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Tarifas dos ônibus intermunicipais de São Paulo sobem 12% a partir de quarta-feira

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A partir da 0 hora de quarta-feira (7), quem usa ônibus intermunicipal vai precisar rever o orçamento. As tarifas de todos os coletivos que circulam entre as cidades da região Metropolitana da Baixada Santista vão ter as tarifas reajustadas. A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) afirma que o aumento médio deve ser de 12%.

Os novos preços das linhas variam entre R$ 2,65 e R$ 10,60, dependendo da quilometragem percorrida pelo veículo. De acordo com a publicação no Diário Oficial do Estado, de 31 de dezembro, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos levou em consideração a “estrutura dos custos para a manutenção do padrão de serviços”, além do equilíbrio operacional e tarifário do sistema de transporte coletivo. 

As resoluções trazem o valor exato apenas das linhas que fazem integração com outros intermunicipais. Procurada para saber do preço das tarifas dos demais itinerários, a assessoria de imprensa da EMTU afirmou que, devido ao feriado de final de ano, não seria possível detalhar os valores de todas as linhas.

Descontentes

Não vale nem o que se paga agora, pois os ônibus estão sempre lotados, demoram a passar e não têm conforto. Nenhum ônibus tem ar-condicionado. Não devia aumentar”, reclama a analista de vendas Aline Dias Teixeira, que normalmente circula entre Santos e Cubatão. 

A dona de casa Margareth Alves da Silva, que mora em São Vicente, concorda. “É ridículo pagar mais por um transporte que continua ruim”. 

A teleoperadora Jaciele Xavier não está surpresa com a tarifa mais cara. “Aumenta o salário mínimo, o preço de todo o resto, como transporte, aluguel, roupa e alimentação, sobe junto. E o pior é que não tem como deixar de pagar a condução”.

Informações: A Tribuna

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Greve no transporte coletivo de Curitiba está mantida para o dia 7 de janeiro

Na primeira semana útil do ano de 2015, o curitibano pode enfrentar problemas no transporte coletivo. Motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana aprovaram, na segunda-feira passada, um indicativo de greve para a próxima quarta-feira, dia 7. A previsão de paralisação é por tempo indeterminado. Os trabalhadores reclamam do atraso no pagamento do adiantamento do salário de dezembro. Segundo o vice-presidente do Sindimoc, Dino Cesar, a previsão de greve continua, mas o prazo para evitar a paralisação é o quinto dia útil do mês.

Uma liminar da Justiça do dia 24 de dezembro obrigava as empresas a quitarem em um prazo de 48 horas os benefícios dos funcionários. A multa em caso de descumprimento é de 30 mil reais por dia. O advogado que representa o sindicato da categoria, Elias Mattar Assad, afirma que já solicitou à Justiça do Trabalho que o valor seja aumentado para 100 mil reais de multa diária. Questionado sobre as frequentes paralisações da categoria nos últimos meses, Dino Cesar justifica que esse é o último recurso.

No último dia 29, usuários do transporte coletivo foram pegos de surpresa por uma paralisação de duas horas no período da tarde. Na ocasião, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que as empresas estão recorrendo da decisão judicial que obriga o pagamento dos valores, pois parte do benefício foi depositada e conforme a convenção coletiva o pagamento não é obrigatoriamente de 40% do salário, e sim de até 40%. O vice-presidente do sindicato dos trabalhadores contesta o argumento e diz que o acordo existe há 20 anos.  

O sindicato das empresas ainda afirma que o não pagamento de parte do vale é devido ao atraso no repasse por parte da Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) e da Urbs e que a dívida está em torno de 10 milhões de reais. 

Por sua vez, a Urbs informou que o Governo do Estado não repassou as parcelas do subsídio do transporte metropolitano integrado de outubro e novembro, que somam mais de 10 milhões de reais. A Comec também foi procurada, mas não se pronunciou sobre o assunto.

