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Mais quatro avenidas principais de Manaus ganharão a 'Faixa Azul' este ano

domingo, 8 de março de 2015

Mais quatro avenidas de Manaus terão Faixa Azul, corredor exclusivo do sistema Bus Rapid System (BRS), que já funciona na Avenida Constantino Nery, na zona centro-sul. O diretor-presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, informou que há estudos para implantar o sistema também na Avenida Djalma Batista. A sinalização do espaço exclusivo tem o custo de R$ 20 mil por quilômetro, afirmou Pedro Carvalho.
Foto: Eraldo Lopes
Já em fase de adaptação na Avenida Mário Ypiranga (antiga Recife), o espaço restrito aos ônibus será implantado também nas avenidas Torquato Tapajós, Max Teixeira e Umberto Calderaro (antiga Paraíba) e na Alameda Cosme Ferreira. “Vamos fazer aos poucos. A partir do momento em que isso for assimilado pela população, facilita a implantação. A intenção é implantar uma faixa por mês”, disse. 

Lentidão

O tráfego lento na Djalma Batista nos horários de rush, quando a média de velocidade dos ônibus é de 9 quilômetros por hora trafegando apenas pela direita, é o principal motivo para adotar o sistema. “Na hora que se põe uma faixa exclusiva, se chega a 25 quilômetros por hora e se reduz muito o tempo de viagem”, comentou. “Apesar de acharem que não pensamos nos automóveis, pensamos sim. O Manaustrans (Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito) está trabalhando na melhoria do trânsito e há muitas obras previstas, o problema todo é a falta de recursos”, justificou Carvalho.


A SMTU implantou 6 quilômetros de faixa exclusiva, na Avenida Constantino Nery. A previsão é que Manaus tenha 60 quilômetros de pista para o transporte público.

Na capital, 56% da população se desloca por ônibus do transporte público, o equivalente a 800 mil viagens por dia, em média. Segundo Carvalgo, o BRS será uma transição para o Bus Rapid Transit (BRT), que usará os mesmos corredores exclusivos, mas com estações fechadas idênticas às que existem em Curitiba (PR). 

No corredor do BRT, os semáforos funcionam em função dos ônibus, liberando a passagem assim que um veículo se aproxima do cruzamento. Outra mudança seria o pagamento da passagem nesses terminais, em um guichê, e não diretamente nos veículos como acontece atualmente.

‘Sistema atual de transporte está vencido’

Para o diretor-presidente da SMTU, Pedro Carvalho, a implantação do Bus Rapid Transit (BRT) em Manaus irá demorar. “Seriam necessários, pelo menos, seis anos para finalizar o projeto”, calcula Carvalho. 

O dirigente disse ser impossível para a Prefeitura de Manaus conseguir custear este plano sozinha, que pode chegar a R$ 1,4 bilhão (incluindo os valores com obras e desapropriações). 

Conforme Carvalho, “não tem como melhorar o transporte de Manaus se não caminharmos para um sistema de maior capacidade”. “O sistema em vigor está vencido e é usado em cidades pequenas. Manaus cresceu, poderia estar com um novo sistema mas, por falta de um entendimento entre Prefeitura e governo do Estado, não saiu nada de mobilidade”, declarou. “A maioria das cidades da Copa conseguiu sair do zero, mas outras tiveram problemas porque escolheram uma tecnologia errada, como foi o caso de Manaus. Já era para estarmos em outro estágio, não começando do zero. Estamos fazendo agora o primeiro ensaio, o BRS é o início”, reconheceu.

Por Dante Graça
Informações: d24am.com
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Bahia vai substituir trens de subúrbio por VLT

Ainda em 2015 deve ser aberta uma licitação para a aquisição de novos Veículos Leves Sobre Trilhos (VLT) que devem substituir antigas composições do sistema de trens do Subúrbio da Bahia, de acordo com a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB).

Atualmente rodam 2 trens Kawasaki/Toshiba – Série 5900, e outras 5 composições “AFC” General Electric.

