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Usuários aprovam o BRT implantado em Uberaba

terça-feira, 7 de julho de 2015

Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Ápice com usuários do transporte coletivo para a Prefeitura de Uberaba revela aprovação de até 73% às mudanças originadas pela implantação do sistema BRT/Vetor. Esse percentual é obtido levando-se em consideração as opções ótimo e bom mais a metade da regular. Dos entrevistados, 9% declararam que o sistema é ruim ou péssimo e 1% não soube responder.

De acordo com o levantamento, 50% dos usuários disseram que o sistema com a implantação do BRT/Vetor é melhor do que o sistema anterior e 33% disseram que é igual. Outros 15% disseram que o sistema piorou e 2% não souberam ou não responderam. Quanto ao cumprimento de horários, 81% dos entrevistados se mostraram satisfeitos ou muito satisfeitos. Vale lembrar que Uberaba conta, desde 2008, com moderno sistema de monitoramento eletrônico, presente em poucas cidades do país e que permite acesso do usuário ao tempo exato do transporte por meio de painéis e pela internet.

Sobre os locais de espera para embarque e desembarque do BRT/Vetor, 87% dos entrevistados se disseram satisfeitos e muito satisfeitos, e 12%, insatisfeitos. A explicação se deve à construção dos dois terminais de ônibus, sendo um na Univerdecidade e outro no bairro Manoel Mendes. Segundo o instituto de pesquisa, o levantamento mostra aprovação considerável do serviço de transporte coletivo em Uberaba por parte dos usuários. Embora o começo da implantação do novo sistema tenha sido atribulado, hoje, o usuário já se acostumou e passou a aprovar as mudanças, já que 50% responderam que houve melhora em relação ao sistema anterior, destaca o instituto. 

O Instituto de Pesquisas Ápice realizou medição entre usuários de transporte coletivo em Uberaba, no período de 25 a 30 de junho. Para tanto, foram entrevistados 400 usuários, classificados por sexo, faixa etária, escolaridade e renda familiar. A margem de erro máxima para mais ou para menos é de 5 pontos percentuais.

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SPTrans inaugura 11ª estante do Projeto Livro na Faixa

Nesta terça-feira, 07 de julho, o Terminal Parque Dom Pedro II, no Centro da cidade, recebe a 11ª estante do projeto Livro na Faixa. Criado em novembro de 2014, o projeto disponibiliza, gratuitamente, livros nacionais e estrangeiros para os usuários do sistema de transporte público da cidade de São Paulo. 

Quem se interessa por leitura pode retirar um livro em uma das estantes localizadas nos Terminais gerenciados pela SPTrans. Não é preciso fazer carteirinha, inscrição ou enfrentar qualquer tipo de burocracia. Basta escolher o livro e levar. Como o sucesso do projeto depende da participação coletiva, para que as estantes permaneçam sempre abastecidas quem puder colaborar pode retirar o livro de sua preferência e doar outro, de tal modo que a estante esteja sempre cheia de opções para os usuários do sistema.

A inauguração da nova estante será às 12h desta terça-feira. O equipamento ficará perto do bicicletário do Terminal Parque Dom Pedro II. Além de promover incentivo à leitura, promove a cidadania e a interação entre pessoas através da troca de livros e histórias.

As estantes medem 1,98 de altura x 92 centímetros de largura e comportam em média 150 livros, os terminais Grajaú, Capelinha, Guarapiranga, Santo Amaro, Bandeira, Campo Limpo, Lapa, Pirituba,  A.E. Carvalho e Carrão já possuem estantes e desde novembro de 2014 distribuíram mais de 15 mil exemplares, a expectativa que ainda no segundo semestre deste ano outra estante seja inaugurada no terminal Jardim Ângela, na zona Sul da capital. 

O Livro na Faixa é um projeto da SPTrans e da Coordenadoria Municipal de Bibliotecas, e que ganhou adesão da Livraria Leitura, Editora Livrus e do SPUbanuss e Empresas Operacionais: VIP Leste, Ambiental, Mobi, Cidade Dutra, Transpass, Gatusa, Transkuba, Gato Preto e Santa Brígida.

Algumas editoras, livrarias, distribuidoras, autores, além de cidadãos também têm feito doações.

