Motoristas e cobradores do transporte público de Porto Velho entraram em greve nesta segunda-feira (6), em protesto por 19% de reajuste salarial e aumento nos vales alimentação e refeição. A greve não tem data para terminar e foi decidida em assembleia na útima quinta-feira (2). Reuniões entre a categoria e as empresas foram realizadas ao longo do fim de semana, mas não houve acordo. Uma nova audiência de conciliação está marcada para as 15h desta segunda.
Foto: Suzi Rocha |
O Tribunal Regional de Trabalho (TRT) determinou que os sindicatos da categoria assegurem a prestação de serviços com 80% da frota nos horários de pico e 50% em outros períodos, sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Coletivo Urbano (Sitetuperon) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Porto Velho (SET) pedem 19% de reajuste salarial, mais vale refeição de R$ 15 (o valor atual é de R$ 10) e vale alimentação de R$ 300, no lugar de R$ 135. Os rodoviários também esperam garantia do prefeito Mauro Nazif em relação aos postos de trabalho, já que o contrato das duas empresas de transporte público que atuam em Porto Velho foi encerrado pela prefeitura.
"Nos outros anos já estaríamos negociando as melhorias. Mas este ano, as empresas já disseram que não há contrato com a prefeitura e decidimos incluir o poder público para não ficarmos desamparados", disse o presidente do Sitetuperon, Edilson Pereira.
A greve foi decidida em assembleia dos sindicatos na última quinta, sob ameaça de paralisação de 100% da categoria. Para evitar prejuízos, a prefeitura ajuizou uma ação contra os sindicatos. Com isso, uma audiência foi realizada no Tribunal Regional de Trabalho (TRT) para tentativa de conciliação entre município e os funcionários do setor no sábado. No entanto, os dois sindicatos não compareceram para as reuniões.
Na mesma data, o TRT decidiu o efetivo de trabalhadores que deveriam trabalhar em horários de pico e interpico. Os trabalhadores devem trabalhar com efetivo de 80% nos horários de pico - entre 6h e 8h, das 12 às 14h e das 17h às 20h - e 50% nos horários de interpico.
De acordo com o presidente do TRT, Francisco Cruz, um oficial de justiça tentou notificar os representantes do transporte desde sexta-feira (3) para que pudessem participar da audiência de conciliação, mas até a tarde de sábado nenhum contato com os representantes da categoria concretizado.
Sem a presença dos representantes de transporte, o Ministério Público informou que tentará, por meio de uma ação de dissídio de greve, a conciliação entre os envolvidos.
Por Ísis Capistrano
Do G1 RO
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