Existem ainda planos para ampliar o serviço. “Dos atuais 13,5 km e 10 estações, o sistema, quando transformado em VLT, terá 18,5 km e 21 estações, sendo ampliado para chegar ao bairro do Comércio, na região do Terminal da França, e à região de São Luís, no bairro de Paripe”, diz a nota endereçada ao jornal “A Tarde“.

Outro fator de melhoria será a redução do intervalo entre as composições, além da redução do tempo de viagem.

O sistema de trens do Subúrbio foi transferido da Prefeitura de Salvador para o Governo do Estado em abril de 2013. Neste ano, a linha transportava 19 mil passageiros por dia.

Informações: ViaTrolebus


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Move de BH completa um ano ainda com muitos problemas

Neste domingo (8) o Move de Belo Horizonte completa um ano. De acordo com a BHTrans, a intenção era que as pessoas deixassem os carros em casa para utilizar as novas linhas que circulam nas avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Cristiano Machado.

Apesar das pistas exclusivas e ônibus maiores, que deveriam melhorar o trânsito na capital e facilitar o acesso à Região Central, o sistema e infraestrutura das estações ainda apresentam problemas.

Entre as principais reclamações dos usuários estão o atraso, superlotação, defeitos nas portas das estações de embarque e desembarque e falta de segurança. A estação do bairro São Gabriel, na região Nordeste de Belo Horizonte, foi a primeira a ser inaugurada, mas no local ainda há tapumes e máquinas trabalhando.

Em relação ao vandalismo, a equipe do MGTV flagrou várias estações depredadas. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) estuda uma parceria junto à Polícia Militar para que agentes da reserva possam fazer a segurança das plataformas.

Mortes
Em 2015, cinco pessoas morreram em acidentes envolvendo o Move. A mais recente aconteceu nesta quarta-feira (4) quando um homem foi atropelado na Avenida Antônio Carlos, na altura do bairro São Francisco, na Região da Pampulha.

Segundo a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), todos os sensores das estações do Move estão sendo alterados para que as portas operem fechadas, mantendo a segurança dos usuários. Ainda de acordo com a empresa, as portas de todas as estações do Centro de Belo Horizonte já estão funcionando com essa tecnologia. O sistema já começou a ser implantado também nas estações da Avenida Antônio Carlos. A BHTrans informou que o prazo para que todas as estações sejam atendidas é de 45 a 60 dias.

Move Metropolitano
O sistema BRT Move Metropolitano foi implantado em abril do ano passado, para interligar municípios da Região Metropolitana a Belo Horizonte. O projeto previa atender a 14 cidades do vetor Norte. As operações começaram em dezembro, mas o sistema de integração também apresenta problemas. Algumas paradas foram depredadas antes de serem inauguradas.

As obras na estação de Vespasiano e Justinópolis foram paralisadas e os usuários utilizam uma estação provisória. O Terminal de Integrações e Transporte BRT Bernardo Monteiro deveria ser o ponto final para todas as linhas do Move Metropolitano. Porém, a obra orçada em mais de R$ 9 milhões está paralisada. A área, localizada na região hospitalar de Belo Horizonte, está sendo utilizada como estacionamento.

A Secretaria de Estado de Transportes informou que a retomada das obras do Terminal de Integrações e Transporte BRT Bernardo Monteiro, bem como das estações de Vespasiano e Justinópolis, dependem de aprovação do planejamento financeiro deste ano, que ainda está sendo feito pelo Governo do Estado.

Enquanto isso, as linhas troncais dos bairros São Gabriel e Morro Alto e das estações provisórias de São Benedito, Santa Luzia, Justinópolis e Ribeirão das Neves param em pontos provisórios na área hospitalar, Ainda segundo a secretaria, não há data definida para aprovação do orçamento.

Informações: G1 MG com infomações do MGTV

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Infográfico mostra futuro intermodal e inteligente da mobilidade urbana

sexta-feira, 6 de março de 2015

O gatilho da inovação normalmente é disparado como uma reação aos problemas que atrapalham nossas vidas. E não tem como ignorar os impactos negativos de fatores como o trânsito caótico dos grandes centros urbanos: os congestionamentos intermináveis causam prejuízos bilionários, poluem o meio ambiente e prejudicam a qualidade de vida das pessoas. Como se o quadro já não fosse preocupante o bastante, ainda temos a estimativa de que a frota de carros do mundo deva crescer a uma média de 3% ao ano até 2030 e que 75% da população mundial viverá em cidades até 2050. Encarando a questão sob este ângulo, fica evidente que as megacidades deverão promover mudanças radicais de infraestrutura nas próximas décadas se quiserem fugir do caos total.