Informações: SPTrans

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Em Olinda, Passageiros do TI Xambá passam apuros para pegar ônibus

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Quem depende do transporte público no Grande Recife enfrenta diariamente diversos problemas, que vão desde a superlotação até a demora dos ônibus. Em Olinda, no Terminal de Xambá, os passageiros precisam lidar ainda com a falta de orientadores de fila. Quando o coletivo chega, os usuários se espremem e chegam a brigar, literalmente, pelo espaço.

A situação ficou assim há cerca de um mês, quando os fiscais e orientadores foram dispensados. Desde então, os passageiros reclamam do empurra, empurra, e dos acidentes no momento do embarque. A demora dos coletivos também é motivo de muitas criticas.

Através de nota, o Grande Recife Consórcio anunciou que está sendo feito um rodízio com os orientadores de filas em todos os terminais integrados da Região Metropolitana. Com isso, os do terminal de Xambá foram remanejados para outros terminais. Não há prazo para que eles retornem ao trabalho no local.

Informações: TV Jornal

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Rio recebe primeiro trem do sistema Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou o primeiro trem do sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), de um total de 32 que vão funcionar no centro e na zona portuária da capital fluminense por 28 quilômetros de trilhos. A composição foi apresenta neste domingo (5).

Com previsão de começar a circular a partir de abril de 2016, esses serão os primeiros meios de transporte público do País com validação voluntária, ou seja, sem roletas e cobradores. Os passageiros é que devem pagar a tarifa espontaneamente com o bilhete único, de maneira similar ao modelo empregado em algumas cidades da Europa, como Amsterdã e Berlim. Para o prefeito, o carioca terá de aprender a respeitar as regras.

“As pessoas têm que entender que se elas derem o trambique e não pagarem, quem pagará é a própria população, porque a prefeitura terá de arcar com essa conta. Culturas que são importantes mudarmos no Brasil”, disse ele.

As bilheterias serão instaladas em quatro estações - Rodoviária, Central do Brasil, Praça 15 e Aeroporto Santos Dumont -, onde será possível comprar a passagem. Cada módulo vem equipado com oito validadores eletrônicos de cartões já utilizados em outros meios de transporte, como o Bilhete Único. O sistema prevê a instalação de 32 pontos de paradas para o embarque e desembarque de usuários. Não haverá cancelas ao longo dos 28 quilômetros de trilhos.

O prefeito também destacou que o VLT integrará todos os demais modais da cidade. “Quem chega de barca na cidade encontra um VLT, quem vier de trem também, o metrô integra com o VLT e todos os BRT (Bus Rapid Transit) vão integrar o VLT. Isso é um avanço enorme na mobilidade da cidade, tirar essa confusão de ônibus do centro. É a volta do bonde, que sempre foi uma marca da cidade e essa política pública nunca deveria ter sido mudada. Cidade e carro não funcionam", completou Paes.

O primeiro trecho a entrar em operação vai transportar passageiros entre a Rodoviária Novo Rio e o Aeroporto Santos Dumont. Segundo a prefeitura, o serviço será oferecido as 24 horas e deve transportar diariamente 300 mil pessoas, com intervalos de três a 15 minutos.

Com capacidade para 420 pessoas, o modelo apresentado foi construído na França, de onde virão mais quatro trens. Os demais veículos vão ser fabricados na cidade de Taubaté, em São Paulo, com tecnologia francesa.

Investimento público

O novo meio terá um total de R$ 1,157 bilhão de investimento público, sendo R$ 532 milhões de recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento da Modalidade (PAC 2) e R$ 625 milhões viabilizados por meio de Parceria Público-Privada (PPP) da prefeitura. O serviço será terceirizado por meio de concessão, com prazo de 25 anos.

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Empresas decidem participar de licitação do transporte de Porto Alegre

Após dois editais sem concorrentes, cinco empresas de ônibus se inscreveram para participar da licitação do transporte coletivo de Porto Alegre. A abertura dos envelopes ocorreu nesta segunda-feira (6) na sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Apresentaram propostas a empresa Stadbus e os consórcios Leste, Sul, Sudeste e Mobi, formado por empresas de ônibus que já operam na capital, apenas com nomes diferentes. Apenas a Stadtbus, empresa que tem sede em Santa Cruz do Sul, apresentou proposta sozinha.

