Na primeira semana útil do ano de 2015, o curitibano pode enfrentar problemas no transporte coletivo. Motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana aprovaram, na segunda-feira passada, um indicativo de greve para a próxima quarta-feira, dia 7. A previsão de paralisação é por tempo indeterminado. Os trabalhadores reclamam do atraso no pagamento do adiantamento do salário de dezembro. Segundo o vice-presidente do Sindimoc, Dino Cesar, a previsão de greve continua, mas o prazo para evitar a paralisação é o quinto dia útil do mês.
Uma liminar da Justiça do dia 24 de dezembro obrigava as empresas a quitarem em um prazo de 48 horas os benefícios dos funcionários. A multa em caso de descumprimento é de 30 mil reais por dia. O advogado que representa o sindicato da categoria, Elias Mattar Assad, afirma que já solicitou à Justiça do Trabalho que o valor seja aumentado para 100 mil reais de multa diária. Questionado sobre as frequentes paralisações da categoria nos últimos meses, Dino Cesar justifica que esse é o último recurso.
No último dia 29, usuários do transporte coletivo foram pegos de surpresa por uma paralisação de duas horas no período da tarde. Na ocasião, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que as empresas estão recorrendo da decisão judicial que obriga o pagamento dos valores, pois parte do benefício foi depositada e conforme a convenção coletiva o pagamento não é obrigatoriamente de 40% do salário, e sim de até 40%. O vice-presidente do sindicato dos trabalhadores contesta o argumento e diz que o acordo existe há 20 anos.
O sindicato das empresas ainda afirma que o não pagamento de parte do vale é devido ao atraso no repasse por parte da Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) e da Urbs e que a dívida está em torno de 10 milhões de reais.
Por sua vez, a Urbs informou que o Governo do Estado não repassou as parcelas do subsídio do transporte metropolitano integrado de outubro e novembro, que somam mais de 10 milhões de reais. A Comec também foi procurada, mas não se pronunciou sobre o assunto.
Informações: Band News FM
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