Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

Infográfico mostra futuro intermodal e inteligente da mobilidade urbana

sexta-feira, 6 de março de 2015

O gatilho da inovação normalmente é disparado como uma reação aos problemas que atrapalham nossas vidas. E não tem como ignorar os impactos negativos de fatores como o trânsito caótico dos grandes centros urbanos: os congestionamentos intermináveis causam prejuízos bilionários, poluem o meio ambiente e prejudicam a qualidade de vida das pessoas. Como se o quadro já não fosse preocupante o bastante, ainda temos a estimativa de que a frota de carros do mundo deva crescer a uma média de 3% ao ano até 2030 e que 75% da população mundial viverá em cidades até 2050. Encarando a questão sob este ângulo, fica evidente que as megacidades deverão promover mudanças radicais de infraestrutura nas próximas décadas se quiserem fugir do caos total.

“É importante que nossos negócios de rodovias reconheçam a importância de serem um único elemento dentro de sistemas de transporte muito mais amplos”, destaca em um comunicado Tony Marshall, líder global em negócios rodoviários da Arup, multinacional com sede em Londres que presta consultoria de engenharia a projetos do mundo todo. “Entender as tendências globais que vão dar forma aos nossos sistemas de transporte no futuro é essencial se quisermos continuar tendo sucesso em desenvolver e entregar soluções internacionalmente”, disse. Justamente para mapear estas transformações recentes que têm o potencial de revolucionar a forma como nos locomovemos, os especialistas da companhia elaboraram o relatório Future of Highways (Futuro das Rodovias).

O estudo elenca desafios à mobilidade urbana, como a superpopulação e os efeitos das mudanças climáticas, e aponta tecnologias que podem solucionar a ineficiência de nossos meios de transporte – muitas destas soluções, inclusive, já estão em pleno desenvolvimento. “Estamos no topo de uma onda de inovação: veículos elétricos, autônomos (sem condutor), big data e novos modelos de serviços de mobilidade irão proporcionar novas opções de viagem com o potencial de melhorar drasticamente a segurança, a experiência do usuário e a sustentabilidade ambiental”, disse William Baumgardner, diretor associado da Arup. O especialista em planejamento de transportes conversou com GALILEU e adiantou que as cidades precisarão de uma infraestrutura de mobilidade completamente integrada e inteligente.

Em um futuro não muito distante, as ruas poderão se tornar enormes painéis solares e recarregar os carros elétricos que trafegam sobre elas como em um Wi-Fi. O concreto vai poder auto-consertar rachaduras, por exemplo, através de determinadas bactérias. Drones monitorarão o sistema inteiro para otimizar seu funcionamento, e algoritmos analisarão todo o big data produzido para aumentar ainda mais a eficiência. Ir de uma ponta à outra da cidade poderá não ser tão complicado quando pudermos fazer trajetos integrados em um ônibus elétrico, um carro autônomo e uma bike alugada – e ainda pagar por tudo isso facilmente, pelo smartphone. São cenários como estes que o relatório da Arup avalia. Para baixá-lo, clique aqui.

Tecnologias na indústria automobilística evoluíram exponencialmente nas últimas décadas, enquanto as ruas e estradas continuam praticamente iguais. Por que isso aconteceu?
As estradas são investimentos públicos caros que são projetados para durar por décadas. O custo para equipar até mesmo uma fração de rodovias com a nova tecnologia pode ser astronômico. Isso não deixa muito espaço para a experimentação ou mudanças rápidas. Veículos se desgastam e são substituídos com mais frequência, criando a oportunidade para uma inovação mais rápida.

Com a quantidade de carros nas ruas crescendo constantemente, os problemas relacionados com a obsolescência da infraestrutura viária devem piorar ainda mais nos próximos anos. O que uma cidade pode fazer para começar a reverter esta situação?

1) Planejamento inteligente: A demanda por mobilidade é derivada do formato e densidade das nossas cidades. O planejamento cuidadoso pode reduzir a necessidade das pessoas viajarem, garantindo o acesso conveniente a bens e serviços. O planejamento também pode se certificar de que as cidades cresçam de modo que sejam servidas eficientemente por um sistema de transporte multimodal, por exemplo, através da localização de áreas de maior densidade em nós ou eixos que são ligados por trânsito de alta capacidade.