O prefeito José Fortunati se mostrou satisfeito com a apresentação na terceira tentativa de licitar o transporte coletivo. Todos os seis lotes tiveram interessados. "Se não tivermos problemas com a documentação a licitação vai ter êxito", afirmou Fortunati. Cada um dos lotes tem preços de passagem diferentes. Vence em cada lote a empresa/consórcio que oferecer o menor valor.

É a terceira tentativa de licitação do transporte coletivo da capital. Nas duas primeiras vezes a licitação foi frustradas porque não teve interessados. Desde 1920, quando foi autorizada oficialmente a operação de ônibus em Porto Alegre, o serviço funciona sustentado em permissões.

Atualmente, o sistema conta com 1.709 ônibus, 400 linhas - operadas em três consórcios (STS, Unibus e Conorte) -, além da empresa pública Carris, segundo dados da prefeitura. Cerca de um milhão de pessoas utiliza o serviço diariamente.

O novo edital, dividido agora em seis lotes, prevê a ampliação de ar-condicionado na frota. Será de forma gradual, para não pesar no preço da tarifa. No prazo máximo de 10 anos, 100 % da frota estará equipada, sendo 25% já no primeiro ano, em todos os lotes das bacias.

A licitação define ainda como itens de qualificação do serviço a previsão de acessibilidade em toda a frota; a ocupação de, no máximo, quatro pessoas por metro quadrado, diferente dos seis usuários atuais por metro quadrado; um aumento projetado de 72 veículos na frota atual de 1.709 ônibus; e instalação de GPS em toda a frota, entre outros avanços.

Informações: G1 RS


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Greve de ônibus em João Pessoa marcada para esta terça-feira é adiada

Na tentativa de assegurar a regularidade dos serviços de transporte coletivo e a circulação dos ônibus em João Pessoa, a partir da zero hora desta terça-feira (07), o Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos da capital (Sintur-JP), protocolou, no início da tarde desta segunda-feira (06), na sede do Sindicato dos Motoristas da Paraíba um ofício propondo o adiamento da greve e a realização de uma nova rodada de negociação para apresentação de outra proposta de reajuste salarial, a ser feita até às 18h, desta terça-feira. O documento foi recebido pelo presidente do Sindicato dos trabalhadores, Antônio de Pádua que disse que vai colocar a proposta para ser avaliada pelos associados.

Os trabalhadores das empresas de transportes da capital anunciaram, na semana passada, que vão entrar em greve, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante duas assembleias realizadas na noite do dia 30 e na manhã do último dia 1º por causa do impasse entre patrões, que oferecem 6% de reajuste salarial, e os empregados, que só aceitam 12%, além do aumento no ticket refeição.

Segundo o presidente do Sintur-JP, Alberto Pereira, como a data-base da categoria, que é 1º de julho, está assegurada, não haverá prejuízo para os trabalhadores se houver o adiamento da greve. “O que pretendemos é resolver esse impasse sem prejudicar a população, que é quem mais sofre com uma greve de ônibus e como a data-base está garantida, tudo o que for acordado entre as partes retroage ao dia 1º, portanto, não haverá prejuízo para os trabalhadores esse adiamento”, destaca o empresário. Alberto lembra que apesar da crise, da tarifa defasada e das empresas virem perdendo passageiros, a classe patronal ainda está buscando formas de definir o acordo coletivo sem a realização da greve.

Ainda segundo o empresário, a classe patronal espera que os trabalhadores reavaliem a decisão e esperem até às 18h desta terça-feira (07) para ouvir uma nova proposta. “A greve é uma manifestação democrática, mas se ela puder ser evitada, todos saem ganhando. Esperamos que o Sindicato tenha essa compreensão e aceite nossa solicitação”, finaliza o dirigente do Sintur-JP.