Informações: Band News FM

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Tarifas de ônibus, metrô e trem sobem para R$ 3,50 em São Paulo

O preço do transporte coletivo – ônibus, metrô e trem – na cidade de São Paulo aumenta de R$ 3 para R$ 3,50 a partir de amanhã (6), segundo a prefeitura. O custo da integração entre os sistemas de ônibus e sobre trilhos passará de R$ 4,65 para R$ 5,45.

Já está em vigor, também, o não pagamento de passagens por estudantes de baixa renda passam. Antes da medida, esses alunos custeavam metade do valor da tarifa. Os estudantes que têm direito ao benefício poderão usufruir do passe livre a partir do início do ano letivo, em fevereiro.

Com o cartão de estudante, válido para 48 viagens ao mês, 505 mil estudantes devem ser beneficiados, dos quais 360 mil da rede pública e 145 mil da rede particular.

Quem carregar o bilhete único comum, hoje (5) no valor máximo de R$ 200, pode viajar com o valor da tarifa antiga até o crédito esgotar. As tarifas do bilhete único mensal – R$ 140 ou R$ 230 na versão integrada –, semanal – R$ 38 ou R$ 60 na versão integrada – e diário  nos valores de R$ 10 ou R$ 16 na versão integrada, não sofrerão alteração.

A prefeitura argumenta que o aumento é necessário, pois o último reajuste de tarifa na cidade ocorreu em janeiro de 2011. Desde então, a inflação acumulada foi 27%. O reajuste atual nas passagens foi inferior, 16,67%.

Em junho de 2013, quando foi anunciado o aumento das passagens na capital paulista, uma onda de manifestações se espalhou pelo país, contra a elevação das tarifas. Uma das lideranças desse protesto, o Movimento Passe Livre (MPL), convocou um novo ato para sexta-feira (9), às 17h, em frente ao Theatro Municipal.

Hoje, às 17h, o movimento faz uma aula pública em frente ao prédio da prefeitura, no Viaduto do Chá, para debater os problemas do transporte coletivo. Um dos palestrantes é Lúcio Gregori, ex-secretário municipal de Transportes, que nos anos 90 elaborou um projeto de tarifa zero para a capital paulista.

Informações: Agência Brasil

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Em Porto Alegre, Reajuste para rodoviários abre debate sobre tarifa de ônibus

O Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre encaminha, nesta segunda-feira, pedido de reajuste salarial da categoria, iniciando o debate sobre o reajuste tarifário dos ônibus da Capital. Conforme um dos vice-presidentes da entidade, Emerson Dutra, o pedido é de 11,62%, ou seja, 5% de aumento real. Hoje, o piso de um motorista é de R$ 2 mil e de um cobrador de R$ 1,2 mil. A carga é de 7h10min diária.

O dissídio dos trabalhadores é um dos principais fatores que impactam no pedido de reajuste na tarifa por parte dos empresários. Hoje, o valor da tarifa está em R$ 2,95. Em São Paulo, por exemplo, a viagem custa R$ 3,50 e, no Rio de Janeiro, o carioca paga R$ 3,40. Em 2014, a tarifa de Porto Alegre saltou de R$ 2,80 para R$ 2,95.

Emerson Dutra garante que neste ano a negociação do dissídio irá ser coordenada pelo sindicato. Segundo ele, nos outros anos os trabalhadores não se sentiam representados pela entidade, com isso, novas lideranças surgiram. Entre elas, estava Alceu Weber. Uma paralisação dos rodoviários, por 15 dias, chegou a ocorrer na Capital gaúcha na busca de um índice maior de reajuste aos trabalhadores. A ATP, entidade que congrega os empresários em Porto Alegre, prefere não comentar o pedido dos rodoviários. Conforme Luiz Mário Magalhães Sá, gerente-executivo da entidade, a negociação do dissídio transcorre durante todo o mês de janeiro. O custo é decisivo para o pedido de reajuste dos empresários. De acordo com Sá, o levantamento de custo dos outros produtos utilizados nos veículos está sendo feito pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Ele destacou ainda que o reajuste vai permitir que os empresários voltem a investir na qualidade dos coletivos e na renovação da frota.