“É importante que nossos negócios de rodovias reconheçam a importância de serem um único elemento dentro de sistemas de transporte muito mais amplos”, destaca em um comunicado Tony Marshall, líder global em negócios rodoviários da Arup, multinacional com sede em Londres que presta consultoria de engenharia a projetos do mundo todo. “Entender as tendências globais que vão dar forma aos nossos sistemas de transporte no futuro é essencial se quisermos continuar tendo sucesso em desenvolver e entregar soluções internacionalmente”, disse. Justamente para mapear estas transformações recentes que têm o potencial de revolucionar a forma como nos locomovemos, os especialistas da companhia elaboraram o relatório Future of Highways (Futuro das Rodovias).

O estudo elenca desafios à mobilidade urbana, como a superpopulação e os efeitos das mudanças climáticas, e aponta tecnologias que podem solucionar a ineficiência de nossos meios de transporte – muitas destas soluções, inclusive, já estão em pleno desenvolvimento. “Estamos no topo de uma onda de inovação: veículos elétricos, autônomos (sem condutor), big data e novos modelos de serviços de mobilidade irão proporcionar novas opções de viagem com o potencial de melhorar drasticamente a segurança, a experiência do usuário e a sustentabilidade ambiental”, disse William Baumgardner, diretor associado da Arup. O especialista em planejamento de transportes conversou com GALILEU e adiantou que as cidades precisarão de uma infraestrutura de mobilidade completamente integrada e inteligente.

Em um futuro não muito distante, as ruas poderão se tornar enormes painéis solares e recarregar os carros elétricos que trafegam sobre elas como em um Wi-Fi. O concreto vai poder auto-consertar rachaduras, por exemplo, através de determinadas bactérias. Drones monitorarão o sistema inteiro para otimizar seu funcionamento, e algoritmos analisarão todo o big data produzido para aumentar ainda mais a eficiência. Ir de uma ponta à outra da cidade poderá não ser tão complicado quando pudermos fazer trajetos integrados em um ônibus elétrico, um carro autônomo e uma bike alugada – e ainda pagar por tudo isso facilmente, pelo smartphone. São cenários como estes que o relatório da Arup avalia. Para baixá-lo, clique aqui.

Tecnologias na indústria automobilística evoluíram exponencialmente nas últimas décadas, enquanto as ruas e estradas continuam praticamente iguais. Por que isso aconteceu?
As estradas são investimentos públicos caros que são projetados para durar por décadas. O custo para equipar até mesmo uma fração de rodovias com a nova tecnologia pode ser astronômico. Isso não deixa muito espaço para a experimentação ou mudanças rápidas. Veículos se desgastam e são substituídos com mais frequência, criando a oportunidade para uma inovação mais rápida.

Com a quantidade de carros nas ruas crescendo constantemente, os problemas relacionados com a obsolescência da infraestrutura viária devem piorar ainda mais nos próximos anos. O que uma cidade pode fazer para começar a reverter esta situação?

1) Planejamento inteligente: A demanda por mobilidade é derivada do formato e densidade das nossas cidades. O planejamento cuidadoso pode reduzir a necessidade das pessoas viajarem, garantindo o acesso conveniente a bens e serviços. O planejamento também pode se certificar de que as cidades cresçam de modo que sejam servidas eficientemente por um sistema de transporte multimodal, por exemplo, através da localização de áreas de maior densidade em nós ou eixos que são ligados por trânsito de alta capacidade.

2) Design de qualidade: é fundamental documentar e aplicar padrões de design para assegurar que a infraestrutura resista ao teste do tempo. Design à prova do futuro também deve ser considerado para acomodar mudanças, como permitir uma expansão futura e/ou incorporação de sistemas de transporte inteligentes. Finalmente, design estético de alta qualidade proporciona oportunidades para criar marcos que duram por gerações.