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Motoristas e cobradores de Porto Velho entram em greve

Motoristas e cobradores do transporte público de Porto Velho entraram em greve nesta segunda-feira (6),  em protesto por 19% de reajuste salarial e aumento nos vales alimentação e refeição. A greve não tem data para terminar e foi decidida em assembleia na útima quinta-feira (2). Reuniões entre a categoria e as empresas foram realizadas ao longo do fim de semana, mas não houve acordo. Uma nova audiência de conciliação está marcada para as 15h desta segunda.
Foto: Suzi Rocha
O Tribunal Regional de Trabalho (TRT)  determinou que os sindicatos da categoria assegurem a prestação de serviços com 80% da frota nos horários de pico e 50% em outros períodos, sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Coletivo Urbano (Sitetuperon) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Porto Velho (SET) pedem 19% de reajuste salarial, mais vale refeição de R$ 15 (o valor atual é de R$ 10) e vale alimentação de R$ 300, no lugar de R$ 135. Os rodoviários também esperam garantia do prefeito Mauro Nazif em relação aos postos de trabalho, já que o contrato das duas empresas de transporte público que atuam em Porto Velho foi encerrado pela prefeitura.
"Nos outros anos já estaríamos negociando as melhorias. Mas este ano, as empresas já disseram que não há contrato com a prefeitura e decidimos incluir o poder público para não ficarmos desamparados", disse o presidente do Sitetuperon, Edilson Pereira. 

A greve foi decidida em assembleia dos sindicatos na última quinta, sob ameaça de paralisação de 100% da categoria. Para evitar prejuízos, a prefeitura ajuizou uma ação contra os sindicatos. Com isso, uma audiência foi realizada no Tribunal Regional de Trabalho (TRT) para tentativa de conciliação entre município e os funcionários do setor no sábado. No entanto, os dois sindicatos não compareceram para as reuniões.

Na mesma data, o TRT decidiu o efetivo de trabalhadores que deveriam trabalhar em horários de pico e interpico. Os trabalhadores devem trabalhar com efetivo de 80% nos horários de pico  - entre 6h e 8h, das 12 às 14h e das 17h às 20h - e 50% nos horários de interpico.

De acordo com o presidente do TRT, Francisco Cruz, um oficial de justiça tentou notificar os representantes do transporte desde sexta-feira (3) para que pudessem participar da audiência de conciliação, mas até a tarde de sábado nenhum contato com os representantes da categoria concretizado.

Sem a presença dos representantes de transporte, o Ministério Público informou que tentará, por meio de uma ação de dissídio de greve, a conciliação entre os envolvidos.

Por Ísis Capistrano
Do G1 RO
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Prefeito de SP publica regras que alteram organização das linhas de ônibus

domingo, 5 de julho de 2015

A Prefeitura de São Paulo publicou nesta sexta-feira (3), no Diário Oficial, um decreto com as regras da licitação que vai reorganizar completamente o serviço de ônibus da cidade pelos próximos 20 anos e trará alterações para os cerca de 10 milhões de passageiros que usam o serviço todos os dias. A consulta pública para a licitação será lançada nos próximos dias.

O decreto do prefeito Fernando Haddad (PT) mescla indicadores para a remuneração das empresas. Eles incluem gastos para a operação, número de passageiros, qualidade de serviços - que será medida com pesquisas de satisfação - e ganho de produtividade.
Cidade foi dividida em 20 setores para distribuição das linhas de ônibus (Foto: Reprodução/Diário Oficial)
No atual contrato, a opinião dos usuários não é um quesito para a remuneração das empresas. Segundo a SPTrans, atualmente as concessionárias recebem por passageiro transportado, ou por quantas vezes a catraca é girada nos coletivos - os não-pagantes também entram na conta para o repasse.

A remuneração também está ligada ao tipo de veículo que a empresa opera (um biarticulado, por exemplo, tem custo superior a um coletivo menor).

Segundo o documento publicado nesta sexta, será observada "a qualidade dos serviços ofertados, medida por meio de indicadores de desempenho operacional e por meio de pesquisas de satisfação dos usuários, conforme critérios a serem estabelecidos no edital e nos contratos de concessão". Os cálculos específicos para a remuneração de cada empresa, no entanto, deverão ser divulgados apenas nos editais de licitação.

Aumento das viagens
O projeto prevê aumentar a oferta de viagens em 24% e o número de assentos disponíveis em 13%. A cidade deve ganhar um número maior de ônibus de grande porte que circularão por faixas exclusivas e corredores. Linhas locais saindo dos bairros vão alimentar o sistema. 

Tudo será controlado eletronicamente por dispositivos eletrônicos instalados nos ônibus e por um centro de controle a ser construído pelas empresas. As ganhadoras da licitação serão aquelas que se propuserem a trabalhar com a menor taxa de retorno.