A bancada do PSol na Câmara de Vereadores de Porto Alegre acredita que é possível segurar a elevação do custo do transporte na Capital. Conforme o vereador Alex Fraga, os parlamentares podem voltar a buscar a via judicial caso os aumentos sejam considerados abusivos. A bancada dos socialistas libertários, formada a partir de 2015 por Alex Fraga e Fernanda Melchionna, já conseguiu uma liminar que obrigou a Prefeitura de Porto Alegre a baixar a tarifa de R$ 3,05 e R$ 2,85, em 2013. Depois, o Executivo da Capital decidiu isentar o serviço do ISSQN e a tarifa voltou a cair para R$ 2,80.

A Prefeitura da Capital tenta licitar o transporte coletivo em Porto Alegre. Inicialmente, tentou duas vezes por bacias, mas não houve interessados. Agora, a EPTC prepara uma terceira licitação por linhas. Os empresários classificaram a decisão do prefeito José Fortunati como um retrocesso.

Informações: Correio do Povo


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Velhas promessas, novas esperanças para expansão do metrô em Belo Horizonte

domingo, 4 de janeiro de 2015

Velhas promessas, novas esperanças. As duas obras mais aguardadas há tempos para melhorar a mobilidade urbana em Belo Horizonte é a expansão do metrô, por meio de melhorias na Linha 1 (Eldorado/Vilarinho) e implantação de dois novos ramais. A Linha 2 vai ligar o Barreiro ao Bairro Nova Suíssa, e a Linha 3, a Savassi à Lagoinha. 

Em 2014, os governos estadual e federal passaram o ano sem se entender, pois em ambos os casos foram firmados acordos para que a União fornecesse os recursos e o governo do estado fizesse obras e projetos. Em 2015, a esperança é que as duas novelas cheguem ao fim, considerando que os governos do estado e federal agora são comandados pelo mesmo grupo político.

Segundo o governo de Minas, a Metrominas, empresa criada para administrar o metrô, aguarda a transferência da administração e dos bens patrimoniais da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para dar andamento ao processo de contratação da empresa que vai fazer as obras necessárias nas linhas 1 e 2 e operar o sistema por meio de uma parceria público privada (PPP). 

Sobre a Linha 3, o governo do estado informou que enviou o projeto para avaliação da Caixa Econômica Federal. Quando a instituição finalizar o processo, é necessário que o governo federal assine o convênio para liberar os recursos prometidos. Segundo o Ministério das Cidades, a Caixa já concluiu a primeira fase de análise do projeto da Linha 3 e agora o documento está sendo avaliado pela equipe técnica do ministério. Sobre a cessão dos bens da CBTU, a pasta informou que vai se reunir com representantes do novo governo do estado para discutir o assunto.

Informações: Estado de Minas

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Em Fortaleza, Novas paradas da Bezerra de Menezes só devem ser entregues em março

Os longos trechos com tapumes verdes marcam a continuidade das obras de construção das paradas de ônibus no canteiro central da avenida Bezerra de Menezes. Com expectativa de finalização ainda em dezembro, o novo prazo para a entrega das dez estações da via é março deste ano, conforme a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf). 

Com o novo prazo, também fica para março o início do funcionamento do corredor expresso Antônio Bezerra-Centro. Até agora, somente uma ilha de estações está sem os tapumes, o restante continua em obras e com proteção que interfere no uso adequado da ciclovia, além da ocupação de até duas faixas da via.

As obras começaram em maio de 2014 e os prazos foram sendo prorrogados ao longo do ano. Segundo a Seinf, o motivo do atraso da entrega foi a priorização de outras obras na cidade, levando em conta que a mesma empresa era responsável pela execução das intervenções no terminal do Antônio Bezerra e dos viadutos do entroncamento das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales.