3) Financiamento de infraestrutura: as novas tendências do transporte vão mudar a forma como usamos a infraestrutura. Por exemplo, veículos autônomos podem incentivar os viajantes que percorrem grandes distâncias, ou consumir completamente a capacidade da pista com veículos vazios. Ao mesmo tempo, as medidas de financiamento tradicionais, tais como impostos sobre a gasolina, têm menores retornos com veículos mais eficientes. Devemos manter os fluxos de receita para construir e reparar estradas, ao mesmo tempo em que também utilizamos a precificação (por exemplo: pagar por quanto e como você for) para incentivar o uso eficiente da infraestrutura.

O transporte intermodal parece ser a chave para um futuro mais eficiente e sustentável. Como você idealiza uma rede de transportes perfeitamente integrada?
Uma rede de transportes perfeitamente integrada forneceria ampla gama de opções de viagem que abrangem diversas modalidades (caminhada, bicicleta, pequenos veículos elétricos, carros, transportes públicos). Todas as opções seriam seguras e não poluentes, com transferência contínua e pagamentos de tarifa. As pessoas teriam várias opções e poderiam selecionar os meios de transporte mais eficazes para cada viagem feita. Modalidades mais eficientes de transporte (bicicleta, veículos de alta ocupação, trânsito de alta capacidade) seriam priorizados. "Mobilidade autônoma por demanda" é um ideal para muitas viagens, equilibrado por uma parcela significativa de pessoas caminhando e andando de bicicleta, e ônibus de alta capacidade e trens nos corredores mais movimentados.

Qual cidade no mundo pode ser tornar a primeira a implementar este sistema ideal?
Muitas cidades estão fazendo grandes avanços na prestação de transporte eficiente e sustentável, como Londres, Hamburgo, Copenhague, Helsinque e Portland (Oregon, EUA). Outras estão se posicionando para serem centros para o desenvolvimento de veículos autônomos. Cingapura se destaca como uma cidade que pode ser capaz de avançar em direção a esse ideal mais rapidamente, dado o seu tamanho compacto, sistema de transporte bem equilibrado, riqueza relativa e abordagem política ambiciosa.

Tecnicamente falando, quais são os maiores desafios para construir esta infraestrutura futurista?
Os fatores limitantes são principalmente a logística e o custo. Novas infraestruturas são caras e levam tempo para serem construídas. Atualizar uma infraestrutura existente é difícil, dada a escala massiva da rede viária típica. Por exemplo, a tarefa relativamente simples de melhorar equipamentos de sinalização de trânsito pode levar muitos anos em uma grande cidade. Também pode ser muito complicado atualizar a infraestrutura existente sem deixá-la fora de serviço por longos períodos de tempo.

Existem diversos estudos de caso no relatório “Rodovias do Futuro”. Poderia eleger três deles com o maior potencial revolucionário?
Carros autônomos (sem condutor). Estes têm um enorme potencial para modificar o status quo. Em primeiro lugar, porque aumentam a segurança. Além disso, carros autônomos compartilhados poderiam reduzir drasticamente a necessidade de estacionamento, e um veículo compartilhado poderia substituir mais de 10 veículos particulares. Eles também irão melhorar a mobilidade de uma população envelhecida. Mas há riscos: mais tráfego com veículos vazios, preocupações com o incentivo ao espalhamento urbano (urban sprawl) e cibersegurança são questões a serem abordadas.

Novos serviços de mobilidade. Os principais fabricantes de automóveis estão se preparando para reposicionar-se como prestadores de serviços de mobilidade. Estão surgindo o compartilhamento de automóveis, aplicativos de carona, serviços de assinatura e serviços sob demanda de resposta que irão fornecer formas mais eficientes de viajar.

As bicicletas. Investimento em larga escala em infraestrutura para as bicicletas pode aumentar muito o número de viagens que utilizam este modo saudável e sustentável de transporte. Melhorias na tecnologia da bicicleta elétrica também vão ampliar o número de potenciais ciclistas.

Informações: Revista Galileu
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Santos tem mais de 50% da frota de ônibus com ar condicionado

A Prefeitura de Santos entregou na manhã desta quinta-feira (5) o seu 150º ônibus de transporte coletivo com ar condicionado. Com isso, atinge 52,4% da frota de 286 veículos com o equipamento, liderando a lista brasileira de cidades com o benefício nos coletivos.