Embora não tenha todos os corredores exclusivos previstos prontos, a Prefeitura afirma que as faixas exclusivas já garantem velocidade acima de 20 km/h. As empresas ganhadoras da licitação também terão direito a ficar com as garagens hoje existentes desapropriadas pela Prefeitura.

Divisão das linhas
As empresas que serão contratadas terão de oferecer linhas estruturais, regionais e locais. Já a cidade, que hoje é dividida em nove áreas que têm como marca uma determinada cor nos ônibus, passará a ter diferentes configurações dependendo do tipo de linha.

No total, a Prefeitura de São Paulo vai licitar 27 lotes para a iniciativa privada. Empresas estrangeiras poderão participar da disputa.

A rede “estrutural” será responsável por linhas que ocuparão as maiores avenidas da cidade e que ligarão os bairros da cidade e vão conectar a periferia ao Centro. Elas ocuparão, por exemplo, os grandes corredores de ônibus da cidade, como o das avenidas Santo Amaro e Nove de Julho. Neste serviço, a cidade estará dividida em quatro grandes regiões (Leste, Oeste, Norte e Sul). Essas regiões agrupam os 20 setores nos quais a cidade foi dividida para a licitação.

A cidade terá também uma rede que será chamada de “articulação regional”, que vai ligar bairros e centralidades de interesse regional e ainda bairros ao Centro sem passar pelas grandes avenidas do município. Além disso, uma rede de distribuição local atenderá a população nas ruas menores dentro dos bairros.

A licitação deveria ter sido feita em 2013, mas o prefeito Fernando Haddad (PT) resolveu cancelar a disputa em meio aos protestos de rua pela suspensão do aumento de R$ 0,20 na tarifa dos  ônibus e do Metrô. A licitação anterior, feita pelo governo Marta Suplicy em 2003, foi prorrogada.

Após junho de 2013, a Prefeitura de São Paulo fez uma auditoria dos contratos de ônibus.  A empresa de consultoria Ernst&Young, contratada para o trabalho, concluiu que a Prefeitura de São Paulo tem potencial de economizar 7,4% dos gastos do atual contrato.

Subsídios
O prefeito Fernando Haddad evitou falar sobre aumento ou redução no valor das passagens ou sobre uma eventual queda do subsídio pago pela Prefeitura às empresas de ônibus.

Ele explicou que, na licitação de 2004, a taxa de retorno (lucro sobre o investimento e não sobre o faturamento) era de 15% e na nova licitação deve ser rebaixada para menos de 10%.
"Nós queremos trazer essa TIR [Taxa Interna de Retorno] para um dígito. A TIR máxima prevista no edital será de 9,9%. Esse é o teto que nos vamos admitir."  Haddad disse que, além disso, a Prefeitura busca estimular novos concorrentes ao abrir a possibilidade de que eles comprem as garagens atuais para estacionar. "Isso é para evitar o que a gente chama barreira à entrada. São essas medidas que vão garantir uma concorrência mais robusta."

Tipos de linhas
Veja abaixo os modelos de atuação das novas empresas:

1) Linha local de distribuição (ex: ruas menores de bairros): farão o atendimento nos bairros. Poderão ter traçado bidirecional (sai e volta para o terminal), ou com traçado circular. O objetivo é atender as pessoas que as vezes querem sair de um bairro e ir para o outro, sem a necessidade de irem para o centro.Linhas estruturais (Foto: Reprodução)

2) Linhas estruturais radiais (ex. corredores de ônibus/faixa exclusiva): elas devem interligar regiões da cidade, ter trajeto mais simples e atender maior demanda, com intervalos menores e apresentar veículos com mais capacidade.

3) Linhas estruturais perimetrais (ex: avenidas com faixas exclusivas ou não): devem ter articulação entre regiões, ligação com corredores radiais e ligação entre centralidades urbanas.Articulação regional  (Foto: Reprodução)

4) Linhas de articulação (ex: ruas largas de articulação locais): serão linhas para ajudar aquele passageiro que tem dificuldade para se deslocar a pé entre um ponto de parada ou outro. Essas linhas devem ligar regiões da cidade, ter uma maior cobertura de território, atender média ou baixas demandas, com intervalos maiores e apresentar veículos de menor capacidade.

Por Márcio Pinho e Roney Domingos
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