Assim, enquanto obras são priorizadas e outras atrasadas, ciclistas que usam cotidianamente a Bezerra de Menezes ficam sem a ciclovia em diversos trechos - que fica dentro dos canteiros de obras e também passa por readequações. A situação também vem complicando o trânsito do local, alerta o taxista Raimundo Edmilson Freitas, lembrando os longos congestionamentos, especialmente nos horários de pico e no sentido do Centro. Ele lembra que a previsão de término que tinha ouvido era novembro e, que agora, já não sabe quando a avenida terá seu fluxo normalizado.

Dúvidas

Os usuários do transporte coletivo compartilham dúvidas sobre como será o funcionamento das novas paradas no canteiro central da via. A distância entre as estações, o acesso e a travessia são alguns pontos que as pessoas que usam a região com frequência estão ansiosas para entender. 

Conforme a Seinf, as estações funcionarão como ilhas, com uma estação servindo para o sentido Antônio Bezerra-Centro e a outra próxima operando para o sentido contrário. Com a inauguração das estações, o fluxo do transporte coletivo passa para as duas faixas mais próximas do canteiro central, ficando as duas faixas restantes - mais próximas da calçada e dos comércios - para os demais veículos.

Todas as paradas contarão com passagem para pedestres e terão piso rente ao ônibus, forma de facilitar o embarque e desembarque.

O comerciante Creginaldo de Lima Freitas trabalha em uma banca de óculos próxima ao North Shopping e comenta que a intenção era entregar tudo em dezembro, mas não deu tempo. Ele explica que parte dos tapumes foi derrubada pela própria população para permitir a travessia pela avenida, pois os espaços destinados aos pedestres ficavam longe da entrada do shopping. “É muito perigoso o povo atravessar, pode ter acidente”, alerta, lembrando que as travessias são realizadas em trecho sem faixa de pedestres ou semáforo.


Para ele, que observa o movimento cotidiano da avenida Bezerra de Menezes, os usuários ainda vão estranhar e reclamar muito das novas paradas, pois não estão acostumados com a distância que terão de caminhar. Outro ponto lembrado por ele e reclamado por muitos é o aumento da sensação de calor com a retirada das árvores do canteiro central em diversos trechos em que as dez estações estão sendo construídas.

Saiba mais

A avenida Bezerra de Menezes recebeu no fim de novembro do ano passado a linha 222 (Antônio Bezerra/Papicu/Antônio Sales), que conta com frota de ônibus articulados e de convencionais com ar-condicionado. Os ônibus articulados têm porta para as novas paradas nos canteiros centrais da via.

Por Samaísa dos Anjos
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Prefeitura determina reajuste de 13,3% na tarifa do BRT Rio

A Prefeitura do Rio publicou nesta sexta-feira, em Diário Oficial, decreto que determina o reajuste de 13,3% nas passagens de ônibus das linhas municipais e no sistema BRT. Com isso, a passagem passa a ser de R$ 3,40 a partir da 0h deste sábado. Confira, abaixo, a íntegra do decreto:

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e,

CONSIDERANDO que a tarifa do Serviço Público de Transporte de Passageiros por Ônibus – SPPO corresponde a do Bilhete Único Carioca - BUC, na forma do subitem 5.2 da Cláusula Quinta dos Contratos de Concessão em vigor;

CONSIDERANDO que o Sistema de Bilhete Único garante a modicidade tarifária do serviço público de transporte de interesse local, considerado essencial, na forma art. 30, inciso V da Constituição da República;

CONSIDERANDO que o reajuste tarifário do SPPO deve ser efetivado de acordo com os critérios estabelecidos pelo Poder Executivo, fixados contratualmente nos termos do estipulado no subitem 5.7 da Cláusula Quinta dos Contratos de Concessão em vigor, combinado com o disposto no artigo 3º, parágrafo único, da Lei Nº 5.211, de 1º de julho de 2010, que institui o Bilhete Único Carioca.