Segundo a Administração Municipal, a melhora no sitema motivou o crescimento do número de passageiros. De 2013 para 2014,  aumentou em mais de 1 milhão a quantidade de embarques, o que equivale a 2,8 mil pessoas a mais nos ônibus, todos os dias.

E alem do ar condicinado, Santos tem 100% dos ônibus com o sistema de wi-fi grátis. No entanto, grande parte dos usuários do sistema reclamam tanto do que já exista, quanto do que foi melhorado.

A dez dias de saber a próxima empresa a assumir a licitação e prosseguir o serviço, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, relembra que o importante no anúncio é ressaltar que a cada melhoria, se firma a obrigatoriedade de um sistema de qualidade cada vez superior.

“Acho que é um marco, porque somos a primeira e única Cidade do Brasil a ter mais de 50% de toda a sua frota com ar-condicionado. Qualquer que seja a próxima concessionária, todas essas conquistas serão obrigatoriamente mantidas, porque estão previstas não mais como possibilidade, mas como obrigação no edital. E a partir disso nossa possibilidade de avanço será maior”.

Além disso, Santos ampliou o valor e a quantidade de multas à concessionária. Em 2012 não foram aplicada sanções, mas de 2013 para 2014, as foram 483 autuações. Todas, por descumprimento do contrato. O valor da multa que era de até R$ 14,5 mil passou para até R$ 87 mil. ''Multamos muito. Acho que foram muitas as conquistas. É motivo de satisfação, mas também de responsabilidade. Não adianta manter. Tem que avançar. Esse é o objetivo”, diz o prefeito.

Informações: A Tribuna

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Rodoviários entram em greve no DF e deixam 500 mil pessoas sem ônibus

Rodoviários de duas empresas decidiram cruzar os braços e deixaram pelo menos 13 regiões administrativas do Distrito Federal sem ônibus na manhã desta sexta-feira (6). De acordo com o sindicato da categoria, a Marechal e a Pioneira deixaram de repassar os salários e o tíquete-alimentação, deixando 500 mil pessoas sem o serviço. O diretor do DFTrans, Clóvis Barbará, declarou que todas as organizações receberam em dia.

Por telefone, a Marechal, responsável por 464 veículos, disse que informou ao sindicato que faria o pagamento às 10h desta sexta. A empresa disse que o repasse do governo foi feito no final da tarde, atrapalhando o pagamento. Barbará afirma que houve problemas com o sistema bancário.

Já a Pioneira, dona de 625 ônibus, disse que recebeu o repasse, mas não em quantia suficiente para quitar os salários dos funcionários. "Vale lembrar que ainda não são cobradas passagens dos usuários do BRT desde o início da operação, o que causa um déficit ainda maior. A empresa enviou ao banco a folha de pagamento e aguarda o repasse do governo para efetuar o pagamento dos rodoviários", disse em nota. O DFTrans declarou que o valor é suficiente e que as dívidas são de contratos irregulares feitos no último ano.

Com a greve, 2 mil rodoviários foram prejudicados e deixaram de circular em Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Samambaia, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Varjão e Park Way. Motoristas têm salário-base de R$ 1.928 e cobradores, de R$ 1.008. O valor do tíquete-alimentação é o mesmo: R$ 417.

Os funcionários se reuniram na garagem do P Sul para protestar. Diretor de imprensa do sindicato, João Jesus de Oliveira disse passou a quinta-feira tentando negociar com as empresas. “Já está virando uma moda isso de o pagamento não entrar no quinto dia útil do mês”, afirma. “As empresas dizem que dependem do repasse do DFTrans para quitar a folha e que aguarda os recursos.”

Já está virando uma moda isso de o pagamento não entrar no quinto dia útil do mês. As empresas dizem que dependem do repasse do DFTrans para quitar a folha e que aguarda os recursos. ''João Jesus de Oliveira''

Informações: G1 DF

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Trabalhadores do transporte coletivo aprovam indicativo de greve em Curitiba

A audiência ocorrida no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde desta quinta-feira (5), terminou sem acordo entre trabalhadores e a classe patronal do transporte coletivo de Curitiba. Com isso, o sindicato dos trabalhadores (Sindimoc) aprovou o indicativo de greve para a categoria.

