Íris, que fica no sentido bairro-Centro da Avenida JBD; e é utilizado pelos ônibus e veículos do tráfego comum. 

Os trabalhos complementares serão realizados pela empresa Construcap – CCPS Engenharia e Comércio, sem custos adicionais para o município. A estrutura integra o Lote 2, Trecho 3 da implantação do BRT campineiro. 

Linhas impactadas
O fechamento do terminal impactará a circulação das linhas 123, 205, 210, 211, 212, 213, 221, 222, 223, 224, 225, 228, 229 e 231. As linhas que somente acessam o retorno do Terminal BRT Satélite Íris não serão impactadas.

Para atender aos usuários durante o período de duração das obras, a Emdec instalará dois pontos provisórios (um por sentido) nas marginais da Avenida JBD. No sentido bairro-Centro, os usuários poderão embarcar e desembarcar em ponto instalado na altura da Rua Olivaldo Roncolatto, próximo à escola de futebol. A parada provisória que atenderá ao sentido Centro-bairro será implantada na marginal oposta da avenida, na altura do acesso utilizado pelos ônibus. Os usuários também poderão utilizar os pontos já existentes nas proximidades do terminal. 

Para atender aos usuários durante o período de duração das obras, a Emdec instalará dois pontos provisórios (um por sentido) nas marginais da Avenida JBD (ruas Quarenta e Cinco / Tom de Araújo). No sentido bairro-Centro, os usuários poderão embarcar e desembarcar em ponto instalado na altura da Rua Olivaldo Roncolatto, próximo à escola de futebol. A parada provisória que atenderá ao sentido Centro-bairro será implantada na marginal oposta da avenida, na altura do acesso utilizado pelos ônibus. Os usuários também poderão utilizar os pontos já existentes nas proximidades do terminal.  

Obras no corredor exclusivo 
Paralelamente aos trabalhos no interior do terminal, prosseguem as obras ao longo da faixa exclusiva do Corredor BRT Campo Grande, que incluem reparos no pavimento de concreto e serviços complementares nas estações. Realizada em etapas, essa frente de trabalho já foi finalizada no trecho entre as estações BRT Aurélia e Garcia; e agora avança para o trecho entre a Avenida Transamazônica e a Estação BRT Londres. 

Essa etapa vem causando interdições em trechos pontuais do corredor exclusivo. Os ônibus são temporariamente desviados para as faixas destinadas ao tráfego comum (pavimento asfáltico). Não há impactos na circulação dos demais veículos. 

Informações: EMDEC

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