CONSIDERANDO que a integração dos transportes públicos urbanos aos demais meios de transporte coletivo constitui providência indispensável à racionalização do sistema, ensejando previsíveis benefícios aos cidadãos que utilizam os serviços públicos de transporte, bem como à qualidade de vida na Cidade;

            DECRETA:

Art. 1.º Fica estabelecida em R$ 3,40 (três reais e quarenta centavos) a tarifa modal do Bilhete Único Carioca - BUC para utilização no Serviço Público de Transporte de Passageiros por Ônibus do Município do Rio de Janeiro, calculada mediante aplicação da fórmula constante no subitem 5.7 da Cláusula Quinta dos Contratos de Concessão em vigor, conforme Anexo Único do presente Decreto, bem como dos impactos oriundos do pagamento das gratuidades e do incremento da frota de forma que, até dezembro de 2015, 50% (cinquenta por cento) das viagens sejam realizadas em ônibus com ar condicionado.

Parágrafo único. A fórmula de cálculo de que trata o artigo anterior utiliza valores segundo fonte da Fundação Getúlio Vargas – FGV e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, indicados na Memória de Cálculo do Anexo Unico.

Art. 2.º A Secretaria Municipal de Transportes - SMTR estabelecerá a tabela com os reajustesdas demais tarifas do Sistema, na mesma proporção, adotando o arredondamento estatístico, considerando o intervalo de R$ 0,05 (cinco centavos).

Art. 3.º Este Decreto entra em vigor a partir de 00h00 (zero hora) do dia 03 de janeiro de 2015 – sábado.

Rio de Janeiro, 02 de janeiro de 2015; 450º ano da fundação da Cidade.

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População de Salvador aprova novos ônibus, estranha embarque pela porta dianteira e reclama de aumento na tarifa

Os 300 ônibus da nova frota de coletivos de Salvador começaram a circular na manhã ontem. Esperados para rodar já no primeiro dia de 2015, os novos transportes só puderam ser vistos pela população nesta sexta-feira, primeiro dia útil do ano.
Foto: Francisco Galvão
A reportagem foi até as ruas atrás dos coletivos no intuito de verificar as novas instalações, além de saber a opinião dos usuários sobre o que acharam da novidade. Além do conforto dos novos assentos e do sistema de ventilação forçada, o que mais chamou a atenção dos usuários foi a limpeza dos veículos.

Outro ponto positivo é que todos eles têm GPS, o que vai permitir ao cidadão, através de totens instalados nos pontos de ônibus, ou de um aplicativo instalado no celular, saber em que ponto da cidade está o coletivo que ele pretende embarcar.

Os primeiros ônibus puderam ser vistos em alguns locais da cidade como a Avenida Antônio Carlos Magalhães, próximo à Estação Iguatemi, e nas ruas da Cidade Baixa, próximo à Feira de São Joaquim. Na Estação da Lapa, ao contrário da última quinta-feira, quando nenhum ônibus foi encontrado na região, os novos coletivos foram vistos e utilizados pela população.

Vinda da Paralela, a funcionária pública Glady Carrera elogiou os novos ônibus. “Olha, esses são bem melhores aos que estávamos acostumados. Tomara que o mesmo zelo que vemos aqui possa se estender aos ônibus antigos, que estão sujos”, ponderou. 

No entanto, ela acha que, assim que o período das férias acabarem, a população vai ter uma certa dor de cabeça para se acostumar com as novidades. “Hoje é um dia atípico e diferente do que estamos acostumados a ver, essa tranquilidade. Mas, quando a cidade voltar a seu ritmo normal, as pessoas vão ter que ter muita paciência na hora de usar o novo transporte”, disse.