2) Design de qualidade: é fundamental documentar e aplicar padrões de design para assegurar que a infraestrutura resista ao teste do tempo. Design à prova do futuro também deve ser considerado para acomodar mudanças, como permitir uma expansão futura e/ou incorporação de sistemas de transporte inteligentes. Finalmente, design estético de alta qualidade proporciona oportunidades para criar marcos que duram por gerações.

3) Financiamento de infraestrutura: as novas tendências do transporte vão mudar a forma como usamos a infraestrutura. Por exemplo, veículos autônomos podem incentivar os viajantes que percorrem grandes distâncias, ou consumir completamente a capacidade da pista com veículos vazios. Ao mesmo tempo, as medidas de financiamento tradicionais, tais como impostos sobre a gasolina, têm menores retornos com veículos mais eficientes. Devemos manter os fluxos de receita para construir e reparar estradas, ao mesmo tempo em que também utilizamos a precificação (por exemplo: pagar por quanto e como você for) para incentivar o uso eficiente da infraestrutura.

O transporte intermodal parece ser a chave para um futuro mais eficiente e sustentável. Como você idealiza uma rede de transportes perfeitamente integrada?
Uma rede de transportes perfeitamente integrada forneceria ampla gama de opções de viagem que abrangem diversas modalidades (caminhada, bicicleta, pequenos veículos elétricos, carros, transportes públicos). Todas as opções seriam seguras e não poluentes, com transferência contínua e pagamentos de tarifa. As pessoas teriam várias opções e poderiam selecionar os meios de transporte mais eficazes para cada viagem feita. Modalidades mais eficientes de transporte (bicicleta, veículos de alta ocupação, trânsito de alta capacidade) seriam priorizados. "Mobilidade autônoma por demanda" é um ideal para muitas viagens, equilibrado por uma parcela significativa de pessoas caminhando e andando de bicicleta, e ônibus de alta capacidade e trens nos corredores mais movimentados.

Qual cidade no mundo pode ser tornar a primeira a implementar este sistema ideal?
Muitas cidades estão fazendo grandes avanços na prestação de transporte eficiente e sustentável, como Londres, Hamburgo, Copenhague, Helsinque e Portland (Oregon, EUA). Outras estão se posicionando para serem centros para o desenvolvimento de veículos autônomos. Cingapura se destaca como uma cidade que pode ser capaz de avançar em direção a esse ideal mais rapidamente, dado o seu tamanho compacto, sistema de transporte bem equilibrado, riqueza relativa e abordagem política ambiciosa.

Tecnicamente falando, quais são os maiores desafios para construir esta infraestrutura futurista?
Os fatores limitantes são principalmente a logística e o custo. Novas infraestruturas são caras e levam tempo para serem construídas. Atualizar uma infraestrutura existente é difícil, dada a escala massiva da rede viária típica. Por exemplo, a tarefa relativamente simples de melhorar equipamentos de sinalização de trânsito pode levar muitos anos em uma grande cidade. Também pode ser muito complicado atualizar a infraestrutura existente sem deixá-la fora de serviço por longos períodos de tempo.

Existem diversos estudos de caso no relatório “Rodovias do Futuro”. Poderia eleger três deles com o maior potencial revolucionário?
Carros autônomos (sem condutor). Estes têm um enorme potencial para modificar o status quo. Em primeiro lugar, porque aumentam a segurança. Além disso, carros autônomos compartilhados poderiam reduzir drasticamente a necessidade de estacionamento, e um veículo compartilhado poderia substituir mais de 10 veículos particulares. Eles também irão melhorar a mobilidade de uma população envelhecida. Mas há riscos: mais tráfego com veículos vazios, preocupações com o incentivo ao espalhamento urbano (urban sprawl) e cibersegurança são questões a serem abordadas.

Novos serviços de mobilidade. Os principais fabricantes de automóveis estão se preparando para reposicionar-se como prestadores de serviços de mobilidade. Estão surgindo o compartilhamento de automóveis, aplicativos de carona, serviços de assinatura e serviços sob demanda de resposta que irão fornecer formas mais eficientes de viajar.

As bicicletas. Investimento em larga escala em infraestrutura para as bicicletas pode aumentar muito o número de viagens que utilizam este modo saudável e sustentável de transporte. Melhorias na tecnologia da bicicleta elétrica também vão ampliar o número de potenciais ciclistas.

Informações: Revista Galileu

0 comentários:

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960