Caso não ocorra acordo nas próximas horas e a categoria aprove a greve, Curitiba deve ficar sem ônibus a partir da 0h de segunda-feira (9).

As partes terão dez dias para se manifestar, e, terminado o prazo, os autos vão para o Ministério Público do Trabalho e depois para julgamento pela Seção Especializada do TRT. Na sessão desta quarta-feira, buscava-se chegar a um percentual de reajuste salarial que não impactasse na tarifa atual cobrada dos usuários do transporte público.

O ponto mais controverso, no entanto, e que frustrou a conciliação, girou em torno do anuênio de 2% recebido pelos trabalhadores.

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Curitiba e Região (SETRANSP) propôs limitar em oito anos a sua concessão, sem prejuízo daqueles que já recebem há mais tempo. O Sindicato dos Motoristas e Cobradores (SINDIMOC) alegou não fazer sentido limitar o benefício, uma vez que o contrato de concessão do transporte assinado em 2010 já previa o pagamento. A desembargadora Ana Carolina Zaina lamentou que a questão do anuênio, que não estava na pauta de negociações, se tornasse obstáculo à conciliação por parte dos empresários.

Diante do impasse, o SINDIMOC anunciou a abertura de indicativo de greve, começando a contar de imediato o prazo legal de 72 horas que precede a paralisação dos ônibus. A desembargadora deu como notificados os presentes.

SETRANSP, Urbanização de Curitiba S.A. (URBS) e Coordenação da Região Metropolitana (COMEC) solicitaram que o Poder Judiciário determine a circulação de 70% da frota em horário de pico e 50% nos demais horários, caso haja greve. Os trabalhadores sugeriram que este percentual fosse fixado em 30% para todos os horários.

Segundo o Juízo, o pedido de frota mínima será analisado se a greve realmente acontecer. Foi reafirmada a multa diária de R$ 1 milhão a ser aplicada à URBS e à COMEC em caso de atraso no pagamento de salários dos motoristas e cobradores. Como não houve acordo, volta a tramitar a ação civil pública envolvendo as condições de trabalho nas estações-tubo, assim como o julgamento do dissídio coletivo 20/2015, que havia sido suspenso na perspectiva de conciliação.

Em relação à integração do sistema de transporte, de acordo com Roberto Gregório, representante da URBS, a autarquia acertou um modelo de transição de seis meses com a COMEC no sentido de manter a sua integração operacional e financeira. Um novo termo de cooperação deixará sob a responsabilidade da URBS as linhas urbanas, enquanto a COMEC se incumbirá de gerir as metropolitanas.

Informações: RicMais

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Grande Recife amanhece sem metrô devido as chuvas

A Região Metropolitana do Recife (RMR) amanheceu nesta sexta-feira sem metrô. Um problema no sistema provocado pela queda de um raio com as fortes chuvas da madrugada acabou danificando a rede elétrica do metrô. Os danos são graves e a Companhia de Trens Urbanos (CBTU/Metrorec) informa que não há previsão de retorno dos trens, uma vez que por questão de segurança, não tem condições das composições funcionarem de forma manual. Diariamente, 400 mil pessoas circulam pelo metrô na RMR, das quais 280 mil usam a linha Centro e 120 mil, a linha Sul. 

Todas as 29 estações do metrô na RMR estão paradas. Na Estação Central do Recife, no bairro de São José, há ônibus vazios aguardando os passageiros. Segundo Salvino Gomes, assessor de Comunicação Social do Metrorec, a energia já foi reestabelecida às 5h30, mas os técnicos estão avaliando os danos causados ao sistema. “Os raios que cairam na madrugada danificaram chips eletrônicos do painel de controle de tráfego deixando todo o sistema inoperante. Não temos condições de colocar os trens para funcionar de forma manual”, justificou. Quem vem de Camaragibe e Jaboatão, por exemplo, nesta manhã, terá apenas os ônibus.  

Informações: Diário de Pernambuco

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