Ela ainda comentou que, por conta da cor, teve dúvidas se o ônibus que pegou era o correto, já que houve, segundo ela, uma certa confusão com outro ônibus de cor parecida, mas que rodava para o Litoral Norte.

Na estação mais movimentada da capital baiana, muitas pessoas ainda tentavam se acostumar às novidades. Uma delas é o local de entrada dos ônibus, que agora é pela frente. No trajeto percorrido pela equipe da Tribuna, no centro da cidade, vimos que, à princípio, teve gente que não gostou muito. “Acho que tinha que ficar do jeito antigo mesmo. Agora pra entrar, virou uma verdadeira bagunça. Os velhinhos ficam na frente e o motorista não pode deixar o ponto sem que todos estejam dentro do ônibus. No final, a gente acaba perdendo é mais tempo”, reclamou a vendedora Vânia Santana.

Para tentar contornar este problema, agentes da Transalvador, além dos próprios cobradores e motoristas, tentavam ajudar os passageiros á se acostumar a nova realidade. “Muitos deles ainda se confundem e querem entrar pela porta de trás dos coletivos. Mas o pessoal aqui tem feito um esforço enorme para facilitar a vida de todos”, disse a funcionária pública. “A gente faz o que pode para ajudar o pessoal. Mas, daqui que o passageiro se acostume vai ser complicado mesmo. Agora está tranquilo. Vamos ver como será mais adiante”, contou o motorista Antônio Brito, que ainda disse ter gostado dos novos coletivos. “São bastante confortáveis e para nós motoristas vai ajudar bastante”.

Dentro dos ônibus, uma segunda novidade. Motorista e cobrador estão mais próximos. Isso, segundo a Prefeitura, é para evitar assaltos e dar mais segurança aos passageiros. No entanto, para quem está do lado de dentro como do lado de fora, houve mais questionamentos. Desta vez, quanto ao número de assentos destinados aos idosos. “Como é que só botam três lugares para os idosos, quando, nos ônibus mais antigos a gente tinha de quatro a oito lugares destinados a eles? Isso é um absurdo!”, criticou um passageiro.

No entanto, a equipe da Tribuna verificou que, após a catraca dos ônibus, mais quatro lugares estavam reservados para idosos, gestantes e deficientes. Em outro coletivo, usuários reclamaram que a corda que aciona o alarme de parada do ônibus não estava funcionando e, com isso, os motoristas não estariam parando nos pontos devidamente. Uma agente da Transalvador que estava no local anotou a queixa e informou que iria repassar a solicitação à empresa responsável.

Tarifa desagrada
Apesar de todas essas novidades na frota, os passageiros questionavam o novo valor cobrado pelas empresas de ônibus, que é de R$ 3 e passou a ser cobrado ontem. “Apesar de serem novos ônibus e oferecerem um conforto relativamente melhor, o valor que nós vamos ter que pagar por eles para utilizar é muito caro. Com certeza isso vai pesar no bolso de muita gente”, comentou o professor de sociologia Bruno Santos, que aguardava os ônibus azuis que vão para a Orla de Salvador.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), até o final do mês de janeiro, cerca de 700 ônibus devem estar rodando nas ruas e avenidas da capital baiana. Para tanto, a fim de definir a região de circulação de cada um deles, a cidade foi dividida em três. A região “A”, que contempla o Subúrbio Ferroviário, vão rodar os ônibus de cor amarela. Na região “B”, no centro da cidade, os ônibus que vão circular são os de cor verde. Na Orla, considerada a região “C”, os ônibus azuis é que vão estar disponíveis para a população.

Além disso, ainda de acordo com a Semut, os novos ônibus, além de terem um menor custo de manutenção em relação aos antigos, possuem um índice de poluição 70% mais baixo. Vale lembrar também que os ônibus antigos continuam em circulação normalmente e terão até 12 meses para se adequar à nova realidade do transporte público em Salvador.

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